O prefeito Adail Pinheiro é
realmente pedófilo ou não?
Eis a questão que a Justiça
terá que decidir urgentemente, condenando-o ou absolvendo-o, para não ser
desmoralizada a nível nacional e deixar o presidente do TJ, desembargador Ari
Moutinho em saia justa perante a sociedade que ainda acredita que a Justiça
seja lenta, complicada, cheia de intermináveis possibilidades de recursos, mas
não é cega e consegue enxergar o clamor de vítimas inocentes e indefesas da
pedofilia no Estado!
Sendo ou não fruto de uma
armação política de adversários com o propósito de difamá-lo e jogar o Poder
Judiciário e a população contra ele, alcançando conotações de uma “pedoflagia” continua e inconsequente,
o certo é que o prefeito do município de Coari, Sr. Adail Pinheiro, precisa ser
julgado urgentemente porque o Conselho Nacional do Ministério Público e o
Conselho da Magistratura colocaram em desgaste o jurisdicionamento de todo o
caso e colocaram em dúvida a competência de alguns magistrados que teriam
atuado e engavetado o caso por tantos anos, desde a “Operação Vorax”, da
Polícia Federal, que gravou muitas conversas entre o prefeito e um de seus
secretários.
Não sou e nunca fui
defensor de pedófilos, como muitas pessoas do Facebook fizeram crer, mas
insisto que o prefeito terá direito de defesa sob pena de nulidade de todos os
atos processuais, quando me posicionei sobre esse assunto pela rede social.
Naquela ocasião me posicionei quando ao direito do advogado de defesa e
presidente da seccional da OAB no Amazonas, Simoneth Filho, continuar
defendendo o prefeito Adail Pinheiro e citei o ensinamento do jurista
amazonense Carlos de Araújo Lima, autor de dois volumes dos “Grandes Processos do Júri”, que certa
vez assim me respondeu: “não
defendo o crime que o acusado cometera; mas. apenas o criminoso para ter um
direito de defesa!”. Essa
declaração foi publicada no Jornal A
NOTÍCIA, quando o presidente da seccional da OAB, era o advogado José Paiva de Souza Filho.
Essa minha intervenção com
a frase desse grande advogado do Amazonas que atuou em memoráveis processos no
Tribunal do Júri no Rio de Janeiro, onde fez fama e decidiu reunir os
principais processos em que ele atuara em um livro de dois volumes, foi
suficiente para receber bombardeios de todos os lados e ser chamado de defensor
de pedófilo, o que nunca fui. Apenas, defendo também o direito de o acusado por
crimes de pedofilia, culpado ou inocente, fruto de armação política de seus
adversários ou não, seja assistido por um advogado em todos os atos processuais
para não ser nulo qualquer prova contra ou a favor de Adail Pinheiro, que venha
a se coletar pelas partes envolvidas.
Mas minha opinião é que o
prefeito é culpado, sim. Mas isso caberá ao Poder Judiciário decidir. Se for
culpado, condenem-no. Se for inocente, tornen-o inocente por decisão judicial
transitado em julgado e sem direito de apelações. Mas o que não pode e não deve
acontecer é os processos contra ele dormirem mais de um ano dentro das caixas
de papelão empoeiradas do Judiciário do Amazonas, colocando em dúvida a
seriedade do presidente do TJ, Ary
Moutinho, nem colocar em dúvida a competência ou incompetência dos juízes
que atuaram na Comarca de Coari e não resolveram nada, dando a entender que
houve conluio com todo o Poder Judiciário do Amazonas.
Ah, isso não!