Os dependentes químicos do
crack também podem e devem ser enquadrados pelo Governo Federal dentro da
categoria de “miséria extrema” a também ser exterminada. Não com prisões de
dependentes químicos maiores ou apreensões de menores! Todos precisam ser
tratados indistintamente e o tráfico precisa ser combatido, simplesmente.
Ou o Governo Federal
enfrenta de uma vez por todas o combate ao crack ou o crack vai acabar
enfrentando e afrontando o Governo Federal porque estamos perdendo uma geração
para o tráfico e o consumo de drogas. Como já afirmei o consumo de crack também
é uma forma de miséria e de degradação humana e precisa ser combatida e enfrentada
por ações de Governo porque os viciados perambulam pelas ruas, se prostituem,
matam, se tornam violentos e roubam até de suas famílias para sustentar o vício
e comprar mais drogas!
Os micro-traficantes
continuam mudando apenas de lugar e 98% dos Municípios informaram que possuem
problemas com a droga. Por que o Governo Federal não cria, implanta e
desenvolve uma “Bolsa Crack” e oferece de graça para as famílias de todo o
Brasil um tratamento digno que coloque toda uma “geração perdida” para o crack
de volta à sociedade.
Em diversos comentários que
tenho feito e escrito sobre o crack e a dependência química de qualquer
natureza que seja, não é fácil se sair dela. Precisa de todo um aparato clínico
para enfrentar o problema e não serão medidas pontuais no Rio e São Paulo que
resolverão o problema do Brasil. Os dois Estados estão fazendo o que podem,
oferecendo leitos, internando à força, mas isso só não basta porque hoje o
Brasil está contaminado pela droga e 98% dos prefeitos entrevistados pela
pesquisa declararam ter problemas.
Mas não é prendendo
traficantes e apreendendo menores viciados que se vai equacionar o problema,
que é totalmente social e estrutural também. O crack não escolhe classe, cor ou
formação intelectual. Essa droga já virou uma epidemia nacional e precisa ser
enfrentada pelo Governo Federal e não apenas com a liberação de recursos,
pagamento de leitos em hospitais e, sim, mandando construir uma rede de
hospitais, equipando-os com pessoal humano qualificado – médicos, psicólogos,
assistentes sociais etc.
Caso contrário, o crack
dominará o Brasil e teremos no futuro uma geração de inúteis porque a droga
debilita a saúde mental do ser humano. Não é fácil a recuperação do dependente
químico, também não fazendo sua internação contra a vontade do paciente que se
vai resolver o problema. Só defendo a internação forçada pela Justiça em último
caso!
Sei o quanto é difícil e
complicado o combate ao vício. Mas não serão as Igrejas Evangélicas ou
Católicas, que resolverão o problema, porque quando possuem tratamento para a
dependência química do crack custam muito caro e as famílias de baixa renda não
podem custear todo o tratamento e os drogaditos fogem e voltam a consumir a
droga novamente. O Governo Federal que distribui tantas bolsas para erradicar a
miséria no Brasil, deveria criar, implantar e desenvolver tratamento para o
crack porque estes também são miseráveis, consumidos pelo vício.
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