O Governo do
Amazonas está de parabéns pela decisão de construir um Centro de Tratamentos
para Dependentes Químicos, com previsão para ser concluído ainda neste ano de
2013.
Mas não
tenho motivos ou sentimentos pessoais para com a pessoa do governador Omar
Aziz, nascido de uma família árabe e italiana, nem no sentido de elogiá-lo,
muito menos de criticá-lo porque passei a conhecê-lo já como presidente da
Câmara Municipal de Manaus, no início de sua carreira política, depois deputado
estadual e vice-prefeito de Alfredo Nascimento, indicado para ser Secretário
Municipal de Obras; em seguida vice-governador de Eduardo Braga, quando assumiu
a Secretaria de Estado da Segurança Pública e depois se elegeu governador do
Amazonas, com o legado deixado pelo ex-governador Eduardo Braga, que se elegeu
para o senado.
Em todas as
etapas da carreira política de Omar Aziz, o acompanhei de longe, inclusive nas
diversas vezes em que mudou de partido, fez passeata como líder estudantil
contra o governador Amazonino Mendes, carregando um caixão como se fosse um
enterro simbólico do governador. Tempos
depois, se elegeu governador e decidiu investir no social, ladeado pela primeira
dama do Estado, Nejimi Aziz.
Mas o mundo
gira e se movimenta de forma estranha, ao ponto de no município de Simão Dias,
em Sergipe, a Câmara Municipal ter se posicionado contraria a fiscalização
“rigorosa” da Polícia Militar para fazer cumprir a Resolução do Contran que
determina o uso obrigatório de capacetes por motociclistas na cidade. Em Simão
Dias, há mais motociclistas andando sem capacetes na cabeça do que aviões
voando no céu da cidade! Na Suécia, jovens imigrantes foram às ruas e protestar
de forma violenta tocando fogo em carros, causando depredações e arruaças
contra o desemprego de 16% entre os migrantes, devido a crise econômica na
Europa, muito parecido com o que fazia o então vereador e hoje governador do
Amazonas, Omar Aziz, quando protestava contra aumento de passagem de ônibus.
Mas o mundo
mudou; o Amazonas, também. A história é outra, mas o anúncio do Governo do
Estado de construir o Centro para Tratamento de Dependentes Químicos no
Amazonas, investindo 10 milhões de reais para a obra no Km 53 da estrada que
liga a capital Manaus ao município de Itacoatiara, a mais de 200 Km da
capital, coincidentemente ou não, ocorreu
quando a Rede Globo, assumindo uma postura socialmente responsável, decidiu
mostrar como o vício do crack atinge a todas as classes econômicas da
sociedade, indo de índios à trabalhadores do campo, passando também pelos
garimpos que buscam encontrar pedras preciosas para serem trocadas por pedras
de crack! Mas, como disse no início, não tenho motivos, razões ou preferências
para gostar do governador Omar Aziz, mas devo aplaudir a iniciativa do Secretário
de Saúde Wilson Alecrim, na pessoa do governador, Omar Aziz. Separo muito bem a
pessoa física do administrador que está até agora fazendo uma administração
séria na condução do Estado em que resido.
Segundo
informações, o Centro de Tratamento para Dependentes Químicos terá capacidade
para a internação de 120 pessoas, mas pelo período médio de 90 dias, apenas,
tempo que considero socialmente insuficiente para resolver o problema dos
jovens adolescentes que se drogam pelas ruas e becos escuros do Brasil. Mas já
é um começo! Depois se pode ir ajustando à sua real necessidade! Ou não? Será
que receber 120 pessoas será suficiente para atender à grande quantidade de
pessoas envolvidas com drogas no Amazonas? Acho pouco, mas já é um bom início!
Com relação
à construção desse Centro, um grande avanço na política de saúde pública no
Amazonas, pois assegurará oportunidade de reabilitação e reinserção social a
pessoas que não tem condições financeiras de manter tratamento particular de
seus familiares contra um vício terrível que destrói não só o dependente, mas também
toda a família.
Mesmo com
essa notícia importante para o Governo às famílias de todas as classes,
cabe-me, como assistente social, fazer algumas perguntas que não foram
respondidas:
1.
Haverá concurso e contratação de mais
assistentes sociais para compor esse centro ou apenas haverá deslocamento dos profissionais
que exercem essa função no Estado, ganhando muito mal?
2.
Com a aprovação pelo Congresso Nacional da
internação compulsória do paciente só com um parecer clínico de um médico, haverá
no Centro de Recuperação de Dependentes Químicos estrutura suficiente para recebê-los,
mesmo contrariado seu desejo de continuar usando crack?
Mesmo que
isso não exista, admito que só a Construção do Centro de Internação já terá
sido um grande avanço social e, aliás, devo reconhecer também que a Dama do
Estado, Nejimi Aziz, vem realizando um excelente trabalho social, tanto na
capital como no interior do Estado. Dou minha mão à palmatória: é um grande
avanço social do Governo Omar Aziz!
Muito interessante!Oxalá o projeto não fique pelo caminho e que seja um êxito.Aqui lhe deixo meu abraço português.
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