Mesmo com bandidos comuns
com rostos cobertos praticando vandalismo e se passando por manifestantes, a
simples derrubada total da PEC 37, que limitava o poder de investigação pelo
Ministério Público, nos crimes contra a administração pública e/ou outros, a
votação aberta para cassação de deputados e senadores e a criminalização da
corrupção com penas mais severas, já é um ótimo sinal de vitória das ruas, mas
não significa garantirá tudo o que os manifestantes de caras limpas ou com os
rostos pintados com as cores verde e amarela estão reivindicando de forma muito
desorganizada, já começaram a ser atendidas dentro das casas legislativas do
Brasil. Mas alguma coisa já começou a mudar, principalmente com o desarquivamento
de projetos sociais antigos negados em comissões, antes do início dos movimentos
nas ruas do Brasil, nem sempre de forma muito pacífica e ordeira.
Mesmo com essa “agilidade”
das casas legislativas, as reduções no preço das tarifas de ônibus em alguns
Estados e municípios, conclamo aos jovens a continuidade das mobilizações, mas
evitando, sempre que possível as badernas, depredações e rejeitando e
denunciando quando identificados, todos os que estiverem com rostos cobertos, porque
estes serão os marginais infiltrados nos movimentos pacíficos que, ao final de
tudo, sempre roubam, depredam, tocam
fogo em lixo. Isso poderá desvirtuar as verdadeiras causas e propósitos dos
movimentos sociais que exigem o surgimento de um novo Brasil, que poderá vir a nascer a partir do caos quase
total!
Por outro lado, o Congresso
Nacional precisará ser ainda mais ágil na aprovação dos projetos de interesse
da sociedade e deixar de agir com fisiologismo, casuísmo e interesses
partidários, começando pelo cumprimento da Lei da Transparência por ele mesmo
criado, mas que não pratica, sendo objeto de discussões judiciais até hoje.
Explicar o inexplicável e afirmar que as vozes das ruas não tiveram qualquer
importância na mudança de postura do Congresso está ficando ridículo para
entender sobre o recuo do Governo Federal que havia proposto “pactos” com os
Governadores e Prefeitos para investir mais em mobilidade urbana e outros
vários setores. Um deles seria o de convocar uma Assembléia Constituinte só
para realizar a reforma partidária clamada pelos brasileiros e casuisticamente
realizada sempre às vésperas de cada eleição!
Confesso que não gosto da
palavra pacto porque ela me lembra os Pactos de Varsóvia, o “Todos pela
Educação”, o “Plano Nacional de Banda Larga” que prometia internet a um preço
baixo, mas até hoje não chegou nem aos municípios que serviriam de modelo. A
palavra pacto é muito utilizada entre dois países belicários depois de guerra
ou escaramuça quando não assinam tratados de paz fazem pacto de “não agressão”.
Também existe o pacto com o pai, para o filho não faltar mais às aulas etc.
Também me lembra de outros pactos que nunca deram certo nos últimos anos, como
o de Fome Zero, a Erradicação da Miséria etc. Mas discutir a palavra “pacto” não é propósito dessa crônica; porém,
pertinente, porque é uma palavra que não significa quase nada, não tem sentido prático ou lógica formal!
O povo civilizado e
organizado não pode e nem deve temer as forças de repressões dos Aparelhos de
Estado; mas, as mobilizações de indignação do povo pacífico e ordeiro. Contudo,
isso não significa dizer que o comportamento dos policiais diante de uma
baderna será uma bandeira branca!
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