No Brasil continental sobram
médicos especialistas, mas faltam médicos generalistas e bons salários, além de
estrutura e condições materiais e estruturais para que os profissionais
desempenhem com qualidade suas atribuições de forma adequada, tranquila e sem
medo de inquéritos nos Conselhos de Medicinas por erros médicos nem sempre
intencionais.
De nada adiantará,
portanto, o Governo Federal investir na
compra de equipamentos médicos caríssimos e destiná-los aos hospitais de todos
municípios do país, principalmente para os com poucos habitantes porque, com o
tempo, ficarão ociosos pelo desuso. Contudo, pode definir municípios polos, nos
quais poderiam ser construídos e equipados excelentes hospitais, desde que
fosse também colocada à disposição da sociedade uma estrutura de transporte para
levar os pacientes até aos profissionais médicos, de forma rápida e eficiente e
sem burocracia, mediante a uma simples solicitação de um médico, mesmo que generalista,
para cuja formação completa deve ser dada atenção especial, permitindo-lhe ter
uma visão do todo para uma possível emergência clínica, que poderia ser
acompanhada por um médico especialista, por vídeo conferência.
Mas, para isso, o país deveria
que fazer deslanchar o Plano Nacional de Banda Larga que até hoje não saiu do
papel completamente e pouco foi investido nessa área. Nem mesmo os municípios
que deveriam ter banda larga por R$ 39,90 de um mega como o Governo Federal
anunciou com muita publicidade em período bem recente, mereceram essa atenção.
Só que passados quase dois
anos do anúncio, nada se viu de progresso e hoje municípios continuam sem
internet, telefone ou televisão de qualidade, se não for por repetidoras
privadas.
Mesmo não sendo da área
médica, garanto não faltam médicos especialistas; mas, generalistas e
tecnologia de informática que lhes permitam trabalhar com total segurança, assessorado
à distância por um médico especialista, via on line, como já ocorre hoje em
muitos países considerados do primeiro mundo. Também faltam bons hospitais, remédios
e salários dignos. É só a estrutura hospitalar que não existe porque médicos
especialistas existem muitos, mas falta-lhes dinheiro no final do mês.
O Ministério da Saúde
querer importar médicos de países estrangeiros sem revalidar seus diplomas no
Brasil, dando preferência aos profissionais brasileiros. Mas essa não é a questão
principal, mas só mais uma imposição ditatorial que o Brasil quer praticar. Mas
as vozes das ruas não aceitam mais esse modelo de e exige a implantação de toda uma infra-estrutura hospitalar, criando
logística para que os municípios mais distantes do Brasil também possam receber
as mesmas condições dignas de atendimento que existem nas capitais, mesmo com
generalistas e não especialistas.
O que falta é estrutura
hospitalar bem equipada e com informática eficiente que permita aos médicos do
Brasil realizar pelo menos vídeo
conferência com outros colegas especialistas do mundo todo, nos grandes centros!
Esse é o principal caminho para uma solução justa, adequada e satisfatória, em
princípios. Depois, outros ajustes deverão que ser feitos, mas tudo terá que se
iniciar com a estruturação de hospitais, com internet de alta velocidade,
computadores, laboratórios, remédios, instrumentais médicos para cirurgias,
pessoal qualificado etc.
Isso, no Brasil,
infelizmente, é mais uma miragem possível de ser alcançada no horizonte dos
sonhos do que uma realidade concreta no mundo dos pesadelos reais!
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