Tive o prazer de conviver, entrevistar e conhecer dois
grandes empresários: Waldomiro Péres Lustosa, transportador de derivados de
petróleo e Mustafa Said, presidente do Sindicato da Borracha e dono de vastos
seringais.
Os dois tinham a simplicidade, humildade e caráter como
marca do caráter empresarial de empreendedores, mas entre eles havia uma
diferença: Mustaf Said depositava o dinheiro dentro um cofre em seu escritório,
na Avenida Joaquim Nabuco, Waldomiro Péres Lustosa depositava o dinheiro que
recebia transportando derivados em empurradores e balsas de petróleo pelos rios
da Amazônia, da empresa Waldomiro P. Lustosa, em bancos do Amazonas, principalmente no Banco
do Estado do Amazonas, do qual chegou a ser presidente.
Como jornalista, quando ia visita-lo em seu escritório em
uma casa antiga no primeiro quarteirão da Rua Itamaracá, logo depois da antiga Loja 22
Paulista e antes da antiga Feira das Frutas que existia naquele local, subia uma
escada e, à porta de vidro, lia uma lista de pessoas que ele não receberia.
Entre elas, estavam jornalistas e gerente de banco. Depois que recebeu uma
Comenda do Ministério da Marinha, caminhando com ele pela Avenida Sete de
Setembro, que tinha seu trânsito no sentido centro bairro, lhe questionei
porque não recebia jornalistas e estava me dando uma entrevista não gravada ou
anotada. Ele riu e disse: “porque sei
que o que lhe digo, no dia seguinte, lerei a mesma coisa no jornal”.
Sobre gerente de banco que também não recebia: “Já viu
gerente de banco procurar alguém que seja pobre. Eles parecem prostitutas: só
procuram quem tem muito dinheiro. Do contrário, nem olham para você e o ignoram
totalmente”. E Waldomiro P. Lustosa tinha muito dinheiro da empresa e dele
pessoal, ao ponto de ser um dos maiores
acionistas individuais do antigo Banco do Estado do Amazonas, com mais de 40%
das ações do banco. Cumpri a pauta, fiz a entrevista, só gravei na memória e
redigi a matéria. No dia seguinte, Waldomiro Peres Lustosa telefonou para A
NOTÍCIA, jornal em trabalhava e me parabenizou porque a entrevista que não
gravara e nem anotara saíra como ele me dissera. Nessa época, o Ministro da
Marinha que lhe concedera a nova comenda, era o Almirante Maximiano da Fonseca
Sabem por que estou narrando a personalidade do
empresário Waldomiro Peres Lustosa? Porque a historia dele se parece e se
confunde muito com a história do fisiologista PMDB, presidido por Michel Temer,
que nunca foi governo, mas sempre foi base de sustentação de todos os governos pós-redemocratização.
O Partido PMDB se parece gerente de Banco: só fica de quem tem dinheiro e prestígio.
Será que o presidente do partido Michel Temer também
renunciará ao seu posto de vice-presidente da República e entregará o cargo
também ou só os ministros do PMDB deixarão seus cargos no Governo, que está
naufragando?
PMDB, foi e ainda é o Partido Político mais corrupto do Brasil.
ResponderExcluirMuito boa a crônica. Vou compartilhá-la.
ResponderExcluirO BRASIL está debaixo de rebeldia do povo.porque foram avisado do que ia acontecer se a Dilma ganhasse mas o povo não acreditou e ela foi eleita pelo povo rebelde.Agora só Jesus e olhe lá.
ResponderExcluirNa minha opinião ele n largará, pois se a Dilma saí ele será o presidente. Ontem tb pensei no Ulisses Guimarães, com certeza se estivesse, entre nós n estaria essa bagunça no PMDB.
ResponderExcluirEntre a Cruz e a Espada
ResponderExcluirTemer está aguardando pra se tornar presidente. Um prêmio injusto.
ResponderExcluirE muita bandidagem
ResponderExcluirParabenizo a lucidez irônica do raciocínio. O Temer ñ pode,como se sabe ñ pode entregar o seu cargo. Apenas renunciar a sua votaçāo. A questāo que se impõe agora é o pós Dilma. Sejamos prudentes nas apreciações do devir.
ResponderExcluirNa verdade é geral mesmo!!
ResponderExcluirAmigo, estamos vivendo um momento muito crítico em nosso país, à política está um caos... a maioria dos parlamentares estão envolvidos em falcatrua... o Temer e o Cunha vão fazer tudo que puderem p/ tirar proveito dessa situação...
ResponderExcluirAqui,ninguem se preocupa como vai ficar a Naçao?é a mesma coisa que pegar agua na peneira.
ResponderExcluirLembro me que fui indicado pela filha do Waldomiro Lustosa pra ser do Conselho Fiscal do entao BEA. Na primeira reunião pedi uma sala com máquina de somar e datilografar. Disse que iria dar 4 horas de expediente dentro do Banco. Recebi uma comunicação, após isso, dispendando me da função. Os canalhas de plantão expulsaram me de lá. Só bandidos.
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