Aos
leitores Graça Guerreiro, Célio Viana e Ronaldo Aleixo!
Não defendo partidos políticos ou pessoas específicas
envolvidas na política. Muito menos defendo ou aceito atos de corrupção
praticados por quaisquer agentes públicos. Defendo unicamente a democracia, a
liberdade responsável de expressão porque sofri censuras em minhas criações jornalísticas
no início da atividade profissional em A NOTÍCIA. Como escreveu o cronista Otto
Lara Rezende, ao se defender e explicar sua postura de neutralidade “é
possível divergir sem ódio, discordar com respeito. Pode-se até mesmo brigar
com amizade”. É assim que faço com os companheiros virtuais Célio Viana
e Ronaldo Aleixo e me orgulho de tê-los como amigos, embora Célio Viana
discorde de mim quando escrevo que existem diferenças gritantes entre guerrilha
urbana, guerrilha, escaramuça, guerra, golpe de Estado. Não aceito o
radicalismo exagerado e até escrachado de seu grupo PAPO FRANCO e nem ele aceita
minhas ponderações. Analiso, não ofendo ninguém e diz que “estou sempre em cima
do muro”., como também diziam de Otto Lara Rezende. De vez em quando tenho divergências de opiniões ou pontos de vistas
também, com o leitor Ronaldo Aleixo, pelo radicalismo mordaz, que usa em seu do
grupo “Debates Políticas”, Mas nos entendemos democraticamente bem, apesar das
brigas de vez em quando pelas redes sociais! Comecemos a crônica de hoje,..
...vai que “pelo conjunto da obra”, a OAB tivesse entrado com
pedido de impeachment de Dilma Rousseff pelos 22 processos por crime de
corrupção que tramitam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB,
além das cinco contas secretas na Suíça, que ele mantém e nega tê-las em bancos
daquele país. E se “pelo conjunto da obra”, como anunciou o presidente do
Conselho Federal da OAB, Claudio Lamancha, ao protocolizar na Câmara Federal um
novo pedido de impeachment, a classe que representa os advogados do Brasil tivesse
pedido, também, mais pressa no julgamento dos 18 processos contra o senador
José Serra (PSDB) ou impedido o impeachment pelo fim do sigilo de 25 anos decretado
pelo governador Geraldo Alchmin (PSDB) nas
contabilidades da Petrobras, Banco do Brasil e BNDES e ainda contra os outros 25 anos o governador paulista colocou as do Sistema
Ferroviário paulista, após iniciadas as investigações pela Polícia Federal, que
apontaram desvios de muitos milhões de dólares. O novo pedido da OAB, “pelo
conjunto da obra” da OAB será analisado por uma comissão especial da Câmara
Federal, formada por 68 deputados de vários partidos.
Como instituição zelosa do direito, que apoiou ao Golpe
Militar de 64 no Brasil, se pelo “conjunto da obra”, a presidente Dilma
Rousseff poder ou não sofrer impeachment político por não ter comprado um
apartamento no bairro mais nobre de Paris, como o fez o ex-presidente da
República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dividindo-se o valor do imóvel pelo
rendimento vitalício que ex-presidente recebe depois que deixa o cargo, teria FHCque ter presidido o Brasil por quase 300
anos, como é público e notório e já foi dito isso no Congresso Nacional! O que
tentou fazer a presidente da República, Dilma Rousseff, “pelo conjunto da obra”?
Nada mais do que nomear o ex-presidente com todos seus direitos políticos intactos
Luiz Inácio Lula da Silva, cidadão brasileiro e com todos seus direitos políticos
intactos para ser chefe da Casa Civil. Ou será que a OAB, pelo “conjunto
da obra”, desconhece que esse é um direito legítimo que todo presidente da
República deve praticar no exercício de mandato. Fazê-lo, não; tentou, apenas. Mas
a OAB, em seu pedido de perda de mandato da presidente Dilma Rousseff, juntou
também...
..as graves pedalada fiscais, que contrariam a Lei de
Responsabilidade Fiscal...e o quê mais, mesmo? Ah, “o conjunto da obra”? Nada
mais!, O Conselho Federal da OAB, presidido por juristas famosos como o
amazonense do município do careiro, José Bernardo Cabral, ex-deputado federal e
relator da Constituição do Brasil, Agora “pelo conjunto da obra”, ,muitos anos
depois de relatada pelo jurista amazonense Bernardo Cabral e promulgada pelo
deputado federal Ulisses Guimarães, do hoje fisiologista PMDB, o Conselho
Federal da OAB é presidido por Claudio Lamancha, Nesse tempo. a sociedade mudou
radicalmente para pior ou melhor em seus valores éticos, morais políticos e
econômicos. A moda mudou, só o Conselho Federal da OAB não percebeu ou não quis
perceber as mudanças e está, infelizmente servindo para desagregar o Brasil ou
simplesmente promovendo o interesse de partidos contrários à democracia. Também
pelo “conjunto da obra”, está aceitando sem pensar ou analisar juridicamente
que nenhum outro “conjunto da obra”, praticou a presidente Dilma Rousseff. Está
se deixando curvar apenas pelo clamor popular nas ruas exigindo o impeachment
da presidente Dilma Rousseff.
Com todo respeito que à classe de advogados de mim
merece, .a OAB deveria era sentir vergonha de ver que membros de seus quadros,
exercendo seus legítimos direitos como advogados de defesa de seus
constituintes, conseguirem em 48 horas, um “habeas corpus”, para um banqueiro
que lesou o Sistema Financeiro do Brasil e também pelo “habeas corpus”
concedido a um médico que dopava e, depois, estuprava suas clientes que queriam
somente ser mãe. Hoje, 37 mulheres estupradas dentro de seu consultório estão
processando o médico que, depois de receber o “habeas corpus”, fugiu com documentos
falsos e foi residir no Líbano, sua segunda pátria. Pelo “conjunto da obra”, o
senador Demóstenes Torres (DEM), também foi cassado por corrupção.
Contudo, pelo “conjunto da obra”, o Conselho Federal da
OAB deveria ter pedido a reforma de leis e dos códigos ultrapassados que regem
sistema carcerário brasileiro e não ter apenas se dobrado aos clamores legítimos
e ilegítimos das ruas ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff,
sem apontar um único caso de corrupção que ela esteja envolvida direta ou
indiretamente. Mas o fez simplesmente pelo “conjunto da obra”, não apontado um
fato específico contra a presidente, como o fazem todos os advogados quando
defendem seus clientes nos Tribunais!”
“No conjunto da obra”, foi desastrado o comportamento da
OAB, para não dizer coisa pior ainda. Pelo “conjunto da obra” não escreverei o
que estou pensando sobre esse pedido. Entendo que o Conselho Federal da OAB,
como todo o respeito que amigos advogados de mim merecem já se prestou a causas
mais nobres, do que simplesmente agir pelo “conjunto da obra” sem apontar um
único crime que tenha ferido alguma lei, exceto as pedaladas fiscais, que é
grave, mas as contas da presidência ainda não foram analisadas nesse exercício.