“Façam
o que eu fiz, mas não façam o que digo.”
Deve ter sido esse o
recado que desejou passar aos eleitores do Brasil, o senador por Alagoas Renan
Calheiros. Ele desacatou uma ordem do STF, foi mantido no cargo, ficará
impedido de entrar em campo para substituir o presidente Michel Temer na linha
sucessória natural. Renan, depois de fazer tudo isso, garantiu que “ordem da Justiça, principalmente no STF,
não é para ser discutida; mas, cumprida”, Por que vossa excelência, não a
cumpriu e recorreu depois, como recomendou aos eleitores Brasil? É...do Brasil
porque vossa excelência foi eleito pela linda terra de Alagoas, mas representa
os interesses do Brasil! O senador debochou do Judiciário, defecou na cima da
liminar do Ministro Marco Aurélio Melo e só não limpou os fundilhos porque não entrou
no banheiro do senado para se esconder do Oficial de Justiça que tentava
intimá-lo!
Se o senador Renan
Calheiros, réu no STF, não tem moral para substituir o presidente Michel Temer,
pela função do cargo que ocupa agora, como ele teria moral para continuar comandando
o Senado da República do Brasil? Demagogia, hipocrisia, desrespeito aos
eleitores que marchavam em “indecisos
cordões” exigindo aos gritos “fora
Renan”! Os ministros do STF,
frustraram a todos que queriam a saída dele do cargo. Decidiram mantê-lo e impedi-lo de entrar em campo para
chutar a bola. Os Ministros do STF deram mais um nó na cabeça de juristas
renomados, interpretando de forma equivocada a Constituição e criando mais um “penduricalho constitucional” para
ser resolvido mais na frente, Os Senado e o ministro presidente
do STF na época, Ricardo Lewandowski, declararam a presidente Dilma Rousseff de continuar
comandando o Brasil, mas permitindo que continuasse com seus direitos políticos
intactos.
Diante da louca
ginástica interpretativa do texto constitucional e permitindo que Renan Calheiros
continuasse no cargo o também senador da Rede Sustentabilidade, o mais votado
no Estado do Amapá, Randolfe Rodrigues, nascido em Garanhuns-PE e registrado
com o nome de Randolph Frederich
Rodrigues Alves garantiu: “foi o
mais lamentável episódio de flagrante desrespeito à instituição do Poder
Judiciário”.
Senhor
condutor dessa nave louca que transporta a frágil e debilitada democracia
política do Brasil, desligue a máquina. Desembarcarei na próxima parada!
O lógico, isto é! No tempo em que grandes senhores tinham como marco principal na vida o seu bom nome e a sua palavra honra, o que se dizia era:-- "Façam como eu digo, não façam como eu faço!".
ResponderExcluirIsto porque bons faladores, sempre existiram e existirão. Mas bons cumpridores nem tanto!
Significa que um bom orador, nem sempre é um bom cumpridor.
Pelo andar da carruagem, logo se Deus se vê quem lá vai dentro! Ou ainda:--muita conversar é sinal de pouca obra. Gostei do seu artigo meu caro amigo Sr. Costa. Abraço
Gostei do texto.
ResponderExcluirPalmas, Carlos Costa
ResponderExcluirSuas crónicas transformam o que parece complicado em uma coisa tão simples que chega a surpreender!
Seguindo decisão do STF no caso do Renan Calheiros, o STJD decidiu que toda vez que um jogador for expulso em uma partida de futebol e ele não quiser sair, ele pode ficar em campo, mas ele não pode fazer gol...
ResponderExcluirMeu caro Carlos Costa, realmente, as suas colocações são lúdicas e de uma felicidade impar. O tal Renan Calheiros, fez de pinico o nosso judiciário. Parabéns pela matéria.
ResponderExcluirMeu caro Carlos Costa, realmente, as suas colocações são lúdicas e de uma felicidade impar. O tal Renan Calheiros, fez de pinico o nosso judiciário. Parabéns pela cronica.
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