Enquanto os bancos
suíços devolvem dinheiro de corruptos envolvidos no Brasil, com a operação “Lava Jato” e aumentar suas
fiscalizações por lá, mais me convence que a sociedade coletiva-política de um
país não pode cobrar nada que não oferece como exemplo à classe política. Sendo
o Brasil, um país com a formação social igualitária, democrática, o erro
coletivo de poucos se reflete e obriga a todos a arcar com as consequências dos
erros individuais. Como também não praticamos e damos péssimos exemplos de
cidadania, todos pagam a conta em nome de poucos. Contudo, esses poucos exercem
cargos de importância na política e comandam a nação sem moral para cobrar bons
exemplos de ninguém.
Recordo dos japoneses
com sacos na mão retirando todo o lixo deixado em um Estádio, durante a
realização de um jogo da copa do Mundo de 2014. A sociedade brasileira jamais
será igual à sociedade japonesa, mas poderíamos dar pequenos exemplos de
respeito aos estacionamentos de demarcados para idosos e respeitar seus
direitos, não furando sinal vermelho, não pagando “flanelinhas” para “reparar” carros estacionados em via pública
na rua, não dar esmolas aos mendigos.
Uma sociedade justa não deve fazer nada disso e ter moral para cobrar ações
honestas de políticos, que representam um extrato da sociedade que lhes cobra
exemplos de honestidade. Não se pode dar o que não existe!
O embaixador da Suíça
no Brasil, André Regli, garante que seu país não é mais um lugar seguro para se
guardar dinheiro de origem não declarada, como já fora no passado, com contas
secretas.. Segundo ele, desde 2008, sob pressão do G-20, a Suíça mudou as
regras de sigilo bancário e decidiu colaborar com investigações criminais sobre
corrupção. O exemplo mais eloquente seria a Operação Lava Jato. “Quem tem dinheiro sujo pode tentar
buscar em qualquer outros lugar, menos
em bancos suíços”, afirmou o embaixador em entrevista exclusiva ao GLOGO. (http://oglobo.globo.com/brasil/a-gente-nao-quer-mais-dinheiro-sujo-na-suica-diz-embaixador-20625619#ixzz4dTm6u91n ). Já é um bom começo, mas é uma pena que
resistiu tanto tempo à colaborar com investigações. !
Diante disso, não me
sai da cabeça a frase do jornalista Paulo Frances, denunciando que os bancos
suíços, estavam servindo de lavanderia para os diretores da Petrobras. Ele
tinha total razão!
Muito bom Carlos
ResponderExcluirCaro mestre Carlos Costa, é bem interessanrte a abordagem de suas palavras. Creio que a EDUCAÇÃO é a palavra chave... Alias, a única "classe" que não faz referencia ao se dirigir ao Imperador dos Jaboneses, são os professores... E aqui? Saõ mal remunerados e nãol são respeitados... Uma boa noite e um abraço amigo.
ResponderExcluirPrezado Carlos, sobre o exemplo dos japoneses, o fato é que os católicos que foram ver o Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro também limparam tudo na praia. Então pelo menos quem é católico convicto sabe dar o bom exemplo mesmo sendo brasileiros. Mas seu artigo é muito certo. A lava-jato tem de continuar mesmo que o pessoal do Congresso esteja conspirando contra ela. Convido ler minha homenagem
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