Enquanto 17 milhões de pessoas passam
fome no mundo, o Brasil também joga toneladas de alimentos "in natura" e de restaurantes que não são aproveitados
por egoísmo, egocentrismo e vontade política, dos “representantes do povo” que
só pensam e executam desvios de recursos públicos.
O pior de tudo é que o Brasil não
sinaliza nesse caminho pais não tem política de reaproveitamento de alimentos
produzidos, salvo uma ou outras iniciativas privadas como a Mesa Brasil,
comandada pela Confederação Nacional do Comércio, através do Serviço Social do
Comércio- SESC e a tentativa de produção de alimentos
nutricionais pela Arquidiocese de São Paulo, que parece que morreu no
nascedouro, porque foram tantas as críticas contra essa excelente
iniciativa.
Diante das dúvidas e
polêmicas surgidas após a promulgação, na semana passada, da lei municipal
16.704/2017, que implementaria a Política Municipal de Erradicação da Fome e
da Promoção Social dos Alimentos, na Cúria Metropolitana naquele Estado
com uma coletiva de imprensa para esclareceria os princípios da medida que
buscaria evitar o desperdício de alimentos “in natura” nas feiras e desonerar o
meio ambiente, contribuindo para o combate à fome, parece que ideia teria
descartada.
Fora isso, desconheço qualquer outra pública
voltada ao reaproveitamento de alimentos desperdiçados diariamente nas feiras públicas
alimentares no Brasil ou no mundo, ou quaisquer outras iniciativas de política
mundial que permitiria o recolhimento de comidas produzidas em restaurantes ou
o recolhimento de “restos” de alimentos “in natura”, nas feiras ou mercados. O egoísmo
e o egocentrismo se fazem presentes, mais uma vez. A Arquidiocese fazia isso,
mas não deixaram que continuasse com essa missão lançada pelo prefeito João
Dória (PSDB) e como parte do programa do programa “Alimento para todos” que
seria lançado e distribuído de graça aos carentes de SP.
Enquanto ninguém faz nada em favor
dos menos favorecidos, desempregados, sem tetos etc. 17 mil pessoas passam fome
no mundo porque ninguém oferece nada a ninguém ou reduz o preço dos alimentos
preparados em restaurantes, para que não estrague.
Lamentável
ResponderExcluirAmigo, estou com um projeto de Lei pra permitir a doação legal de alimentos ainda em condições de consumo mas que vão vencer e punir quem não doar
ResponderExcluirAcredite, já tem três anos.Estou esbarrando numa lei federal que obriga a jogá-los no lixo.
Em países civilizados quem jogar alimento no lixo é punido.Aqui no Brasil, quem não jogar é punido.
Tenho esperança de aprovar essa lei agora em 18
.
ResponderExcluirA maior desgraça de uma nação pobre é que, em vez de produzir riqueza, produz ricos, como garantiu Mia Couto e acres entrou "Mas ricos sem riqueza. Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados. Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego. Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro. Ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele"
esta é mais uma de nossas tragédias nacionais, desperdício de alimentos, em grande escala, que vemos acontecendo em grandes e pequenas comunidades também. Só para te dar um exemplo, há alguns anos eu estava fazendo um levantamento para um projeto de turismo em uma pequena cidade do interior mineiro e percebi que quase todas as casas da localidade tinham mangueiras e eles estavam em plena frutificação. O que se via por lá eram milhares de mangas apodrecendo sob as mangueiras, sem que ninguém desse uma utilização para elas. Então, meu reuni com algumas lideranças locais e sugeri que as frutas que não fossem aproveitadas poderiam ser colhidas , antes que apodrecessem no chão e a partir delas se fizesse polpas para futuras utilizações em sucos iu doces, para escolas locais ou até para geração de renda para muitas pessoas.
ResponderExcluirFiquei espantado em ouvir a resposta dos membros da comunidade, dizendo que ninguém se interessaria em fazer o trabalho da coleta e menos ainda o da confecção das polpas, pois não iam ganhar nada com isso. Ou seja, se não houver dinheiro pagando pelo trabalho, não existe o interesse em trabalho voluntário , que pode sim beneficiar muitas comunidades. Eu pensei até eu mesmo fazer este trabalho durante alguns dias, para dar o exemplo, mas meu tempo na localidade foi muito curto e eu não pude fazê-lo. Hoje , passo na mesma comunidade, ocasionalmente, e continuo vendo aquelas milhares de mangas apodrecendo sob as mangueiras.
É duro, mas é assim que funciona neste país..