Em seu aniversário, dentro
e um vestido vermelho, Cacilda Bezerra bailava um bolero gostoso cantado por Mustafa Said e sua diva Goreth Almeida. Minha prima bailava e
rodopiava lindamente como se fosse um beija flor, indo e voltando com muita
graça, suavidade e beleza. Além de mim, observavam seus movimentos, uma piscina,
duas botijas de gás ligadas a um fogão em um canto da casa, as comidas que
seriam servidas logo mais e um bolo sem velas. Ela parecia um beija-flor
flutuando no ar.
Os movimentos me lembravam
da época em que de frequentava o bar
Zero Grau, no bairro de São Jorge, onde “bolerava” a também cantora e proprietária Fátima Silva, com sua voz firme da cantora Alcione, a “Marron”. Ao
retornar para a mesa, minha esposa que bailava um tipo de dança “cansa puta”, sem muita firmeza ou
leveza nos paços. Trabalhava na minha adolescência e não tive tempo de aprender
a dançar, nem agora como aposentado, poderei tentar aprender. Não tenho mais equilíbrio depois das
cirurgias no cérebro.
Tive que me abster dos
pensamentos gostosos do passado de bolerista medíocre, para me focar no bailado
da minha prima. O amigo que conduzia e a fazia rodopiar com tanta beleza e
leveza para um lado e para o outro, não era o garçom que dançava com as clientes
no bar Zero Grau, mas também já
devia ter frequentado o mesmo local. Terminou tudo em um grande carnaval na
casa de Cacilda Bezerra, observado
por alguns momentos por mim, seus convidados, a piscina, um fogão em um canto,
as comidas na mesa, o bolo em outro canto e, o mais incrível, tudo estava decorado
de vermelho em sua casa, menos os balões que recebiam a todos no portão de sua
casa, que eram na cor azul claro. O resto era tudo vermelho, inclusive o
vestido da maioria das pessoas que se fizeram presentes ao local.
Muito bonito,gostei
ResponderExcluirMuito bom.
ResponderExcluirExcelente texto que proporciona agradável, leitura, ilustre jornalista Carlos Costa. Boa noite e excelente feriado!!!
ResponderExcluirObrigada primo amei
ResponderExcluirBelo texto... Boa noite.
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