“Se precisarmos de polícia para sermos, (sic) honestos, somos uma
sociedade de bandidos soltos”.
De todas as frases que
já li sobre a crise institucional, moral, ética e financeira no Estado de Vitória,
que tem por capital o Espírito Santo, a do psicólogo e teólogo Sérgio Oliveira,
foi uma das mais inteligentes, lúcidas e coerentes que já li nas redes sociais.
Outros escritos sobre a mesma crise, como a de Alexandre Garcia, apresentam um
Brasil antes de 64 e outras mais diretas, dizendo que em qualquer crise “chama o Exército que ele resolve”.
Contudo, nesse momento, a presença do Exército no comando do Brasil, é desnecessária
e poderia ser e ter uma atuação desastrada, em termos de megalomania
institucional, com a imposição de novo período de censura militar e com a
presença de federais nas redações dos meios de comunicação. O psicólogo, Sérgio
Oliveira, com muita sensatez, se questiona sobre pessoas que se aproveitam de
uma situação específica para também roubar mesmo sem serem ladrões, aumentando
ainda mais a insegurança pública na linda capital e concluiu com razão que “se precisarmos de polícia para sermos, (sic)
honestos, somos uma sociedade de bandidos soltos”.
O que o Brasil precisa é
mais do que polícia: quer que os poderes executivo, legislativo e judiciário
cumpram seus deveres e não se vendendo e vendendo sentenças para prender e
soltar ninguém. Mas essa realidade está mudando, felizmente, mas não tão
rapidamente quanto à sociedade deseja, porque continua podre e se vendendo
também para candidatos populistas e endinheirados com dinheiro de corrupção,
que fazem suas campanhas e depois, descobertos, anunciam que “minha campanha
recebeu recursos legais e tudo foi declarado à Justiça Eleitoral e minhas
contas foram todas aprovadas”, como se a fiscalização eleitoral tivesse o mesmo
poder de investigação que a Polícia Federal tem. O mais comum é ler sobre notas
fiscais falsas, só descobertas em perícias realizadas pela PF.
Alexandre Garcia, em
sua crônica “Espírito Santo Nada” fala
sobre as imagens dos saques praticada por bandidos “ainda não profissionais, chocam, mas não surpreendem”. Segundo
Garcia, não precisaria ser adivinho para saber que o Brasil terminaria assim.
Depois, segue mais pelo lado político
como se poderia esperar. O psicológico Sérgio Oliveira, porém, analisa a mesma crise
moral, social e ético da sociedade coletiva pelo lado psicológico e chama a
atenção para o fato de pessoas comuns “ainda
não profissionais”, se envolverem em roubos de lojas e devolverem os
produtos furtados só depois de descobertos e identificados pela polícia,
nas câmeras existentes. O “arrependimento”
não torna o roubo, desonestidade, falta de caráter, ética social, menos
grave, continuará sendo um roubo e, do
mesmo modo, um crime de roubo!
O que falta à
sociedade, também falta em políticos: compromisso com o coletivo, com o SER e não com o TER. Felizmente, está sendo resolvido, com atropelos, a crise moral
coletiva da sociedade, mas continuará sendo difícil, muito difícil mesmo, se
chegar a um nível aceitável de honestidade, porque o problema da falta de moral, começa na pirâmide social
e termina em que deveria ser e dar exemplos à sociedade que os elege: os
políticos. Se a sociedade apodreceu, não poderia exigir que elegesse bons
políticos para nos representarem. É lamentável que tudo que não presta se
espalha como rastilho de pólvora na era das mídias sociais: o mesmo pode
ocorrer também no Rio de Janeiro, também quebrado e com um governador Pezão e
seu vice, Dornelles, cassados, com direito a recursos e ainda nos seus cargos.
Será o caos e talvez o Exército assuma tudo de vez, já que está cumprindo
sua função de “Aparelho de Estado”, apagando incêndios em revoltas como a de
Santa Catarina, rebeliões em presídios etc. A conclusão que chego é: onde o Estado se torna ausente, o Estado
Paralelo se faz presente e se fortalece cada vez mais!
Está ficando muito
perigosa a situação e parecendo com o clima que levou ao Golpe Militar de 64, mais
agravado pela corrupção que envolve alguns políticos!
E brincadeira....
ResponderExcluirQuase morri de rir esse povo sem noção pela devolução dos roubos, mas é sério!
ResponderExcluireu caro Carlos; eu sou muito cético em relação à minha opinião das nossas gloriosas Forças Armadas tomem pulso da situação e intervenha o mais rápido possível, não apenas no Espírito Santo mas em todo o Brasil.
ResponderExcluirCarlos, como sempre, vc atinge o prego na cabeça.
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