Enquanto a chuva era torrencial no
local onde moro, olhava para a piscina, pela janela fumê da suíte do Mundi
Residencial Resort, e, vendo dedicadas professoras de natação dando aula para
crianças, especialmente a professora Sheila, lembrei-me do Thiago,
quando ele também dando lições de natação para nosso filho entre 4/5 anos na
época, na piscina do Florença Residencial Park, adquirido depois de muita
poupança e 28 anos de trabalho. Depois com mais poupança e mais anos de
trabalho, adquiri outros imóveis. Hoje Carlos Costa Filho tem 19 anos e também
está cursando o 4º de Economia na UFAM, o mesmo curso que fez o Thiago, atualmente funcionário
concursado da Secretaria de Estado da Fazenda/Am.
Hoje, aposentado por invalidez não me
resta outra opção que não seja pensar na vida e no que fora feito dela.
Não me arrependo do que fiz; mas do que ainda poderia ter feito e deixei de
fazer aos 49 anos da vida. Como muitos o foram também fui atingido pelo “Fator
Previdenciário” Muitas coisas ainda me eram possíveis de serem
realizadas, mas DEUS não quis que as realizasse, permitindo-me, porém, continuar
com o talento que já possuía: escrever como terapia mental no início e que
se transformou em quase uma compulsão ou uma obsessão!
Depois de 11 cirurgias no cérebro coma
induzido por dez dias no Hospital Santa Júlia em Manaus,
aposentado por invalidez, deixei de trabalhar para complementar renda.
Por isso, lembrando-me que só devo a duas pessoas no mundo: a DEUS que me livrou das internações e novas cirurgias e a toda a torcida do
Corinthians, campeão da Copa do
Brasil/2017, com quatro rodadas de antecipação. Descartado do mercado de
trabalho, perdi alguns “amigos” e ganhei outros que conheço e os preservo e
outros que não esperava tê-los pela rede social de hatswzap conectado com o mundo pela mundial de
computadores. Como são muitos contatos de zap, os reuni em vários grupos e outros
nos quais fui incluído e decidi permanecer.
Nada disso, porém, tem a ver com a crônica.
Lembrei-me, também, dos gritos da mãe do nadador, Tiago Pereira, “Vai Tiago,
vai Tiago", incentivando-o em todas as competições que participava. Não
sei se só pelo incentivo que recebia da mãe, ele vencia. Foi várias vezes
medalhado. Mas isso também não tem muito a ver com a crónica. Estava escrevendo
sobre o Tiago Santos, filho da
professora da UEA, Lúcia Cláudia Santos e neto de Claudionor Santos, dos
quais voltamos a ser vizinhos, novamente. O Mundi Resort, fica colado ao
muro do Florença Residencial Park, onde morei e fui síndico pela primeira vez!
Com brinquedos na borda da piscina e
a dedicação e cuidado que a professora Sheila, cheia de alunos que chamam de
"tia", delirei e voltei no
tempo, quando Carlos Filho desenvolveu suas primeiras técnicas de natação e
aprendeu a nadar graças a dedicação que tinha também seu único professor de
natação Tiago Santos, como o
tratava e ainda trato, se o reconhecer depois de todas as marcas que a vida me
deixou!
"Vai Carlos Filho, vai Carlos Filho" me vi gritando
também como a mãe do nadador Tiago Pereira fazia nas competições em que o filho
participava, enquanto o telefone tocava sem parar tirando-me do delírio de
aplaudi-o Carlos Filho, no podium da vida recebendo medalha pela sua
determinação.
Carlos querido, lendo este seu maravilhoso texto de hoje, tive o prazer de começar a ler os outros anteriores...são muuuuuitos, mas todos maravilhosos, eu também escrevo aqui e nem imaginava que encontraria alguém tão nobre e de uma escrita tão maravilhosa e interessante.
ResponderExcluirNen sempre na vida acontece aquilo que queremos,e entre eles temos varios motivos ou causas diferenciadas.Eu nao acredito em Deus.Mas so feliz em ter um amigo aqui que me respeita.
ResponderExcluirBom conhecer uma parte de vc, batalhas vitoriosas ( Delirios)
ResponderExcluir..."Vai Carlos Pai...vai Carlos Pai!!...hoje deve gritar por dentro o Carlos Filho, incentivando-o na sua determinaçao diaria de superaçao da sua competicao pela vida com saude...
ResponderExcluirVocê como sempre, uma mente crítica e brilhante.
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