Levado por minha esposa, atravessamos
a Ponte Phillip Daou e seguimos pela estrada Manuel Urbano, entramos na pista
da Cidade Universitária, dobramos em um ramal, já dentro da inconclusa, quase
abandonada e sem energia na nos postes existententes em toda a extensão dela.
A estrada, sem placas, inclusive na rotatória, é sinalizada apenas com “olhos de gato”, dividindo as três
pistas sem nenhuma placa mesmo com tintas fosforescente. Suzamar, disse que
algumas pessoas deixando o clube, chegaram a passar direto e deram no meio da
rotatória sem iluminação alguma.
Dobramos à direita entramos em outro
ramal bem cuidado e finalmente chegamos ao local da pescaria. O ramal é
bem cuidado porque fica e é o único
acesso para o Amazon Fischi, “um tipo de hotel para turistas”
como engenheiro-agrônomo o Suzamar Santos. Na companhia da colega assistente
social Natasche e seu esposo, visitamos o sítio do
casal Sérgio e Lúcia, onde fizemos uma pescaria agradável, fisgando duas dúzias
de peixes da região.
Das duas dúzias, contribui com 6
peixes de diversos tamanhos e qualidades. O local é bonito e me fez lembrar que
morei na comunidade do Varre-Vento, até o ano de 1968. Era o “ancora” de popa
da canoa de minha mãe Josefa Costa. Quando não podia acompanha-la para pescar
sardinha, colocava sempre uma pedra na popa da pequena canoa e não esquecia do chapéu
na cabeça e a camisa de manga longa.
Sempre assessorado pelo Sérgio apoiando-me
em cajado tipo o que sua esposa pedira que me entregasse para usar me senti o
profeta bíblico Moisés. Ao tê-lo nas mãos, bati no chão e disse que abriria
também o Mar Vermelho da minha imaginação, mas
não tinha mar! Como havia chovido muito no dia anterior, existia a mistura de
água preta na nascente e barrenta mais longe, onde Suzamar e Sérgio
passaram a jogar suas iscas. Os peixes batiam na água. E, sentado em uma
banqueta plástica e me apoiando no cajado, fiquei assessorado pela colega de
profissão Natasche Conceição, ´pescando no encontro das duas águas, enquanto
minha esposa conversava com dona da casa.
Antes de deixarmos o local, a esposa
fez questão de retirar o chapéu de minha cabeça, enquanto mostrava a foto da
terceira das 11 das cirurgias a que fui submetido no cérebro desde 2006. Repedi
que foram 11 cirurgias no cérebro, de 2006 a 2009 e que guardava em baixo do
chapéu os 175 pontos de orelha a orelha. Depois de mostrar-me sua barriga e
ter-me dito que também já tinha feito cirurgias, contou-me que entre a vida e a
morte, fizera uma promessa com Nossa Senhora Aparecida que se ficasse curada,
distribuiria uma santa "benzida"
como me informara dona Lúcia. Recebi a minha, beijei, agradeci e pedi que
minha esposa Para Queiroz a guardasse.
Agora a imagem de NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO repousa
tranquila ao meu lado, velando meu sono. Recebemos convite e prometemos voltar,
mas não sei quando.
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