Criada historicamente dez
anos antes pelo projeto do deputado federal Francisco Pereira da Silva, a Zona
Franca de Manaus, completa hoje seus 44 anos, com avanços e retrocessos, passando por sucessivas prorrogações em
governos diferentes, recebendo sua perenidade, pelas mãos do senador amazonense
Bernardo Cabral relator da elaboração da Constituição de 1988, mas só foi efetivamente
implantada dez anos mais tarde, em 1967 pelo Governo Militar. Contudo, será que
o modelo ZFM atingiu a todos seus objetivos e metas para os quais foi
implantado? Sim e não! O modelo ZFM não é o mais apropriado para o Amazonas,
embora o Estado tenha se desenvolvido muito!
Ao mesmo tempo em que a ZFM
produziu riquezas no Amazonas, particularmente em Manaus, socialmente o governo
do Estado não redistribuiu e nem fez criar mecanismos capazes de fazer com que as
riquezas se transformassem em investimentos na área social em forma de novos hospitais,
garantia de segurança, melhoria na área de saúde , nem criou mecanismos que garantisse
às empresas fazer diretamente os investimentos em forma social, apoiando
programas e projetos visando a desenvolver jovens e adolescentes envolvidos com
tráficos, prostituição e crimes. O modelo ZFM serviu também para encobrir as grandes mazelas sociais que
ainda hoje são visíveis na periferia de Manaus.
O Golpe Militar de 64 no Brasil, aliado ao medo do
comunismo, se espalhou pela América Latina com o sucesso alcançado por Fidel
Castro na Ilha de Cuba apressou à implantação do modelo ZFM, local de “mão de
obra barata e abundante”, como garante os livros “Zona
Franca de Manaus: os Filhos da Era Eletroeletrônica”, da pesquisadora Edila Armaud Ferreira Moura,
publicado pela Universidade Federal do Pará, 1993, integrante da série “Pobreza
e Meio Ambiente na Amazônia, vol. 2 e o livro O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – a
trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus, 1995, Imprensa
Oficial, Manaus, de Carlos Costa (in carloscostajornalismo.blogspot.com).
A obra da professora paraense resgata questões
como crianças da periferia, o crescimento urbano e a ocupação de Manaus, as condições
sócio-econômicas da população e traça um perfil do trabalho na Feira da
Compensa, e constata que em relação à escolaridade, não existe “escolas para
todos”. No livro de Costa, ele relata um pouco sobre o processo social do
modelo e faz um arrazoado histórico sobre o desenvolvimento do comunismo na
ilha comandada à mão de ferro pelos irmãos Castro, Fidel e Raul.
Independentemente de qualquer interpretação
que se faça ou se dê ao modelo da ZFM, é inegável que ao mesmo tempo em que o
Amazonas se desenvolveu, a perenidade do modelo foi garantida e também mascarou
o seu real destino de desenvolvimento voltado ao que de melhor existe na
Amazônia, que é sua biodiversidade que, se bem explorada, poderá lhe render
tantos frutos e com menos desgastes aos empresários que se aventurarem a
investir em um novo enfoque que não fique dependendo exclusivamente de
incentivos fiscais.
Afinal, começa a surgir uma luz no fim do túnel
negro da ZFM: foi iniciado e autorizado a instalação de um polo naval no Estado
que, como sempre afirmo, tem em seus rios como rodovias, e os barcos como ônibus
que transportam pessoas e sonhos que poderão surgir no futuro, quando perdermos a mania da
dependência política.
Concordo com o texto e Infelizmente não ha mecanismo que permitam um desenvolvimento econômico real para a cidade de Manaus enquanto isso o crescimento econõmico (Inchaço da cidade) é visivel e precisamos voltar com os projetos das industrias nas ZFs onde desenvolviam o interior do Estado gerando emprego e renda.
ResponderExcluirHі there, I read your new stuff likе every ωeek.
ResponderExcluirYour humoristіc stylе іs аωeѕome, κeep uρ the gooԁ ωork!
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Thank you! Glad !
ResponderExcluirNot just wrote a paragraph. I wrote a chronicle, with a serious analysis of the MFZ model, friend.
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