Sei que o tempo na volta...mas...
.
Mas sinto saudades do Dorval Porto com a turma acompanhando professores
e chutando latas para espantar os cachorros que latiam muito, da música
"FELINGS" de Morais
Albert, encontro lembranças da professora Alice Fabrício da Silva que
nos dava aula de inglês usando a música tocada em um aparelho pequeno.
Também volto à adolescência ao ver minha mãe Josefa Costa fumando um
cigarro "Gaivota" sem filtro fabricado em Manaus e tossindo
muito ou de uma garrafa de Cocal, sobre as mesas dos bares cheio de mulheres de
vida não muito recomendável. Dos vários quartos que existiam atrás do Bar
Jupati, no bairro de Educandos, com um senhor idoso responsável com um
molho de chaves para abrir e fechá-los depois. Era o único controle de conferência que existia na época. Do desodorante MISTRAL, que toda "mariposa da noite" tinha que usar depois do banho "theco" na bacia para lavar a perseguida.
Tenho saudades do "Quadrinha", um menino que
soltava papagaio com cerol para cortar o dos outros com lábios feridos como se
fosse herpes no canto da boca. Ou seria só de tanto olhar fixo rumo ao sol ou pelo
vidro usado no preparo da linha? Um dia ele amarrou tantos carreteis de linhas
que olhava para o sol e não via mais o pangaio e terminou cortando a linha, para
que bailasse no ar como se fosse uma folha que desliza suave ao sabor do vento por
não poder ou tempo para recolhê-la? Não ficarei sabendo porque ele já falecera
.
Ele ficava na avenida Adalberto Vale, enquanto os meninos que jogavam
bola na rua abriam caminho para que a Maria José no meio deles com seu cabelo
longo cobrindo uma parte do olho e o outro fixo no chão para se desviasse
das merdas dos muitos cachorros que perambulava soltos no meio da rua....
Ou dos "novos ricos"
como se dizia na década de 70 para quem parasse um carro mais caro na porta de
cheio de amigos, sentando-se em uma mesa de bar e pedindo uma garrafa de "Conhaque
Palácio" com uma garrafa de vidro de Coca-Cola para "rebater"...
Ou do marinheiro que tremia muito pela manhã e morreu de cirrose
hepática entrando no bar e. gesto com os
dedos colocando dois virados para dentro e esticando os outros dois e pedindo
"uma talagada de álcool puro” para começar seu dia sem tremedeira.
Ou a música som de "Love Huts" do grupo Love Nazareh tocando
na vitrola Nivico desprezada em um canto e colocada no centro da sala só
por ocasião das "brincadeiras" nas casas dois amigos.
Ah, como sinto saudades...de tudo isso!
Meu querido amigo e irmão Carlos Costa. Boa tarde!
ResponderExcluirDe fato, a saudade é algo contagiante! Ao ler tua página, me deparei com o Russo (cerol), onde comprava não só a linha, também os papagaios (de papel - cuidado com o IBAMA) e aí veio a recordação dos amigos idos. São tantos que citá-los me fariam em incorrer em falhas de memória. Contudo, revejo os caminhões transformados em ônibus e a camionetes em lotações (expressos). O balneário do Parque 10, o Acapulco, o Caiçara, a Verônica, o Lá Hoje e o Tigre da Amazônia sendo surrado pelo Valdick Soriano. A SAGA (manhã de Sol), o Barés Clube, O Sheick, o Bancrévea e o Amazontel, dentre outros. Os bailes no Moranguinho e no Rio Negro, a rixa entre o IEA e o Estadual, as festas no São Raimundo e no Sulamérica (contração), a travessia de catraia (Aparecida e Educando) e a XPTO correndo solta, disputada pelos Alemães e desprezada por nós (infelizmente). Cine Odeon, Avenida, Polyteama, Guarany, Popular e Eden. O colete no Maravalha/Armando. Sem falar da pausada (Itamaracá). É meu amigo; voltarei à labuta, caso contrário, o que me resta da tarde seria MUITO pouco para falar dessa DANADA SAUDADE.
Tantas lembranças...Também tenho as minhas em Irituia minha terrinha natal no interior do Pará. Eu era feliz e não sabia.
ResponderExcluirVerdadw
ResponderExcluirNossa que lindo
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