O espírito do programa de combate ao vício do crack é socialmente necessário, urgente e pode resolver o
problema. Mas será que dará certo? Embora o Brasil tenha condições de vencê-lo
e permitir aos seus jovens que se livrem dessa “escravidão social e moral”, não
será o simples lançamento de um programa, com liberação de recursos e investindo em tratamento que o
problema será solucionado, mas já era tempo de o Governo Federal enfrentar o
flagelo da droga crack, que consome os jovens e destrói as famílias. No Brasil
de hoje, com falta de médicos e até macas em hospitais públicos, não tenho
esperança em resultados positivos, mas desejo que esteja errado!
Será que os Estados do Amazonas, Amapá, Bahia, Mato Grosso,
Maranhão, Roraima e Tocantins, últimos Estados a aderir ao programa do Governo
Federal, vão mesmo conseguir vencer mesmo o vício do Crack entre seus jovens, mesmo
sem rede de saúde pública e sem médicos e estrutura para tratamento implantado?
O tratamento compulsório não deve ser a meta, mas os Estados não têm nada implantado
para receber seus dependentes químicos voluntariamente, muito menos convênios que
possibilitem esse tratamento, compulsório ou não!
O programa foi lançado pelo Governo Federal, com a assinatura dos
Ministros Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, José Eduardo Cardozo, da Justiça,
Alexandre Padilha, da Saúde, Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e
Combate à Fome e Maria do Rosário, dos Direitos Humanos. Do lançamento à
prática do enfrentamento do problema, dependerá de projetos técnicos para a liberação
de recursos, a construção de hospitais preparados para esse tratamento e a contratação
de profissionais para desenvolvê-lo.
Dinheiro para a segurança pública e atendimento aos dependentes
químicos já se tem, além da expansão do programa para os municípios dos Estados
de Alagoas, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo, que
já desenvolvem o combate ao vício do crack, uma pedra que tem a mesma origem da
cocaína e concentra os mesmos princípios ativos, mas gerando efeitos
devastadores atingindo o sistema nervoso central.
A publicação“Crack
assusta e revela um Brasil despreparado”, traz uma discussão de um
ciclo de palestras e debates sobre o enfrentamento ao flagelo do crack e outras
drogas, promovido pela Subcomissão Temporária de Políticas Públicas sobre
Dependentes Químicos, Crack e outros, do Senado Federal. Depois de discutir a
falta de investimentos em infra-estrutura nas áreas de aviação e o fracasso do
programa de Banda Larga no Brasil, os trabalhos prosseguiram e enveredaram pela
área social, debatendo o trabalho escravo e, agora, decidiu discutir a
dependência química ao crack, concluiu que, embora o país esteja assustado, também
está despreparado e desaparelhado para enfrentar mais essa questão social, que já
virou um problema de saúde pública
nacional, também (http://www.senado.gov.br/noticias/jornal/emdiscussao/upload/201104%20-_%20agosto/pdf/em%20discuss%C3%A3o!_agosto_2011_internet.pdf).
Os
senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) criaram uma subcomissão que, em
vez dos fóruns que analisam a questão sob a ótica da repressão, analisam-na com
foco na oferta de tratamento aos usuários. No entanto, a falta de dados
atualizados sobre dependência química no Brasil, especialmente do crack (uma pesquisa prometida para abril teve sua
divulgação adiada muitas vezes, que já pode ser considerado normal no Brasil),
ouvindo representantes do governo e da sociedade, depois das discussões e da
conclusão da impotência do Estado Nacional para enfrentar o problema, parece
que o Governo Federal acordou e lançou pelo Ministério da Saúde, o programa “Crack,
é possível vencer” por adesão dos Estados e Municípios, para
enfrentamento desse flagelo social que destroça o Brasil e o Mundo.
Mas, muitas vezes, porém, para se vencer uma guerra – e estamos vivendo
uma guerra contra o crack - tanto no aspecto social, moral, humano e político,
é preciso usar de ousadia, imposição, determinação, coragem e engajamento de
todos os membros da sociedade em torno de da meta: vencer e derrotar o crack no
Brasil, principalmente investindo mais no combate ao contrabando de entorpecentes
pelas fronteiras secas do país, desarticulando quadrilhas, prendendo e
aplicando pesadas penas aos traficantes, aparelhando e aprimorando mais o poder
judiciário etc. Se todos os poderes constituídos no Brasil se envolverem no
mesmo objetivo e propósito, será possível derrotá-lo. Todos fazendo o que lhes
compete, sem desvios de verbas públicas, compadrios, licitações dirigidas e muito amor entre todos, será possível vencer
e livrar do vício do crack, a juventude e as famílias brasileiras.
Fumar uma pedra de crack é a maneira mais rápida de fazer com que
a droga chegue ao cérebro e, por ser comercializado por um preço baixo, e
talvez seja por isso que mais rapidamente causa a dependência. E, para
recuperar dependentes químicos, não adiantará só anunciar um programa, liberar
recursos e pedir que os Estados e municípios se envolvam no programa. É preciso
impor a todos essa meta do governo federal, mesmo se vivendo em uma democracia!
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