Em um “mundo cão” no qual vivemos atualmente, uma
cadela nos dá uma lição de solidariedade humana e amor aos outros, mesmo que
aos animais irracionais iguais a ela ou a nós todos, animais racionais que estamos
ficando irracionais pelo egoísmo, querer
só o ter; não querer ser e tantas outras
verdades que poderia dizer ou escrever a todos!
“Lilica”, a cadela, não queria aprender a ler e
escrever com a professora Lúcia Helena de Souza! Talvez até desejasse pela sua
extrema inteligência, mas a resposta é não!
A cadela e a professora se uniram e uniram-se à dona
da cadela, Neila. Então, o que poderia ter unido a professora, a cadela e a
dona de um ferro velho? A solidariedade, apenas!
A lição de amor e solidariedade demonstrada pelas
três é de impressionar, sobretudo em um mundo egoísta como vivemos hoje, quando
muitas pessoas não têm coragem de dividir nada com ninguém, ou conhecer o seu
vizinho ao lado! Em condomínios, chega a ser, ainda, bem pior.
Em condomínios de casas ou apartamentos, ninguém
conhece ninguém, mesmo que more no mesmo bloco, do lado da outra casa e desça todos
os dias junto com a outra pessoa. Desconhecemos ou quem reside ao lado de nossa
casa, quem é o vizinho de nosso apartamento. É o individualismo exagerado dos
seres humanos racionais, o que sobra na atitude da cadela irracional em “Lilica”,
da professora racional que não ensinou nada à cachorra e, por fim, a dona de um
ferro velho em São Carlos, no interior de SP, dona de “Lilica”, adotada por ter
sido abandonada à porta do local! Ninguém
ensinou nada a cadela Lilica. Era nato dela mesma!
No
dia 23 de novembro, o Globo Repórter ao Brasil, no dia 23 de novembro de 2013,
a história da cadela “Lilica”, abandonada na porta de um ferro velho em São
Carlos e terminou por unir Neile, dona do ferro velho e a professora Lúcia
Helena de Souza que abdicou do
seu sagrado direito de viajar só para dar comida à “Lilica”. Mas ela percebeu
algo diferente no animal e decidiu segui-lo por uma estrada longa, escura,
cheia de perigos, e com risco de ser atropelado, enquanto ele arrastava e
deixava pelo trajeto que fazia, até chegar a um ferro velho, onde eram criados
por Neile mais cachorros e outros bichos. Ela entregou tudo o que transportara
com a boca, aos animais que lá estavam e todos comeram!
A solidariedade humana se fez florir como rosas
de em um jardim e no coração perfumado da professora e, seguindo a cadela, conheceu dona Neile, que recolhia e abrigava seus quatro filhos dentro de caixas de
papelão que recolhia pelas ruas de seu município São Carlos, prestando um
serviço que deveria ser gratificado à limpeza pública!
Com
essa decisão surpreendente, “Lilica”, a professora Lúcia Helena e dona Neile, se
conheceram e passaram a se entender por uma coisa tão simples e básica à vida
humana: a solidariedade. Se cada um desse um pouco do que tem, um tempo que seja
um abraço talvez, um aparto de mão, uma rosa que não lhe custe dinheiro, um bom
dia ou boa noite ou um beijo solidário, tenho certeza que o mundo seria bem
melhor para todos. Um bom dia aos vizinhos que descem no elevador de seu
condomínio, sempre apressados, seguido de um sorriso, já seria um bom começo!
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