Existem
três tipos de Estado no mundo: o social, que investe na melhoria da qualidade
de vida dos contribuintes; o arrecadador que nada investe, mas arrecada muito
bem e o Estado corrupto, que sustenta e aceita a corrupção como parte integrante
de sua sociedade, investindo com voracidade em suas políticas públicas envolvendo
também parte da classe política, com exceções. Todos esses três tipos Estados
se fundem em um só: o Brasil!
Como
assistente social/jornalista, só entendo e aceito a elevada arrecadação de
tributos, se o Brasil devolvesse ao menos uma parte dos 185 bilhões arrecadados nos primeiros três
meses do ano, em forma de investimentos em forma de serviços básicos como saúde,
educação, habitação, saneamento básico e
segurança, segundo dados de um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário, garantindo que cresceu 17,8% a arrecadação do Governo Federal só
nos anos de 2009/2010, quando o ocorreu a desoneração em diversas linhas de
produção. Está aqui presente o Estado arrecadador e meu entendimento do que
deveria ser um Estado social.
O
Estado corrupto também se faz presente porque com tanto dinheiro sendo escoado
pelo ralo da corrupção, faltam recursos para investimentos nos setores básicos
da vida humana e, quando existem, parte desses recursos não atingem a real
finalidade, a que se destinam porque são desviados no meio do caminho por
licitações viciadas, compra de remédios super faturados e construção de
hospitais e outras obras públicas que, embora pagos, nunca saem do papel e
chegam a ser inaugurados. Está aqui presente o Estado corrupto, pesado e
difícil de entender porque esse tipo de estado de coisas ainda se mantém se
está sendo constantemente denunciado pelos órgãos de fiscalização do próprio
Governo e pela mídia.
Concordo
que o aumento da arrecadação pela pesada carta tributária teve muito a ver com
o aumento do consumo: desonerados, os produtos giram mais rápido nas
prateleiras das lojas e os impostos em cascata fazem aumentar a arrecadação do
Governo Federal, mas esse mesmo Governo praticamente não devolve ao povo em forma
de serviços confiáveis e sem corrupção nas áreas imprescindíveis à vida humana.
Mesmo
assim, a tributação no Brasil continua muito elevada e não é uniforme e pesa no
bolso de todas as pessoas, como disse a dona de casa Deise Guedes. Em uma
cadeia de produção, os insumos já entram com impostos e saem dela com mais
impostos ainda. Os impostos que mais contribuíram para o crescimento da
arrecadação foram o ICMS, INSS, Confins e o Imposto de Renda, que não baixam
nunca! O desodorante, por exemplo, poderia ser até 40% menor se não houvesse
tanto imposto embutido.
De
forma direta, de centavo em centavo, os Supermercados sobem seus preços,
diariamente. Frango, que era um real no início do plano real, já custa em torno
de seis reais em média. O tributarista Raul Heider definiu o Brasil, de forma
perfeita e precisa, pois para ele, apesar do “aumento” na carga tributária que
o Governo faz questão de negar, “infelizmente não houve um crescimento dos
serviços e da infra-estrutura que seria necessária para o país, nesse período”
Este é o país/BRASIL que não queremos!!!
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