FALTA DE MÉDICO NO INTERIOR VEM DOS
ANOS 80!
Um grave problema social vivido hoje
pelos municípios do Amazonas poderá estar com seus dias contatos: a contratação
de médicos residentes bolsistas da UEA para permanecerem pelo menos um ano em
seus municípios de origem. Essa decisão foi
anunciada pelo governador do Amazonas, Omar Aziz, durante entrevista ao
programa “Bom dia Amazônia”.
Esse anúncio poderá até não o
resolver definitivamente esse grave e grande problema social, mas amenizará
muito a falta de especialistas em municípios do interior do Amazonas. Mas servir
como consolo ao governador atual, isso ocorre desde o Governo José Lindoso, nos
anos 80. Muitos municípios cresceram, outros diminuíram, mas a decisão anunciada
pelo governador do Estado, em priorizar a contratação de forma remunerada os
médicos que receberem bolsas de estudos para estudar na Universidade do Estado
do Amazonas – UEA, pode ser um caminho eficaz para resolver o problema
Na mensagem governamental enviada à
Assembléia Legislativa do Estado, o governador afirma que “todos os dias morre uma “Santa Maria”, por falta e assistência médica no Amazonas” e acrescentou que a
falta de médicos especialistas nos municípios é uma de suas principais
preocupações porque “chegamos ao limite
porque temos hospitais, mas não há profissionais para atuar nas unidades do
interior”, ao anunciar que esses profissionais passariam a ser contratados
entre os profissionais de branco que recebem bolsas de estudos para suas
residências em Manaus.
Como disse, o problema é antigo e vem
desde os anos 80, do Governo José Lindoso, quando comandavam a Secretaria de Estado da Saúde, os médicos
Francisco de Paula Castro Neto e Mamoud Amed Filho, como secretário e sub,
respectivamente, quando foram contratados profissionais de outros Estados para
atuarem nos municípios do Amazonas.
Um desses profissionais, contratados,
o recém formado Dr. Solano Sócrates, seguiu para o Município de Itacoatiara e
foi levado no carro do próprio subsecretário Mamoud Amed Filho, originário
daquele município, que pretendia realizar uma “média política com os moradores”
para ser candidato a Prefeito logo em seguida, mas não recordo se ganhou ou
perdeu essa disputa.
Eu os acompanhei nessa viagem e o
médico foi recebido com festa, com toda a família na época dentro do carro
tipo Veranio, produzido pela GM e muito usado como ambulância médica, mas
lembro que motorista corria muito porque
o médico queria chegar logo com sua família para conhecer a cidade. Gostou e
uma das primeiras coisas que fez foi chutar bola no gramado do Estádio Floro
Mendonça, daquela cidade, com um garoto que nos acompanhou na viagem.
Todos os profissionais de outros
Estados, ávidos em conhecer as belezas típicas da Amazônia, teriam que
permanecer apenas um ano nos municípios, mas alguns dos “profissionais de
branco”, desistiram das transferências
para a capital e se transformaram em fazendeiros, adquirindo terras e
produzindo pastos
Diante do déficit de médicos no
interior o governador Omar Aziz, anunciou que acionou o Conselho Federal de
Medicina para abrir um processo seletivo nacional e, se necessário, anunciou,
contratar até médicos estrangeiros para atender os desvalidos da sorte porque
segundo Omar, “sabemos que não há
médicos especialistas em número suficientes no Brasil. Por isso, nossa proposta
é fazer chamada para profissionais estrangeiros atuarem de forma definitiva e,
quando houvesse médicos brasileiros no mercado, eles teriam prioridade de
contratação” se quiserem atuar no interior do Amazonas, com riquezas e
belezas inimagináveis.
Omar Aziz reclamou da morosidade do
Conselho Federal de Medicina em responder ao seu pedido e concluiu “nossa voz
não é ouvida porque moramos no Amazonas. Se fosse ao Sul do país, já teriam
ouvido”. Tudo o que o governador anunciou durante entrevista que anunciou a
construção de um novo hospital com muitos leitos, nas proximidades da área de
exposição de animais ex-Clóvis Beviláqua e atual “Euripedes Lins”.
Mas será que entre todos os leitos
novos leitos anunciados, os menores dependentes químicos que precisam de internação
forçada através da Justiça, terão algum espaço para serem atendidos? Isso o
governador não anunciou, mas também não foi perguntado!
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