quinta-feira, 31 de julho de 2014

DE VOLTA AO SEST/SENAT DEPOIS DE 7 ANOS AUSENTE!


Seriam os fogos de artifício que me acordaram em comemoração pelo êxito que os ladrões tiveram no roubo da cadelinha “Princesa”, uma poodle zero branca que pulava parecendo ter mola nas pernas quando eu pegava a sua guia ao calçava a sandália havaiana aos finais de semana; ou seriam pela tristeza deixada na “Madona”, minha cachorra “pastor alemão”, que ficava quietinha no quintal, mesmo na frente de convidados e se irritava com as mordidas nas pernas, orelhas ou rabo que a “Princesa” lhe dava ou seriam só fogos de artifício dos políticos em campanha prometendo o que não cumprirão depois de eleitos? Não sei. Mas lembrei de quando políticos chegavam de motor na comunidade do Varre-Vento e eram recebidos com o mesmo barulho de fogos de artifício à margem  do barranco do Rio Solimões!


“Princesa”, a poodle e “Madona”, a pastora, eram minha paixão na casa em que morei no Conjunto Campos Elíseos, em companhia de minha esposa Yara Queiroz. Nosso filho Carlos Costa Filho que, sem qualquer medo, abria a boca da “Madona”, colocava sua cabeça dentro, causando pavor à babá Miracele Ferreira, a “Mira”, que corria para salvá-lo de sua “fúria assassina”. Talvez fosse isso ou nada disso, só que meu filho ainda não possuía dentes, não sabia morder o rabo, orelha e prender-se em seu rabo. Mas era gostoso e divertido ver o pavor da Mira correndo para “salvar” meu filho. A “Madona”, só latia forte, mas era mansa e não mordia ninguém. Mas, com um pulo, pegava passarinhos que voavam baixo pelo quintal em meio a floresta de árvores frutíferas que plantei. Ela, pulava, os matava talvez de susto, mas não  comia nenhum e eu os recolhia pela manhã. Mangas rosas caiam e quebravam minhas telhas brasilit.

Deixava diariamente esse maravilhoso e encantador cenário em minha Toyota Ranner/75 de cor vermelha, e rumava para cumprir expediente como Técnico no Conselho Regional Norte do SEST/SENAT; despachava e pensava logo em voltar, só para ser recebido com euforia pela “Madona”, que se agitava só  o ou ouvindo o motor do carro e seguia direto para a janela da cozinha para ver-me. Como ela sabia? Enquanto eu não aparecesse para cumprimentá-la, permanecia agitada, correndo da janela do nosso quarto à janela da cozinha, porque sentia meu cheiro! Só sossegava quando me via! Ou seriam os fogos de artifício que me acordaram do porre de felicidade e emoção que tomei com água e do gardenal de 100 mg, na minha volta ao SEST/SENAT, depois de 7 anos de ausência, para participar dos festejos de São Cristóvão, padroeiro dos Motoristas? Seriam os fogos em comemoração ao meu reencontro com antigos colaboradores? Talvez, mas não tenho certeza!

Dentro do táxi conduzido pelo motorista Reinaldo, da Tucuxi Rádio Táxi, fazendo o mesmo percurso que fizera por 12 anos na direção da Toyota e depois da Blazer Turbo Diesel 4 X 4 para cumprir expediente como diretor da instituição. Enquanto o táxi deslizava pela Avenida Grande Circular, hoje quase parada, trocava whatsapp com o Coordenador do Senat, Demétrios Silva, falando de meu nervosismo e emoção por ter sido convidado pelo Coordenador do Sest, Wilton Flexa e ele respondendo-me “venha tranquilo, estaremos aqui para recebê-lo! 

Lembrei do dia da inauguração da Unidade com a presença do presidente do Conselho Nacional, Clésio Soares de Andrade, do prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento, do presidente do Conselho Regional Norte, Francisco Saldanha Bezerra e diversas outras autoridades do Departamento Executivo. Não existia rua para se chegar ao local da solenidade. O prefeito mandou abrir uma para os carros das autoridades convidadas. Também não havia telefone. A Unidade teve que  gastar mais de 10 mil reais na época para poder  se comunicar com o Departamento Executivo em Brasília e resto do Brasil. O Bairro Novo, loteado pelo empresário imobiliário Paulo Farias & Imóveis, tinha poucas casas. Os bairros Cidade de Deus e Braga Mendes não existiam e foram resultados de invasão de ex-funcionários da obra. Lembrava de tudo isso e dizia: “estou nervoso, ansioso e tenso” e o Demétrios me respondia “venha tranquilo, estamos aqui para recebê-lo”. Dizia: “acho que vou chorar de emoção por rever amigos”. Tranquilizou-me mais uma vez. Não chorei, mas fiquei tenso e emocionado por reencontrar antigos e novos colaboradores. Alguns da minha época e outros mais recentes.

Lembrei que quando namorava com minha esposa, mandei construir um xale com uma garagem, uma sala comprida e um quarto, que depois vendi. Não havia nada no Bairro Novo e presenciei o levantamento de muitas casas. Sentado à noite no quintal, cheguei a ver um satélite passando por cima da pequena casa, dando voltas. Será que estavam espionando ou fotografando meu amor pela Yara? Não sei dizer, mas que era lindo sentar em cadeiras no quintal e olhar para o céu e ver o satélite passando, ah, isso era sim! Lembrei de tantas coisas! Mas chega de delírios bobos, vamos ao que interessa: minha volta ao SEST/SENAT depois de sete anos afastado e aposentado!

Desci no portão pelo qual tantas vezes o carro Blazer Turbo Diesel 4 X 4 passara. Fui recebido com carinho por antigos e novos colaboradores que não me conheciam pessoalmente, mas só pelo que falavam sobre mim na instituição. Caminhei firme e sentei para assistir missa em comemoração do Dia de São Cristóvão, Padroeiro dos Motoristas. Por ordem médica, embora habilitado há mais de 30 anos e sem pontuação em minha CNH, decidi não renová-la, mesmo a tendo tirada com Tenente PM, Alfredo Assante Dias, já falecido, à frente do Detran-Am. O tenente PM Correia, fora meu examinador de rua junto com o então tenente PM, Henriques, que residia na Betânia, o mesmo bairro em que morava. Ver o tenente  Henriques passando na frente de minha casa em seu carro Opala cupê e saber que ele fora meu examinador de rua me enchia de orgulho. Chega de delírios e sentimentalismos bobos!

Caminhando com a diretora Grece Melo, agora toda coberta, onde  existiam pequenos postes de luz baixos e globos de vidros que autorizei a troca para plásticos. Mesmo não sendo de vidros, os menores dos projetos sociais  “Criança Urgente” e  “Serviço Civil Voluntário”, aceitei na Unidade, quebravam com frequência. A calçada era a mesma, só que as luzes todas passaram para o teto. No primeiro dia de execução do SCV, sofremos um assalto a mão armada. O então Coordenador de Finanças, Émerson Pires de Souza, em carta, acusou-me de ter aceito “delinquentes”, mas o assalto deve ter sido por infeliz coincidência. Como ninguém reagiu, levaram a renda da área médica que ainda não ficava em cofre, como hoje. Mesmo com a carta, não desisti dos adolescentes e enfrentei tudo pelo social. Procurei com olhos, mas não encontrei a pista de caminhada que autorizei ser feita para que os jovens da terceira idade caminhassem, depois dos exercícios na quadra de esportes, com o  professor de educação física era meu ídolo das pistas, Wellington Nóbrega, que muito bem representou o Amazonas no Atletismo, correndo o Sul americano pela Universidade Federal do Amazonas. No meio de uma floresta, ainda consegui ver escada de cimento, sem o corrimão que terminava em um cercado de horta, telado e bem cuidado, onde os meus “vovôs” plantavam e recolhiam a produção e a levavam para suas casas, ajudando-os como terapia ocupacional. Era uma terapia para mim também, vê-los felizes! Sempre descia até a quadra e conversava e me contavam das melhoras que sentiam com aulas dadas pelo meu ídolo. Eu me realizava com a felicidade deles e era feliz por fazê-los felizes também.

Encontrei o “seu” Miguel, contratado dentro do projeto da Terceira Idade como responsável para manter a pista de caminhada limpa, mas que sempre me dava  desculpas: “no verão não dá pra cortar o mato porque é muito quente e, no inverno, fica encharcado e tenho medo de alguma cobra me picar!”, embora usasse o equipamento completo de EPI. A cada desculpa, eu ria sozinho, sem que ele percebesse, e pensava muito em suas constantes desculpas e o lembrei disso. “Seu” Miguel riu e me abraçou. Fiquei sabendo pela diretora que hoje “seu” Miguel é funcionário contratado do SEST/SENAT, como auxiliar administrativo. Também fiquei sabendo que a dona Raimunda,  auxiliar de limpeza, fez o supletivo e agora também é agente administrativa. 

Como  vi bem cuidada a área de floresta, não era mais o “seu” Miguel que cuidava da limpeza, Grace Melo me disse: “Seu Carlos, muitas coisas mudaram  nos sete anos em que o senhor deixou a direção”. Licitações estão sendo realizadas e empresas   foram contratadas  para todos os serviços. Caminhando pelo SENAT, parei em frente a Biblioteca escritor Carlos Costa e ela disse-me novamente que já foi autorizada a construção em vidro transparente à entrada da Coordenação do SENAT, na do terreno em frente ao prédio da administração. “É aqui que será construída” e apontou o local! Quis ver e abraçar a Olendina Araújo Freire, honesta, competente, séria e sempre atendendo a todos com um sorriso no rosto, contratada a pedido de sua filha Vanessa Litaiff, minha colega na Faculdade Uninorte e hoje advogada no mercado, mas ela fora demitida em janeiro depois das férias. Mas passou 12 anos trabalhando na Instituição, embora eu tivesse dito a sua filha que a contrataria só por 90 dias dentro de algum projeto que  tivesse porque seria permitido. O Dr. Rogério, o último dentista de quem tive o orgulho de assinar a CTPS, também não o encontrei porque, segundo a diretora Grece Melo,  teria sofrido um acidente doméstico e tivera horário reduzido de trabalho, mas não entrou de licença médica. Fiquei triste por não poder abraçar o Dr. Rogério e por saber que a dona Olendina, não continuava mais trabalhando na instituição. Encontrei a dentista, Dra. Flávia, que me cumprimentou efusivamente e perguntou como estava minha saúde. “Vou levando como Deus quer que eu viva”, respondi. Ela me disse: “o senhor é um guerreiro!”. Agradeci e lhe estendi a mão em cumprimento.


Perguntei como estavam os serviços de oftalmologia e clínica geral e a diretora Grece Melo disse-me que foram extintas e substituídas por nutricionista e psicóloga. Perguntei de novo: inclusive a oftalmologia, tão importante para medir a acuidade visual dos motoristas? Respondeu-me  “também”. Conheci as duas novas funcionárias do SEST, a nutricionista Márcia Bezerra, a quem disse que tinha que manter meu peso de 73 quilos fechando a boca e comendo de tudo um pouco e a psicóloga Rose, com quem brinquei, perguntando se no mundo de hoje, ainda poderia existir alguma diferença entre quem é normal e quem é louco? Ela riu, mas não me respondeu nada! Acrescentei, “eu sou chamado de louco quando decido defender a  cidadania e o direito coletivo dos outros que não podem ou não sabem como exercê-los e fazer valer seus direitos”. Rose riu de novo!

Vendo os pés de cocos plantados na lateral do prédio, trazidos do sítio do pai da Grece Melo, no Município de Iranduba. Quando deixei a instituição em 2006 para ser operado, eram todos pequenos, mas estão todos produzindo, fui informado. No galho de pé de ingá, também plantado do sítio do pai da Grece, ela viu dois passarinhos juntinhos e me perguntou se eu os estava vendo. Tive dificuldades para vê-los, mas os vi. “Quando tirarmos ingá desse pé, vou mandar entregá-lo para o senhor”. Com todo cuidado, Grece foi me conduzindo e me dizendo onde havia um degrau, declive ou subida. Levou-me por trás do prédio da administração para ver como estavam as árvores,  muitas cheguei a plantar depois do almoço. Fiquei espantado ao encontrar uma floresta limpa e bem cuidada com pés de azeitoneiras pretas, mangueira e de jambo. Eram todos pequenos há 7 anos. Desci a escada, fui até o local onde funcionava o restaurante, mas estava fechado. “Estão fazendo licitação para contratar uma nova empresa”, disse-me a diretora. Vi grades cercando toda a área livre. O “Capichaba”, ligava seu som e cantava aos finais de semana. Grandes festas foram promovidas pelo SEST. Os frequentadores dançavam muito e o ex-coordenador. Paulo Bendaham sentia orgulho no que fazia. Até torneios de futebol entre empresas foram promovidos na época do Coordenador Ricardo Pina, no SEST. Acompanhada por ele, a equipe de futebol do Amazonas, representando a empresa Eucatur, foi Campeã de Futebol, em Brasília! O troféu ficou por algum tempo na sala do Coordenador do SEST. Hoje não sei mais se existe! Muitas coisas realizamos  na Unidade Manaus que deram certas,“proibidas” na época, repassadas para outras unidades.

O táxi chegou às 20 horas parar buscar-me e deixar-me em casa de novo. Não vi nenhuma dança folclórica que estava sendo anunciada, nenhuma apresentação musical, mas vi mais do que isso: vi que a instituição pela qual tenho muito carinho até hoje, está sendo bem conduzida pelas mãos de Grece Melo. Contudo, uma coisa me intrigou: como o SEST extinguiu o serviço de oftalmologia que era bem frequentado, se todos os motoristas são submetidos a esse exame obrigatório quando vão tirar ou renovar suas CNH. Não encontrei resposta!

Mas que tinha sido uma volta maravilhosa ao passado cheio de lembranças, ah, isso tinha, graças aos foguetes que espocavam no ar, talvez comemorando a exorcização de meus medos ou a emoção que sentia de retornar a um local onde deixei parte de minha vida!

quarta-feira, 30 de julho de 2014

"LIBERDADE! LIBERDADE! ABRA AS ASAS SOBRE NOS". MAS, QUEM?



Diante das novas escutas telefônicas autorizadas pela justiça e divulgadas pelos veículos de comunicação, a liberdade dos ativistas terroristas sociais, Eliza Quadros, a “Sininho” e seu bando, inclusive da advogada foragida Eloisa Samy,  que ajudava a coordenar os ataques contra a estrutura democrática do poder, se tornou temerária. O desembargador Siro Darlan, da 7a Câmara Criminal da Justiça do Rio de Janeiro, com uma canetada, liberou os integrantes da Frente Popular Independente – FPI, organização extremista radical, criada para promover badernas e tumultuo generalizados em manifestações, porque não teria encontrado razões para mantê-los na prisão, demonstrando um grande e grave contra senso dentro da própria estrutura do Poder Judiciário, com opiniões divergentes para um mesmo fato criminoso: a destruição de bens públicos e particulares. 

Como assistente social, não sou contra movimentos sociais e apoio a todos os que forem ordeiros, legítimos e que respeitem o Estado Democrático de Direito. Diante dos fatos divulgados, creio que o desembargador Siro Darlan, prejulgou todo o processo porque antes mesmo de assinar o alvará dos “ativistas terroristas sociais” e revogado os mandados de prisão contra tos membros da Frente Popular Independente – FPI, fundado liderado por “Sininho” que ainda estavam sendo “procurados” pela Justiça, inclusive da advogada que usou carro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, acompanhada de uma deputada para pedir asilo político ao Uruguai e disse que nada cometeu de errado porque o carro era da ALE-RJ.  O problema é que a advogada tinha um mandato de prisão contra ela e o dever da parlamentar, como representante da sociedade, seria entregá-la à Justiça e não levá-la ao consulado para pedir asilo, o que deve merecer a atenção dos eleitores. No mínimo pode ser considerado estranha a publicação da frase “Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós!” pelo desembargador,  inoportuna e desapropriada para um representante da Justiça e isso precisa ser apurada a sua motivação pelo Conselho Nacional da Justiça, como a conduta da parlamentar deve ser apurada pela Corregedoria da Casa Política!

O “bando” de ativistas terroristas que apoiava “Sininho” nas manifestações, agrediu jornalistas que foram registrar a saída deles da penitenciária, cumprindo uma pauta jornalística por se tratar de um fato relevante para o Brasil. A FPI,  com esse novo ato covarde contra os profissionais da imprensa, deixou claro para que veio. São verdadeiros extremistas ou terroristas sociais. Isso só prova que com a liberdade que ganharam, a baderna voltará ao Brasil e nada acontecerá com quem os libertou como se a “Liberdade, Liberdade” que o desembargador desejava que abrisse as “asas sobre nós” poderia não acontecer com os baderneiros livres. Ela ocorrerá, mas só para os baderneiros sociais que deixaram a prisão. E talvez nem contra a deputada que deu carona a uma foragida da Justiça, invertendo seu papel de representante da sociedade!

Os membros da sociedade que pagam o salário do desembargador Siro Darlan com o recolhimento de impostos, ficarão refém dos baderneiros que  o magistrado mandou soltá-los e não terão direito a qualquer liberdade porque os anarquistas impõem o terror livremente. 

Ah, que saudades do tempo em que jovens foram às ruas sem badernas, sem bandeiras políticas, sem apoio de ninguém, conseguindo  a redução de tarifas de ônibus em todo o Brasil. O que os ativistas terroristas sociais conseguiram até agora? Nada, além causar prejuízos ao patrimônio público -que é de todos-  e patrimônio privado. 

sábado, 26 de julho de 2014

^AO MESTRE" ARIANO SUASSUNA, "COM CARINHO" (NÃO SEI, SÓ SEI QUE FOI ASSIM, CHICÓ!)


Usando um óculos redondo ao estilo Jonh Lennon, de 0,5 graus de miopia, com meus 17 anos de juventude e rebeldia depositadas no bolso esquerdo da calça e uma pequena caderneta que foi companheira constante rumava para o Teatro Amazonas, entrava pela porta dos fundos, cumprimentava o seu diretor Álvaro Pascoa, encontrava o teatrólogo Álvaro Braga, com sua bolsa de couro ao lado e com dificuldades de andar por vários problemas de saúde, cumprimentava o coreografo Carlos Aguiar e iniciava os exercícios de respiração e laboratório à lá Bertolt Brecht. Dramaturgo, poeta, encenador alemão do século XX para encarnar a personagem “João Grilo”, da peça o "Auto da Compadecida", do mestre Ariano Suassuna, que faleceu no dia 23.07.14. 

Mesmo não o tendo conhecido pessoalmente e nem ao gênio criador de uma cultura nordestina, tínhamos o mesmo pensamento: fazer de João Grilo um personagem alegre, engraçado, irreverente, despojado de vaidades, vivendo um pouco a cada dia. Contudo, devido à falta de pauta para a apresentação no templo da cultura e da arte no Amazonas, a magistral peça teatral  irreverente, filosófica, satírica, enfim completa do advogado  Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida”, ao mesmo tempo divertida e alegórica expondo de forma genial e magnífica a ganância existente dentro da Igreja Católica, transpondo tudo para o sertão nordestino., nunca chegou a ser encenada e nunca me tornei um ator, que talvez tivesse sido medíocre, ao contrário do excepcional ator de monólogo David Almeida, para quem escrevi o monólogo que transformei em livro O HOMEM DA ROSA. Cada frase, cada cena que escrevia era pensando em vê-lo pronunciando-as no Palco do Teatro Amazonas e eu, sentado na primeira fila de poltronas, para aplaudi-lo no final. Mas isso não ocorreu também, mas espero continuar vivendo até o dia que isso possa ocorrer, porque o livro terá que ser adaptado para monólogo. Não será difícil, mas é meu sonho, ainda não realizado!

Hoje, o idealizador e criador do Movimento Armorial, defensor da cultura do Nordeste no Brasil, ex-Secretário de Cultura de Pernambuco de 1994 a 1998 e Secretário de Assessoria do governador Eduardo Campos, até abril de 2014, partiu da vida e entrou na história, nos deixando, entre outras obras de igual importância, os romances  “O Romance d´A Pedra do Reino” e o “Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta”. Ariano se foi, mas as ideias ficarão, os seus livros permanecerão sendo estudados, as suas aulas alegres e divertidas, profundas e filosóficas que ministrava farão falta aos que lhe ouviam com atenção e carinho! Mas não fui o personagem “Chicó” de sua peça e não terei mais como sê-lo!

E sabem como foi a morte de Ariano Suassuna? Não sei! Só sei que ele nos deixou um vasto trabalho em diversas áreas e que partiu com a mesma irreverência que viveu! Faleceu depois de ver completada sua vida e deixando para a história pérolas como as peças teatrais “O Castigo da Soberta”, de 1953, “O Rico Avarento”, de 1954 e o “Auto da Compadecida”, de 1955. Em 1948, havia escrito a peça “Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor da Princesa), encenada no Teatro do Estudante de Pernambucos, que montou logo depois a peça Homens de Barro, de sua autoria. “Não sei, só sei que foi assim, Chicó”! 

Talvez tenha ido se encontrar com Nossa Senhora, talvez tenha ido ver o
 Deus Negro que pensara em sua peça mais famosa! “Não sei, só sei como foi assim, Chicó”! “Ó cabra que faz tantas perguntas!”. Já disse que não sei! Só sei que ele partiu, Chicó! Querido Ariano Suassuna, aproveito essa crônica para agradecer-lhe porque se eu tivesse encenado o seu personagem João Grilo no teatro, talvez eu não tivesse me tornando um cronista persistente e chato que, como você também fazia em sua vida, escreve todos os dias para ocupar o tempo, o que talvez não fosse seu caso, porque você era muito famoso, ocupado e fazia palestras em faculdades!

“Não sei como foi, só sei que foi assim, Chicó”, que consegui escrever essa crônica medíocre para reverenciar um gênio da cultura nordestina. Saiba: muitos vão querer imitá-lo, mas nunca ninguém o alcançará e nem será tão genial, irreverente como você foi, meu Ariano Suassuna! Vá em paz e que Deus lhe acompanhe em sua nova morada e lhe receba de braços abertos, como ficaram na terra os homens que o admiravam.

A caderneta que carregava e na qual escrevia permanecera comigo em segredo até o dia em que o escritor Danilo Du Silvan, também promotor de justiça da 7a Vara Criminal, entrou em A NOTÍCIA, onde eu trabalhava como “foca” e pediu-me para lê-la. Fiquei com medo porque não o conhecia direito e pensei tratar-se de um agente da repressão e na caderneta estavam anotados desabafos políticos. O entreguei com medo e 6 meses depois voltou ao jornal dizendo que eu era o mais novo e jovem poeta de Manaus e me entregou um pacote. Dentro dele, estava meu primeiro livro de poesias (DES)Construção, em 1978, devido a um poema que ele lera e gostara. Danilo produzira a Capa com recortes de jornais em forma de prédios desmoronando, fez a apresentação, marcou data do lançamento e custeou tudo. Fez-me na marra um poeta!

Como tudo isso aconteceu? “Não sei Chicó, só sei que foi assim!!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

ESCREVER É UMA ARTE; SOMOS ARTISTAS!



Homenagem do DIA DO ESCRITOR


Escrever é uma arte e o escritor é um artista que precisa ser mais bem entendido, lido, aceito e compreendido em seu universo criador!


O escritor, é um transportar sentimentos para o papel e fazer pensar ou  emocionar pessoas. Depois, ele próprio se emocionar com a emoção dos leitores ou se divertir com os comentários escritos que recebe, ou orais que terá ao longo do tempo, muitos  suaves ou ácidos e agressivos demais! O escritor só escreve e não o faz para agradar ninguém!


Mas, ser um escritor, exige muita leitura e pesquisa porque na cabeça do escritor pulsam ideias aos turbilhões e ele só se satisfaz quando as vê publicada de alguma forma, em algum lugar.


Os pensamentos e ideias de um escritor pulsam freneticamente e vão se transformando em palavras que surgem na tela do computador, brotam em forma de letras de uma caneta como fosse uma mágica ou soltam tristes ou alegres de dentro do táblet ou de uma simples e ultrapassada máquina de datilografia, que pulsa tanto quanto o coração do ansioso escritor, para ver seu texto finalizado.


Escritores são escritores simplesmente e não há como entendê-los completamente, porque sempre deixarão mistérios a serem contados, pesquisados, narrados e escritos porque nas entrelinhas de seus pensamentos, deixa sempre caminhos a serem percorridos por outros escritores.


De uma forma ou de outra, escrever é uma arte e o escritor é um artista. Todos somos artistas, só que uns mais e outros menos. Há escritores que se manifestam por metáforas, outros por filosofia, mas todos são seres humanos que se escondem por trás das personagens que criam.


O escritor é aquele que pinta com tinta colorida da imaginação as cores em preto e branco que as vê, porque o mundo lhe oferece de graça, mas como se fosse um papel para desenhar. O escritor é um observador atento da vida, mudanças, costumes e das mazelas que o mundo lhe oferece, mas poucos percebem que tudo está posto, só precisando de cores fortes ou fracas pela habilidade do escritor/pintor. Também as cores podem ser bem-humoradas ou cheias de tristeza, dependendo estado de espírito de quem as pintará. O quadro pode sair cheio de vida ou de melancolia Esse é o escritor!


O escritor é que consegue transformar desgraças em poesias. Bombas que destroem casas e, no meio dos escombros, ainda conseguir ver rosas brotando onde ninguém imaginaria que pudesse existir vida, quando mais uma rosa! O escritor é assim. Quanto mais for a desgraça, mais o escritor tentará transformá-la em vida com sua imaginação que voa livre, leve e solta! Não há limites para o escritor! Do nada ele faz o tudo e do tudo, constrói um universo para a pessoa viajar pelas páginas de suas obras, sem ter que pagar ingresso


Escritor é quem consegue ver, sentir e viver a dor dos outros como se fossem suas próprias dores. Uma dor que explode como uma bomba em forma de protesto em um texto, uma crônica, um romance. Ser escritor é construir esperanças em meio a todas as desgraças.


Escritor produz frenética e compulsivamente todos dias, mais pelo prazer de exercitar a mente debilitada e muito manipulada desde 2006, como eu! Escrevo para externar meu pensamento e dividi-lo com os leitores. Gosto de receber comentários, que são as ações e reações dos leitores. Não serei unânime nunca. Tenho ideias polêmicas, mas as exponho com tranquila responsabilidade.


No Dia do Escritor, quero referenciar à memória de Danilo Du Silvan,  que me fez poeta e foi premiado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa, com sua obra fantástica O MAR DE SARGAÇOS. Danilo não viveu para ver minha transformação em cronista. Também estendo meu agradecimento sincero a todos os escritores que Deus os chamou para criar e escreveu para Ele no céu, entre eles Ariano Suassuna, que não esperou seu dia acontecer, partindo antes.


Mas será que no céu existe computador, máquina de datilografia, internet, tablet, essas coisas que os escritores usam hoje para expor seus pensamentos e colocá-los  no papel, como pensam?


Dentro de todos os escritores, reside uma pessoa humana e por trás do ser humano, vive uma personagem anônima de sua própria história a ser contada depois, pelos pesquisadores.


quinta-feira, 24 de julho de 2014

OS NOVOS 50 ANOS DA ZFM FOI BOM E RUIM, TAMBÉM!


Em termos econômicos foi ótima a prorrogação do modelo ZFM por mais 50 anos, mas, em termos sociais, foi um desastre porque nada do que é produzido em termos de economia no polo industrial de Manaus, chega aos moradores do entorno das fábricas, que continuam vivendo em casebres horríveis, muitos sem água, luz ou saneamento básico, além da falta de escolas de qualidade, hospitais decentes e segurança eficiente. Com os lucros das indústrias, poderia ser criado um Fundo de Investimento Social, por exemplo, para suprir essas carências do povo pobre, usado como mão de obra dócil e barata, para não dizer semiescravidão porque qualquer movimento para ir ao banheiro, por exemplo, tem que ser fiscalizado e anotando.


Diante disso, a prorrogação por mais 50 anos do modelo de desenvolvimento econômico Zona Franca de Manaus tem que ser analisado com cautela, porque existem pontos positivos na economia, mais negativos em termos sociais. Hoje, a população de Manaus que não vê ou sente os milionários e dolarizados resultados econômicos do trabalho realizado por mão de obra mal paga e sendo subjugada de todas as formas e muito menos vê ou sente que estejam buscando novas alternativas, investindo em desenvolvimento/inovações voltadas aos recursos naturais, como petróleo, mineração (funciona fábrica de calcário em Manacapuru e outras serão instaladas em Nova Olinda do Norte e Itacoatiara) capazes de gerar outra matriz econômica de desenvolvimento ao Estado e deixar de depender do Governo Federal, pleiteando daqui a 50 anos uma nova prorrogação. Toda euforia que vejo agora é apenas um filme em preto e branco,  repetindo o que ocorreu no ano de 1995, com o fim dos primeiros 28 anos do modelo Zona Franca, mas, agora, também usado politicamente pelos candidatos a todos os cargos, como se fossem os salvadores do modelo que poderá fracassar depois de mais 50 anos, se nada for feito para mudar a realidade de hoje. Estamos vivendo hoje um Polo Industrial com ruas esburacadas, população pobre vivendo no entorno das fábricas e poucas indústrias sendo incubadas para gerar produtos biotecnológicos da floresta, além da total passividade dos administradores públicos em buscar alternativas de novos modelos de desenvolvimento para o Amazonas fora do que foi prorrogado, deixando embriagados os políticos em campanha, sem olhar para outros horizontes possíveis, como se a todos tivesse chegado a cegueira e atingindo seus olhos.


De um passado pujante no comércio, na indústria e incipiente em serviços, a Zona Franca de M anuas, criada pelo decreto 288/67, de autoria do deputado Francisco Pereira, foi implantada 10 anos depois, após a vitoriosa guerrilha liderada por Fidel Castro e seus comandados e quando assumiu o poder em Cuba com a derrubada do presidente democrático Fulgêncio Batista. Em 1995 era jornalista em A NOTÍCIA,  e presenciei quando terminou o período dos 28 anos inciais do Modelo ZFM. Devido a muita e forte pressão de políticos do Amazonas e de empresários paulistas que tinham fábricas instaladas em Manaus, liderados pelo presidente da Federação das Indústrias do Amazonas, empresário João de Mendonça Furtado, o modelo foi prorrogado e vem sendo assim até os dias de hoje. Naquele ano, ao Governo Federal foi alardeando que sem a ZFM, Manaus voltaria a ser um “porto de lenha”, alusão à  música com o mesmo título, composta pelos jornalistas Aldizio Filgueiras e Wandler Cunha, gravada pelo cantor Torrinho,  retratando Manaus como se fosse mesmo um “porto de lenha”,  que jamais seria uma Liverpol, em Londres.. Naquela época e ainda  o e hoje, é considerada uma das letras de músicas mais reais, porque conseguiu produzir Manaus pós-exploração do látex, retratando uma parte da história, quando Manaus queria ser londrina.

Durante os primeiros 28 anos de existência, o Governador José Lindoso criou uma lei que tentou interiorizar o modelo, fazendo com que indústrias instaladas em Manaus, passassem e investir e desenvolver em poucos municípios. Mas o tripé comércio/indústria/agropecuária nunca chegou a ser concretizado totalmente porque o Distrito Agropecuário, na BR-319, não é propício para o desenvolvimento da pecuária e foi esquecido com o tempo. O Governo Amazonino Mendes criou um modelo que chamou de “Terceiro Ciclo” sem nunca ter ocorrido nem o primeiro porque a exploração do látex era nativo e foi também foi abandonado, o Distrito Industrial, que seria o segundo, foi imposto pelo Governo Militar para empregar a mão de obra dócil, abundante e barata que existia no Amazonas, com medo da expansão do Regime Comunista na Amazônia, a partir de Cuba. Mas nunca se buscou um modelo real de desenvolvimento para o Amazonas que não seja o criado e imposto em 1967 pelos Militares.

É verdade que ajudou a desenvolver Manaus, mas a empobreceu também em termos sociais porque a riqueza de poucos não é a mesma riqueza da maioria de favelados que construíram casebres no entorno das fábricas, como ocorreu no início da Revolução Industrial na Inglaterra. Manaus é uma cidade inchada de favelas em torno das fábricas e nenhuma coisa foi pensada para resgatar da miséria essas famílias, como a criação de um Fundo de Investimento Social, com parte da riqueza gerada pelas indústrias, voltando aos seus verdadeiros produtores de toda essa riqueza, em forma de melhoria de ruas, saneamento básico, escolas e saúde de qualidade, tudo bancado por esse fundo. Como nada se pensou ou se projetou em busca de alternativas, o Governo Federal terá que prorrogar de novo a Zona Franca daqui a 50 anos porque, como aconteceu durante a exploração da borracha, Eduardo Ribeiro construiu pontes, aterrou igarapés, construiu o Teatro Amazonas e realizou calçamento com paralelepípedos nas principais ruas de Manaus, porque os exploradores e colonizadores ingleses exigiam saneamento básico, luz elétrica, navios da Companhia de Visconde de Mauá, telégrafos para saber a cotação da borracha na bolsa de Londres, mas não pensou em toda essa “ilusão do fausto”, como diz o livro da professora da Ufam, Edinéia Mascarenhas Dias. 

Esse sonho dourado que nunca existiu. morreu junto com a produção do látex, como pode morrer aos 50 anos a ZFM se não for buscado e desenvolvido uma matriz econômica, talvez um polo de biotecnologia urgentemente. Caso contrário, voltaremos a estaca zero e andaremos de gabinete em gabinete, de mistério em ministério em Brasília, mendigando uma nova prorrogação de um modelo que desenvolveu a cidade de Manaus, mas empobreceu os municípios porque nunca se buscou a satelitização do modelo.

Ah, que saudades sinto do superintendente Rui Alberto da Costa Lins que determinou  que todos os produtos produzidos na ZFM, fossem lançados no Cecomiz, hoje mais um Shopping no Amazonas. Depois de lançados, os produtos produzidos com a marca ZFM poderiam ser negociados para o resto do Brasil ou com os quem desejasse adquiri-los. 



quarta-feira, 23 de julho de 2014

SONHAR E REALIZAR!


Todo sonho só é impossível de ser realizado para quem não sonha! 

Ou como disse o professor de administração de empresas Émerson Pires de Souza, aposentado da Ufam e atualmente na Nilton Lins: “o sonho é importante movimento na direção de um porto seguro”!

Sonhar, se esforçar e realizar o sonho é o primeiro caminho para se alcançar qualquer objetivo em todos os campos  vida! 

Foi o que conseguiu provar de forma positiva, o caixa brasiliense João Ricci, que decidiu vender brigadeiros feitos por ele para mesmo, para poder viajar e ver de perto a arbitragem do Campeonato Mundial de Basquete na Espanha, de bar em bar, de mesa em mesa, durante a noite. João Ricci, vendeu quase 10 mil brigadeiros e, sem medo de nada. Com uma lata de leite condensado, três colheres de chocolate e uma coragem, queimando as panelas da mãe e tomando gosto pelo que estava fazendo, que me causou impacto positivo porque conseguiu realizar o que chegou a acreditar que seria apenas um sonho impossível: viajar para a Espanha e tentar se tornar um árbitro internacional de basquete.

João Ricci, foi jogador de basquete por algum tempo, depois foi técnico, mas sonhou e decidiu entrar no basquete de alto nível. Sonhou sozinho e colocou na cabeça a ideia e a pôs em prática, provando que quem quer sonhar e realizar, consegue, basta ter vontade e determinação para concretizar seus sonhos. Vendeu brigadeiros nos jogos da copa do mundo, que os estrangeiros passaram a chamá-lo de “docinho brasileiro”.

A história de João Ricci, a usei só para dizer que o sonho impossível é somente aquele que não se sonhou e, por isso, nunca o colocou em prática. Parafraseando Francis Bacon que disse que “quem tem o saber, detém o poder”, eu digo, quem sonha, detém o poder também, desde que não tenha vergonha do que faz honestamente. Conseguiu contrariar até Karl Marx, que determinou quem “sonha só, não passa de um sonho. Quem sonha junto, transforma em realidade”. Ricci sonhou e executou sozinho todo seu sonho,

João Ricce diz que “apareceu uma oportunidade boa de eu estar envolvido no basquete de alto nível (…) porque para ser lembrado você tem que ser visto e você tem que teimar uma coisa que você quer. E eu quero muito ser árbitro de categoria internacional”. Nesse caso, para ser visto, em setembro ele juntou dinheiro vendendo brigadeiro de mesa em mesa e vai acompanhar em Setembro o Campeonato Mundial de Basquete na Espanha, embora o seu salário como caixa de restaurante não tenha suprido as necessidades para a sonhada viagem. Na internet, encontrou a receita do brigadeiro, queimou panela e concluiu que (….)“o máximo que vai acontecer, eu não vou vender e eu vou comer esse brigadeiro”.

João Ricci está decidido a ser árbitro internacional de basquete e, contagiado pelo que fez para viajar a Espanha, deseja fazer faculdade de Gastronomia para expandir os negócios. Os leitores têm dúvidas que João Ricci  conseguirá atingir também seus novos projetivos?  

segunda-feira, 21 de julho de 2014

TERRORISTAS SOCIAIS URBANOS CONTINUAM PRESOS!


Laranjas podres continuam existindo no “reino sarneysístico” no Maranhão, no mesmo Estado da Penitenciária de Pedrinhas, dentro da qual matam um hoje e deixam dois amarrados para matar no dia seguinte e, como sempre, as frutas estragadas infectam as boas porque não foram expurgadas da cena política do Estado e  causam prejuízos sociais, financeiros e morais a estrutura do Poder no, ao ponto de autoridades responsáveis ou irresponsáveis dos municípios de Anapus e Mata Roma, mandarem deter os equipamentos de trabalho das equipes dos jornalistas Eduardo Fautini e Luiz Cláudio Azevedo, da Rede Globo, que investigariam um rombo de 30 milhões de reais nos cofres das Prefeituras, sustentadas pelos impostos do povo dos dois municípios. Usei “reino sarneysistico” porque o Estado do Maranhão é dominado e controlado pela família do ex-presidente da República José Sarney, que anunciou sua aposentadoria como senador pelo Amapá.

Mas não é exatamente sobre os problemas do Maranhão que escreverei. Só os citei para destacar a coragem da Justiça do RJ que, mesmo pressionada por deputados federais de diversos partidos, destacando-se os radicais PSOL e PC do B, manteve presos os supostos “ativistas ou terroristas” urbanos na prisão, acusados de planejar protestos violentos a serem realizados no dia do Jogo final da Copa do Mundo, entre Alemanha X Argentina. Se em um passado recente da história brasileira havia a necessidade de se cometer terrorismo urbano em nome de uma causa, agora não existe mais, porque o Brasil vive um período de democracia frágil e aparente e tudo deveria ser resolvido com diálogo democrático. Isso não existia em passado recente, porque até reunião de AG em condomínio precisava de autorização da Polícia Federal para acontecer. Os movimentos sociais não foram sufocados como querem fazer crer alguns deputados radicais dos partidos que defendem os terroristas sociais sem causa definida,  tentando transformar em uma questão social e política, embora seja um crime contra a ordem pública. Não houve tentativa da justiça de sufocá-los. Mas passaram a atuar de forma ordeira como deve ser e não queimando ônibus, roubando lojas e bancos, tocando fogo em lixeiras e destruindo bens públicos. 

Com a decisão da Justiça, permanecerão no Complexo Penitenciário de Gerincó, na Zona Oeste do RJ, 17  “terroristas” sociais, vários menores apreendidos, além de duas pessoas presas em flagrante por porte de arma e drogas e vários 10 membros foragidos. Dentre as pessoas que continuarão presas, está a líder da Frente Popular Independente – FPI, Elisa Quadros Pinto Sanzi, a “Sininho”, que planejava tocar fogo no prédio da Câmara Municipal do RJ, segundo uma testemunha que a viu autorizando entrada de três galões de gasolina no prédio. Outros membros, mais responsáveis e menos exaltados a teriam impedido de cometer o ato de queimar um prédio público inteiro, como “Sininho” pretendia.

A prisão temporária de cinco dias, prorrogável por mais cinco, foi mantida mais uma vez apesar dos insistentes pedidos de habeas corpus coletivos e individuais impetrados pelos Instituto de Direitos Humanos, Sindicato dos Jornalistas do RJ, Comissão de Prerrogativas da OAB e por outras várias entidades, em favor dos “terroristas” sociais urbanos presos. De tudo isso, acho estranho que o Sindicato de Jornalistas e da Comissão de Prerrogativas da OAB, terem entrado com pedidos individuais de soltura, porque dentre os presos estão os que mataram com rojão o cinegrafista da BAND, Santiago Andrade. Só entendo o pedido como sendo um direito de “juris esperniandi” (direito de espernear, de não aceitar, protestar, recorrer de uma decisão), como me ensinou muito bem, um professor de Introdução ao Código de Direito Civil, do 5o período do curso incluso de Direito, na Faculdade Uninorte, há muitos anos. Por mais que tente, não entendo a razão ou os motivos do Sindicato dos Jornalistas ter pedido, individualmente, a revogação da prisão de uma das pessoas que incitou à morte de um membro da categoria dos bravos heróis que têm que registrar as badernas que os “terroristas sociais urbanos” promoviam quase que diariamente, no Brasil, cessando depois da prisão de “Sininho”. 

Mistérios! Mistérios que minha mente não consegue decifrar, por mais que tente. Também não entendo a razão do Instituto de Direitos Humanos também ter pedido a revogação da prisão e de ter acionado parlamentares que passaram a criticar duramente a Justiça, acusando-a de ter agido por só indícios e não com provas cabais para decretar a prisão de todos. Que mais de provas contra os “terroristas urbanos” sem causa, queriam os parlamentares que as defenderem e acusam o Poder Judiciário de ter agido arbitrariamente, só por indícios? 

Espero que das laranjas podres que ainda existem no Maranhão, não contaminem a mente dos juízes e desembargadores do Rio de Janeiro e que todos mantenham a mesma postura de independência, não se curvando às pressões políticas porque certamente os partidos mais radicais perderam a sua mais ativa e irresponsável representante, a “terrorista” social,  líder da Frente Popular Independente – FPI, Elisa Quadros Pinto Sanzi!

Tenham a santa paciência!









sábado, 19 de julho de 2014

UM FIO DE NAVALHA SEPARA O BEM DO MAL!


A distância que separa o bem do mal, o bandido do policial, da fé com a descrença total ou qualquer outra coisa semelhante à dualidade, é apenas um fio de navalha que pode “cortar” para um lado ou para o outro, para o bem ou para o mal, para o amor ou o ódio, para a droga, álcool, para o estudo ou para a preguiça, enfim, para tudo dependa de uma educação doméstica, escolar, reforçada por exemplos positivos que deviam ser dados pelos representantes dos Aparelhos de Estado, mas que é uma coisa rara nos dias atuais. A Escola, formadora do conhecimento que gera caráter de qualquer pessoa, junto com a família, estão fragmentadas, desmoralizadas, mas a Escola, também pode ser um exemplo negativo se os gestores públicos não se apresentarem como espelhos capazes de refletir na sociedade os valores morais e éticos de transparência, licitude, solidariedade e honradez que são esperados por todos nós.

Foi o que fez o flanelinha maranhense José Mário da Silva dos Santos que, aos 52 anos, cursa nível superior na Universidade de Brasília (UnB), é o que está fazendo a ONG Projeto Cultural na Chatuba, idealizado por Bianca Simãozinho, pelo ex-flanelinha Edilson Enedino das Chagas, hoje um juiz de direito na Vara de Falência e caminhando para o doutorado e muitos outros exemplos bem-sucedidos que comprovam a educação como o único caminho a ser seguido por quem deseja ascender na pirâmide social e melhorar de vida honestamente. Mas a pessoa também tem que ter um projeto de vida, um plano de futuro e querer mudar sua realidade. Isso também é importante e necessário porque ninguém transforma ninguém se a própria pessoa não aceitar e desejar ser transformada.

Na outra ponta, muitos jovens que ingressam nos cursos supletivos ou EJA – Ensino de Jovens e Adultos, para cursar faculdade antes do tempo, pulando etapas e recebendo liminares da Justiça. Todos esses esqueceram que a pressa sempre foi inimiga da perfeição e que a vida é como uma escada que tem que se passar e pisar em todos os degraus na subida para não cair na descida. Também não entendem que o mal está preparado para derrotar o bem, o ódio caminha junto com o amor, a vida e a morte andam juntas, mas separadas por um fio de navalha. Essa é a dualidade da vida, que pode cortar para o bem ou para o mal, dependendo de fatores sociais, mas não do ambiente em que vivem. A falta de educação e da família poderia ser um desses fatores, seguido da falta de bons exemplos de pessoas que representam os aparelhos de Estado e, principalmente, de práticas educacionais antigas que podem e devem ser retomadas para o bem da educação no Brasil. Quando os alunos decidem ficar famosos pela pressa, a sociedade emburrece e o mercado de trabalho a pune a todos impiedosamente!

“Ditado”, “cobrir as letras”, “leitura em sala de aula”, “sabatina de matemática”, sem a palmatória em cima da mesa do professor para corrigir os erros, práticas comuns do passado e abandonadas com o tempo, continuam sendo de vital importância para também moldar o caráter, moral e honra de pessoas que saem do nível superior sem saber ler, escrever ou fazer um ditado simples, com palavras que exigem um pouco mais de raciocínio. A Educação começa na base e não é o curso superior que tem que corrigir essa falta de cimentação na base! É uma pena que valores simples e úteis do passado, foram e são esquecidos no presente, só porque algum pensador da educação achou que não deveria mais ser importante ou porque a psicologia definiu que seria opressivo ao aluno. 

Não afirmo e nem nego essa importância dessa prática para melhorar o nível da educação no Brasil, mas, cientificamente, também não posso desprezar porque fui pesquisador quando podia e passei por todas essas etapas e não fiquei traumatizado. Como disse, não defendo o uso da palmatória de madeira com buraco no meio como método eficaz para punir o aluno que não soubesse ler, escrever ou errava no ditado ou tinha letra ruim, como se fazia no passado. Mas, a prática leva à perfeição, tanto para um lado como para o outro!

Fama, sucesso, mudança e melhoria de vida só ocorre pela educação de qualidade, pela leitura constante, pela escrita permanente e com persistência, treinamento constante que gerarão erros e acertos, precisam ser repensados. Ninguém nasce inteligente ou gênio. Ninguém nasce sabendo sobre quase tudo ou sobre quase nada, porque o processo ensino-aprendizagem é um continuar constante. A vida ensina uma coisa certa a todos: só o ensino, a persistência, a determinação, a coragem e a decisão firme em favor do estudo é que pode transformar uma sociedade e uma vida. Mas a pessoa tem que se ajudar um pouco também, enfrentando seus medos, desânimos, falta de objetividade. Nunca é tarde para aprender, senhor José Mário da Silva dos Santos. O querer é o poder!






quarta-feira, 16 de julho de 2014

UM ÓCULOS POR TRÁS DE UM CORPO FRÁGIL!


Sou apenas e não passo de um óculos de 7,5 graus, bifocal caminhando lento em um corpo frágil de 54 anos que, que perdeu a lateralidade da visão, só vê a vida para frente, mas que sente as dores das pessoas e escreve por puro prazer. No passado, fui um homem comum, com defeitos comuns, mas que não me se escondia atrás de óculos, mas fiquei totalmente surdo ao 46 anos e que passei a viver desde então infectado por duas bactérias hospitalares incuráveis, que as recebidas de presente pela minha ousadia de querer ouvir as dores do mundo novamente. Quatro anos mais tarde, após a aposentadoria precoce por invalidez, ganhou de presente do companheiro jornalista Marcelo Lucena, esse blog para exercitar o que já gostava de fazer, ocupando meu tempo e não sofrer de depressão pela aposentadoria aos 50 anos. Com o tempo, ganhou o mundo e hoje o blog é lido em 46 países, a cujas pessoas sou imensamente grato!

Mas, agora, sou apenas um óculos que caminha pelo condomínio Mundi, em companhia do síndico Antônio Paiva e/ou do administrador Roberto Marques Valin, como membro do Conselho Fiscal e a experiência de já ter sido síndico. O Condomínio Mundi é formado por 11 torres, 740 apartamentos e é dividido em três etapas com uma nesga de floresta preservada à margem de um igarapé que separa as Etapas R1 – Ilhas do Caribe e R2 -Ilhas da Oceania, com 6 torres, da R3-Ilhas da Europa ligadas por uma ponte. O resultado da invasão, foi a destruição de uma reserva de floresta primária. Hoje, mesmo só olhando para frente como deve ser vista, caminhando lento e sem muito equilíbrio, vou passando o dedo em locais e mostrando a sujeira que consigo tirar. Por ser agora apenas um morador chato por trás dos óculos, sempre ouço do síndico, com muito carinho essa frase: “Carlos, não é sujeira o que você vê. É seu dedo que anda sempre sujo de tanto passar na sujeira que você vê!”. Gostei, companheiro, porque você também é um poeta escondido no corpo de um advogado!

Depois que recebi uma mensagem carinhosa do ex-presidente Francisco Bezerra, vi  minha vida sendo projetada como um filme de época e recordei aos prontos de quando dirigi duas instituições paraestatais federais por doze anos, sempre recordando dos conselhos do amigo e companheiro, Dr. Maury de Macedo Bringel: “seja enérgico; porém, delicado”. Eu fui assim, enérgico quando necessário, e delicado quando podia ser! Hoje, sou apenas um óculos caminhando lento e olhando para frente,  que investiu em imóveis, para viver de aluguel e de minha reduzida  aposentadoria não planejada, aos 50 anos. Mesmo assim, vejo, como assistente social, sinto e registro em crônicas as dores de pessoas envolvidas com drogas, crack, com os péssimos atendimentos médicos, a falta de moradia, saneamento, segurança. É uma pena que a Previdência Social, nos reajustes que faz, nunca acompanha o ganho real que tinha quando trabalhava. Todos os partidos políticos em campanha prometem, mas não conseguem acabar com o Fator Previdenciário, implantado durante o Governo FHC! Promessas, promessas e só promessas...

Sou um corpo frágil que caminha e olha para frente porque a vida não pode parar no tempo que e vai mais rápido do que meu corpo pode caminhar, mas, mesmo assim,  ainda planeja, almeja, projeta e não se desespera – exceto quando soube pela infectologista Dra. Silvana Lima e Silva que as bactérias que se alojaram no alto de meu cérebro, em uma espécie de casulo, não poderiam ser curadas nem com células troncos. Aceitei e chorei na época, porque foi como se tivessem jogado um balde de água fria em meu corpo quente pelo desejo de ter cura e viver um pouco mais! Com o tempo, aceitei sem traumas, mágoas ou rancores de ninguém!

Tentei superar meu medo de viver infectado quando aceitei voltar a fazer palestra para 80 alunos de Serviço Social da Uninorte, da professora Darcy Amorim.  Gaguejei nas leituras das transparências que havia elaborado e, ela decidiu lê-las em conjunto com os alunos para que eu as explicasse depois, uma por uma as afirmações que fizera nas projeções em uma tela branca – que me fez lembrar do teto da UTI no Hospital Santa Júlia, onde permaneci em coma por 10 dias. Entre uma tosse e outra pela garganta seca, embora tendo uma garrafa de água e um copo para bebê-la, explicava e respondia a todas as perguntas ou questionamentos feitos pelos alunos presentes. Fui recebido por todos com muito carinho e isso me fez feliz demais! Também senti vergonha e uma decepção porque tossia a cada vez que começava a explicar o que havia escrito Mas acho que isso não foi percebido pela turma. Eu espero que não!

Hoje, nada sou do que fui em passado. Dos poucos e duradouros empregos que tive, me restaram lembranças marcantes de muitos, mas principalmente quando era professor no curso de Serviço Social na Faculdade Nilton Lins, de meu trabalho como superintendente do Sinetram, iniciando como assessor de comunicação  indicado para substituir o Dr. Maury de Macedo Bringel, antes que a juíza Elzira Ewerton decretasse intervenção. Depois, a juíza se elegeu deputada federal e eu, desempregado e sem nada a receber pelo meu serviço executado, segui com o presidente Francisco Bezerra e fui indicado e nomeado como técnico do Conselho Regional Norte da FETRANORTE. Nessa condição, recordo-me da procura e compra do terreno do empresário imobiliário Paulo Farias & Imóveis para a construção, instalação e inauguração da Unidade 12 Manaus, do SEST/SENAT, para a qual fui nomeado e passei 12 anos dirigindo-a. Lembro e sinto saudades dos muitos amigos que fiz, com os quais despachava e não os nominarei para não esquecer e ferir alguém. Hoje, a Unidade é conhecida como “Francisco Saldanha Bezerra”, por indicação do membro do Conselho Regional Washginton José Braga do Vale, de Santarém.

Lembro-me de que como professor universitário, perdi minha audição em sala de aula, devido a um empiema cerebral que pressionou meu cérebro em 5 cm,. Recordo-me das sucessivas internações em emergência e das 11 cirurgias no cérebro a que fui submetido desde então -cinco pelo Dr. Dante Luis Garcia Rivera,  duas pelo Dr. José Vieira, em Manaus e duas pelos médicos paulistas Antônio Almeida e Valéria Moyo, quando fui diagnosticado com câncer terminal em metástase. Também, fiquei sabendo por minha esposa Yara que tinha permanecido dos 10 dias, 45 dias sem memória e 15 sem fala, depois da mais demorada cirurgia de 7 horas a que me submeti com uma equipe de vários profissionais, liderada pelo Dr. Dante.  Da emoção que senti ao ver amigo Flávio Willer Candido, ao retornar do coma e ele me pedindo: “Carlos, se você estiver me ouvindo, descruza tuas pernas!”.   Mecanicamente, as descruzei, mas nem sabia que estavam cruzadas! Depois, chamou minha esposa e a informou que eu havia saído do coma e lhe perguntei quantos dias tinha ficado em coma e ela me contou tudo. Não acreditei porque pensei que tinha sido um único dia e no dia seguinte retornei vendo nas paredes brancas as letras que só eu via na parede branca da UTI SJS, que as interpretei como sendo as iniciais de “SÓ JESUS SALVA”. Pedi a minha esposa para ir ver de perto as letras e ela dizendo que nada havia, mas para qualquer parte da parede que eu olhasse, via sempre as mesmas letras SJS.

Todas as lembranças do passado que escrevo agora foram motivadas pelo whatsapp que recebi do presidente do Conselho Regional Norte, administrador Francisco Bezerra, dizendo apenas isso: “Carlos, bom dia, estou em Rio Branco/AC, visitando a Unidade daqui, recordando viagens que já fizemos para esta cidade desde a época em que o atual senador Jorge Viana era prefeito de Rio Branco. DEUS, a cada dia, restabeleça sua saúde. Avante!”. É presidente, sonhamos juntos, realizamos juntos em 38 anos de convivência. Depois de ler sua mensagem simples e sincera, desabei no choro porque e lembrei que trabalhamos juntos por tantos anos, desde que o senhor era apenas um interventor do Banco do Estado do Amazonas, na empresa de transportes coletivos Viama e cursava administração de empresas na UFAM e eu o assessorava na área da Comunicação Social e depois me formei em Serviço Social! Mas nunca lhe disse muito obrigado pelo senhor ter existido e permanecido ao meu lado por tantos anos. Digo agora, nessa crônica.




terça-feira, 15 de julho de 2014

SE...(OS "SE´S" DA CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA!)



Se o Governo Federal não tivesse retirado todos os impostos federais incidentes sobre o valor final a Conta de Energia Elétrica e, em seguida, se não tivesse sido pressionado pelas distribuidoras para reajustar os valores das contas de energia, ficando tudo quase do mesmo valor que fora antes com todos os impostos e tributos  que foram retirados, hoje a energia estaria com valor “estratosférico” e impagável e, se ter luz elétrica em casa, seria quase um luxo e não um bem essencial. Se também, os Governos dos Estados tivessem reduzido de 25% para pelo menos 10% as cobranças de ICMS sobre o valor da energia, ou zerado suas alíquotas porque já se paga também a Taxa de Iluminação Pública ao Município, nesse mês, não tivessem vindo com valores tão elevados, onerando em demasia o bolso dos consumidores.

São tantos os tantos “se´s” não existissem, talvez ficasse mais fácil o que é até difícil analisar para se ter um juízo completo de tudo o que aconteceu até agora. Primeiro o Governo prometeu e cumpriu, desonerando todos os tributos e impostos incidentes sobre a tarifação da energia elétrica, exemplo que não foi seguido por nenhum Estado da Federação, que continuou cobrando 25% de ICMS para manter ruas às escuras, embora e ainda exista uma tarifa municipal, a COSIF ou Contribuição de Iluminação Pública, também cobrada sobre o valor inicial da conta de luz e só no final são aplicados os 25% de ICMS, onerado por esse tributo municipal, que é usado para manter as ruas iluminadas.

Qual a finalidade desses 25% de ICMS sobre o valor da conta de luz? Engordar os orçamentamentos dos Estados? Qual a destinação desse valor, se as ruas continuam às escuras porque quem faz esse serviço é o Município? O Estado não faz nada em benefício da energia elétrica das cidades! Seria apenas ganância tributária? Talvez seja, mas não sei porque existe no meio do caminho não pedras do poema de Carlos Drumond de Andrade, mas se e somente se! O certo mesmo é que a conta de luz vem sofrendo reajustes de preço desde quando o Governo decidiu retirar seus impostos federais. Por quê?

Mistérios a serem desvendados, se não existissem os “se´s no meio da estrada! Mas eles existem!

Se houvesse alguma realidade em cima da desoneração dos tributos federais, o Governo não teria sido obrigado a fazer vultuosos empréstimos para pagar a geração de energia em termoelétricas! Se o Governo Federal não tivesse recebido pressão dos fornecedores, das agências reguladoras, não teria reajustado o valor da energia de forma tão rápida. Se tivesse acertado com os Governos Estaduais, também a desoneração de ICMS nas tarifas...No final, o valor que o Governo Federal retirou de seus impostos, está sendo repassado ao povo usuário de energia.

Houve seca no Sudeste, cheia no Norte, transbordamento de águas em outras regiões, mas nada justifica os Governos Estaduais continuarem cobrando 25% de ICMS porque se os usuários já pagam a Cosif, para manter as ruas iluminadas e gerando segurança à população.

Eduardo Rodrigues, do Jornal O Estado de SP,  garante que em 2015, os valores das contas de energia elétrica estarão no mesmo nível de 2012. Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria, entregue a todos os candidatos à presidência da República, a sucessão de erros e problemas no setor elétrico geraram um rombo de 53,8 bilhões à sociedade brasileira. Se a sociedade vai pagar ou não todo esse rombo, dependerá do próximo Governo a ser eleito em outubro. Se a previsão feita por Eduardo Rodrigues se confirmar, será uma reversão ao índice ora praticado. Se os Estados ajudarem um pouco mais, reduzindo o ICMS, o valor poderá ser menor ainda.

Se tudo isso se tornar uma realidade, se eu não estiver sonhando acordado, se eu não estiver deitado, se eu não tivesse sido operado 11 vezes no cérebro desde 2006, se eu tivesse escutado meu amigo médico Elio Ferreira da Silva, se eu não tivesse desejado tanto ter minha audição de volta, se eu não tivesse procurado atendimento imediato, se eu não tivesse sido internado...se...se, tudo é se. Mas, certeza mesmo, além do “se”..., nenhuma!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A VERDADEIRA COPA DA POLÍTICA SERÁ CONVOCADA AGORA!


Excetuando pelas vaias dadas à presidente Dilma Rousseff, ecoadas no Maracanã, palco do encerramento dos jogos da Copa do Mundo, em plena cerimônia de entrega da taça de campeã à Seleção da Alemanha, que venceu a equipe da Argentina por 1 X O, diria que a realização da Copa do Mundo no Brasil foi um exemplo de civilidade e cidadania e espontaneidade, que só poderia vir de um povo ordeiro, pacífico e orgulhoso de se dizer brasileiro e que se superou nos momentos de dificuldades, ajudando como pode a prestando informações aos estrangeiros por mímicas, gestos ou palavras de pessoas voluntárias que falavam outros idiomas. Na esfera política, como já foi falado que toda unanimidade é burra, há quem seja contra, mas também há quem seja a favor do Governo Dilma Rouseff. S não podemos negar que a Copa do Mundo foi considerada uma realização perfeita, em quase tudo.


Mas, agora, no campo da política ou da ideologia (que não existe mais), a verdadeira Copa do Mundo dos Políticos do Brasil, começará agora, com a realização de eleições em todos os níveis de Poder. Essa eleição geral deve ocorrer de forma responsável, escolhendo dos vários partidos, suas promessas milagrosas e ideias mirabolantes para melhorar o Brasil, todos os menos piores candidatos que possam existir porque eles são raros, mas ainda existem bons candidatos! Melhor seria se de todas as ideias boas ou mirabolantes de cada partido, o eleitor pudesse fundir tudo em um candidato só e apontá-lo como o seu preferido. Infelizmente, o eleitor terá que garimpar cuidadosamente para, entre todos e tentar escolher e eleger só os melhores!

Com relação à Copa do Mundo, um ou outro problema pontual se registrou e isso pode ser considerado normal pela grandiosidade do evento que o Brasil realizou, mas, repito, a nossa a verdadeira Copa do Mundo da democracia, da ética, da moral de cidadania, de impessoalidade, de transparência começará agora e as vaias contra a Chefe da Nação pode ser um reflexo dessa nova copa: vai começar o HORÁRIO DE HUMOR GRATUITO, desculpe-me, errei de propósito, o Horário Eleitoral Gratuito, do TSE, para tentar conscientizar aos brasileiros sobre a importância e a qualidade do voto depositado nas urnas.

Mas, em Brasília, já surgiu o primeiro exemplo de desonestidade explícita: o ex-governador José Roberto Arruda, confiando inteiramente e somente na Justiça Eleitoral, anunciou que manterá sua candidatura, embora tenha se tornado “ficha suja” dois dias depois de sua candidatura ser oficializada. Será que se elegerá? Os eleitores serão os responsáveis e decidirão pelo seu retorno ao Palácio Jaburu ou sua aposentadoria precoce com ínfimos votos, até que cumpra todo o período de ficha suja, quando poderá tentar voltar de novo à politica, depois de ter sido pego com a boca no painel do senado, adulterando-o em votação que deveria ser secreta!

Respeito quem vaiou ou quem aplaudiu a presidente Dilma Rousseff, por ela ser do PT e contar com o total apoio do ex-presidente Lula, seu principal cabo eleitoral. Mas quero lhes lembrar que a criação do Programa Bolsa Família, nasceu da ideia do senador Cristóvão Buarque de Holanda, abraçada pela professora na Universidade de São Paulo, a antropóloga, Ruth Cardoso, já falecida e implantada durante o Governo de seu esposo, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, aprimorada depois pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de cuja filosofia e ideologia pertence a atual presidente Dilma Rousseff, que não tem em seu curriculum qualquer problema político ou conduta ditatorial, embora tenha pego em armas e combatido o regime  militar que se apossou do Brasil em 64, ajudando a restabelecer à democracia, da qual ela está sendo uma vítima agora, infelizmente. Dilma não criou nada novo, só deu continuidade ao Governo Lula! Talvez a raiva dos brasileiros que a vaiaram seja resultado disso porque a presidenta Dilma tem feito uma administração se não perfeita, pelo menos sabendo do que acontece em sua volta.

Não defendo a continuidade do PT porque outro Governo pode melhorar o que o anterior fez ou acabar com tudo. Mas não vejo melhor algo melhor para continuar dando continuidade aos destinos do país, mudando os rumos e melhorando as políticas públicas. Mas tudo tem que ser feito pelo processo democrático e não pelas vaias, badernas, depredações, destruição, saques ou bombas contra representantes dos aparelhos de Estado. Também não sei a razão a Anistia Internacional e advogados da OAB interferiram e se apresentaram, após a prisão da  “baderneira” social Elisa Quadros, A SONINHO DO BARULHO, como a chamei em uma crônica, antes de ela conseguir arregimentar novamente pobres rapazes, pagando-os para se infiltrarem em uma nova manifestação que estava sendo programada para ocorrer no encerramento da Copa do Mundo.

Mas reafirmo, tudo deve ser feito de forma democrática, elegendo, reelegendo ou retirando-a do Palácio do Planalto. Se Dilma Rouseff foi eleita pela barriga, pela fome, pela miséria, pela pobreza como muitos afirmam, o foi democraticamente eleita. Agora, uma coisa me intriga: se aumentou o número de beneficiários do Bolsa Família, como é que se pode dizer que o Brasil está conseguindo melhorar no seu processo de distribuição de renda? Se aumentou o número de usuários, pela lógica mais simples, ou foi um sinal que o Brasil está descendo uma ladeira, ou estariam  os órgãos sociais ampliando sem muito planejamento, critério e controle o número de beneficiários, só para votarem na reeleição de Dilma? Pode ser também!

Só sei dizer que a Copa do Mundo da Escolha dos Políticos está começando agora porque essa interessa diretamente aos destinos do Brasil porque, dependendo dos eleitos, poderemos ter ou não e viver um legado moral, ético, social, de transparência que queremos construir em forma de hospitais, escolas, viabilidade urbana, saneamento básico, dignos de uma sociedade que se apresenta e diz que está vencendo a miséria.

Se é verdade ou não, não sei! Só sei que alguma coisa deve melhorar. Se com ou sem o PT no poder, alguma coisa deve melhorar, ser aprimorado, ampliado em termos de ganhos sociais, que refletirão em toda a sociedade coletiva!

quinta-feira, 10 de julho de 2014

SERÁ QUE COMETEMOS ALGUM PECADO?

Comentários no link do blog http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2012/05/sera-que-cometemos-um-pecado.html

“SERÁ QUE COMETEMOS ALGUM PECADO?” (*)

- Acordem meus filhos, acordem, entrem no banheiro e passem uma água em seus rostos porque vocês estão horríveis! Parece até que tomaram um porre!!  E tínhamos tomado mesmo, com vinho do padre e ainda comendo hóstias como tira-gosto! Era só o padre Bruno que chamava a mim e ao João Fernandes.

Depois do porre do “vinho do padre”, tirando gosto com hóstias que estavam dentro de um saco de pano, deitamos e fomos dormir dentro da sacristia da Igreja de Dom Bosco. Hóstia tirada de dentro do saco, podia servir como tira-gosto; do local bento, dentro da sacristia, não podia  porque “era pecado”.

Tudo começou assim: eu e o João Fernandes fomos designados para “arrumar” a igreja para a missa do domingo na Igreja Dom Bosco.  Entramos, encontramos “o vinho do padre” o “saco de hóstias” não bentas.  Tivemos uma idéia, que nos pareceu brilhante:

- Vamos beber o vinho do padre?
- Mas ele é muito forte!
- A gente faz como o padre: coloca água dentro do vinho! Assim ficará mais fraco, aconselhou o João Fernandes, já com a mão na garrafa de vinho e a outra no saco com hóstias.

E assim fizemos: tomamos um porre e, ao sermos acordado pelo padre Bruno,  estávamos deitados no chão, com uma dor de cabeça horrível e pensei:

“Será que cometemos algum pecado mortal?”

Não, acho que não. Afinal, o vinho e as hóstias estavam “preparados” e dentro da “sacristia”. Mas, afinal, o que seria um pecado a mais ou a menos para dois jovens coroinhas adolescentes e irresponsáveis?

Deixamos o interior da sacristia com caras de bobos e fomos nos lavar no banheiro em um chuveiro coletivo, ao lado da Igreja!

Por falar em João Fernandes, veio à minha memória um fato que aconteceu quando subiu em um trator sem nunca ter dirigido nada na vida e apagou um incêndio, com onze ou doze anos, não lembro mais, ao lado de sua residência, no “Beco do Emboca”, em Santa Luzia.

Lembro também de outros colegas adolescentes, que eram  “coroinhas” na igreja Dom Bosco em Manaus, durante projetos sociais mantidos com recursos da extinta Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor -Funabem, comandada pela Assistente Social Eleonora Péres, que patrocinava cursos técnicos para menores aprendizes, que também consideravam João Fernandes um herói, como eu. Fui um desses menores e participei de vários cursos de serralheria, montagem de rádios, telegrafia, datilografia, produção de pães e muitos outros, mas, por incrível que pareça, desaprendi tudo! Só me restaram lembranças boas dessa época e de minha mãe mostrando para todo mundo uma foto de jornal, ao lado de outros menores,  em que eu aparecia. “Tá aqui,  olhe! Esse é meu filho!!!”

Como eu e João Fernandes, outros poucos compunham e jogavam futebol no time do “Pequeno Clero”, o “time do padre Bruno”. Era uma alegria e uma honra fazer parte do “time do padre”, como a molecada falava. O adolescente que fosse escolhido para compor o time do “Pequeno Clero,” tinha que ter boas notas na escola em que estivesse matriculado, bom comportamento e ser obediente e, ainda, ser coroinha durante as missas rezadas pelo padre Bruno na Igreja Dom Bosco, pela tarde ou no Patronato Santa Terezinha, às 7 horas da manhã. Eu gostava de ajudar nas missas no Patronato porque, ao final, serviam um excelente café da manhã.

Muitas vezes deixei cedo minha casa, sem tomar café, esperando terminar a missa para degustar o café servido na igreja, com coisas que minha família não tinha condições financeiras para comprá-las.


(*) Em memória de João Fernandes que, segundo seu irmão, o promotor de Justiça Mirtinho Fernandes, já falecera. 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A SELEÇÃO FOI GOLEADA; A VIDA CONTINUA!


Foi só um jogo que acabou em goleada contra a Seleção brasileira, mas não foi uma vida que acabou, porque ela está apenas  está começando, com novos capítulos ainda mais emocionantes e ridículos ao mesmo tempo: as eleições de outubro e o melhor programa de humor da TV brasileira começará no horário eleitoral gratuito!

A vida continua. Com um pouco menos eufórica, é verdade, mas hilária porque vamos ter o início do Horário Eleitoral Gratuito na TV e no rádio, aumentando a  responsabilidade dos eleitores que terão que escolher entre candidatos os seus excepcionais representantes, que andam raros ultimamente, sejam eles de quais partidos forem entre os  que se apresentarem para disputar a receber votos nas urnas. Dentre os que apresentarão como elegíveis, existirão bons e maus candidatos, uns  com  fichas limpas , outros com fichas mais sujas do que pau de galinheiro, mas se dirão “limpinhos” e o eleitor terá que escolher e ficar com os melhores!

Sim, a vida continuará mais triste pela derrota de 7 X 1 da Seleção brasileira para a seleção da Alemanha, mas as ilações políticas pelas redes sociais já são inúmeras, como a tristeza da presidente Dilma lamentando que a popularidade começará a cair, o personagem filósofo Ioda, que tinha respostas para tudo, vestindo a camisa da seleção e sem explicação para justificar nada. Uma outra de marcar opções e perguntando com bom humor qual o maior massacre imposto pelos alemães: ( ) negros, ( ) Judeus ( ) Ciganos e já marcado (X)Seleção Brasileira...enfim. Mas poucas pessoas lembram do pensamento de Rodrigo Mese, que define muito bem o sentimento de frustração dos brasileiros diante da humilhação sobre a bipolaridade da vida e, principalmente, a de todos os futebolistas fanáticos: de um momento para o outro. a vida passou da euforia extrema à tristeza e decepção geral! Agora, buscam explicar e culpar alguém pelo apagão da Seleção do Brasil, mas não tem explicação, nem tem culpado, só os torcedores que não se aceitam na derrota e lamentam porque agora, no máximo, o time do Brasil poderá ficar no máximo em terceiro lugar. Mas não esperem muito porque de novo Rodrigo Mese pode acertar em sua definição da polaridade da vida!

Mas a vida não acabou e as cidades que sediaram os jogos da Copa do Mundo receberam investimentos em várias áreas, os resultados só começarão a aparecer em um futuro próximo, mas o povo consciente e responsável não pode se descuidar porque o Brasil anda para frente e para trás, como se fosse um automóvel empurrado para pegar no “tranco”, na subida de uma ladeira!.

Enquanto isso, a ZFM contabiliza os resultados fantásticos em sua economia. Só que esses resultados econômicos, devem ser vistos com calma e preocupação porque a verdadeira identidade econômica da Região não é ficar com pires na mão em gabinetes dos deputados federais em Brasília, pedindo a prorrogação desse modelo, e, sim, aproveitar os novos 50 anos do modelo que lhe restarão e investir em pesquisas para desenvolver um polo biotecnológico porque o modelo ZFM não será perpétuo,  nem perene ou “imexível” como disse o ex-Ministro Magri, que ocupava a pasta do Trabalho do Governo  Collor.

Tudo pode acontecer no apagar das luzes do Planalto Central e, como no pensamento de Rodrigo Mese, o Amazonas pode ter sua economia de hoje levada da extrema euforia, saindo à temerária tristeza e um novo apagão geral, como ocorreu com a seleção brasileira na derrota para a Alemanha.

Mas vamos falar do jogo, para dizer outra coisa: as eleições!

Depois da copa, começará o horário eleitoral gratuito e, proporcional as bobagens que muitos falam e gravam sem ao menos saber ler os textos que seus assessores preparam para serem lidos, também aumentará nossa responsabilidade para escolher bons candidatos, de qualquer que venha a ser o partido porque em todos tem bons e péssimos candidatos uma vez que os partidos escolhem e apresentam quem eles querem, mesmo com fichas sujas, mais sujas do que pau de galinheiro, sem muita qualificação, sem muitos conhecimentos, só porque pretendem se dar bem.

A esses todos, os eleitores precisam ficar atentos porque como postei hoje nas redes sociais facebook e wahtsapps: a diferença social que existe é resultado direto da indiferença que temos diante dos problemas que podem ser mudados pelas nossas atitudes.

Atitudes responsáveis, acrescento agora.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

SELEÇÃO DOS POLÍTICOS NO BRASIL




Como agora tudo gira em torno da Copa do Mundo, escreverei nesse ritmo futebolístico também, mas para falar sobre o que venho garantindo e repetindo sempre: cada sociedade vive no que escolhe para viver, de bom ou de ruim! Os eleitores, a cada quatro anos, são os técnicos, mas continuam escolhendo péssimos jogadores, digo, políticos, mantendo os postos e nos mesmos níveis políticos os que não representam verdadeiramente vontade do povo e só pensam em si mesmos! As razões podem ser várias, mas direi uma apenas: os eleitores desconhecem que no processo democrático, eles são os que criam a sociedade em que desejam viver pelos quatro anos seguintes. De quatro em quatro anos os eleitores, como se fossem técnicos de futebol, são chamados às urnas para formar uma nova seleção política para e disputar uma nova Copa do Mundo da Política. Deveria ser assim, mas ainda não é, porque péssimos políticos continuam sendo eleitos e reeleitos só porque conseguem mais “empréstimos” com empresas e, principalmente, com construtoras! Tudo como se fosse uma Copa do Mundo, que também é patrocinada por muitas empresas, mas elas exigem logomarcas em todos os locais! Com políticos, também deveria ocorrer a mesma coisa na prestação de contas aos Tribunais Regionais Eleitores, mas muitas doações ou são escondidas ou não “informadas”.

E por que estou escrevendo sobre isso, começando com futebol para falar de política?

Porque a mesma prática deveria ocorrer com a política: os eleitores seriam os técnicos e os candidatos seriam os cidadães que desejassem disputar as eleições e, como no futebol, só os melhores permaneciam convocados para mais quatro anos de manda, mas só os ficassem defendendo e trabalhando em prol do melhor para a coletividade e não de si próprios como ocorre ainda com muitos, infelizmente! Depois de quatro anos, independente de sigla partidária deveriam continuar somente os excepcionais, pois o regime democrático permite que a cada quatro anos,  eleitores convoquem e formem nova seleção de políticos para representá-los, expurgando todos os candidatos fichas sujas, os maus caráter e os que se escondem por trás dos mandatos legislativos pensando que a Justiça nunca os alcançará. Os eleitores, iludidos pelo dinheiro que resultam em campanhas milionárias sempre erram e elegem péssimos candidatos que se posicionam como se fossem  donos dos mandatos e não devessem prestar contas aos eleitores, prometendo o que não podem cumprir e gastando dinheiro que nunca receberão honestamente durante um mandato inteiro - a menos que seja com corrupção, esquemas, desvios e fraudes em licitações, como é comum!

Não deveria ser assim, mas, infelizmente, a falta educação política nas Escolas Públicas e particulares para que os eleitores aprendam a ler o que se esconde por trás de propostas milionárias e mirabolante, com gastos exorbitantes. Essa disciplina deveria fazer parte da transversalidade na educação como matéria obrigatória, mesmo que não valesse nota, além da presença física do aluno em sala de aula como acontecia com as extintas disciplinas de Organização Social e Política do Brasil – OSPB e Moral e Cívica.

Sempre antes de todas as eleições, o Tribunal Superior Eleitoral promove campanhas em favor do voto consciente, mas sem muito sucesso porque sempre os que têm mais dinheiro, mais patrocínios como um “empréstimo adiantado” a ser pago com juros e correções monetárias depois por todos os contribuintes, são os que terminam sendo eleitos. Os que não conseguem, pela honestidade e seriedade que ostentam em suas propostas, terminam ficando como suplentes ou recebem poucos votos nas urnas porque não dispuseram de dinheiro para fazer uma grande e milionária campanha eleitoral, com mentiras e promessas que nunca cumprirão!


Depois, eleitores mais esclarecidos, reclamam com razão dos marginais mascarados infiltrados nos movimentos que invadiram lojas de automóveis, destruíram os que se encontravam em exposição para venda, causando mais de 2 milhões em prejuízos. Em seguida, não satisfeitos, passaram a roubar caixas eletrônicos e destruir tudo que encontravam pela frente, como se os automóveis ou os bancos fossem responsáveis pelo aumento das passagens de ônibus. É o preço que a sociedade paga pela sua própria irresponsabilidade eleitoral!

Isso ocorrerá outras vezes se os eleitores não souberem escolher seus representantes, de quaisquer partidos que sejam, separando o joio do trigo, desacreditando de  campanhas milionárias porque por trás disso, pode estar se escondendo uma empreiteira, uma construtora ou um esquema qualquer para receber em dobro tudo o que foi investido no político, porque todo o dinheiro emprestado aos  políticos será recebido em dobro pelo emprestador, como alertou o ex-presidente do TSE em entrevista aos jornalistas. Mas isso é uma verdade indiscutível. No Brasil da democracia do dinheiro, ninguém dá nada a ninguém se não for como um investimento para ser cobrado depois, de maneira escusa e nem sempre confessáveis!

Por isso, volto a reafirmar: a sociedade é o que fazemos e queremos para ela seja! Não é a sociedade que molda as pessoas. Ao contrário: os eleitores são os que enquadram e moldam a sociedade, sempre.


terça-feira, 1 de julho de 2014

ENQUANTO EU DORMIA!



o passarinho bicava em minha janela,
o vento soprava
a folha caia,
...e a vida passava e nada via ou ouvia!

(o silêncio de meu sono era profundo!)

Não sei se, dormindo, perdia ou ganhava alguma coisa,
(efeito de remédio Gardenal de 100mg)

Só sei que dormia! 
(e não via a vida correndo rápido por baixo de minha janela!)

Acordei e escrevi esse poema 
que também não sei se servirá para alguma coisa!

Para mim serviu: eu ainda estou vivo!