sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

BRASIL, O PAIS DO "VOLVER" NO PENSAMENTO DE LULA!


“Volver” como posso me corromper e não ser descoberto pelas investigações do juiz federal do Paraná, Sérgio Mouro!“Volver” como posso esconder um patrimônio tríplex no Edifício Solares que não declarei ao Imposto de Renda, durante meu governo. “Volver” se posso dar um jeitinho para não ser descoberto e me livrar disso tudo em que me meti! 

Assim, caminha o Brasil da atual corrupção! 

De “volver” e de “jeitinho” em “jeitinho”, o país vai se afundando cada vez mais em recessão, desemprego, fechamento de postos de trabalho e economia totalmente parada e caindo no ranking que apura a corrupção no mundo. Enfim, de “volver” em “volver”, de “jeitinho” em “jeitinho”, se constrói um país que está perdendo a guerra contra quase tudo, inclusive o mosquitinho da dengue, mas que está lenta e determinadamente combatendo a corrupção. 


Para complicar mais ainda e embolar o meio de campo político, “volver”, como retirar do cargo a presidente da República, Dilma Rousseff, por impeachment, eleita constitucionalmente pelo voto popular. 


O ventilador da corrupção gira como metralhadora e as novas investigações continuam descobrindo mais corrupção na operação “Lava Jato” e chegou a um apartamento tríplex que estaria no nome da construtora OAS, mas pertenceria na verdade, ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A construção foi iniciada pela Bancoop, administrada por algum tempo pelo ex-tesoureiro do PT, João Vacari Neto, preso na Polícia Federal do Paraná, por outros crimes na operação “Lava Jato”. O empreendimento faliu e foi concluída pela OAS. A empresa baiana é investigada por operações suspeitas e envolvimento direto também na operação “Lava Jato”.

Agora, “volver” como poderei me livrar dessa indigesta refeição que realizei. O conselheiro Marcos Sérgio Migliaccio, da Associação das Vítimas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo, garante que Luiz Inácio Lula da Silva mentiu  ao dizer, através de seu advogado, que existiria venda de cotas habitacionais no Condomínio Solares, na Praia de Astúrias, em Guarujá.

Como o Instituto Lula desmente o conselheiro e diz que não existiam cotas e que elas teriam sido vendidas quando a OAS assumiu a conclusão do empreendimento, caberá a Polícia Federal investigar se descobrir se Lula mentiu ou se o conselheiro mentiria e por qual motivo, razão ou propósito. 

E a troco de quê faria isso!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

FAÇA SÓ O QUE SE PROPORCIONAR PRAZER!


Faça o que lhe proporcionar prazer. Não prometa o que não poderá cumprir depois e nunca se envergonhe de sua conduta honesta. É mais fácil viver pobre e honrado do que enriquecer desonestamente, luxar, adquirir bens e ficar pobre depois gastando tudo com advogados em intermináveis recursos jurídicos: um dia, eles acabarão e você terá que enfrentar a terrível realidade de viver preso, mesmo que por pouco tempo. É mais prazeroso uma riqueza honesta, do que uma pobreza vinda da desonra pela desonestidade.

Quem tem dinheiro não vai preso. No máximo, recebe benefício de prisão domiciliar usando uma tornozeleira eletrônica ineficiente. No Rio Grande do Sul, um ladrão conseguiu transferir a que usava para o pescoço de um galo, facilmente. Como foi feito, não sei, mas sei que foi a polícia que teria o dever de monitorá-la descobriu o inusitado porque percebeu que se o preso beneficiado se movimentava muito! Decidiu conferir e teve uma surpresa: era um galo que se movimentava e não o preso que deveria usá-la na perna.

Não faça ou deixe de fazer o que quer que seja, preocupado ou pensando no que concluirão a seu respeito: simplesmente faça o que quiser, desde que não prejudique a ninguém e seja de tudo honestamente. Você o que é; nem mais e nem menos do que aparenta ser. Não viva em função dos outros; mas, em função de si próprio. Como não está só no mundo, tenha certeza que tudo que fizer, de bom ou de ruim, afetará alguém e pense nas atitudes, ações e reações que tomará porque sempre haverá quem não goste e tente aprender com seus erros para não repeti-los. 

Se você estiver feliz consigo, outros se alegrarão a sua volta e também se sentirão felizes: portanto, aprenda a ser feliz consigo mesmo para fazer os outros que o cercam felizes, por interesse por puro prazer de sua companhia! O maior mal que existe é não fazer nada e depois culpar outros pela sua própria inercia. Seja feliz consigo e conseguirá fazer feliz a todos os que dependem de você, direta ou indiretamente. Não se isole, não despreze quem já lhe proporcionou felicidade no passado. Perca mais tempo com a pessoa que lhe fez feliz e menos usando redes sociais viciantes e que lhe deixam conectado com o mundo virtual, mas desconectado do mundo real, com quem você precisa perder ou ganhar seu tempo. 

O isolamento, o desprezo, a indiferença, as agressões verbais, são tristes demais. Todos precisam de um pouco de atenção, uma voz amiga, uma palavra de conforto, uma explicação, uma discussão na relação, mesmo que não leve a lugar algum. Se desarme das palavras e se arma com carinho: não há um coração de pedra possa resistir! Grite, ofenda e xingue menos. Desilusões provocam reações ruins e inesperadas.. Ame mais, seja mais honesto com você mesmo, não tenha medo de dizer o que pensa, o quer e deseja, mesmo que isso magoe a outra pessoa. Seja menos materialista e mais espiritualista, em tudo!

É isso que quero que façam comigo: seja sincero e honesto, mesmo que me magoe. A mágoa, a raiva e tudo o que advêm delas passam rápido; o desprezo, porém, custa a passar e a pior coisa que existe! Você pode estar magoando profundamente alguém, mesmo que não deseje e nem pense em fazê-lo conscientemente!

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

NO TEMPO DAS...! (uma viagem no tempo de ontem)


No tempo das catraias pintadas com cores fortes, canoeiros musculosos cruzavam os muitos igarapés de Manaus, levando passageiros e mercadorias. Também no tempo das catraias, as carroças disputavam espaços com ônibus, muitos construídos nas próprias garagens sobre chassi de caminhões e ainda com muitos fuscas. Todos se respeitavam e circulavam nas vias de paralelepípedos. Era o ano de 1968. Um ano antes do deputado federal Francisco Pereira da Silva apresentar e ver aprovado o projeto de criação do projeto Zona Franca de Manaus, implantado pelo Governo Militar dez anos mais tarde, Os pouco mais de 300 mil habitantes do Amazonas, pisavam em cima dos trilhos dos bondes na praça da matriz, cheia de palmeiras imperiais. Dentro de um táxi fusca, com um bilhete na mão escrito pela minha mãe e entregue ao motorista, cheguei à casa de madrinha Natércia Calado, no Morro da Liberdade, onde passei a morar, até que a família vendesse a propriedade na comunidade do Varre Vento e adquirisse outra em Manaus, no bairro da Betânia. 

No tempo das catraias, carroças, fuscas e espressos, os chamados espressinhos – kombis que trafegavam e transportavam passageiros; os ônibus não faziam linhas para todos os bairros na época. A Manaus de 68 era uma cidade quase sem pontes e as poucas que existiam, haviam sido construídas pela orientação do secretário de obras  Fileto Pires, e depois substituto do governador Eduardo Ribeiro na condução do Estado. Todas as pontes eram em estrutura de ferro, importadas prontas da Inglaterra e em Manaus montadas, como se fosse um quebra-cabeça, no tempo áureo da borracha. No tempo das catraias, expressos, fuscas e carroças, circulavam também pelas ruas de paralelepípedos de Manaus, poucos ônibus das empresas Bons Amigos, Nosso Transporte. Ana Cassia. Monte Ararate e outras que o tempo não me permite lembrá-las. O Café do Pina e os Pavilhões Universal e São José, disputavam as preferências dos boêmios, escritores e outros intelectuais que os frequentavam. Vendia jornais em Manaus e passava por cima de trilhos de bondes, sobre paralelepípedos, na praça da Matriz toda vez que deixava a calçada dos Correios e seguia para prestar contas dos jornais vendidos e dos que devolvia, com o X-9, no Pavilhão Universal. Ele sentado em um banco de madeira, para aguentar seu enorme peso. De um lado e de outro do Pavilhão Universal, ônibus e táxi, estacionavam, nas ruas de paralelepípedos. Caminhava na sombra das centenárias palmeiras imperiais, em frente a praça da Matriz, derrubadas para a construção da estação central de ônibus da cidade. Embaixo da escadaria que dava a Igreja, existia um minizoológico,  e os “retratistas lambe-lambe”, ganhavam dinheiro com as pessoas que frequentavam o local e depois, “batiam” fotos sentadas na grama. Ah, que saudades! 

A cidade era calma! Alguns ladrões roupas frequentavam as casas, roubavam botijas de gás, roupas estendidas nos quintais. Além disso, nada faziam. Na época, quase sem água encanada nas casas e com novos bairros surgindo, por pura necessidade das famílias, era obrigatório a abertura de poços profundos geralmente ao lado de sanitários no quintal. A água deveria ser poluída, mas quase não se falava nisso. Atravesses de catraia para buscar água para beber no bairro da Cachoeirinha, acompanhado do Chaguinha Calado, filho da madrinha, que nascera no mesmo ano que eu. Em 1969, começaram a se instalar as primeiras fábricas no Distrito.. A sede da Suframa funcionava na rua Leonardo Malcher, onde hoje se localiza a sede do Sebrae e os times do Rio Negro e Nacional disputavam as preferências dos torcedores e enfrentavam os times grandes do Rio ou São Paulo, de igual para igual. Muitos jogos os times do Amazonas venciam e outros perdiam, mas o importante era que no dia seguinte, vendia poucos  ou muitos jornais. Todos queriam saber pelos jornais os resultados dos jogos!  


No tempo do futebol no Parque Amazonense e existia o jogador Campos. Depois veio emprestado do Atlético Mineiro para o Nacional, o jogador Reinaldo. Não havia um jogo que um ou outro não marcassem gol. Quando não marcavam, vendia poucos jornais na banca em frente a Ótica São Paulo, localizada nas esquinas das Avenidas 7 de Setembro com Joaquim Nabuco. O jogador Fausto, era zagueiro do Nacional. Diziam tinha um futebol elegante e que raramente quase não fazia faltas para merecer cartões amarelos ou vermelhos e ser expulso. Depois se elegeu por um mandato deputado estadual, com nome de Fausto Souza. Seu irmão Carlos Souza, com quem tive o prazer de trabalhar, era despachante de veículos, na rua Henrique Martins. Depois foi professor de biologia no colégio Militar de Manaus, apresentou programa de TV,  com seu irmão Wallace Souza. Entraram em política e se elegeram deputado estadual e federal, respectivamente, por mais de um mandato. Carlos Souza, também foi  vice-prefeito de Manaus. Ele, quando sabia que o Fausto jogaria, sempre assisti-lo no Parque Amazonense. Fausto era uma atração. Na véspera das disputas do Rio X Nal, havia a “guerra de bandeiras”. Pessoas desfilavam em carros abertos pelas ruas de Manaus, defendendo suas paixões. Era uma farra! Vendia muitos jornais no dia seguinte. Os jogos eram uma das maiores paixões na vida pacata dos manauaras, ao ponto de se ir aos muitos cinemas, só para ver o resultado dos jogos dos times paulistas e  cariocas pelo Canal 100 de Carlos Nyemaier. Fazia fila na porta dos cinemas, o Guarany e o Polytheama, ficavam quase um do lado do outro, sendo um em uma esquina e o outro. O Guarany de frente do Café do Pinam na Getúlio Vargas e o Polytheama, na avenida 7 de Setembro. As duas ruas se cruzam e também eram com revestimento de paralelepípedos, por onde trafegavam os bondes de Manaus.  Todos pertenciam a família de Adriano Bernardino, que também empresariava conjuntos musicais famosos na cidade!

Ah, Manaus, como sinto saudades de você nessa época. Ficava sentado no sofá, ouvindo músicas que precediam a entrada no ar da TV Ajuricaba, da família Abdul e Sadie Hauache Anos depois, vim a saber que toda a seleção musical era feita por Mágida Hauache, Ah, minha Manaus, você tinha tudo para se transformada na nova Veneza brasileira, como Recife foi. Não permitiram e lhe modificaram. Aterraram seus igarapés de água doce. Hoje é uma cidade bonita. Sem memórias do que fora seu passado. A minha está para partir e não terei mais como registrá-la em tod  sua plenitude e belezas bucólicas que me fascinaram quando avistei suas primeiras luzes do motor que me transportou para a capital, deitado em uma rede armada em cima do motor. Desci no porto que permanece o mesmo até hoje e fui abraçado pelos ouvidos doloridos do barulho da embarcação, pela voz potente e prazerosa do locutor Kimura, ex-lutador e proprietário da “Voz Praiana”, que anunciava avisos de chegada e partida dos barcos regionais.

Ah, quanta coisa mudou para pior em minha Manaus, mas elegeu políticos e, isso, embora não seja o mais importante, rendeu dividendos para muitos e a cidade não é mais a mesma, infelizmente! Não condeno o progresso que é inevitável, mas poderia seguir sempre ao lado da preservação das memórias do passado que hoje quase ninguém sabe que um dia existiram e me fizeram feliz, mesmo na pobreza em que vivia!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

LUA NUA! (22.01.15)


Lua, por que te arreganhas 
também para mim ao ficar cheia 
se só posso admira-te e não te ter?
Na tua luminosidade indecente e desejada
(Mostras as tuas entranha). 
O teu assanhamento de desejo orgásmico, 
Por que também revelas para todos,
até o lendário e imaginário cavalo de São Jorge?
Se não podes ser só minha
prefiro não ver-te em tua nudez total 
Isso faz aumentar
meu ciúme.  A tristeza me consome
por te ver  bela, cheia e arreganhada,
sem tê-la só para mim,
em meus braços para um colóquio amoroso! 
beijar-te no corpo iluminado.
quero acariciar com a mão o dorso do cavalo que hospedas!
(Sem sentir ciúmes)
Como és dos poetas e amantes 
que te olham e desejam
Sei apenas que és a lua, (toda nua).
Não sei por que me causa tantas tristezas
com tua nudez e tamanha beleza! 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

COMISSÃO PARA DESBUROCRATIZAR O BRASIL


O vice-presidente da República, Michel Temer, discursando na TV, para uma comissão de juristas, admitindo que o Brasil seria um país muito burocrático, confesso que senti saudades do último Governo Militar, do general João Batista Figueiredo, que confessou gostar mais do cheiro de seus cavalos do que do povo que não o elegeu. Antes que alguém pense que desejo a volta da Ditadura, da Censura à Imprensa, do AI-5 e outras coisas iguais ou piores, como o extermínio da Guerrilha no Araguaia, no Pará, enfrentamento de estudantes na Praça da Sé ou no Largo do São Francisco e em outras partes do Brasil, cobrando o fim da ditadura e exigindo à volta da democracia do voto livre e muitas controvérsias, explico minha nostalgia momentânea: foi só uma lembrança repentina. Mas é real: o Brasil é muito burocrático para algumas coisas e muito “finançocrático” para outras, como ocorreu no terrível e maior desastre ambiental ocorrido no país com o rompimento da barragem da Mineradora Samarco, aprovado em tempo recorde e de forma atabalhoada, sem uma minuciosa inspeção dos órgãos, faltando documentos fundamentais para uma melhor análise. Quando o poder do dinheiro fala mais alto, a burocracia que estrangula e sufoca o país é rapidinho colocada de lado.

Em Brasília, durante os sucessivos governos militares, dizia-se à boca pequena, que quando se pensava fazer alguma coisa, criava-se um grupo de trabalho; quando se queria fazer, editava-se um Decreto/Lei e quando não se queria fazer nada, constitua-se uma Comissão de Trabalho para discutir o problema e, pelas posições divergentes, nunca chegava a um final. O Governo Figueiredo, então, criou o Ministério Extraordinário da Desburocratização e nomeou para comandá-lo, Hélio Beltrão, porque já existia muita contra a burocracia do Estado, que vende dificuldades para cobrar propinas em forma de facilidades. Depois de estudos realizados pelo Ministério Extraordinário da Desburocratização, o Congresso Nacional aprovou e o presidente sancionou a Lei que dispunha sobre prova documental, como declaração para fazer prova de vida, residência, pobreza, dependência econômica, homonimia ou bons antecedentes, quando “firmado pelo próprio interesse ou procurador. A lei 7.115, de 29 de agosto de 1993, sancionado no 162o Ano da Independência e 95o Ano da República, dizia que se a declaração fosse considerada falsa, o declarante sofreria às sanções civis, administrativas e criminais e seria de responsabilizado por tudo.

Assinada por João Figueiredo, seus ministros da Justiça, Ibrahim Abi-Ackel e extraordinário da Desburocratização, Hélio Beltrão, a lei nunca foi revogada. Então, não seria melhor reeditá-la com novos aperfeiçoamentos em vez de se nomear uma comissão para saber de novo o que os brasileiros contribuintes honestos, já sabem?  Depois de pressões dos donos de cartórios do Brasil – como tudo ocorre com outras leis  que desagradam a uma parcela minoritária do país, a lei Hélio Beltrão, como era conhecida, caiu em desuso e ficou sendo uma letra morta nas gavetas empoeiradas de novas burocracias criadas.,  Na prática, ela tirava dos Cartórios  a sua galinha dos ovos de ouro: as autenticações e reconhecimentos de firmas e dava fé pública ao agente servidor público. Nenhuma pessoa seria obrigada a que reconhecer assinaturas e pagar por isso. A Lei Hélio Beltrão nunca chegou a entrar em vigor, totalmente! O poder lobista dos donos de Cartórios venceu a luta e a burocracia documental continuou como antes. Se fossem feitas na frente um servidor público ele próprio teria um carimbo e reconheceria, as assinaturas por ter fé pública, sem precisar pagar as elevadas taxas de cartório. A lei nunca, nunca revogada, ainda está em vigor. Mas reside esquecida em alguma das tantas “favelas”, existentes nas cidades satélites da capital federal e esquecida na gaveta dos burocratas de Brasília. Agora volta-se a discutir tudo de novo, mas para quê?

Que o Brasil é um país burocrático demais, isso ninguém duvida. Essa burocracia excessiva do Estado brasileiro, é a porta de entrada para se vender facilidades em forma de propinas. Também é o início de qualquer processo de corrupção! Sei que as discussões não serão fáceis, embates existirão e lobbes também, mas o país não pode e nem deve continuar com tanta burocracia inútil, ao ponto de se ter que declarar  prova de vida em cartório a órgãos públicos. 

A vida em si, não seria uma prova de vida? Só bastaria o agente público conferir um documento com foto e estaria resolvido o problema. A Lei entrou em vigor no dia 30.08.1993 e nunca foi revogada. Apenas, esquecida e engavetada, mas ainda existe

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

BEBER, DIRIGIR E MATAR!


A antes temida,  “Lei Seca”, para punir com mais rigor, motoristas que bebem, dirigem e matam, controversa e cheia de tentativas de burla por parte de juízes e outras autoridades, a “Lei Seca”, para punir com mais rigor, motoristas que bebem, dirigem e matam, aos poucos está sendo diluída em copos de álcool e interpretações equivocadas de delegados da polícia civil, membros do Ministério Público e, juntos, acabam induzindo a erro os juízes que julgam os inquéritos controversos e nem sempre bem tipificados como deveriam ser. 

No fim, o motorista infrator, continua entrando e saindo pela porta da frente das delegacias, mesmo com o teste do bafômetro não lhes sendo favoráveis, simplesmente porque erraram na tipificação do crime ou pela falta de tipificação, talvez Todo motorista que bebe, dirige e mata, é um criminoso com menor potencial ofensivo do que quem usa outro tipo de arma. Ele assumiu o risco de matar, mesmo não o querendo fazê-lo, mas assumiu! Se foi intencional ou não, isso é outra discussão, mas a princípio todo o motorista que bebe, dirige e mata, assumiu o risco de matar e deve ser punido com pena que ultrapasse aos 4 anos previstos atualmente pelo Código de Trânsito Brasileiro. Também que não seja considerado um crime de homicídio tipificado no Art. 121 do Código Penal! Um meio termo já seria suficiente para que não existisse a sensação real de falta de punibilidade como ocorre hoje.

A sensação de impunidade no trânsito precisa acabar. Quem pode pagar bons advogados nunca vai preso, mas o crime de trânsito não prescreve. A prescrição só se dá para outros delitos previstos no Artigo 109 do Código Penal, como a ação contra a administração pública. Esse tipo de crime está ficando muito comum na atualidade, porque ninguém vai preso. Recorre até a última instância até que o crime prescreva. A  Justiça e excessivamente morosa pela burocracia, recursos e muito lenta em suas decisões, que permitem sempre um novo recurso. Como os Detran´s são estaduais e ainda não existe um sistema nacional interligado para essas punições administrativas decididas no âmbito dos Departamentos Estaduais de Trânsito, um motorista que matou uma pessoa por dirigir pode se habilitar normalmente em outra unidade da Federação. Não existindo a interligação nacional para proibir essa prática, isso é perfeitamente possível! Por que ainda não existe esse sistema interligado? Não é tão fácil, mas é possível fazê-lo. O jogador de futebol Edmundo, quando pertencia ao time profissional e era ídolo do Palmeiras,  foi o único beneficiado com a aplicação da prescrição por dirigir bêbado, atropelar e matar um ser humano. O ex-deputado paranaense Dali Filho, bêbado, dirigindo com excesso de velocidade, renunciou ao mandato, mas continua recorrendo e está impune há 7 anos.  Tem dinheiro, influência e prestígio político!

Enquanto juízes absolvem quem dirige bêbado e mata ao volante por uma série de razões recursais, juristas paulistas querem aproveitar a revisão do Código Penal para tornar mais rigorosa a punição para esse tipo de crime de trânsito. Dois dos 16 convidados para integrar a comissão de reforma da legislação instituída no Senado Federal, a procuradora Luíza Nagib Eluf e o professor de Direito Penal, Luiz Flávio Gomes, defendem pena mais dura para motoristas bêbados, até quando não há acidentes. No Código de Trânsito, dizem eles, dirigir embriagado já leva punição. Mas, em caso de acidente que provoque lesão corporal ou morte, a pena tem que ser mais severa do que a prevista para crime culposo (sem a intenção). “É isso que a sociedade espera de nós da Comissão de Reforma Penal. A população quer que o Código proteja da irresponsabilidade, da bandidagem, da violência”, garante a procuradora Luiza Nagib Elub.Uma pena que nem tudo que a sociedade quer, seja cumprido com a rapidez que a sociedade necessita. 

Entre o querer, fazer e o cumprir, leva algum tempo, principalmente no caso do acidente de trânsito com a pessoa embriagada: enquanto sua vítima fatal é transportada para o cemitério, ainda dará tempo de o atropelador assistir ao enterro de sua vítima, se quiser!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

COM A ECONOMIA PARADA, OS POLÍTICOS JOGAM "XADREZ"!


Os políticos retomam aos trabalhos legislativos, em fevereiro. Durante o recesso parlamentar, um novo partido político surgiu,.a economia do Brasil continuou paralisada e os políticos jogam um ridículo xadrez, com o propósito de derrubar por impeachment a última pedra do tabuleiro para concluir o jogo com um “cheque mate”, como se a presidente Dilma Rousseff fosse a única culpada por todos os problemas, 

Os problemas do Brasil são maiores e mais profundos do que se possa pensar e a culpa não é de uma pessoa só: é de todos. Não será trocando a chefe da nação que da noite para o dia todos os problemas serão resolvidos como o uso uma varinha de condão usada pelo mago Harrt Potter personagem criado pela escritora britânica J. K. Rowling, que, com um simples movimento, recolocava tudo em ordem de novo e também criava ilusões! Mais do que simplesmente derrubar a liminar que mantinha suspenso o reajuste de mais de 42% no reajuste no valor do consumo da energia elétrica no Amazonas, a decisão do desembargador federal Néviton Guedes, do Tribunal Federal da Primeira Região, expôs o total descontrole do Governo nos quesitos de planejamento a longo prazo, ação de fazer na hora certa e outros problemas estruturais, morais e éticos também da sociedade que se escusa em admiti a culpa. A decisão do desembargador federal, expôs, ainda, todo o jogo político de interesses para vencer as eleições a qual custo mesmo que venha a ser com o uso da demagogia, promessas que nunca serão cumpridas em seu todo e outros problemas correlatos. 

Com a economia brasileira totalmente estagnada por questões pessoal, Imoral e desnecessária, respingando na vaidade política, nada anda! A inflação de dois dígitos já se faz presente na sociedade. O reajuste da energia, agora, foi resultante de aumentos que deveriam ter sido repassados desde 2005. Por que nada foi reajustado antes em forma de não impactar tanto no bolso dos brasileiros e na economia como um todo? Os empresários e a sociedade não merecem isso!. Com a decisão de revogar a liminar que mantinha a energia sem reajuste tão elevado, a  conta de luz terá um reajuste retroativo a janeiro, com índice de 38,8% para residência e de 42,55 para locais onde o abastecimento seja de média ou alta-tensão. O custo desse reajuste será fatalmente repassado aos clientes, na compra dos preços dos produtos vendidos pelo comércio. Todo o custo financeiro será repassado aos clientes, gerando uma bola de neve com pressão na inflação, a maior dos últimos anos, pós período de hiperinflação, combatida e parcialmente derrotada no governo Itamar Franco, pelo seu ministro da Fazenda e depois também presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e equipe de economistas. Os movimentos de defesa do consumidor, liderados pela Secretária Executiva do Procon, advogada Rosely  Assis Fernandes, continuam lutando para impedir o reajuste ou que ele seja um pouco menor.

Todos os preços poderiam ter sido reajustado aos poucos como ocorria antes e não de uma única vez como ocorreu agora com elevação nos valores da energia, gasolina, remédios. No caso do preço da gasolina, o governo a manteve no mesmo valor por longos anos, mesmo a comprando mais caro a no exterior e vendendo nos postos por valores artificialmente manipulado, causando um rombo nos cofres da Petrobras, Na energia elétrica, retirou os impostos federais incidentes sobre as contas e fez malabarismos para vencer as eleições. Conseguiu, mas agora a sociedade está pagando um elevado preço. A política objetiva apenas formar alianças para se manter no poder. É o que todos os partidos querem: alcançar e se manter no poder, mesmo sem ideologia partidária, programas coincidentes ou similares, se corrompendo ou sendo corrompidos em seus princípios ideológicos, morais, éticos e em todas as promessas que fazem de defender a sociedade coletiva.

Como se não bastasse, surge agora usando o Espaço Eleitoral Gratuito, uma nova agremiação – O PARTIDO DA MULHER BRASILEIRA. Muito coerente no nome, nas promessas, na incoerência de dizer que lutará para melhorar o Brasil. Por que mais um partido político? Só para receber verbas partidárias e servir de sigla de aluguel? Muito provavelmente sim! Enquanto todos os políticos prometem que seus partidos são bons, são diferentes em sua formação, ideologia, princípios éticos, todos terminam sendo exatamente iguais: mudam os nomes, prometem, prometem e não cumprem. 

No mês de fevereiro, começará o novo “baile de máscara” da política brasileira, porque termina o recesso parlamentar. Na Câmara e no Senado, não sei quem usará a melhor delas, Mas todos a usarão em forma de novas denúncias, pedidos de novas CPIs etc. Enquanto a economia do Brasil continua estagnada, os políticos estão maquinando suas próximas jogadas de mestre em silêncio, para derrubar a última pedra e concluir o “cheque mate”, do tabuleiro de xadrez!.Mas não será a solução!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

NÃO FUJO DA MORTE E NEM CORRO PARA ENCONTRÁ-LA!


À Olynda Aparecida Bassan Franco


Cada coisa a seu tempo; em cada tempo, uma realização diferente em favor da vida!

Não fujo da morte e nem corro para encontrá-la. Um dia qualquer, em um tempo qualquer, em uma esquina qualquer da vida e a morte promoverão esse encontro, naturalmente.! Contudo, antes que esse encontro ocorra, vou fazendo o que mais gosto: escrever! 

O exercício mental que faço para transpor as ideias da mente para o computador, me é prazeroso; não cansativo. Sem escrever, morria mais rápido porque é também um dos remédios que tomo como se fosse uma obrigação!

Aprendi na caminhada da vida de 54 anos, que só devemos fazer aquilo que não nos cansa desgaste físico e mental, inúteis, mesmo que tenhamos só o suficiente para viver dignamente. Pensar e escrever não me consomem. Ao contrário, me enchem de alegria e me torna mais vivo ao transpor o penso para o blog, escrivaninha do Recanto das Letras e outros blogs pelo Brasil e o mundo onde os textos são republicados! Depois que escrevo, ganha vida sozinho e se agiganta e deixo de ser dono dele! Tudo está registrado com direitos autorais reservados.

Se a vida é curta, vou alongando-o com remédios diários, escravo de um celular que me desperta nos horários para tomá-los. Com alguns, fico relaxado; outros, me causam dores, náuseas e me sinto mal. Durmo sob efeito de Gardenal de 100 mg, pensando no que escreverei; acordo e escrevo o que pensei. É assim, meu processo criativo. 

Mas o que seria do viver se não existissem as dualidades? 

Uma chatice total. Não reclamo do viver que DEUS me permitiu que vivesse pela décima primeira vez chance que tive. Superei as sete vidas dos gatos e isso me anima muito. Mas será mesmo que gato teria sete vidas? Tenho dúvidas! Em um dia qualquer, do mês de fevereiro, completarei 55 anos. Não pensei que fosse completar essea idade, infectado há 13 anos por bactérias hospitalares incuráveis, que contrai depois de uma cirurgia para retirar líquido “transparente, incolor e sem cheiro”, como escreveram no primeiro laudo do exame de laboratório que fizeram. 

Na segunda cirurgia em um mês, deu líquido com ador característica de infecção e fiquei sabendo que fora acometido por bactérias hospitalares, mas o que tinha mesmo era “empiema cerebral subdural crônico”. Qual a origem, a causa? Não sei até hoje, 13 anos depois. Suspeitas de que carne de porco que não comia, sinusite ou gripe mal curadas que tive e fui curado pelo Dr. João Bosco Botelho, na adolescência de jornalista usando cabelo grande, seriam as prováveis causas para ter contraído o empiema! Confirmação ou negativa, nenhuma até agora!

Se posso ajudar intelectualmente a todos que me procuram, por que deveria complicar? Não tenho dinheiro! Se tivesse, ajudaria também. 

Não preciso de muita coisa para viver: só de fé em DEUS, dos Drs. Dante Luis Garcia Rivera, neurologista e Silvana Lima, infectologista, além de outros médicos  de  SP e Manaus, que tive que frequentar desde 2006, ao longo dos 13 anos de tratamento. Na Beneficência Portuguesa, em SP, fui operado por duas vezes. Os médicos receitam remédios mas a fé em Deus e a força de vontade que tenho para continuar vivendo, escrevendo e sentindo prazer de ler os comentários depois, me dão a certeza que estou no caminho certo. É isso que tenho que continuar fazendo!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

CORRUPÇÃO TAMBÉM NO GOVERNO MILITAR


Pode parecer contraditório para o Golpe Militar de 64 no Brasil, mas o Ministro do Interior, coronel Mário Andreazza, ao tomar a decisão de concorrer à presidência da República pela Arena, contra Paulo Maluf e perder a disputa dentro do partido, na  Convenção,  era exatamente para desejava fazer: enfrentar a corrupção que estava existindo nas “camadas subalternas” do Exército. Sem esclarecer o que seriam as “camadas subalternas”, mas como sempre se referia assim para designar patentes mais baixas do Exército, deduzi que poderiam ser nos setores envolvidos em compras dos ranchos para os pelotões militares existentes, nos quais circulavam elevados valores monetários. O candidato Paulo Maluf foi derrotado no Colégio Eleitoral por Tancredo Neves (MDB) em sessão histórica transmitida pela TV, com parlamentares votando em plenário pela família, pelo Brasil e pelo futuro, o candidato do MDB venceu porque a Arena já estava muito desgastada. O resto é história e todos já conhecem o que veio depois. Pelo jornal DIÁRIO DO AMAZONAS, publiquei crônica dizendo que Tancredo Neves fora “o melhor presidente que o Brasil não teve”. 

Mário Andrezza, depois de fazer a declaração, sempre escondendo um copo de whisky atrás das costas, quando terminava de presidir as reuniões da Suframa, muito prestigiadas na época, perguntava se alguém o estava gravando e em seguida, ameaçava “se alguém escrever e publicar o que estou dizendo, vou negar e seus jornais não circularão amanhã porque serão empastelados”. Com a imprensa toda censurada, ninguém publicava nada. Mas é certo que a corrupção também existia nas fileiras do Exército que, com o Golpe Militar contra o presidente João Goulart, prometeu que combateria e também ao comunismo. A corrupção é histórica, também alcançou a época do Império e é sempre prejudicial a todos, com obras e licitações superfaturadas, aditivos permitidos pela Lei 8666/93, pela falta de escolas, hospitais, habitação, saneamento, remédios, para não citar outros problemas advindo do mesmo esquema. Hoje, com a imprensa liberada, as denúncias vem a publico mais rapidamente, inclusive pelas redes sociais e todos se apavoram, porque junto vem a denúncia de que o Governo Federal implantará o comunismo no Brasil. E é para apavorar mesmo porque nem tudo não é a verdade que parece ser! O ridículo também tem limites! Caso alguém tenha alguma dúvida da historicidade da corrupção  desde a época do império até os dias de hoje, consulte o link ((http://www.crato.org/chapadadoararipe/2009/09/29/dois-casos-de-denuncias-de-corrupcao-no-brasil-imperio-–-por-armando-lopes-rafael/). No livro de Leopoldo Bibiano Xavier, “Revivendo o Brasil Império”, pode encontrar mais detalhes  sobre o processo de corrupção histórica no país. 

O imperador Dom Pedro II não querendo ver o Brasil se transformando em um mar de lama, removeu o embaixador Barão de Penedo, de Londres para outro país, escrevera: “Consta-me que o empréstimo contraído em Londres o foi a 85,5% e não a 88%, porque houve 2,5% de comissão. Espero que o embaixador brasileiro não tenha recebido parte dela, e de nenhum modo posso consentir que ele o faça. Já que procedo do mesmo modo.”    Barão de Penedo, era o embaixador Francisco Inácio  de Carvalho Moreira, nascido na Cidade de Penedo, em Alagoas, em 1815 e falecido em 1o de Abril de 1906, no Rio de Janeiro.  As propinas eram menores, os tempos eram outros, mas fica provado que a corrupção não teve início no Governo do PT. É histórica! Só os valores foram aumentando junto com as denúncias, coisa que não se podia fazer no Governo Militar.

Se os ex-presidentes militares sabiam do que ocorria nas “classes subalternas”, não tenho certeza, mas o coronel Mário Andreazza nunca escondeu que queria ser presidente da República para atacar os primeiros sinais de corrupção nas casernas. O envolvimento de ex-presidentes e autoridades em novas denúncias, negadas por todos os novos citados, me deixam a certeza que o jornalista Paulo Francis estava certo quando denunciara que bancos da Suíça estavam servindo de lavanderia para dinheiro de corrupção para diretores daa Petrobras. Se na época tivesse sido apuradas em vez de processarem o jornalista judicialmente, existiam provas da extensão da corrupção no Brasil. Exigiram provas do denunciante, mas não abriram inquérito para apurar o que ele dissera no programa  “Manhatan Coletion”, gravado e transmitido de Nova York, pela Globo. A corrupção não apurada, hoje alcançou todos os governos, em todos os períodos da história, desde o descobrimento do Brasil.. Ela só vem mudando de rosto, cara e percentuais de valores envolvidos nas “negociatas”.

Hoje, o PT garante e insiste que toda doação que recebeu de corrupção foi legal e  declarada à Justiça Eleitoral, talvez com notas fiscais e recibos não autênticos. Contudo o problema não reside nesse aspecto, mas na origem da doação porque se a origem foi elicita, o resto do processo contém um vício de origem primária. Como explicar e justificar as denúncias mais recentes contra ex-presidentes e o envolvimento de ex-ministros de outros países. Na delação premiada à Procuradoria-Geral da República, o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró relatou casos de corrupção dentro da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras e apontou que manteve reuniões como diretor internacional da Estatal em 2008, quando foi exonerado do cargo, envolvendo políticos brasileiros e ministros argentinos em atos de corrupção. Os senadores Renam Calheiros (PMDB-AL), Fernando Collor de Melo (PTB-AL), investigados pelo STF por envolvimento na operação Lava Jato, os deputados federais Delcídio Amaral (PT-MS), preso por ordem do STF por tramar a fuga de Nestor Cerveró por “questões humanitárias”. As denúncias de corrupção envolveriam o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, ministros do antigo governo uma transação envolvendo a compra pela Petrobras de uma empresa de energia da Argentina, que também envolveriam até ministros do “pais hermano”.

A declaração foi desqualificada por todos os políticos, como já era de se esperar. Mas onde tem fumaça, existe fogo também. O jornalista Paulo Francis, morreu de depressão depois de condenado pela justiça americana a indenizar à Petrobras em vários milhões de dólares. Contudo, ele estava certo. Como escrevi nessa crônica,  a corrupção é histórica e não começou no Governo do PT, mas se fez presente com maior ou menor intensidade e visibilidade na história do Brasil, mas pode ser amenizada no Governo de Dilma Rousseff. Com toda a imprensa sendo censurada durante o Governo Militar, nada era divulgado, embora os jornalistas soubessem de sua existência. O empastelamento de jornais que mencionei nessa crônica era simplesmente a destruição das rotativas que imprimiam os jornais, o que ocorreu diversas vezes no Brasil e também no Amazonas.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A INFLAÇÃO DE DOIS DIGITOS TAMBÉM VEIO A MINHA CASA


Acompanhada por fuzis e metralhadoras “amados ou não”, como escreveu Geraldo Vandré, na música “Para não Dizer que não Falei de Flores”, a inflação de dois dígitos bateu a porta de todos os brasileiros consumidores. Antes que a bala perdida  disparada pelos que lhe acompanhavam e fosse registrada em alguma delegacia da periferia como “auto de resistência” como tem sido muito comum nas periferias, lhe abri a porta e permiti que entrasse, olhasse tudo vazio na dispensa e, ao sair, fiquei com uma certeza: como ocorria no passado, nada do que sobe no período de entressafra e baixa mais na safra, como ocorria antes. Não dizer por quanto tempo será assim ou se será apenas sonho de verão ou seria um pesadelo de inverno? Talvez sejam os dois ao mesmo tempo porque no verão, os preços sobem e no inverno sobem também. De centavo em centavo, os reajustes de preços são feitos na cara do freguês. A volta da maquineta de remarcação de preços, que fora aposentada e caiu em desuso por vários anos, a encontrei em um supermercado em Manaus, filmei e postei no facebook. É lamentável! 

Os desmandos do Governo no processo da condução econômica, admitidos pela presidente Dilma Rousseff, também atingiram outros setores da vida social, matando outros valores cotizados da sociedade plural, individualizada por cores, segregada por opção sexual e dividida como se fossem castas indianas. A sociedade ´brasileira é resultante de vários povos, culturas e etnias. Contudo, está sendo esfacelada e dividida, junto com a destruição de outros valores morais, éticos, políticos e sociais. O descaso econômico, atingiu um processo inflacionário galopante, com a volta do temido “dragão da inflação”, derrotado durante o Plano Verão criado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso e outros pensadores. Uma parte da classe política em esferas mais elevadas, que representam seus próprios interesses mediáticos e não pensam como uma sociedade coletiva, com diferentes pensamentos e tendências ideológicas, como deveria ser. Os grupos, composições e alianças  políticas são formadas unicamente objetivando alcançar o poder e nada mais. A sociedade apodreceu no pé e parece que esqueceu que está agonizante e tende a morrer pela falta de hospitais, escolas, médicos, remédios, habitação, segurança e saneamento ou simplesmente por uma bala perdida que sempre encontra alguma vítima em sua trajetória. “Dragão da Inflação”, era como se chamava no passado o processo inflacionário, que chegou ao patamar mais de 900% ao mês.

Apesar de todos os desmandos econômicos, de degradação moral, ética e política, não sou favorável à volta do Regime Militar e nem o defendo como muitos fazem pelas redes sociais. Não sofri nada físico durante o Regime que depôs João Goulart e tomou posse do Brasil em 64. O vivi, aos 18 anos, a partir de 1978, no tolimento de escritos, quando comecei a trabalhar como “foca”, em A NOTÍCIA, ainda sem ter cursado o primeiro período do curso de Comunicação Social na UA – Universidade do Amazonas e atualmente UFAM. Era a única Faculdade que existia e há 40 anos, abriu a primeira turma do curso de Comunicação Social. Não lembro se foi na primeira ou segunda turma da UFAM que ingressei. Hoje, existe uma proliferação de Faculdades particulares. Algumas, formam muito bem seus profissionais; outras,  expedem diplomas para “analfabetos” de terceiro grau. Essa realidade também é muito triste. Reprovava “doutores” durante as entrevistas para empregos, passando-lhes simplesmente um “ditado” e terminava por escolher pessoas que tinham apenas o  ensino médio completo e que demonstravam querer aprender. Formei uma boa equipe de colaboradores e muitos deles ocupam cargos chaves na instituição que dirigi por 12 anos, até minha aposentadoria por invalidez em 1996, vítima de empiema cerebral, seguido de duas infecções hospitalares incuráveis. Tenho orgulho do que fiz e não me arrependo de nada e faria tudo de novo! Ah, por fim, a inflação foi embora e fui à feira, com minha esposa. Constarei que também não se pode mais se usar a frase que definia o preço baixo de algum produto no passado - “está mais barato do que banana” -. O preço da banana em cacho  também subiu muito, está também pela hora da morte, se é que morte tem hora para vir nos buscar para junto de Deus ou do diabo, dependendo de como se vivemos na terra. 

Mesmo com todos os defeitos de falir um banco em sua reeleição, sinto saudades de quem “degolou o dragão da inflação”, porque parece que não ficou bem morto e  enterrado. O “dragão da inflação” conseguiu emendar sua cabeça e voltou a sobrevoar as lembranças dos consumidores que viveram esse período e atormentar a todos, de novo! Mas não é mudando um Governo que vai se resolver o problema. É preciso mudar a mentalidade da sociedade coletiva!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

TEMPO INVISIVEL


Dentro do tempo invisível,
(que aprisiona a todos, indistintamente),
a solidão caminha pelas ruas,
visita lugares, bebe em alguns, desiste de outros e
o vai passando e me envelhecendo.
Contudo, como um teimoso que sou
continuo caminhando rumo ao contro da morte! 
(dentro de uma de invólucro de vidro transparente)
Nem rápido e nem lento demais, é meu caminhar.
(não marcamos nenhum algum. Temos um acordo e 
nos encontraremos, apenas, como se fosse ao acaso!)
É a única cerveja que tenho porque me deixou saber disso.
(O tempo apenas se permite sentir; 
não se deixando ver por completo 
para não ser descoberto em sua rápida existência!)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

ENCONTROS E DESPEDIDAS

Os encontros são maravilhosos; as despedas, não! São tristes. Deixam uma certeza: toda despedida feliz vem antecedida de uma despedida dolorosa e triste. Se não existisse essa dualidade, ns vida, defendida no livro filosófico O HOMEM DA ROSA, lançado em 1998 na Bienal Internacional do Livro. Conheci e revi o advogado Márcio Moraes. O Dr. Márcio foi um cicerone perfeito, me levando ao Centro de Convenções para o lançamento e depois me apanhando para almoçarmos juntos. Na visita, almoçamos juntos de novo, com minha esposa Yara Queiroz. Mas o que seriam os desencontros da vida se não existissem para nos fazer lembrar de momentos agradáveis devem ser guardados em fotos e, principalmente, no coração. Depois, vem o momento triste pela despedida, porque ninguém veio para ficar eternamente. A saudade que nos fica não nos deixa fácil! Fiquei assim, feliz com a chegada e triste com a partida, quando recebi no hall do Hotel Elegance, no RJ, a visita do amigo virtual que se tornou real. 

O advogado Roberto Fraga Júnior, foi o primeiro a visitar-me no hotel e o único que se manifestou quando pedi ajuda pelo facebook para um tratamento psicológico para promover o encontro dos dois “eu´s” que habitam em mim. Dos 16 aos 46 anos de idade, só comandei órgãos em diversas funções, Como aposentado por invalidez 46 anos. Tenho que aprender a receber ordens. O encontro desses dois “eu´s” estava difícil e pedi de ajuda de um profissional de psicologia. Roberto Fraga Júnior, compartilhou e pediu que me ajudassem, mas foi o único. Consegui ajuda e estou em tratamento para promover esse difícil encontro.

Só lia as crônicas que escrevia e publicava no facebook, blog carloscostajornalismo e Recanto das Letras, além de outros locais em que sou republicado por pura manifestação de carinho das pessoas. Foi ao hotel e proporcionou-me um jantar no Restaurante Caramelo, de massas. Caminhamos a pé pela calçada, conversando. O restaurante ficava no mesmo quarteirão. Roberto Fraga Júnior contou-me que durante um exame de rotina, soube que possui um tumor benigno no cérebro e fez tratamento. Me chama de “mestre” e lhe respondo que já tinha sido mestre em curso de Serviço Social em Manaus, mas era apenas um aprendiz dos ensinamentos da vida como ele também o é!  Seu pai, que  o indicou para mim por ter se identificado com a forma que escrevo, embora desejasse conhecê-lo, continua sendo só virtual. Uma pena!

Ah, ainda teve a advogada Luana Cândido, seu esposo Ruan Madeira e o filho do casal Dimitri Madeira, os quais levamos para ver a queima de fogos na praia, no Habbib´s, em Copacabana. Luane, era amiga de minha esposa, não conhecia.   Dirigiu o automóvel e nos levou à Região dos Lagos. Visitamos as praias de Búzios e Cabo Frio. Na ida e na volta, muito trânsito na BR. Muitos turistas nas pequenas cidades litorâneas da Região dos Lagos e parece que todos os automóveis decidiram retornar ao mesmo tempo e na mesma hora. No retorno, foi uma demora, maior do que na ida.

O Dimitri Madeira ficou sentado em sua cadeira de viagem. Eu, minha esposa demos mamadeira, brincamos, demos brinquedos para ele. Muito queto e rindo o tempo todo, parecia se divertir também. Um dia antes de retornarmos a Manaus, recebi a visita no hotel de minha tia Maria Auxiliadora Costa, da minha prima Rosilne da Costa Martins, “a Rose” seu esposo Alexandre Cavalcante Maranhão, suas filhas Isabelle Martins Araújo e Maria Clara Martins Maranhão.

Isabelle, a vi engatinhando pela casa da tia, há 22 anos, na primeira viagem que fiz ao RJ para cursar especialização em Assessoria de Comunicação e Marketing Empresarial. A emoção foi tanta, nos abraçamos tanto, a saudade era tanta que desse encontro tão significativo para mim e para minha tia, que me presenteou com o primeiro dicionário que tive na vida pelo dia do meu aniversário, em fevereiro, nada  registrei em foto. Fiz o registro  apenas no coração, lembrança e guardarei para sempre na retina de meus olhos: minha tia chegando aos 70 anos, os recebendo na porta do hotel e levando-os ao apartamento 521 do Elegance.  Depois fiquei me lamentando e comentei com a Rose por whatsapp que “com vários celulares no local, ninguém havia se lembrado de registrar o reencontro”. “Teremos outras oportunidades, ainda”. “Não sei se teremos”!

A viagem ao RJ para assistir ao Reveillon, começou a ser programada em março com a compra das passagens e o pagamento do hotel. Na praia, pelo gesto emblemático das mãos das pessoas de branco, mandando o ano de 2015, cheio de problemas, embora e chamando com gestos também nas mãos como se fosse de “vem” para o 2016, os 16 minutos de fogos de artifício disparados de balsas no meio do mar, em um lindo e emocionante espetáculo, fiquei triste porque os problemas estruturais, políticos, econômicos e de falta de ética que se abateu sobre uma parte da classe política brasileira, envolvida em corrupção na Petrobras, recomeçarão iguais ou piores depois do carnaval. 

Naquele momento, tive a certeza: a ano de 2015 já foi tarde! Os problemas foram transferidos e começarão depois do Carnaval de2016 porque tudo no Brasil só começa e termina depois das folias do Rei Momo. Mesmo assim, alguns reajustes de tarifas públicas começaram a ser cobradas no primeiro dia útil do ano novo, com velhos e conhecidos problemas morais e imorais de 2015!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

MUSEU DO AMANHÃ OU DA PRÉ-HISTÓRIA?


Museu do Amanhã ou museu da pré-história?

O pomposo título de Museu do Amanhã, um projeto do arquiteto espanhol Santiago Lalatrava, ergjuído na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, pode também ser considerado museu da pré-história ou museu da Pré-História. Já recebeu mais de 25 habitantes em longas, demoradas e quase intermináveis filas! A Fundação Roberto Marinho, que bancou o projeto e gastou de 230 milhões no projeto, deixou de pensar que o Museu do Amanhã poderia ser também digital na hora de se adquirir o ingresso pela internet. O Museu faz pensar sim, principalmente no contraste entre o futuro e o passado, a evolução e a burrice tecnológica! A inauguração pela presidente Dilma Rousseff, ocorreu em 17 de dezembro de 2015.

Como âncora do projeto de revitalização chamado “Porto Maravilha”, o museu é belíssimo em sua proposta. Ele contem em seu espelho d´água, uma escultura permanente a céu aberto, do artista norte-americano Frank Stellia. A escultura foi exposta na cidade de Nova York e doada para o Museu do Amanhã e consiste em uma estrela de vinte pontas e seis metros de diâmetro em frente a Baia de Guanabara. Para o acesso ao Museu, depois da primeira fila para entrada, uma nova fila se forma para a compra do ingresso. Depois, dentro, mais uma fila para ver um filme projetado em ângulo de 360 graus. Em seguida, as outras atrações do museu, com um véu que se movimenta ao sabor do vento soprando de baixo para cima e outras tecnologias para se conhecer a proposta de todo o trabalho. O “Museu do Amanhã”, conta com parcerias com importantes universidades brasileiras, instituições científicas globais e coleta de dados em tempo real sobre o clima e a população de agências espaciais e das Nações Unidas. Será nenhuma das parcerias pensou em facilitar o acesso dos visitantes?

Devido a falha que ainda pode ser corrigida, a proposta da instituição, divulgada pela internet pode ser atingida em seu todo. A ideia principal era ser “um museu de artes e ciências”, contando também com mostras que alertassem sobre os perigos das mudanças climáticas, degradação ambiental e do colapso social. O museu é de uma beleza estética que impressiona! O edifício “conta com espinhas solares que se movem ao longo da claraboia, projetada para adaptar-se às mudanças das condições ambientais”, como informa a https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_do_Amanhã e constatei em minha visita ao local. A exposição principal é “majoritariamente digital e foca em ideias em vez de focar em objetos”. Só esqueceram de informar que o museu se destina aos visitantes e, que, também poderia ser chamado de “Museu do Passado”, ou “Museu do Tambor” ou simplesmente “Museu dos Sinais de Fumaça Indígenas”! Na Praça Mauá, na fila esperando para entrar às 12 horas, conseguiu me fazer pensar muito nas longas filas de turistas!  

Os ingressos ainda não são vendidos pela internet, como ocorre em dias de jogos de futebol nos caros e superfaturados Estádios construídos no Brasil para a Copa do Mundo, que deixaram como legado da Copa, prejuízos financeiros aos Governos dos Estados às empresas privadas que os administram! Rebatendo as construções, seguidas denúncias de superfaturamento, o Governo Federal respondia sempre que os estádios ficariam como “legado da Copa do Mundo”. E ficaram mesmo: dando prejuízos enquanto falta dinheiro para áreas saúde,  habitação, saneamento , segurança e educação, para não citar outras...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DA COMIDA DE BORDO À VENDA DE SANDUÍCHES NOS AVIÕES


Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2016/01/da-comida-de-bordo-venda-de-sanchiches.html


DA COMIDA DE BORDO À VENDA DE SANDUÍCHES NOS AVIÕES


Esqueçam as altas, elegantes e desejadas aeromoças que serviam refeições quentes a bordo dos aviões da Cruzeiro do Sul, Vasp, Varg e, mais recentemente, da Transbrasil, desfilando seus corpos esguios por entre poltronas espaçosas e confortáveis aos passageiros. Nada disso existe mais nas atuais companhias aéreas que cruzam os céus do Brasil. Tudo mudou para pior na aviação brasileira. As refeições quentes do passado, antecipadas por lenços de pano quentes, cheirando a lavanda, foram substituídas por barras de cereais em alguns voos ou pela venda de sanduíches a um preço exorbitante, acompanhados de lenço de papel e suco de lata, também vendido a um elevado preço. Só lenço de papel ainda é de graça, por enquanto, mas não sei até quando será assim!

Quem quiser compra e paga no cartão de crédito que segue na mão das atuais aeromoças, que podem ser baixas, altas, gordas ou magras acompanhadas de homens também gordos, barbados, parecendo mais garçons transitando com seus carrinhos  entre apertados corredores das aeronaves e cada vez mais apertadas e desconfortáveis poltronas dos passageiros. Quem quiser compra, quem não quiser passa fome porque  não se pode pode descer de 14 mil pés de altura em pleno voo para adquirir um lanche bom, barato e mais gostoso lanche. Ninguém desce, é óbvio! Ou compra ou passa fome no voo. Os carrinhos de servir continuam os mesmos, mas é só o que restou do glamour que havia no passado! Quem controla e aprova os preços da venda dentro dos aviões? Quem aprova e fiscaliza a tabela de preço? Um sanduíche frio custa 15 reais! Caro demais para quem já adquire uma passagem caríssima! Em poucos voos de companhias aéreas ainda servem barras de cereais dentro de alguns aviões, mais confortáveis,  espaçosos e com passagens mais caras também. 

A Transportes Aéreas Marília – TAM, mesmo com proibição da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), decidiu cobrar  de 20 reais a mais no valor das passagens em voos nacionais e de 30 a 70 dólares em voos internacionais pelo chamado “Assento Conforto”, nas primeiras fileiras dos seus aviões, embora, essas vagas só podem ser utilizadas por clientes que tenham problemas de locomoção, deficiência auditiva, idosos, gestantes e clientes que não conseguem ler ou entender as instruções de segurança, como define a ANAC. A TAM foi a primeira empresa a cobrar valor mais caro pelo assento confortável!


Hoje, homens fardados, com baixa altura, barbas no rosto por fazer - o que não se via antes - lhes emprestando um ar de sujeira -embora não seja exatamente isso – como se fossem garçons de bordo, desfilam carrinhos cheios de sanduíches e sucos em latas entre os apertados corredores dos já apertados aviões, acompanhados de aeromoças também de baixa estatura e bem-vestidas. Em viagem ao Rio de Janeiro para assistir à queima de 16 minutos de fogos de artifício na barraca do Habib´s, pensei nesse assunto e passei a observar tudo atentamente. No restaurante japonês Origame, lembrei dos antigos lenços umedecidos dos serviços de bordo, porque os ofereceram para limpar as mãos,  antes de chegar o pedido. Recordo que no ano de 1982, viajei a Natal pela primeira vez, em um voo noturno. Como o valor das passagens aéreas eram muito caras, a empresa aérea Transbrasil criou e implantou o “Voo Econômico Noturno”, com passagens com menor valor e as pessoas começaram a voar pela companhia aérea que o tinha criado. Depois, outras também criaram e passaram a precarizar os serviços de bordo, até que todas desapareceram e só restaram alguns aviões em Aeroportos do Brasil 

Chamava-os de “Voo Miserável Noturno” porque nada era servido e os horários eram sempre a partir de zero ou no início da madrugada. Como jornalista, em 1982, embarquei em uma aeronave Arbas 400 da Transbrasil, com destino a Natal para fazer cobertura para os jornais de Manaus,, de um congresso promovido pelo CDL no recém-construído Centro de Convenções de Natal. Na hora que começaram a servir a refeição, na hora em que as aeromoças estavam servindo o jantar o avião desceu mais de 400 metros de altura. Como era assessor de comunicação de entidades do comércio de Manaus, viajei acompanhado os empresários, Aramis Mafra Castelo Branco, gerente da TV Lar e ex-proprietário de loja de roupas de griff; José dos Santos Azevedo, proprietário da rede de lojas TV Lar, na época, exercendo a presidência do CDL/Manaus, que estava em pé colocando gelo e wiski em seu copo, bateu com a cabeça no teto e sofreu um corte pequeno, sem maiores consequências. Na mesma hora, caminhava para o banheiro. Também me assustei, tombei para um lado e para outro, mas não sofri nada. Estavam no mesmo voo outros empresários do comércio de Manaus, como o dono da ourivesaria Ouro e Hora Novellino Meneguinne (in memória) e vários outros que não lembro mais...Os que cito nessa crônica me marcaram muito por diversas razões ou motivos!

Foi uma viagem inesquecível e mantenho-a na memória até hoje. Nada existe mais como fora antes na aviação brasileira. Tudo mudou para pior!

https://www.youtube.com/watch?v=NpfvQRcbOgY

Poema escrito em outubro de 2012 que mereceu essa apresentação feita pelo leitor Ondine Miller