segunda-feira, 30 de junho de 2014

ALUGUEL DE CARRO EM FARMÁCIA!


´-Assessor, vá lá na farmácia e alugue um carro para mim!
- Na farmácia, deputado?
- É, na farmácia, sim! Lá se adquire de tudo, inclusive notas fiscais para justificar despesas reembolsáveis como carro de luxo, além de genéricos!


Esse diálogo inicial, poderia ser apenas de uma peça de ficção se não fosse a mais pura realidade, com graves prejuízos a todos os contribuintes da Capital Federal, onde farmácias, loja de bolo e até escritório político alugam carros de luxo e genéricos para a Câmara de Vereadores e para alguns dos 24 deputados da Assembleia Legislativa Distrital, causando um prejuízo de 240 mil reais, só de janeiro a abril desse ano. Os deputados acham tudo isso normal e se justificam. Mas se o Ministério Público decidir investigar, confirmará que a prática ocorre em outras Assembleias Legislativas nos Estados. Um escândalo que nem remédio de marca, ou reza braba será capaz de curar a voracidade corruptiva de alguns parlamentares.

Em 1985, no Estado do Amazonas, o deputado presidente da ALE, Francisco Guedes de Queiroz, devido a escândalos menores do que esse, tomou uma decisão radical: leiloou os Opalas quatro portas pretos, com placas de bronze de todos os deputados estaduais, só ficando um carro para uso da presidência, mas que não o usava, preferindo usar o seu fusca. Hoje, os deputados estaduais do Amazonas usam carros alugados, porque só existe a prestação de contas do deputado estadual Abdala Fraxe reembolsável no valor de 24 mil reais, de material de expediente e suprimentos de informática 6.000,00; consultoria jurídica 10.000,00 e combustíveis e lubrificantes 8.000,00. Nenhum valor para aluguel de veículos. Mas, não posso afirmar e nem negar se também existem contratos de aluguel de carros com drogarias, padarias ou fornecedores de bolo; também não sei dizer se existe algum esquema político para favorecer uma ou outra empresa. Nada afirmo, mas também não nego que essa prática possa existir no Amazonas, como existe em Brasília.

Há dois anos, os deputados de Brasília passaram a publicar as Notas Fiscais de todos os gastos, prática que não é feita em todas as ALEs, mas ainda nem todas seguem o que determina a Lei da Transparência, que ficou esquecida no tempo e na memória de muitos brasileiros, infelizmente.

Em Brasília, o deputado Robério Negreiros, do PMDB, gastou 20,8 mil reais e as notas das empresas indicavam locação de um veículo de luxo feito em uma farmácia de propriedade de um funcionário dele, outro em uma loja de bolo. O deputado Paulo Roriz, do PP, em quatro meses, gastou 25 mil reais com aluguel de uma Van, mas no endereço mora uma família há seis meses e o telefone constante na Nota Fiscal informa que ele não existe ou estava desligado. Para piorar ainda mais o caso do deputado Paulo Roriz, no endereço constante na nota fiscal apresentado à ALE do Distrito Federal, funciona seu próprio escritório político.

Na empresa Disbrap, locadora de veículos, foi encontrada uma funcionária do deputado. Depois se apresentou o empresário Eudes Teixeira, explicando que “eu fico no fundo e ele fica na frente. Eu não estava ocupando todo o espaço e cedi um espaço para ele. Ele, no caso, é o deputado Paulo Roriz, que justificou que “houve alteração de endereço das locadoras e o gabinete não tem obrigação legal de atestar a existência da estrutura das empresas”.

Tem razão deputado Paulo Roriz!

No mínimo, vossa excelência deveria ter declarado que um parlamentar tem o dever de ser ético, agir com moral, porque a transparência serviu para provar que o  deputado Paulo Roriz não tem ética e muito menos moral para exercer seu mandato parlamentar.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

VASO QUEBRADO!


"Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror." (Charles Chaplin)


À Luiz Eron Castro Ribeiro, advogado, e os médicos Élio Ferreira da Silva e Dante Luis Garcia Rivera, com os quais  sempre posso contar. Minha gratidão por serem meus amigos!


Meu vaso de rosas quebrou, mas com paciência, resignação e muita fé, recolho o resto dos cacos quebrados,  do chão gélido de um centro de cirurgia,  cheios de bactérias com as quais fui presenteado e vou reconstruindo com paciência, resignação e sabedoria a nova vida que me restou para viver, recuperando o que fora um dia um vaso e, novamente, depositar dentro dos restos que conseguir reconstruir para recolocar o perfume das rosas que cultivei no coração e entregá-lo a quem quiser recebê-lo, agora com cheiro ruim...! Meu vaso não era perfeito, mas ninguém é perfeito em seu todo. Contudo, desejo reconstruí-lo com o máximo de perfeição que Deus me permite fazê-lo. 

De origem pobre, pais agricultores e analfabetos funcionais, porém sérios, honrados e honestos, desde a adolescência, busquei construir um futuro melhor. Minhas sandálias havaianas percorreram ruas de paralelepípedos na Manaus de outrora perdida nas lembranças que nunca mais voltarão e meu frágil corpo sacudindo no banco traseiro do ônibus de madeira da Santa Luzia/Boca do Incoboca,  toda vez que deixava de circular em pista de paralelepípedo e passava para a de barro batido, em frente a empresa Amapoli, onde minha mãe trabalhou, no Morro da Liberdade. Como meu amigo Luiz Eron, consegui construir também meu castelo de sonhos, mas tudo desmoronou em 2006 quando sofri a primeira de 11 cirurgias no cérebro para tratar de um empiema cerebral, deixando o hospital infectado por duas bactérias incuráveis. No início, me desesperei e tratei de recolher com paciência e sabedoria os cacos que me presentearam do vaso que guardava minhas rosas perfumadas e tive que recomeçar tudo de novo, passo a passo, um degrau por vez na subida porque sei que posso despencar também se pular algum degrau de minha nova escada.

Meu corpo físico de hoje não lembra em nada o menino que transportava caixa de picolé, tambor de cascalho nas costas, sempre maior do que eu era, vendia velas e flores em porta de cemitério no bairro do Morro da Liberdade, em frente a casa do Sr. Panta, parado e parando os fregueses com velas, fósforos na mão e, de quebra, uma caixa de fósforo de brinde, mas me orgulho de tudo o que fiz, só não da surra que levei de minha mãe Josefa Costa por querer superar meu irmão Roberto Costa, que também vendia picolé, ao retirar dinheiro do caixa da mercearia que a família possuía no bairro da Betânia, voltar mais cedo para casa, devolver o dinheiro que era de minha mãe, mesmo recebendo parabenizações por vender mais picolé e voltar mais cedo para casa do que meu irmão! 

O ônibus Santa Luzia/via Beco do Imboca, passava sempre em frente a Usina Triunfo, de propriedade do empresário Isaac Benayon Sabbá & Cia,  que beneficiava pau rosa, copaíba e sova, mesmo depois do início da Zona Franca de Manaus, .onde meu amigo Luiz Eron Castro Ribeiro, começou a trabalhar aos 14 anos, também na década de 70. Estava retornando para casa, sujo de tinta de jornal no calção e feliz por ter conseguido vendê-los todos. A empresa, Usina Triunfo, que expelia fumaça negra de sua chaminé ao fundo,  foi totalmente alagada pelas águas do Igarapé do 40 em 1976. Já se vão 40 anos decorridos em minhas lembranças e recordo tudo como se tivesse acontecido ontem. 

Também gostava de pegar essa linha de ônibus só para passar em frente a Usina e procurar inutilmente meu amigo do Colégio Durval Porto, onde estudamos, com os olhos que ainda não se escondiam por trás dos 7,5 graus de cegueira. Hoje a Usina Triunfo foi transformada em uma Escola, talvez para ensinar como não se deve agredir a natureza com fumaça negra ou branca e nem jogar lixo nos igarapés. Nada podia ver, além da parede branca da fábrica porque embora meus olhos ainda não se escondessem por detrás dos óculos, eu não tinha visão de Raio X. Que pena! Ficava só imaginando o que Eron pudesse fazer dentro da fábrica, enquanto voltava feliz de mais um dia de trabalho, com dinheiro no bolso que economizava moedas para depositar na Poupança Socilar, uma das primeiras a surgir em Manaus, além da CEF que já existia, mas não podia abrir poupança porque ainda não possuía documentos, além da minha carteira estudantil do colégio Dorval Porto. Sempre economizei porque parece que eu previa o que me ocorreria hoje, quando mal tenho dinheiro para viver; hoje conto com o dinheiro de minha esposa para pagar algumas pequenas despesas! Como já afirmou Charles Chaplin: “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios”. Eu não ensaiei. Vivi, trabalhei e estudei muito.

Hoje, mais maduro, experiente pelas besteiras e bobagens que fiz na vida, resignado, aceitei minha nova condição de vida, maduro sem os dois lados de meu crânio, que minha esposa insiste para que eu sempre saia com chapéu para não despertar curiosidade nas pessoas, que sempre perguntam: “isso foi acidente?” ou como uma garotinha na praça de alimentação do Manauara Shopping que, certa vez, em sua santa inocência, assim me perguntou: “por que tua cabeça está toda assim?” e eu tive que responder que tinha sido vítima de 11 cirurgias desde 2006, todas no cérebro e que passei a viver infectado por bactérias hospitalares, desde então. Também a ser como um inválido por muitos, pensador por alguns, escritor por outros e livre pensador por vários, sempre exigindo minha cidadania e reconstruindo com lembranças buscadas em lampejos de memória, o resto que ainda terei para viver. Meus sonhos e esperanças estão se esvaindo como o vento que sopra em meu rosto no calor úmido de minha cidade de Manaus.

Hoje, relembro isso com certo remorso, mas saudades também porque eu era feliz  ao chegar em casa e depois poder jogar bola na rua com meus colegas. Ah, que saudade!

Agora olho para trás e vejo que faria tudo de novo, sem tirar nem por nada. Faria igualzinho. Talvez, porém, não tivesse feito as cirurgias, mesmo desaconselhado pelo e amigo e médico Élio Ferreira da Silva, que queria mais diagnósticos e ia quase todos os dias no Hospital para ver-me inerte, autômato, olhando para a parede branca do hospital e me dava conselhos para que eu não operasse. Mas como não operar, se eu estava surdo? Sinto saudade das vozes de meus alunos perguntando assuntos de Serviço Social, que dominava e ainda domino com maestria, mas não tenho mais condições de voltar a fazer palestras como fazia antes. A última e primeira que fiz foi aceitando convite da professora Darcy Amorim, mas vi que não consigo mais me expressar como antes fazia com prazer e orgulho porque eu assumo que sou assistente social, apenas com meu vaso de rosas quebrado e reconstruindo de novo minha vida.

Como disse sabiamente o cineastra e filósofo Charles Chaplin “a vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termina sem aplausos”. Eu vivi a minha, não como gostaria, mas como eu precisava vivê-la e hoje recebo os aplausos pelo que escrevo, fazendo a alegria de muitos que me acompanham ao redor de 46 países! 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

MANAUS! AH, TENHO PENA DE TI!


À Íris Oliveira e Paula Costa, minha sobrinha pelos seus aniversários (19/06/2014)


Manaus foi assim: banhava-se nas águas límpidas de seus mais de 130 igarapés, entre  as catraias coloridas que ligavam bairro a bairro, momento em que se via a areia branca no fundo nos Igarapés do 40, Aparecida, São Raimundo, quando musculosos braços deixam ondas dos remos para trás e a catraia deslizava suave e pessoas se apressavam para sair delas depois que encostavam do outro lado. Seus calçamentos de paralelepípedos era sua marca registrada. Até ao redor do Teatro Amazonas era assim, mas recobertos por emborrachamento de látex para não atrapalhar as apresentações do espetáculo no palco! 

Manaus era  chamada de “Cidade Sorriso”, “Cidade Morena”, principalmente quando a cidade tinha pouco menos de 300 mil habitantes, a sua última Rua era o Boulevard Amazonas e a capital parava literalmente para ouvir a “Crônica do Dia”, na voz inconfundível de Josué Cláudio de Souza, pela Radio Difusora do Amazonas, sempre com uma música ao fundo. Crianças não podiam entrar na água, meninas com menarcas também, não podiam “para não atrair candirus”. Ouvir a “Cronica do Dia” era quase uma obrigação para se manter informado de quem aniversariava, de assuntos gerais, enfim. Ouvir o “velho” Josué, também político, virou uma espécie de religião: todos a escutavam com respeito! “Velho”  porque depois veio o Josué Filho, locutor e político e agora o Josué Neto, também locutor e político

Manaus foi assim: parava tudo às 11:30 horas e o comércio retornava às 14:00 hs, voltando ao “frenetismo” de suas lojas comerciais! Era o horário de os jornaleiros deixarem seus locais de trabalho e se dirigirem para “prestar contas do apurado” - entre esses, eu também – nos vários “pavilhões” ou “tabuleiros” como eram chamadas as construções que existiam em frente ao antigo Cinema Guarany, dividindo a Avenida Getúlio Vargas em duas, na Rua da Instalação, que também fazia o mesmo, no início da Rua da Instalação, na confluência com Avenida 7 de setembro. Dos mais de onze cinemas, que abriam sempre a partir das 11 hs da manhã, todos pertencentes ao empresário Adriano Bernardino!

Manaus já foi assim: bucólica, livre, leve e solta, vendo e ouvindo as horas passarem pelo Relógio Municipal, na Avenida Eduardo Ribeiro, em frente a sede da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e pela Rádio Difusora do Amazonas que não ocupou uma das salas do Edifício Palácio do Rádio, o segundo mais antigo de Manaus, na Avenida Getúlio Vargas, por razões que desconheço. Mas o nome ficou como Edifício Palácio do Rádio! Como, se nenhuma rádio ocupa o local? Mistérios da história para pesquisadores!

Atrás do Palácio Rio Negro, no Igarapé do Espírito Santo, um porto improvisado embaixo de uma árvore recebia a majestosa e imponente atracação do Barco “Senador  José Esteves”, que pertencia ao Governo e era usado em viagens pelos rios do interior do Amazonas. Cadê esse barco? O que foi feito com ele? Quem o vendeu? Era em homenagem a um senador por Maués, que deixou no sangue das veias e formou uma tradicional família de políticos.

Manaus é assim, agora: uma cidade de mais de 2 milhões de habitantes, rodeada de problemas sociais e favelas por todos os lados, dependente de uma “canetada política” para manter seu modelo de desenvolvimento, quando já deveria ter encontrado seu próprio modelo, porque tempo já teve de sobra para encontrá-lo. Será que vamos ter que amargar o fim da Zona Franca para nos voltarmos às pesquisas biotecnológicas, o nosso verdadeiro futuro, cobiçado internacionalmente? Será que o embelezamento político de Manaus sem qualquer preservação de sua memória serviu para alguma coisa!? 

Serviu sim! Para tornar mais ricos os que já eram ricos e transformar em mais miseráveis os que já eram miseráveis e, à custa disso, tornar Manaus uma cidade rodeada de favelas e invasões por todos os lados, fazendo me parecer o início da Revolução Industrial, transição político-econômica e social, ocorrida entre os anos de 1820 e 1840.



quarta-feira, 18 de junho de 2014

DEMOCRACIA DA ANARQUIA


Já afirmei que “a sociedade é sempre o resultado do que queremos e fazemos dela, quer pelas péssimas escolhas políticas que fazemos, quer pela intolerância e o desrespeito como tratamos nossos Aparelhos de Estado”. Como não desenvolvi completamente meu pensamento, passo fazê-lo agora:

Em nome de uma suposta democracia anárquica e ainda frágil e uma grande falta de respeito à Presidência da República, que deveria ser um símbolo  de representatividade, de poder e não de deboche, circulou pelas redes sociais uma foto da presidente Dilma Rousseff recebendo cartão vermelho de um juiz de futebol, provando que estão confundindo democracia com falta de respeito e anarquia. Há quem não goste de seu Governo, é verdade; outros, não. Não podemos afirmar que a presidente Dilma esteja sendo incompetente em tudo, nem que por isso ela possa ser chamada de “fdp”, seja por político, seja por quem for. Os resultados dos investimentos feitos para a Copa é que não podem e nem aparecerão de imediato. Demoram!

Desconheço qualquer nação do mundo que se desenvolveu como um passe de mágica, da noite para o dia: dormiu de um modo ruim e acordou no dia seguinte como uma potência econômica, social, educacional...só para citar algumas conquistas que a sociedade está exigindo com razão, mas com excessos também. No meio dos legítimos protestos, há os que se fantasiam de mascarados, se infiltram, quebram, destroem e vandalizam, querendo a anarquia mais que viver na, ainda, frágil democracia em vivemos! Em média, uma revolução em todas essas áreas levam no mínimo uns 40 anos para começar a apresentar resultados!

Se existem excessos dos black “bostas”, imprensa que torce do contra o Brasil, mascarados, baderneiros, aproveitadores e saqueadores que enfrentam os Aparelhos de Repressão do Estado, que cometem excessos, que são punidos. Mas quem pune exemplarmente os manifestantes? Se há excessos de um lado, haverá excesso do outro também, tudo na justa medida do necessário! Mas em algum momento, um ou outro Aparelho de Estado está deixando de funcionar como teria que ser. Seria a Justiça, seriam os advogados, quem está falhando? O que não pode e nem deve ocorrer é o Aparelho de Repressão do Estado (PM), ser recebido pelos mascarados com pedras, rojões e oferecer-lhes flores em troca. Já disse diversas vezes que aceito e apoio protestos legítimos, sem excessos, mas condeno veementemente qualquer ação violenta seja de um lado ou do outro.

Em razão disso, afirmei que “a sociedade é sempre o resultado do que queremos e fazemos dela, quer pelas péssimas escolhas políticas que fazemos, quer pela intolerância e o desrespeito como tratamos nossos Aparelhos de Estado” Se não queremos mais o PT no Governo do Brasil, vamos às urnas e elejamos outro partido para comandar o país, mesmo tendo a certeza que nenhum partido político terá condições de governar um país continental como o Brasil porque os problemas são muitos e as soluções nem sempre agradam a todos! É seca no nordeste, cheia no sudeste. É cheia no norte, clima seco no centro-oeste e por ai vai.Vamos educar politicamente os eleitores para que eles não mais sejam iludidos com promessas eleitoreiras. Vamos dar aos eleitores conquistas novas, avançar nas conquistas já alcançadas e repito de novo: qualquer governo terá falhas, cometerá deslizes, será fadado a escândalos, porque não existe mais ideologias, partidos de direita e esquerda como no passado existia. A ideologia do passado acabou! 

Agora, tudo é junto e misturado e só existem o partido que está no poder e os vários outros que querem chegar ao Poder, atrapalhando e denunciando tudo o que o partido do Poder está promovendo de mudanças, como o PT fez contra o PSDB em passado recente, prejudicando o andamento das mudanças que desejava fazer. O PSDB cometeu erros, falhas, desvios de rota? Lógico que sim! Todos os partidos cometem erros quando alcançam e querem se manter no poder. O PT chegou ao poder porque era um discurso novo e a sociedade queria mudanças e o partido as fez. Talvez como nem todos desejavam ou esperavam, mas, agora, não está conseguindo corrigir rumos que precisam ser corrigidos e estamos em plena Copa do Mundo, o que acirra mais ainda a sociedade organizada e infiltrada por baderneiros!

Será que os eleitores desconhecem que nós eleitores construímos a sociedade na qual queremos viver?

terça-feira, 17 de junho de 2014

COPA DO MUNDO DE 70 NA IMAGINAÇÃO DE UM MENINO



- Quem vai querer picolé, quem vai querer picolé no palito!

Menino franzino carregando meu corpo magro de 10 anos de vida, com no máximo 28 quilos em peso era eu, transportando pelas Ruas do Morro da Liberdade, uma caixa cheia de picolé bem posiciona em meu frágil mais determinado ombro esquerdo, nos idos dos anos 70. À caixa, havia um pano enrolado a apoiá-la e era proporcional ao meu tamanho de menino franzino!

- Ei menino, venha aqui!

Entrava eu espantado com aqueles homens falando coisas que não entendia: “hoje o Brasil vai destroçar com o fulano..., “depois vai arrasar sicrano...”. E eu imaginando que uma nova guerra mundial que estava se iniciando e que, mais uma vez, o Brasil tinha entrado na luta. Guerra, só causa destruição no início e, muito tempo depois, começam a surgir evoluções em várias áreas, sobretudo nas da medicina e na de tecnologia, as que mais se aproveitam com o horrores da guerra. 

Só eu não sabia disso naquela época. Em Manaus, ainda não havia transmissão de TV, internet ou qualquer tipo de tecnologia das que existem hoje. 

Certa vez, em visita a meus avós, lembro-me ter presenciado a avó chorando porque escutara pelas ondas do rádio, no interior do Varre-Vento, que o homem chegara e pisara em solo lunar, em 1969! Lucilla dizia que o mundo estava para acabar, que era impossível um homem chegar à lua,  quando mais pisá-la em local que tantos sonhos alimentara dos poetas no passado, presente e ainda os alimentará no futuro.

Lembro-me, também, que para melhor ouvir a transmissão pela emissora de rádio, todo construído  em madeira com uma tela na frente, acho que pela Rádio Nacional,  minha avó pedira ao meu avô para fincar no terreiro do quintal duas varas e de uma ponta a outra, amarrar um fio de arame e, no meio, fora colocado outro fio para funcionar como se fosse uma antena para sua melhorar audição. Não sei se minha avó chorava pela proeza ou porque haviam conseguido pisar no solo que embalara muitos poetas!

Devido à ênfase que davam as palavras nos bares em que entrava, pensava que a III Guerra Mundial tinha começado e eu não estava sabendo de nada! Como podia sabê-lo sem qualquer tipo de comunicação naquela época, a não ser as ondas do rádio, que minha família não podia adquirir?!!!

Muito mais tarde vim, a saber, que estávamos em plena Copa do Mundo de 70, ainda na sua nona edição, entre 16 seleções, sendo nove européias, União Soviética, Bélgica, Itália, Suécia, Inglaterra, Romênia, Tchecoslováquia, Alemanha Ocidental e Bulgária, cindo americanas, México, El Salvador, Uruguai, Brasil e Peru, uma asiática, Israel e uma africana, a seleção do Marrocos. 

Mas em minha inocência infantil, nem desconfiava que os homens falassem sobre a Copa do Mundo! Também, como já afirmei, não existia televisão em Manaus; só rádio naquela época, e em pouquíssimas casas, só na dos afortunados, como definíamos todas as que possuíam muito dinheiro, ou nem tanto assim! 

Nos jogos que eram disputados no México, todas as seleções, que eu imaginava ser uma guerra, estavam jogando nas cidades de Guadalajara, León, Cidade do México, Puebla e Taluca,

Muito mais tarde, viera eu saber que para a Copa de 70,  promovida no período de 31 de maio a 21 de junho, em pleno Regime Militar no Brasil, foram convocados Pelé, Jairzinho, Tostão, Rivelino, Gérson, Clodoaldo,  Carlos Alberto Torres, e Piazza, estrelas da copa de  1966, além de outros tantos reservas.

Nas semifinais da Copa, ocorreu o chamado jogo do século, disputado entre as seleções da Alemanha e Itália e, aos 90 minutos, Karl-Heinz Schenellinger empatou a partida e levou o jogo para a prorrogação, quando as duas seleções duelaram em uma sucessão de virada de placar, até que a Itália vencera a Alemanha por 4 X 3, única partida da copa a ter cinco gols,  e na prorrogação, segundo registros históricos.

E eu lá sabia disso quando vendia picolés pelas ruas de Manaus,  em minha inocência infantil. Também desconhecia que a Seleção brasileira, que vencera todos seus jogos na fase eliminatória, era uma das favoritas, razão da euforia dos homens à mesa do bar! Só soubera desses fatos mais tarde! Se soubesse disso naquele tempo, quando vendia picolés nas ruas da cidade, andando sempre a pé, com minha já tradicional sandália havaiana ao pé, certamente teria entrado na conversa dos homens, com certeza, se permitissem a um menino que não sabia de nada, dizer alguma coisa! Mas além de inocente, meu pai me ensinara a respeitar os mais velhos, fossem quem fossem, onde quer que se encontre!


A final da Copa do Mundo da Fifa de 1970 foi disputada pelo Brasil, que vencera os jogos contra as seleções do Uruguai e Peru. A seleção da Itália eliminara as seleções da Alemanha Ocidental e do México. A partida final foi realizada no dia 21 de junho no Estádio Azteca, na cidade do México e o Brasil venceu por 4 X 1, depois de um primeiro tempo empatado. A “guerra” entre as seleções terminara e a taça Jules Rimet, veio para o Brasil para, depois ser roubada e derretida pelos ladrões.

Nos mesmos bares e em vários outros também, depois do dia 21 de junho, passei a ouvir à música “Guadalajara/Mora em meu coração...”  e  “cem milhões de corações/ todos com bandeiras na mão...” Em minha inocência de picolezeiro, eu lá sabia o que era uma Copa do Mundo, como escreveu o cantor Sérgio Souto em  sua  música, “Albatroz”... “eu lá sabia o que era um albatroz” e quanto euforia contida poderia ser liberada! 

Hoje, sinto saudades! A molecada inocente se divertia com essas coisas que pareciam ser bonitas. Mas era só o Governo Militar fazendo uso político do tricampeonato de forma invicta conquistado pelo Brasil,  para permanecer um pouco mais no poder, enquanto os revoltosos protestavam em Universidades e outros lugares onde pudessem se reunir na clandestinidade!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MINHA VIDA!



Desde 2006, de remédios, me alimento.
Dos efeitos colaterais, meu tormento, mas aguento!
Da vida, um sofrimento.

Dos remédios me alimento
dos efeitos colaterais meu tormento, mas aguento!
Da vida, sofrimento, menos do que Jesus sofreu na cruz!

Dos limões que recebi em forma de bactérias
hospitalares incuráveis,
vou transformando em limonada e oferecendo a todos
Se não gostarem, não tenho culpa.

É só para sentirem um pouco do que me transformei
pela doença, os remédios, as dores que sinto,
os efeitos colaterais que suporto

Não sou maior que Deus, mas só um filho Dele. 
não coloca nos ombros de um filho
peso maior do que possa carregar!


domingo, 15 de junho de 2014

"ANTIBRASILEIRO PROFISSIONAL" II - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES




“Brasil gasta menos de 1% com estádios do que gasta com Saúde e Educação”. Seria sim, uma excelente pauta de reportagem sugerida pelo cientista social, Marcelo Zero, se esses investimentos tivessem chegados à efetividade social em forma de saúde e educação de qualidade. Não, isso não aconteceu e, por essa razão, me permita fazer alguns reparos em seu artigo, com críticas à imprensa, como segue:


O “ANTIBRASILEIRO PROFISSIONAL” (http://brasilemversos-am.blogspot.com.br/2014/06/antibrasileiro-profissional-por-marcelo.htm), artigo assinado por Marcelo Zero, formado em Ciências Sociais pela UnB e assessor legislativo do Partido dos Trabalhadores, garante existir “cidadãos dedicados, 24 horas por dia, a torcer para o Brasil dar errado” e direcionando pesadas críticas contra a imprensa, por divulgar o que ocorre e como ocorre. Essa sugestão de manchete proposta pelo assessor do PT, com a qual abro minha crônica, merece alguns reparos e considerações na questão dos investimentos em educação, e principalmente quando afirma que “distorce-se muito o tempo todo”. A questão não é necessariamente assim e precisa de alguns reparos! Não disse, mas quis dizer que a imprensa e a sociedade distorcem os fatos que divulgam. Nesse ponto, não aceito a crítica contra a imprensa e nem críticas infundadas contra o Governo, mas fatos são fatos, denúncias são denúncias, corrupções são corrupções..

Quem distorce, Marcelo Zero é a imprensa ou a incompetência da área de Comunicação Social da Presidência, que não quer ver além do que o PT oriente a escrever? Não se trata de ser contra ou não, mas de .publicar o que ocorre na sociedade de hoje! Como jornalista/assistente social, não aceito críticas exageradas contra a imprensa e também  tudo que não tenha uma efetividade social, nem mesmo contra o Governo Federal, se o que ele se propuser e anunciar em números o que fez ou que vai fazer nos números que anuncia, não se tornar em efetividade social. A imprensa não cria fatos e nem os inventa: só publica o que a já sociedade sabe e quer ler, como também os movimentos sociais – é verdade - se aproveitaram da Copa do Mundo para fazer reivindicações, greves, badernas e protestos exagerados, com vandalismo! É isso que importa à opinião pública. O Governo Federal é que não tem uma comunicação social competente e ágil para fazer a parte do Governo!

Até admito que em muitos casos, a imprensa tem dado mais espaço às manifestações dos Black “Bostas” que usam máscaras, depredam, queimam, enfrentam a polícia, atacam os aparelhos sociais do Estado -como faziam no passado alguns integrantes do atual PT, durante o Regime Ditatorial, que lutavam na clandestinidade para tornar o Brasil uma democracia -,ou como os estudantes marginais mascarados que invadiram a reitoria da UnB, quebraram tudo e nada vai lhes acontecerá porque os advogados não permitirão e alegarão a democracia reivindicatória e o calor dos ânimos para terem feito o que fizeram. A Presidência da República realiza investimentos sociais, sem muita efetividade nas áreas de educação, saúde, infraestrutura e habitação. Isso é o que a imprensa mostra, prova com fatos e nada inventa, mas quase não os divulga como deveria!

O cientista social Marcelo Zero escreve muito bem, mas nunca militou em uma redação de jornal, nunca foi repórter, nunca foi pauteiro, nunca foi além de um mandado do partido, não sabe o que diz e não tem conhecimento de causa do que seja notícia de interesse à opinião pública. Lógico que há por trás de tudo um pouco de exagero, mas culpar a imprensa por tudo o que ocorre no Brasil é querer ir além do que pode e deve! As roubalheiras nos investimentos na construção dos Estádios, Marcelo Zero, não precisam ser provados. Basta que o IR verifique o patrimônio dos prefeitos, governadores e executores dos projetos, o que não faz, embora tenha instrumentos legais para fazê-lo!

A questão, Marcelo Zero, é que você não pode tapar o sol com a peneira, não percebendo que os investimentos em educação, saúde, mobilidade urbana, corredores de ônibus estão estrangulando por asfixia o povo brasileiro, que tem que sustentar os escandalosos desvios de verbas. A imprensa, Marcelo Zero, não cria e nem inventa fatos. A imprensa apenas escreve o que acontece e registra os fatos. Se não faz como o assessor parlamentar do PT deseja que seja feito, passe um dia como jornalista, enfrente os Black “Bostas”, nas ruas, saia de casa com coquetel molotov, canivetes e máscaras contra spray de pimenta na bolsa para ver se você, Marcelo Zero, não virará notícia também. A questão não é o que se publica na imprensa, mas o que está por trás de sua defesa intransigente dos investimentos da presidente Dilma Rousseff anuncia e faz. Ela faz sua parte, mas será que, nas pontas, existem alguns prefeitos e governadores que se locupletam com o dinheiro público dos brasileiros!

A manchete que o companheiro do PT prega poderia ser verdadeira, se  não houvesse tanta corrupção, tantos desvios, tantos poderes, tantos partidos, tantas cotas infindáveis (felizmente, a cota para negros em concursos públicos terá prazo definido de 10 anos, como deveria ser para qualquer tipo de cota que proponha integrá-los à sociedade. Os negros não são inferiores; mas se inferiorizam entre si) e uma efetiva chegada a quem precisa de educação, escola, saúde e segurança!

quinta-feira, 12 de junho de 2014

NOSSO AMOR É COMO O "ENCONTRO DAS ÁGUAS"!



À Yara Queiroz, pelo Dia dos Namorados/2014



O nosso amor é como o encontro das águas negras do Rio Negro com as barrentas do Rio Solimões: se digladiam, se entendem, se amam, se abraçam e se afastam por alguns momentos, ficam com raiva um do outro e depois voltam a se encontrar, com mais força e mais fortes. O nosso amor não é perfeito e nós também não somos. Temos defeitos, você tem, eu tenho, nos temos. Os contrários sempre se repelem, mas se unem e se tornam fortes e rumam para um mesmo caminho. Pedaços de suas águas turvas, como o Rio Solimões, invadem partes das águas negras de meu viver; se repelem, formam ondas por um tempo, mas depois terminam se amando, se entendendo e caminhando juntos! 


Ah, como gosto de suas águas invadindo as minhas, mais calmas e não tão violentas pela correnteza como as suas, que derrubam barrancos, arrancam árvores e fazem flutuar suavemente sobre o seu leito, como flutuo também com seus carinhos, beijos e abraços!


Muitas vezes brigamos como as águas dos dois rios que se encontram em cores diferentes, em correntezas diferentes, em situações diferentes, mas nos aceitamos na entrega, na cumplicidade, nas diferenças e nos tornamos mais fortes. É assim a vida. É assim também o amor. Nunca poderemos ser sempre iguais porque as diferenças são naturais e seria enfadonho se viver se as forças contrárias não existissem. Elas existem e fortalecem o nosso amor!


Se o amor fosse sempre igual, não seria amor. Respeitamos os espaços um do outro. Como ocorre no “Encontro das Águas” que embelezam Manaus, às vezes suas águas invadem com mais força, minhas águas; em outros momentos, invado as suas. Também, como o Rio Negro, que nasce na Colômbia, como Rio Guainia, conecta-se com o Rio Orenoco, passando a ser o maior afluente da margem esquerda, também você é maior do que eu, sempre. Do Rio, como Negro você, minha esposa é, também, extensa, intensa e o maior afluente de minha vida Eu sou o maior rio negro do mundo, o segundo maior em volume de água, mas sempre corro para seus braços porque você passou a ser minha vida desde 2006. Sou totalmente dependente de você para viver! Sem suas águas, já teria me afogado, talvez em suas lágrimas que choraram por mim quando fiquei em coma! Obrigado, Yara, por não ter desistido de mim em nenhum momento.


Eu, como o Rio Negro, sou brasileiro com ascendência no Ceará, de origem de família Tosta, da Espanha que virou Costa mais tarde. Como o Rio Negro, também fiquei mau humorado desde 2006 e nos encontramos no Amazonas, eu e você casados antes; separados, depois e nos unimos. Somos como o “Encontro das Águas”: brigamos, nos desentendemos, mas não podemos viver um sem o outro, mesmo que queiramos, porque temos que continuar medindo forças contrárias para nos tornarmos mais fortes, unidos e determinados para seguir por um mesmo caminho.


Como disse o escritor Tarcísio Machado, em seu belíssimo livro OS SETE SEGREDOS DO RIO AMAZONAS, (www.reggo.com.br) temos um ideal, um sonho, um objetivo, uma meta de vida e dentro de nós emerge forças que ainda desconhecemos como se fosse uma chama que nunca se apagará. Mas somos humildes e sabemos superar obstáculos, conviver com as diferenças, mesmo com o nosso encontro das águas de amor já esteja um pouco poluído pelas nossas intolerâncias, jamais perderemos nossos objetivos porque quando os obstáculos aparecem para ambos, sempre nos movimentamos mais rápidos e ainda não alcançamos nossos sonhos porque continuamos lutando para chegar ao mar para nos misturarmos com as águas felizes do Oceano.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O PÁSSARO DE MINHA JANELA!



O que deseja me dizer, passarinho que pousa em minha janela?
Bica desesperado como se fosse uma comunicação
em código morse,
mas não entendo o que você quer me dizer porque já esqueci !

(será que você descobriu que no final da década de 70, 
 estudei esse código criado por Franklin T. Pope e não por Samuel Morse?) 

Apenas me acorda e vai embora,
voando triste não sei para qual local!
não abro minha, nem lhe acompanho 
com os olhos por trás dos óculos
que me enganam, sempre! 

Tenho medo que você
de tão forte que bica,
quebre seu único instrumento de comunicação!

Adoro quando você pousa em minha janela;
fico triste por ocupar seu antigo habitat!

Meu sabiá, será que você está procurando seu ninho?

Quem saberá: você não entende minha linguagem;
não entendo a sua,

Mas seu pouso em minha janela em qualquer horário
é lindo, ah, isso é! 

terça-feira, 10 de junho de 2014

DESOBEDIÊNCIA CIVIL E ANARQUIA GERAL



Mesmo com o fim da greve e a convocação de uma nova AG, agora só para discutir as justas demissões, os metroviários grevistas de São Paulo cometeram uma flagrante desobediência civil ao se recusarem cumprir decisão do pleno do Tribunal Regional do Trabalho de SP. Mas nada lhes acontecerá, embora alguns bens do Sindicato já tenham sido penhorados pela Justiça do Trabalho para garantir o pagamento da multa a que fora condenada a categoria pela não volta ao trabalho. O TRT/SP não terá como executar a sentença imposta aos grevistas, enquanto a questão ainda estiver “sob judice”! Os recursos são infindáveis e os grevistas sabem disso e já estão recorrendo ao TST. Caso semelhante ocorreu no Amazonas, no início da década de 90, também em razão de multa por greve abusiva e dívidas com a Previdência Social. A sede do Sindicato foi penhorada, levada a leilão, mas está sem resultado até hoje. O sindicato que reunia várias categorias em uma só rachou. Novos sindicatos foram criados, a categoria ficou enfraquecido, a sede continua no mesmo lugar e para a mesma finalidade, a dívida das multas nunca foram pagas porque continuam recorrendo até hoje!


No máximo, no caso dos metroviários, bens podem ser penhorados e a multa terminará sendo perdoada por ação de ou iniciativa de algum deputado federal que dependa politicamente da categoria para se reeleger. Esse possível deputado apresentará projeto de Lei nesse sentido e todos os parlamentares aprovarão na calada da noite como fizeram contra os usuários dos planos de saúde que eram multados por não cumprirem as normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, felizmente vetado pela presidente Dilma Rouseff, por pressão dos órgãos de Defesa do Consumidor. Nesse caso, um artigo sobre o perdão das dívidas fora colocada em outra Lei que a Câmara dos Deputados discutia sobre esse assunto que nada tinha a ver com a questão! 


Decisão de Justiça tem que primeiramente ser cumprida e não submetida a uma “assembleia da categoria”! Depois se discute o que fazer, judicialmente porque sempre cabe algum tipo de recurso, mesmo a greve tendo sido considerada abusiva e causado prejuízo a outras pessoas e à população geral que nada tinha a ver com a greve, mas teve seu legítimo direito constitucional de ire vir, prejudicado. Sou a favor de manifestações, greves, paralisações, desde que realizadas dentro da Lei, o que não foi o caso!


Durante a administração do jornalista Aldisio Filgueiras no Sindicato dos Jornalistas do Amazonas, como Editor Geral de um jornal no Amazonas, aderi a uma greve da categoria, mas permiti que alguns profissionais permanecessem na redação do jornal para fazer uma coisa condenável que a categoria costuma chamar de “tesoura press” (recortes de jornais com notícias de outros Estados para que os jornais não deixassem de circular). Durante os mais de 15 dias de greve por impasse salarial, ficamos mais esgotados do que os empresários e fiquei sabendo depois de terminar a greve, sem acordo e sem ser declarada abusiva - deixamos a quantidade de profissionais exigidos por Lei  trabalhando - que se a categoria tivesse permanecido mais um dia em greve, os empresários dariam o salário que estava sendo reivindicado, na época da inflação galopante, que não queriam sequer repor. Mas não está sendo o caso da greve dos metroviários. Jornal não é uma coisa essencial como deveria ser, mas todos os exemplares que eram adquiridos, continham notícias “frias”, como se costumava dizer. 


Os  metroviários grevistas de SP, voltando ao trabalho ou não, deixam claro que as Leis Trabalhistas, as decisões da Justiça e as multas não são mais levadas a sério porque pararam sempre haverá uma solução jurídica ou política. Com a presença da Polícia Militar para garantir a Lei a Ordem, poucas estações funcionaram. Mas a questão principal é que não se respeita mais uma decisão judicial, como no passado, porque a politicalha está presente em tudo. O Governo do Estado de SP agiu de forma correta em demitir os trabalhadores grevistas e ninguém pode reclamar de nada, nem reivindicar suas readmissões porque essa greve é “copista”,  porque  está ocorrendo exatamente na proximidade da abertura da Copa do Mundo e prometem uma nova greve e parar o Estado no dia de sua  abertura. De tudo isso, o mais absurdo foi o apoio do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, sendo ilógico associar uma coisa à outra. A greve dos sem teto foi contra o quê? Se  conseguirem casas, o que não duvido que necessitem, não terão como chegar nelas porque  os metroviários prometem parar tudo de novo na abertura dos jogos. Como irão transportá-los?


Os movimentos sociais estão se aproveitando de um momento que todos os brasileiros apreciam porque o Brasil, nas palavras de Nélson Rodrigues, “é a das chuteiras” para reivindicar.  São copistas, porque querem ganhar seus cinco minutos de fama interplanetária e tem o único propósito de gerar baderna e prejudicar a realização e a abertura da Copa do Mundo. Os grevistas não temem mais decisões da Justiça e, principalmente da do Trabalho que começou a existir com as leis espaças sendo reunidas na Consolidação das Leis do Trabalho  nos anos 30, durante o Governo Getúlio Vargas.


Até quando irão as ações dessas pessoas que zombam das instituições que existem para gerir os destinos da sociedade civilizada? Seria o início da desobediência civil e da anarquia generalizada no Brasil, em nome de uma democracia? Espero que não!


segunda-feira, 9 de junho de 2014

"O PALHETA ESTÁ PRECISANDO DE AJUDA"


- O Palheta está precisando de ajuda, disse-me o advogado Hildeberto Dias, despertando-me para um quadro pintado pelo Palheta e desligando seu celular, que estava mandando moldurar. “Acabei de falar com ele”. Nosso “encontro” se deu no interior da Loja Art's Quadros, na avenida Getúlio Vargas. Confesso que não o reconheci de imediato, porque esqueço mais facilmente do que consigo lembrar, mas percebi que sua voz me era familiar. Depois de cumprimentá-lo, me vi recebendo de presente, em 1988, a primeira caricatura feita pelo Palheta, imortalizando-me com meus óculos redondos, estilo John Lennon, um relógio no braço, um gatinho com interrogação e segurando uma garrava de cerveja na mão, mas não estava revendo. Tinha eu 18 anos e fiquei maravilhado com a homenagem e, anos depois, decidi colocá-lo moldura e colocá-lo em meu quarto, de frente para mim, só para eu lembrar de como eu era com barba negra, cabelo meio encaracolado, sentado em uma cadeira. Foi tudo criação do Palheta, porque ele era incrível quando fazia caricatura e sempre presenteava aos amigos com seus trabalhos, imortalizando-os na forma que ele imaginava, no Bar do Armando. Naquele momento, H. Dias, moldurava lindos quadros surrealistas do artista plástico Palheta.


Refeito do primeiro impacto do encontro e da notícia de que “o Palheta está precisando de nossa ajuda”, H. Dias se despediu de mim e saiu. Fui invadido por lembranças daquela época que nunca voltará e emocionado pelo reencontro e lembrei das vezes que entrevistei H. Dias. O reconheci pela sua voz inconfundível e seus óculos! Meu amigo disse-me que “o Palheta está precisando de ajuda”, e isso ficou martelando em minha cabeça. Não me disse a causa e nem a razão de “precisar de nossa ajuda”. Depois que saiu da loja, fiquei olhando quadros lindos. Fitei e admirei uma palafita de palha, pintada em detalhes precisos em meio a um lago, com reflexo da casa e das palhas na água e o dono da Loja, Sr. Ailson de Souza Araújo me trouxe outros quadros do mesmo artista plástico Freire, do Município de Itacoatiara, e mostrou-me no seu celular, pinturas do mesmo artista que pareciam mais retratos, tal a perfeição. Minha esposa me chamou a atenção para dois quadros de Freire, em alto-relevo, um no meio do Encontro das Águas, com uma cobra devorando uma mulher e outro, no mesmo estilo, mostrando um jacaré nadando em um lago para devorar um índio que estava deitado em uma canoa.  Meus olhos, porém, não saíam da pintura da palafita de palha, talvez porque me remetesse à lembranças de minha na Comunidade do Varre-Vento, local em que via muitas casas iguais, em lagos que frequentava como contra peso na canoa de meu pai. Embora os dois quadros em alto relevo de Freire fossem lindos, as fotos que vi no celular do Sr. Ailson fossem perfeitas pinturas também, imaginava a imaginação do artista itacoatiarense para criá-los porque percebi que ele pinta com a alma, sentimento,  paixão e com conhecimento da vida e dos sentimentos, inclusive outros quadros que o Sr. Alison me mostrou sobre o balcão da loja, sobretudo o que o pescador que jogava uma tarrafa em um lago..

Depois que H. Dias deixou a Art's Quadros, ainda sai atrás dele, porque pensei que a pudesse falar-lhe um pouco mais e saber porque “o Palheta está precisando de ajuda”. Não o encontrei mais e minha esposa Yara Queiroz reclamou dizendo “ele já foi”. Mas mesmo assim, respondi: “vou ver se o encontro, ainda”. Mas não o encontrei.

Vendo minha preocupação com o Palheta, o proprietário da Art's Quadros, Ailson me deu o número de um celular que tinha, mas não consegui falar que foi citado em meu romance de ficção CAUSA MORTIS: OCITOCINA DE AMOR...! quando descrevo  um por um, os 28 quadros de pinturas de várias partes do Brasil e alguns do exterior, que mantinha na parede do apartamento de 196 m2 em que morei e tive que alugá-lo depois de minha aposentadoria.  Tentei várias vezes falar com o Palheta, escrevi uma mensagem e ele não recebeu. Eu o citei pela caricatura que mandei moldurá-lo e o mantenho em meu quarto, em minha parede, abaixo de um diploma que recebi da ALE, pelos serviços que prestei à sociedade como profissional de Serviço Social.

O Sr. Ailson disse-me que o Palheta era um grande artista – e eu concordei com ele, porque vi sua capacidade de criação em uma pintura abstrata colorida que estava sendo moldurada pelo Dr. H. Dias. O Palheta foi um dos primeiros artistas plásticos do Amazonas a fazer uma caricatura minha em 1988 e a ser convidado para fazer retrato falado para a Polícia Civil, na época que eu era apenas repórter de A NOTÍCIA, escrevendo assuntos do judiciário, mas já gostando de entrevistar intelectuais que se reuniam no Bar do Armando, onde se dizia, por pura maldade e irreverência da Banda Independente da Confraria do Armando - BICA que se “reuniam intelectuais, juízes, promotores e outros vagabundos” para beber e jogar conversa fora.

Enquanto admirava outros quadros que receberiam moldura e ficariam mais lindos ainda, o proprietário da Art's Quadros trouxe-me fantásticas pinturas do artista plástico do município de Itacoatiara, Freire e os abriu em cima do balcão para que eu as admirasse. Embora tenha me mostrado pinturas excelentes desse artista plástico itacoatiarense Freire, de grande talento e nenhuma fama, algumas pinturas coloridas  que pareciam mais fotos de tão perfeitas em detalhes que mostravam, meus olhos deixavam de fitar o quadro do autor que retrava uma palafita toda de palha no meio de de um lago, isolada, sozinha, refletindo-se no espelho da água. Nem mesmo os excepcionais quadros em alto-relevo que via, fantásticos igualmente, como o de uma cobra engolindo uma mulher no meio do Encontro das Águas e uma outra de um jacaré em um lago nadando para pegar um índio que deslizava suavemente em cima de uma jangada, ambos grandes e em alto-relevo. As duas obras tinham detalhes magníficos, chegando quase à perfeição, algumas pinturas coloridas do artista, pareciam mais retratos de tão perfeitos que eram. Contudo, a casa de palha com reflexo surgindo no meio da água, continuava sendo para mim a mais bonita e perfeita do pintor. Nem mesmo a pintura pescador arremessando uma tarrafa, a outra de um lago e mais outras do mesmo artista que sr. Ailson, nada substituirá o carinho que tenho pela primeira caricatura do Palheta, feita no Bar do Armando, em 1988, quando estava no início de minha carreira de jornalista, moldurada também na Art's Quadros. 


Mas fiquei sem saber porque Palheta estava precisando de “nossa ajuda”, como disse o Dr. H. Dias, porque me empolguei tanto com o encontro, que esqueci de perguntar o número que tinha ficado gravado no número do advogado. Ele estava com pressa e me deixou só com lembranças e saudades de minha vida anterior a 2006, quando fui operado pela primeira vez vítima de empiema cerebral e passei a viver infectado desde então. Mas parece que o Palheta está fazendo hemodiálise, mas não tenho certeza se foi isso mesmo que aconteceu. Só sei que os quadros do Palheta, que estavam sendo moldurados pelo H. Dias, eram belíssimos, como também eram lindos os quadros do artista plástico Freire. É uma pena que não o conheci e talvez nem o conheça porque eu e o Palheta, estamos caminhando rápido rumo à morte, por mais não queiramos esse encontro inevitável do destino!

sábado, 7 de junho de 2014

ODE AO PROFESSOR!,


Ilmo. Sr. Juiz de Direito da do Primeira Vara Civil e Criminal do Município de Tobias Barreto/SE Dr. Eliezer Siqueira de Souza Júnior:


“JULGAR PROCEDENTE ESSA DEMANDA É DESFERIR UMA BOFETADA NA RESERVA MORAL E EDUCACIONAL DESTE PAÍS (Processo  20133850015200)”



CARLOS COSTA, brasileiro, casado, cidadão, assistente social, jornalista, professor de Serviço Social aposentado por invalidez, venho requerer a Vossa Excelência que continue assim: duro quando tem que ser, contra qualquer pai de aluno que decida pedir indenização por danos morais contra qualquer professor que tome aparelho celular de aluno dentro de sala de aula, na frente de todos os colegas.  O pai do aluno tomou a decisão de processar o professor e pedir dele indenização porque o seu filho teria sido constrangido em sala de aula, como se o professor que ganha pouco, que se esforça, que perde a voz muitas vezes, também não ficasse constrangido quando um aluno está falando alto, usando celular, navegando em redes sociais e conversando paralelamente, nada tendo a ver com a aula que o mestre está lhe transmitindo! 

Se todo mestre decidisse processar pais de alunos que desobedecem ordens dadas por eles pedindo que prestem atenção ao que está sendo explicado em sala, muitos já estariam ricos. Mas não o fazem! Sabem a razão? Porque o professor ainda acredita nos princípios de respeito e dignidade ao mestre. 

Não tenho procuração dos professores para representá-los, mas com fundamento no Código de Processo Civil, data vênia, solicito cinco dias para apresentá-las, se as assinem para mim; ou decorrido o prazo, Vossa Excelência pode considerá-la deserta à minha gratidão e arquivá-la por ilegitimidade da parte, mas quero que V. Exa. tenha conhecimento de minha profunda gratidão por ter reposto a educação no patamar do respeito da qual jamais deveria ter saído.


Vossa Excelência, entendeu que não existiu abalo moral que justificasse o pedido de indenização contra o professor porque “o aluno não utiliza o celular para trabalhar, estudar ou qualquer outra atividade”. Entendeu o nobre e digno magistrado que “julgar procedente esta demanda é desferir uma bofetada na reserva moral e educacional deste país, privilegiando a alienação e a contra educação, as novelas, os “realitys shows”, a alienação, a ostentação bullyng intelectivo, o ócio improdutivo, enfim, toda a massa intelectivamente improdutiva que vem assolando os lares do país, fazendo às vezes de educadores, ensinando falsos valores e implodindo a educação brasileira”. 


Se Vossa Excelência me conceder a palavra, devo dizer-lhe que como professor desde meus 18 aos 46 anos, do antigo ensino primário à Faculdade, sinto-me honrado com suas brilhantes palavras. No antigo ensino primário, tinha problemas com conversas paralelas em fins da década de 70, quando conclui o curso de magistério de primeira a quarta séria, no Instituto de Educação do Amazonas e fui estagiar no famoso Gaia.


Meus olhos lacrimejaram com a magnífica homenagem aos professores do Brasil proferida ao final de vossa brilhante, perfeita e tecnicamente correta  sentença:

“No país que virou as costas para a educação e que fazem apologia ao hedonismo inconsequente através de tantos expedientes alienantes, reverencio o verdadeiro herói nacional, que enfrenta todas as intempéries para exercer  seu “múnus” com altivez de caráter e senso sacerdotal: O PROFESSOR”

Ante todo o exposto, venho requerer a Vossa Excelência que:

1.Mantenha sempre vossa postura ética, moral e social e decida sempre a favor e não contra a cultura moral da sociedade, tão avacalhada por cotas, escândalos, desvios, falcatruas e corrupção.

2.Se V. Exa. entender que não sou parte legítima para representar os professores que o aplaudem de todo o Brasil, por ter colocado no patamar que merecem os educadores que se matam para repassar aos alunos, conhecimentos que lhes são inerentes e repor o pai do aluno em seu devido lugar, pode arquivá-la ao final com despacho que lhe sugiro: “mais um herói nacional sem causa, um professor que não sabe o que diz. Arquive-se.” Mas não esqueça de datá-la, por favor, Excelência.

N. Termos

E. Deferimento


CARLOS COSTA. 
     Professor aposentado de Serviço Social






sexta-feira, 6 de junho de 2014

A VIDA É PASSAGEIRA E SOU UM PASSAGEIRO DA VIDA

..sei que a vida é passageira e não serei só mais um passageiro navegando pela vida, vendo-a passar por mim com suas belezas e eu impotente para poder acompanhá-la como gostaria de poder fazer; tentarei e farei a diferença por onde eu também caminhar!

...sei que a vida é passageira, mas como passageiro da vida tentarei  reconstruir a história com os restos que me sobraram, misturados com dores, amores, frustrações, felicidades, alegrias, reconstruindo a minha e melhorando a vida dos outros! Mas não desejo ser exemplo para ninguém; quero que cada pessoa viva a sua própria vida da melhor forma possível!

...sei que além de passageira, a vida também é misteriosa ao ponto de não nos deixar compreender o porquê de muitos desígnios que  Deus nos coloca pelo caminho e só nos resta aceitar tudo e transformá-los, transformando pessoas a nossa volta.

...sei que a vida não é fácil e da vida nada se levará e quem afirmar ao contrário estará mentindo; há muitas dores, sofrimentos, fome, misérias e belezas entre seus mistérios. Restar-nos-á encontrá-los e transformá-los o que de ruim caminha na longa ou curta jornada da vida.

Dos restos que me sobraram da vida que era bela, irei com ela por onde poder, sem reclamar de dores, amores perdidos, do que poderia ter feito – se o não fiz, pelo menos tentei - porque a verdadeira vida é para ser vivida e não lamentada... só Deus conhece nosso destino e é Ele que nos mantém ou nos tira do caminho!

...estou cumprindo da melhor maneira que posso no que ainda me resta de vida. Devo vivê-la intensamente, respeitando os limites, plantando rosas por onde passar, semeando flores, distribuindo perfumes, alegrias, felicidades para, na volta, colhê-los e certamente, fazendo isso, sentir-me-ei feliz com o resto que me sobrou dessa vida para vivê-la, mas que, apesar de tudo, ainda está sendo bela e perfeita...

...sei que a vida é passageira, mas não serei apenas um passageiro da vida; tenho consciência que estou fazendo a diferença e é assim que pretendo viver até meu último suspiro. 

...desejo apenas morrer em paz porque tenho plena consciência que estou cumprindo mais uma etapa que Deus colocou em meu caminho...Por quê reclamar? Estou feliz, vivo feliz, apesar de minhas grandes limitações...Isso é o que verdadeiramente importa!

...um dia terei o céu em minhas mãos! Da forma que ele for...e viverei feliz, mais ainda!

JANELAS PARA O MAR


VEM SOL
ABRE TUA JANELA PARA O MAR
TENHO QUE TE ADMIRAR TOMAR REMÉDIO,
DORMIR E SONHAR!

COM OS BRAÇOS DE MINHA AMADA VINDO ME ABRAÇAR
MAS, DE MEU SONHO DELIRANTE, NÃO QUERO ACORDAR,

PRECISO TE SEGUIR MEU MAR
E ME AFOGAR DE AMOR EM TUAS ÁGUAS
BRAVIAS QUE ME FAZEM CHORAR 
PORQUE SEI QUE


TEREI  A CERTEZA 
QUE NADA MAIS FAZIA DO TE AMAR


DORMINDO, SONHANDO COM O MAR!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

CADA POVO CRIA A SOCIEDADE QUE ESCOLHE PARA VIVER



Tomando remédios, dormindo, acordando e escrevendo, estou vendo que cada povo escolhe nas urnas a sociedade na qual deseja viver, mas essas escolhas erradas têm um preço, que pode ser sempre caro demais! Todos nós somos responsáveis pelo que queremos e escolhemos para nos representar porque, através deles surgem as leis, decretos, portarias, nomeações dos conselheiros dos Tribunais de Contas, Conselhos Tutelares e de nomeações de parentes ou amigos para compor as Comissões de Fiscalização da Merenda Escolar, da Educação, além da escolha de Secretários de Estado, dos Municípios e até dos Ministros. Todos são servidores públicos, mas parecem servidores de si mesmos e de seus interesses pessoais.


No caso específico estou me referindo ao que ocorreu no RJ com o fotógrafo Luiz Cláudio Marigo, que estava dentro de um ônibus em Laranjeiras, começou a passar mal, o motorista seguiu seu itinerário normal porque passaria pela porta do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), parou, pediu socorro, mas existia atrás uma faixa “a saúde não pode ser mercadoria” e os funcionários estavam em greve e no hospital não tinha emergência, embora seja considerado um hospital de referência. Ele faleceu e seu corpo de 70 foi enterrado em um cemitério na Zona Sul do Rio de Janeiro. Para piorar mais esse quadro, pacientes foram tratados como se fossem marginais em um hospital da Paraíba, com cadeirante sendo arrastado por um policial como se ele fosse um bandido. Os policiais estão tão acostumados a dar gravatas e a conter bandidos perigosos, mas que acho que contundiram um cadeirante com bandido perigoso, armado com uma cadeira de rodas que poderia ser arremessada contra os truculentos policiais. Os acompanhantes do paciente que entraram no hospital empurrando a cadeira de rodas, saíram do hospital como se fossem também bandidos perigosos e, para piorar, o chefe da segurança do hospital ainda garantiu que todos se “defenderam” e ainda foram processados como agressores. Um absurdo!


Também me refiro aos mais de seis anos em que o prefeito de Coari, Adail Pinheiro, conseguiu protelar mais de 50 processos contra ele, vários por crimes de pedofilia, até que o Tribunal de Justiça aceitasse a primeira denúncia contra ele, feita pelo Ministério Público em fevereiro! Se teve ou não o dedo do prefeito de Coari por trás de tudo isso, não me interessa saber, porque o Tribunal de Justiça sempre se defendeu e justificou de várias maneiras mirabolantes os atrasos. Agora, o prefeito é réu e responderá pelo menos por um crime de pedofilia. Menos mal.


Refiro-me também aos movimentos sociais que recebem apoio de marginais, traficantes que estão presos, mas comandam tudo de dentro das cadeias por telefones celulares que permanecem sem bloqueadores e baderneiros mascarados que após as manifestações pacíficas, terminam quebrando e saqueando lojas, depredando bens públicos, incendiando ônibus e depois reivindicando o que lhes falta: ônibus, caixas eletrônicos, melhorias em transportes, saúde, educação. Como, se os baderneiros não pensam nisso antes e não são educados. Aceito manifestações; não, badernas orquestradas e financiadas por partidos políticos, como já ficou claro e provado por ocasião da prisão de Elisa Quadros Pinto Sanzi, de 28 anos, envolvida na bomba atirada contra o cinegrafista da BAND, Santiago Andrade, que confessou coordenar manifestações de baderneiros e entregar-lhes bombas e rojões e estar ligada a partido político. Fábio Raposo e Caio de Souza continuam presos pela morte do cinegrafista, mas Sininho, seu apelido, permanece livre, leve e solta.


Cadê os movimentos dos deficientes que não protestaram contra esses marginais fardados e truculentos? Estou enojado com tanta hipocrisia social, com tanta violência, tanta depredação, tantas greves que já ocorreram e outras que ainda ocorrerão antes do início da Copa. Estou farto de crimes bárbaros e fúteis, como foram cometidos contra o zelador Jezi Lopes de Souza, pelo publicitário Eduardo Tadeu Pinto Martins, de 47 anos e o menino Bernardo Boldrini, assassinado pela madrasta Gaciele Urgulin, com a colaboração direta da “assistente social” Edelvânia Wignovicz.  Sem falar nos crimes bárbaros e fúteis praticados por adolescentes protegidos pelo ECA!


Sabem a razão de eu ter colocado aspeada a palavra assistente social antes do nome de Edelvânia. Porque sou assistente social também e me envergonho pelo que ela cometeu, porque somos ensinados a defender a vida dos mais carentes, defender crianças de maus tratos e não matá-las barbaramente, sem dar-lhes qualquer direito de defesa. Mas isso é um assunto que o Conselho Federal de Serviço Social terá que resolver, cassando-lhe o título e proibindo-lhe de usar essa palavra porque envergonhará toda uma categoria profissional que luta pelo bem estar das pessoas e não pratica a morte contra ninguém.


Para que tanta violência? Por que tanta barbárie? Será que desaprendemos a viver em sociedade? Cobro bastante projetos, programas e propostas, mas também sinto-me envergonhado com o que foi aprovado pelos deputados para a Educação no Brasil. No papel, ficou lindo, mas, na prática, teremos que esperar uns 40 anos ou mais para percebermos os resultados na prática.


Desejo e sonho com uma sociedade civilizada, vivendo em harmonia, defendendo e preservando direitos garantidos e conquistando de forma pacífica e ordeira novos direitos. Mas acho que vou morrer sem ter esse meu desejo concretizado, mas morrerei feliz se, pelo menos, sentir que meus filhos e netos – se os tiver, venham a viver em país ordeiro e civilizado chamado Brasil, porque cada sociedade, como afirmei no início dessa crônica, escolhe a sociedade na qual deseja viver democraticamente.


Cansei, mas enquanto tiver vida e Deus me preservar lúcido, continuarei lutando para realizar em vida esse meu sonho de ter um Brasil justo, sério, com menos impostos, mais politizado e feliz. Amem!





quarta-feira, 4 de junho de 2014

PROS E CONTRA A REALIZAÇÃO DE UMA COPA DO MUNDO



Ao aceitar realizar a Copa do Mundo, o Brasil assumiu todos os pros e contras para a concretização de seu sonho e, também, os riscos de greves, manifestações, badernas e, agora, as afirmações de que não haverá copa no Brasil! Mas, como não haverá Copa do Mundo no Brasil, se em 2006 o presidente Lula anunciou que ela seria realizada! E só porque agora começam as manifestações contra sua realização e não antes, quando apenas aplaudiam tudo! Por que comemoraram e não protestaram contra o anúncio, se sabiam dos problemas sociais do país, ainda não totalmente resolvidos satisfatoriamente?

O mesmo Brasil que foi às ruas aplaudir e comemorar pela escolha do país para sediar a Copa do Mundo, está voltando às ruas para dizer em manifestações justas e injustas, que “não existirá copa”. O que mudou em tão pouco tempo? Por que essas pessoas comemoram na escolha e agora protestam nas proximidades do evento? Tentarei explicar, mas não sei se conseguirei.

Em um primeiro momento, os brasileiros, catatônicos, massificados pela publicidade pesada em torno do desejo de realizar uma Copa do Mundo, talvez foram às ruas aplaudir e comemorar o Brasil como sede, porque não conseguiam ver além do que as suas brasilidades e espíritos de cidadania coletiva; agora, alguns mais conscientes decidiram usar a Copa do Mundo, as exigências feitas pela Fifa e cumpridas não se sabe a que preço, perceberam o que falta no Brasil é a mesma coisa. Também, de forma equivocadas, passaram a fazer protestos, paralisações, greves, manifestações contra o que muitos aplaudiram e se empenharam em nome do país para que acontecesse, porque começaram a perceber que ocorreram desvios de verbas públicas que poderiam ter sido investidos em melhoria da infraestrutura do país, sobretudo nas áreas de educação, saúde, hospitais e serviços públicos de qualidade. E vai piorar um pouco mais porque em torno dos Estádios que sediarão jogos, terão que aprovar Leis Estaduais criando o que está sendo chamado de “Estados da Copa” em cujo espaço a Fifa poderá mandar e desmandar como quiser, dentro do Brasil, seguindo os preceitos da Lei Geral da Copa, aprovada sob pressão pelo Governo Federal. 

Se isso será bom ou ruim para o Brasil, não saberei dizer porque sou apenas cronista, não futurólogo, mas sei dizer, com certeza, que haverá Copa do Mundo no Brasil, sim, queiram ou não os manifestantes, os baderneiros, os os aproveitadores e alguns momentos sociais legítimos que também se aproveitarão da mídia internacional, porque o país firmou compromisso mundial para sua realização e não terá horá-lo, mais terá mais como voltar no tempo, mas pagará um elevado preço porque essa será a Copa para turistas verem, mas à custa de muitos sacrifícios: ambulantes removidos das ruas tendo que se adaptar, se passou a dar importância à qualificação de profissionais, tudo para que se adaptar em novos espaços, só para que o turista seja bem recepcionado e não veja o que se esconde nas periferias das grandes cidades que sediarão as partidas de futebol. Mas, o Brasil ganhará a Copa? Talvez sim! Talvez não, já disse: não sou futurólogo, nem bruxo, nem qualquer coisa do tipo. Sou apenas cronista, que analisa fatos sociais e que me incomodam muito! O resto, a seleção de Filipe Scolari terá que fazer no campo, com 11 contra 11. Que vença o melhor, é o que desejo, mas torço pela Seleção Brasileira!

Mesmo não sendo futurólogo, posso garantir que todas as obras realizadas em função da Copa ficarão no país: ruas melhoradas, mobilidade urbana, BRTs, avenidas, aeroportos, novos hotéis, enfim, tudo ficará no país porque o turista só levará as lembranças das partidas que assistirá e a certeza que o Brasil foi capaz de realizar uma Copa do Mundo, com ou sem o apoio da maioria. As greves, manifestações, cobranças ao estilo Fifa ocorreram em outros países também, principalmente próximo a abertura da Copa no próximo dia 12 de junho. Não será diferente no Brasil porque as mesmas coisas ocorrerão aqui e seria normal e natural se fosse uma exceção de serem violentas, com saques, destruição de coisa pública, roubo a lojas, a bancos, mascarados nas ruas etc. Mas também é uma realidade que o Brasil precisará avançar muito, se redefinir como sociedade coletiva e responsável, depois da Copa! Os primeiros investimentos já foram feitos para a Copa, mas será preciso muito mais!

No início das discussões sobre qual país se candidatariam para realizar a Copa, se apresentaram Argentina, Colômbia e Brasil. O Brasil venceu e o povo foi às ruas para comemorar a escolha. Por que esse mesmo povo está voltando às ruas para dizer que não terá Copa? Uma mudança terrível para quem dançou nas ruas e fez festa quando o Brasil foi anunciado como o vencedor na disputa, com uma delegação de peso, capitaneado pelo ex-presidente Lula e o mago escritor Paulo Coelho, mais Ricardo Teixeira e o ex-capitão Dunga, além de outros. João Figueiredo, em 1986, já havia rejeitado à realização da Copa do Mundo no Brasil, talvez porque temesse ver os militares envolvidos contra os protestos, reprimindo-os e sendo acusado de truculência. Em 2006, Lula aceitou e encarou o desafio e decidiu passar o bastão para a sua sucessora Dilma Rousseff, que não mediu esforços e nem dinheiro para cumprir o acordo internacional.

Agora, só resta ao povo brasileiro, depois da Copa, voltar às ruas de forma ordeira para exigir também investimentos iguais ao da Fifa, em hospitais, escolas, saneamento básico, escolas porque como disse, o que foi feito para a Copa e em função dela, ficará aqui e só precisará ter continuidade a cobrança da sociedade.




terça-feira, 3 de junho de 2014

ENTREVISTA DO ESCRITOR OSIRIS RORIZ

  É como se dizia antigamente: prêmio de Loteria é: uma vez na vida, e outra na morte.

  E, para o cidadão comum, um tanto quanto desconhecido, participar do Programa do Jô, também é uma vez na vida e outra, na morte.
 
 E minha vez com o Jô Soares, aconteceu.

 A matéria já foi para o ar, no início da madrugada de sábado, dia 24/maio/14.
 

TODA MUDANÇA SOCIAL COMEÇA COM A EDUCAÇÃO



Todos nós somos os responsáveis pela sociedade em que vivemos porque nossas ações ou falta delas fazem uma diferença muito grande em todo o processo. Ninguém muda ninguém: só a educação é a mola propulsora de qualquer mudança, em qualquer sentido e em qualquer sociedade! Da família, desestruturada e com muita ingerência do Estado na forma de educar à Escola, que deveria ser o espelho para o exemplo de vida, cidadania, escolha e horizonte, nada ou quase nada funciona como deveria e há muitas falhas nos Aparelhos de Estado que deveriam regular a convivência social de forma abrangente e com particularidades ao ponto de dizer que uma simples palmada traumatiza a criança!


A criança de hoje, poderá ser o marginal de amanhã, isso só depende da visão social que possamos ter do mesmo problema!

Toda e qualquer mudança na estrutura moral, ética e conceitual em uma sociedade   piramidal deve sempre ter início na educação. Ela é a base de tudo, inclusive  na reconstrução de famílias, em sua convivência em meio social, perfeito entendimento do que venha a ser a composição da própria sociedade. Só com processo educacional  comprometido e compromissado com essas mudanças, trazendo de fora para dentro de sala de aula os principais problemas sociais, discutindo-os e os devolvendo em forma de criticidade responsável, será possível se fazer a perfeita separação do que seja o principal dos seus acessórios e permitirá a leitura das entrelinhas de qualquer informação, compreendendo o que se esconde por trás dela e a qual universo conceitual crítico que ela pertence.


Caso contrário, sem esse processo educacional comprometido com a realidade social em que se vive, nada mudará a curto, médio ou longo prazos. A educação  é capaz de libertar a sociedade do cabresto político-eleitoral, com as pessoas passando a ser mais conscientes e votando melhor em seus representantes políticos, mas continua sendo um jogo de faz de conta e permitirá que os eleitores deixem ser escravos de promessas eleitoreiras em momentos de campanhas políticas e passando a desconfiar de políticas mirabolantes sobre direitos sociais que já estão garantidos pela Constituição! Não vote em candidato que promete o que já é uma obrigação dele a realizar em favor da sociedade!


Como afirmei, só com uma educação de qualidade, bons salários, professores qualificados e comprometida de dentro para fora da sociedade, será possível concretizar as mudanças estrutural nos campos ético, moral, social, político  científico, econômico e em  qualquer outro  campo da atividade humana. Só  dinheiro formará a competência de um professor, mas não nego que a parte financeira também seja importante. Mais importante, porém, será a sua criatividade, a inventividade e principalmente, sua responsabilidade com o querer mudar a estrutura social são mais importantes. Também não nego que por meio de “maquiagens” numéricas propositais de qualquer Governo no mundo, com manipulações de números, também se “pode mudar” e anunciar que uma sociedade mudou, mas não se sabendo se foi para melhor ou pior. Ninguém pode anunciar crescimento, se a educação for relegada a um plano secundário, como no Brasil. Não por culpa do Governo Federal, mas por culpa da incompetência gerencial com políticos que se tornam secretários de Educação em Estados e Municípios, só porque firmaram compromissos de repartir cargos políticos, sem conhecerem muito bem ou quase nada de como funciona esse difícil e complexo  processo de ensino e aprendizagem.


Em todos seus aspectos, a educação de qualidade e comprometida com a realidade do entorno social das escolas, precisará vir primeiro. Não aceito maquiagens de números, de estatísticas, de investimentos em quaisquer áreas que não cheguem ao seu objetivo final: prestar um bom serviço ao povo, em todas as áreas de Governo. Está faltando um modelo gerencial de sociedade que está estabelecendo quotas para que o aluno possa entrar no ensino superior, mas negligenciando o verdadeiro sentido do que venha a ser a palavra educação em seu sentido mais primário.


Repudio investimentos contabilizados que não chegam a quem precisa dele ou porque foram desviados, porque foram roubados escandalosas e descaradamente do Fundepe das crianças em forma de recursos destinados à merenda escolar, por exemplo, mas esse é apenas um exemplo, porque existem outros vários tipos de desvios de medicamentos, hospitais, escolas. Mas ninguém é punido porque com o dinheiro dos roubos, os prefeitos e todos os que roubam podem pagar bons advogados, encontrar brechas na Lei recorrendo sucessivamente até que a pena inicial fique prescrita. Nem as multas que lhes são aplicadas, recolhem.


Desconheço qualquer prefeito em municípios do interior que residam em suas cidades. Sempre ocupam belas mansões nas capitais dos Estados e só aparecem nos municípios que administram, poucas vezes, exceto os das capitais, mais desenvolvidas e estruturas. Há uma omissão total em todos os campos: Câmara Municipal que nada fiscaliza, prefeitos que nada fazem, comissões de acompanhamento que nada fiscalizam porque são indicadas pelos prefeitos. Por que a indicação para essas comissões democráticas de fiscalização não são nomeadas pela presidência da República? Assim, os prefeitos municipais só nomeiam pessoas de seu próprio grupo político e não pessoas que os fiscalizem de verdade! Por que tem que ser pelo prefeito e porque os prefeitos não respondem pelo que deixam de fazer?


Como disse no início o que falta para mudar todo esse cenário de caos é a Educação, que é a base de tudo. Não adianta me dizerem que algum país cresceu X, Y ou Z porque maquiou os números, se o processo de educação está sendo negligenciado – não por culpa única do Governo Federal, mas ele tem uma responsabilidade solidária pela sua omissão. Nas pontas, o dinheiro liberado nunca chega na quantidade que deveria chegar e nem é aplicado da forma que deveria ser. Vamos exigir um padrão Fifa para as Escolas também, mas com educação, civilidade e ordem, que pouco existe atualmente entre os seres sociais, infelizmente.