quinta-feira, 28 de março de 2019

DE TEÓRICO SOCIAL À UM QUASE ANALFABETO!


Saindo da sede do Conselho Regional de Serviço Social e ao entrar no prédio do “The Pleice”, no mesmo local onde por muitos anos onde existiu a premiada sede da Indústria de Joias e Relógios Beta, engolida pelo progresso e ao apresentar à pessoa que me sugeriu que fizesse a nova identidade profissional do tendo como assinatura apenas o polegar direito, a servidora da loja de Consignados me garantiu que conseguiria reduzir em torno de 35 reais no desconto da aposentadoria da Previdência Social. 

Será que o progresso não poderia acompanhar também o desenvolvimento e a verticalização da cidade? Ele enterra os sonhos e as memórias de quem viveu essa época!

Os prédios da Beta e da Suframa premiadíssimos pela sua arquitetura projetadas pelo saudoso Severiano Mário Porto, que teve também sua casa de madeira desmontada e prometida ser remontada em outro local – o que nunca aconteceu até hoje -. Hoje, funciona um Bar e Restaurante no local! E ao saber que o tio de que quem me prometera redução de juros, também trabalhara por longos anos na indústria de Joias, fiquei delirando e me revi fazendo cota financeira no Grupo Escolar Adalberto Vale para contratar o caminhão; subindo na carroceria e descendo na antiga Fábrica Magistral, caminhando a pé até o Balneário do Parque 10, no hoje poluído Igarapé do Mindu. Terminada “farra da pesquisa” no banho, voltávamos ao caminhão acompanhado pela saudosa e inesquecível professora Rosa Eduarci Marinho, subíamos na carroceria do caminhão e à Escola, onde nos reuníamos para fazer “pesquisa” no local onde hoje existe a Universidade de Tecnologia do Amazonas, na Manaus verticalizada de quase 3 milhões de habitantes. Como me tornei um teórico social, ex-professor universitário de Serviço Social, em um quase analfabeto com diploma? E como um ex-membro do Conselho Fiscal na gestão da colega Cecília Freitas, mudou tanto de assinatura e fui orientado por uma colaboradora da empresa de Consignados a tirar nova Identidade Profissional garantindo-me que reduziria os juros de vários empréstimos que tenho? 

O que fez mudar tanto minha assinatura, foi um princípio de Aneurisma Cerebral ocorrido em agosto que paralisou os movimentos dos dedos da mão esquerda! Só escrevo no celular, com o polegar direito, que recebi de presente da esposa de 22 anos, Yara Queiroz. Também foram necessárias 11 cirurgias no cérebro em 9 em Manaus e em 2 em São Paulo, um coma se 10 dias em 86, na UTI do Hospital Santa Júlia, em Manaus, mais 45 sem memória e outros 15 sem fala.
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O que os outros aposentados do Brasil, não devem fazer também para reduzir os juros sem aumentar o número de parcelas e não recebendo qualquer dinheiro enquanto esperam a promessa do presidente Bolsonaro que ninguém que recebesse menos de 5 salários mínimos pagaria Imposto de Renda?


sábado, 23 de março de 2019

"ADIOS, SABATA": SAUDADES DE UMA ÉPOCA!


Ao assistir o filme "ADIOS, SABATA", no canal 166 da NET),   1971,da participação ficcional de Sabata na Revolução mexicana à deposição do poder imperador Maximiliano, lembrei que nessa época, com 11 anos e pesando menos de 30 quilos, já  frequentava   os cineteatros s inesquecível Adriano Bernardino, que nunca mereceu uma homenagem qualquer, embora tenha sido um dos ícones dos cinemas em Manaus. Era um cinéfilo desde a adolescência, mas economizando dinheiro de tudo o que era lícito vender – picolé, jornal, cascalho em tambor ou muitas vezes vendendo velas e fósforos no “Dia de Finados”,  aos frequentares do Cemitério Santa Helena, no bairro do Morro da Liberdade em Manaus, na Calçada da extinta Indústria Amapoly, na qual Josefa Costa também trabalhou e se aposentou, 

Frequentava os cinema Guarany, Polytheama, seguia à pé pela Av. 7 de setembro, entrava em nova fila e assistia ao filme no "Vitória". Depois pegava um ônibus para ir ao bairro da Cachoeirinha e entrava no cine "Ypiranga".  Depois pegada outro ônibus para um assistir o que estivesse passando no cinema de Adriano Bernardino, no bairro de Educandos só para frequentar e assistir ao "filme do dia", anunciado pelos jornais e destacando se seria colorido ou em preto e branco. Os melhores eram os coloridos, mas não importava a cor do filme, embora os coloridos fossem na época, os de melhor qualidade. De tanto ver o filme Tarzan e As Amazonas, terminei decorando. Todo parece que também tinham decorado a mesma cena. Gritavam “Tarzan” Ele parava, olhava para as índias Amazonas, para ver se ainda a estavam perseguindo e era motivo de gargalhada geral. 

Com o surgimento dos vídeos-cassetes a imprensa divulgando que poderia acabar com os cinemas em Manaus. Fiquei temeroso porque era a única diversão que se tinha. Os filmes  eram anunciados em  jornais, os cartazes eram pintados à mão pelo artista Peninha  a vida se desenvolvia naturalmente. Se estudava de segunda a sexta feira, quando se escolhia um dos colegas de sala para catar garrafas pretas, só para vende-las no Café do Pina, em frente ao Cinema, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Manaus.  

' "Adios, Sabata" interpretado Uyl Bruner, ator que interpretou a maioria dos filmes "Sabata" e também  o intérprete de "O REI E EU" que contava a história de uma professora contratada pelo rei do Ceilão para educar  os filhos do monarca, mas o comportamento dos súditos e a forma com que o rei Mongkut impõe sua autoridade criam um choque cultural que torna a convivência impossível. Ela muda tudo e se apaixona pelo rei! Nos tempos de hoje, só se fala em DVD, pendrive e outras tecnologias que se sobrepuseram e venceram, confirmando que a teoria evolucionista do inglês Charles Darwin estava correta. Só os mais fortes resistiram à modernidade com o surgimento dos shoppings e os cinemas mais modernos

Se estivesse passando o mesmo filme, o que era quase sempre comum porque uma película passava no mínimo por 30 dias -"MIL MÁSCARA" 'MINI MASSISTE", TARZAN (assisti vários), "SABATA NÃO PERDOA, MATA", "SABATA VOLTA PARA MATAR" vendia garrafas  para comprar o ingresso e entrar no Cinema-Teatro Guarany. Na esquina das Avenidas Getúlio Vargas com a Sete de Setembro, existia o Polytheama e depois seguia a pé para os outros cineteatros da época. Alguém descobriu uma entrada no terreno aos fundos do cinema e algumas vezes a garotada decidia entrar por ela. Era portão de madeira. Se   esperava o filme começar e se entrava por baixo da tela de projeção, burlando a rigidez do "xerife" que ficava à porta do cinema com uma estrela no peito, um chapéu de cowboy e faleceu internado na "Fundação Dr. Thomas", para onde eram encaminhados a maioria dos idosos no passado.

Em vida, ainda o visitei naFundação Dr. Thomas” e visitei o
escritor Áureo Nonato, que teve o livro "OS BUCHEIROS  MEMORIAL DE INFÂNCIA",  premiado pela Academia Brasileira de Letras. 

: SA

quarta-feira, 20 de março de 2019


TERMÔMETRO PERNAL (MARIA JOAQUINA PAES EWERTON)




Quando dona Maria Joaquina Paes Ewerton, a secretária doméstica reclama de dores nos ossos, pode ter certeza que choverá, mesmo que esteja fazendo sol inclemente de "rachar a moleira" como se diz no Amazonas!

Por causa a chamo de "termômetro pernal[" do apartamento em que moro em Manaus! Mas desconheço a relação que possa existir entre as dores nos ossos da nossa secretária doméstica e a chuva!


Por mais de uma vez se queixou de dores nos ossos da perna e dos braços, consequência de reumatismo, mesmo fazendo sol e foi ela falar e que fechou o
um tempo, caindo um temporal rápido, mas intenso!


Passei a perguntar à secretaria doméstica se está sentindo alguma dor nos ossos dela. Se tiver, choverá com certeza.


As dores do reumatismo da dona Maria servem como meu "termômetro pernal". Ao acordar dos efeitos do gardenal de 100 mg que tomo diariamente desde 2006, quase sempre me dirijo até a cozinha e pergunto-lhe: "hoje, estão doendo seus ossos". 

Ela apenas ri da pergunta que lhe faço!


terça-feira, 19 de março de 2019

A INTERNET QUE UNIU O MUNDO E AS REDES SOCIAIS EMUDECERIAM AS PESSOAS! (CORONEL PM/AM SALES MORENO e JOÃO BATISTA FILHO, o "JOBA CICLE" E MAX RODRIGUES DA SILVA)



Até entre os familiares, se conversa mais pelo whatsapp, isolados em seu mundo virtual, com todos postado felicidades, fotos de  viagens, exagerados e seguidos compartilhamentos de “bom dia”. Tenho excluído do meu face algumas pessoas. A intelectualidade está sendo substituída pela “burrice” e o reducionismo exagerado na forma de escrever e na boa e inteligível forma de escrita! Não me admira que hoje estão sendo reprovados em entrevista de emprego mais por erros e menos por falta de vagas. Temos que tomar uma atitude qualquer contra esse uso exagerado das redes sociais, sem muitos critérios!


Hoje aplaudi um compartilhamento da Mensagem de Damião Alves, sobre educação, mas cheio de erros de concordância verbal e gramatical e disse que aplaudia, mas como ex-professor de gramática e literatura amazonense, falei que o   pela perspicácia, mas informei à pessoa que o reprovaria pelos erros que cometeu. O administrador do Grupo FRACO FRANCO, o bolsonarista radical Célio Viana, respondeu me chamando de “leso e doido” e que quando morresse, minha lápide pronta dizendo: “AQUI JAZ CARLOS LOUCO DA COSTA, VULGO GARDENAL VENCIDO/CHATO PRA CARAIO”. Como corrigir um bolsonorista desse tipo? Impossível! Mas quem não os tem no atual mundo das redes sociais! Ninguém é perfeito no mundo virtual. Tento apenas ser transparente no que escrevo! Mas voltemos à crônica!


Com a telefonia móvel recente, pensei que fosse só um modismo no Brasil, mas constato que não é! Porém, tive a certeza que não seria com a uma visita do mineiro fiscal da BHTRANS João Batista Filho, o “JOBA CICLE” das redes sociais "embaixador" informal das belezas misteriosas e magicas da Amazônia e viajante do mundo - Portugal, Inglaterra, países asiáticos como Singapura, Malásia etc. Com a popularização e uso exagerado a internet, unindo o mundo sem critérios, popularizadas e grátis e as redes sociais oferecidas de graça por operadoras de telefonia e móveis definitivamente uniu o mundo. As redes sociais mudaram os hábitos das pessoas. Elas passaram a se isolar do mundo e passaram a usar mais as redes sociais do que as antigas e prazerosas e instrutivas conversas do passado.  

O vídeo compartilhado pelo leitor e coronel PM/AM, Sales Moreno, de uma pegadinha talvez produzido por uma TV japonesa postado em meu MSN do Facebook  confirmei com a visita do amigo Joba Cicle que o fenômeno é endêmico, epidêmico é mundial. Ele mostrava pessoas distraídas teclando ou conversando nas redes sociais que esquecem até de seus filhos. O amigo mineiro João Batista Filho, em visita ao nosso apartamento, me contou que as pessoas andam muito distraídas e até atropeladas em faixa de pedestres porque não prestam mais atenção para nada do mundo virtual do que ao todo real. Isso ocorre  no mundo todo, principalmente em alguns com internet de melhor qualidade da Ásia e Europa, por onde o mineirinho que veio me enviando vídeos durante 2 anos sem o adicionar. 



Um dia decidi abrir um deles e era um vídeo interessante sobre um trabalho realizado pela UFMG no "RIO DAS  VELHAS" e respondi dizendo que imaginava na mente de adolescente que o nome fosse porque lavadeiras velhas batendo roupas no Rio, depois escrevi uma cronica sobre o que imaginava na época da adolescência, todas as vezes que lia algo sobre o Rio. Talvez tenha ficado com essa ideia depois que soube que minha mãe Josefa Costa lavava de pano que usava no largo e profundo Igarapé do 40, em Manaus, batendo um.porrete em cima de uma pedra. Em sua primeira visita ao Amazonas disse que não conhecia nada e fui informando pela internet o que me perguntava. Quando chegou, lembro-me do seu sorriso entrando em nosso apartamento, como se já me conhecesse há muito tempo, trazendo no ombro uma uma pesada uma sacola de livros raros de vários autores, principalmente os de autores mineiros. Acho que antes  recebi também trabalho de ecologia do Projeto "MANELÃO" em homenagem ao amigo de ,  citado em "GRANDES SERÃO: VEREDAS" projeto realizado pela UFMG. Adorei o presente e li todos os livros.No Brasil, agora que começaram usar a fibra ótica!  Tudo o que é usado em excesso se torna um vício e é prejudicial a todos!   Diante de tudo que vi e ouvi, o que valeria mais: uma vida, um sequestro ou um celular?  Entre o aparelho de celular e a vida, talvez sejam as redes sociais que calam mais.... Hoje, se morre e se mata por nada! Depois que a vida e a morte passaram a ser banalizadas e o celular passou a valer menos que um celular que depois de roubado é vendido pelo preço de banana como se dizia no passado. 
Hoje, porém, o preço da banana está pela hora da morte, também!

sexta-feira, 15 de março de 2019

LÁGRIMAS DE CHUVA!


Lágrimas de sangue, ódio
E bestialidades imotivadas
Recobriram os caixões
No momento que sepultavam  
Sepultavam os sonhos adolescentes assassinados 
(Em Escola em Suzano/SP), 
Até a chuva chorou no enterro do fim dos sonhos! 


quarta-feira, 13 de março de 2019

O NÓS & ELES CONTINUA FORTE PELAS REDES SOCIAIS! (UBIRACI JUCÁ)



A um comentário do leitor no facebook, Ubiraci Jucá bolsonoratista assumido defendendo o “NÓS” se referindo ao presidente do Brasil Jair Bolsonaro, lhe prometi que escrever uma crônica analisando a questão da divisão, se o Brasil é um só e o Governo Federal tenha prometido Governar para todos e não só para o NÓS!

Contudo, observo pelo menos nas redes sociais continua existindo o NÓS de Bolsonaro e o ELES de quem decidiu votar em Fernando Haddad no segundo turno! Pensei que o Brasil já estivesse pacificado e fosse governado para todos. Mas leio pelas redes sociais que estou errado! 

Exercendo seu direito de cidadania, mesmo recolhido por denúncias de corrupção  a uma prisão em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dividiu  o país por ter conseguido retirar o candidato estacionado em segundo lugar e colocá-lo na disputa contra Jair Bolsonaro do PSL que só tuitando de dentro do hospital onde foi internado durante agressão à faça que sofreu em campanha em uma cidade de MG, se elegeu presidente pelo PSL e prometeu unir o país, dividido entre NÓS DE BOLSONARO e ELES de quem votou em Fernando Haddad do PT e o deixado em segundo lugar. Se ainda é uma democracia, não é proibido se ter uma opção política e lutar e acreditar pelo seu partido.

Recordo de disputas políticas que adquiriram notoriedade no Amazonas e no Brasil, com as disputas ao governo entre o professor de direito na Faculdade Paulo Pinto Nery, no Amazonas e depois a campanha vitoriosa de Jânio Quadros à presidência do Brasil. 

Para ambas, os campanhas os eleitores fizeram e passaram a cantar nos comícios no Amazonas, paródias de músicas famosas na época    e, no Brasil, passaram a cantar a paródia da músicas famosas de carnaval na época. 

No Amazonas, cantaram em comícios do falecido professor da UFAM, Paulo Pinto Nery - "pega o pinto e pela e joga na panela..." - e nos do Brasil cantavam nos comícios de cantavam a paródia da Jânio Quadros - "varre, varre vassourinha..." fazendo alusão a uma marcha de carnaval que fazia sucesso na época. Terminou sendo eleito e renunciou meses depois.
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domingo, 10 de março de 2019

MANDALA DA VIDA (FRANCISCA DA SILVA, A FRANCE


Igual uma “Mandala” que conservo na parede suíte com outros objetos, também estou juntando os cacos contaminados por duas bactérias hospitalares incuráveis para ver se consigo unir os azulejos e completa-la. Mas será que terei tempo?  Não sei!

O mosaico foi um presente foi dado à esposa Yara Marília Queiroz, pela Auditora Fiscal Francisca da Silva, a France, o quadro recebi de um pintor aposentado Paulo, Almirante aposentado da Marinha do Brasil. O soneto foi pelo inesquecível poeta Jorge Tufic, "sentado na pedra de Iracema" em Fortaleza. A caricatura de Palheta, de 1979, foi feita pela janela, enquanto entrevistava o cronista Arthur Engracio no Bar do Armando sobre seu livro "Urubu nas Alturas" e outras coisas que conservo na parede da suíte de meu apartamento e olho para eles todos os dias, recordando cada momento que já vivi. De alguma forma todos foram importantes em minha trajetória de vida.
Depois de ver a esposa Yara Queiroz, deixando o Laboratório Reunidos retornando ao carro aos prantos. Já tinha lido o resultado do exame que garantindo por que tinha câncer no cérebro e ainda ouço a voz da infectologista Silvana Lima e Silva, garantindo que as bactérias eram “tão vagabundas que não teria cura nem com “células tronco”, que em 2016 começava a ser divulgada pela imprensa e que teria que tomar remédios para o resto da vida. Ainda ouço a voz da médica me dizendo que não teria cura, mas controle, sim.  Sem dinheiro para manter-me em São Paulo, me vi entrando no avião com destino a São Paulo com TFD conseguido pela colega assistente social, Maria Mazzarelo da Secretaria de Estado da Saúde e, como sabia que  com o TFD, dinheiro das diárias demorava muito a ser depositado, me vi antes cruzando o portão  do Condomínio onde mora até hoje  o ex-deputado federal Carlos Souza para pedir um empréstimo. Já tinha sido seu chefe de gabinete em Manaus, indicado por Nicácio da Silva e aceito pelo parlamentar. Fui procurá-lo, embora não trabalhasse mais para ele, mas já era conhecido no Condomínio e foi fácil meu acesso. Nem internaram! 
Depois, lembro-me do ex-parlamentar entrando em casa e talvez no quarto e me entregando dinheiro, me desejando boa sorte e em seguida viajei sem os exames de lâminas que iria revisá-las. Mandei-as buscar a em Manaus e demoraram 17 dias, tempo em que fiquei internado no setor de oncologia da Beneficência Portuguesa. Tinha sido diagnosticado com “leomiosarcoma”(câncer) em metástase no cérebro no exame histoquímico realizado em Clínica do maior especialista, o Dr. Carlos Backer, Botucatu/SP.  O médico dos exames feitos que me internou e disse que rasgaria seu diploma dele "se eu estivesse com câncer mesmo". Tinha quase certeza que não tinha câncer: a pessoa que o tem fica quase sem sangue, como se estivesse ensebado.
Também em SP vejo-me descendo na Praça da República e seguindo rumo ao apartamento do empresário de joias Miguel Nascimento, o "Magnata" dono de joalharia em Manaus e escritório em SP. Recordo do desespero dele quando teve um filho baleado em um shopping em Manaus, com assaltantes que se passaram por clientes. Lembro-me bem das nove cirurgias feitas em Manaus, todas no cérebro e duas em São Paulo, a que fui submetido no cérebro de 2006/2009 pelo neurologista o médico Dante Luís Garcia Rivera e do médico dizendo paulista dizendo que existiam bons médicos em Manaus.  Depois da segunda cirurgia no hospital São Joaquim da Beneficência Portuguesa não precisaria mais retornar que bastaria continuar tomando as medicações receitadas pelos médicos de Manaus e ter cuidado para não ganhar peso. .Uma corretiva feita em SP foi feita, sem anestesia, na maca, sem anestesia. Aguentei, mas me urinei e defequei todo e senti dor de cabeça depois. O médico receitou remédio para dor e encachou a cabeça e me fez parecer um astronauta.
Depois que deixei o Hospital Santa Júlia, ganhei peso e fiquei com 84 e emagreci 12 quilos fazendo esteira todos os dias no Condomínio Nau Capitania, onde e depois mantive a boca fechada e controlando o peso. Em agosto de 2018, caminhando rumo a administração, sofri um princípio de aneurisma cerebral e fui socorrido por segurança do Mundi e levado ao Prontocord por uma moradora acompanhado da enteada, a hoje psicóloga e cantora Bella Queiroz que mora em Cavalcante/GO, com o esposo Valeri Cavalcante Dantas, onde fizeram os atendimentos emergenciais e, estabilizado, procurei atendimento com o neurologista que nada identificou.  Talvez estivesse cansado. Ele havia saído de um plantão no município amazonense de Manacapuru.  Fui ao consultório particular da infectologista que perguntou: "o que aconteceu "seu" Carlos?" Contei tudo         da minha própria altura. Ela constatou que estava com a boca meio torta e batido e ralado o rosto, os dedos da mão e não estava ficaram parcialmente paralisado e quase sem coordenação motora.  Escrevo essa crônica no celular, presente da esposa, usando apenas o polegar direito. Meus óculos 8,5 graus, bi-focal e quase sem visão periférica. Os óculos, precisam ser trocados porque com o Aneurisma Cerebral, os 9,5 graus ficaram fracos. Enfim, escrevo para tentar reconstruir o “A Mandala da Vida”. Enquanto não o concluo vou relembrando e registrando fatos que vivi. Estou infectado por bactérias desde 2006 e estou estabilizado desde novembro de 2009, quando sofri a última rápida convulsão. Estabilizado, recebi alta do Hospital sem fazer nova cirurgia!
A visita da poetisa e ex-colega de Magistério no IEA -Instituto de Educacional do Amazonas Silvia Grijó Cavalcante foi importante para mim porque consegui relembrar de fatos que me contou depois por zap que frequentavam na merenda a sorveteria Pinguim e os professores de matemática João Dias (meu amigo) com seu opala parado na antiga praça e o dela Leônidas. As informações da poetisa formaram mais um pedaço da “Mandala” da vida que estou montando aos poucos. 
Será que terei tempo de montá-lo toda? Só Deus saberá me dar a resposta. Não sei não me é permitido saber quanto ainda terei de vida! 

quinta-feira, 7 de março de 2019

("MULHER À FLOR DA PELE" (SILVIA GRIJÓ CAVALCANTE)


Sílvia Grijó é um encanto de pessoa, mas  não é sobre ela que escreverei, mas sobre o seu livro de poesias "MULHER À FLOR DA PELE". É sobre o livro dela vou   escrever, não sobre a impressão da antiga colega de Magistério que concluímos juntos e que gentilmente ela me presentou. 

Na orelha de sua obra escreveu "das certezas que encerram em minha alma (...) sempre a pensar que a transformação do mundo está nas nossas mãos...". Sílvia Grijó que nasceu Zeferina e é "presença constante nas Semanas de Literatura Amazonense que acontece todos os anos nas Escolas da rede municipal, sendo homenageada pelo seu continuo trabalho literário" como diz. Além do seu primeiro trabalho solo como fez questão de frisar Sílvia Grijó é também participante da antologia "A Imortalidade Amazônica" de responsabilidade da Associação Brasileira de Escritores e Poetas Pam-Amazonicos". 

Silvia Grijó, nascida em Amori (AM), é graduada em Ciências Naturais pela UFAM e acredita que “as poesias são uma forma de salvamento; é dar luz com à alma e representa um "bom-engodo" que se torna "isca" para seduzir a vida do poeta ao longo do caminho

A ex-aluna do Colégio Dorval Porto e colega de magistério no IEA, Silvia Grijó desfila suas poesias no livro "MULHER À FLOR DA PELE"  em 175 páginas com apresentação do jornalista, escritor e poeta Almir Diniz que anuncia, "os cantos da adolescência e da puberdade sinalizam a chegada da primavera"; o professor de sociologia aposentado do IFAM José Maurício Feitoza anuncia a obra como sendo "uma viagem de carona" com a hoje professora Silvia Grijó e o escritor e poeta amazonense Paulo Queiroz garante que "saber descobrir poemas tão mágicos e deleitantes, que nos deitam sobre o capim-vivo d'Amazonia". 

Com dificuldades de visão navegarei e saboreai cada poema do livro "MULHER À FLOR DA PELE" da colega que lembrou que estudamos e concluímos juntos o curso de magistério no IEA e escreverei nova crônica em breve, ao sabor do vento e olhando o azul da piscina, das palmeiras onde cantam os periquitos do Mundi, na mesma varanda em que a autora me autografou o delicioso livro! Como tenho problemas de visão devido a um princípio de AVC que sofri em agosto do ano passado, vou demorar a lê-lo porque tenho o hábito de ler e reler várias vezes a mesma obra para poder degustar e sentir o sabor de cada palavra escrita nos poemas do livro! 

sexta-feira, 1 de março de 2019

EU ME APRESENTO!


Quem me lê pelo blogjornalismocarloscosta ou pelo Facebook, "não sabe nada de mim" como diz a letra da música "DENTRO DE MIM MORA UM ANJO" do compositor mineiro de Uberaba Carlos Alberto de Brito, conhecido pelo pseudônimo de "Cacaso: fui operado de 2006/2009, 11, fiquei em coma 10 dias, 45 sem memória e mais 15 sem fala e estou infectado por duas bactérias hospitalares. 

Devido a uma surdez e depois das cirurgias em Manaus e em SP, para tentar corrigir a falta de audição para frequências baixas de 250, 500 e 1.000 megarthez, fiquei com leves sequelas cerebrais quando. Estava repassando conhecimentos adquiridos na UFAM à alunos no curso de Serviço Social em Universidade Privada. Como consequência das cirurgias também passei a viver infectado por duas bactérias hospitalares incuráveis para a Medicina; não para DEUS que me mantém vivo, ativo e quase sem nenhuma sequela para lembrar-me mais do passado. 

Tomo gardenal de 100 mg e tenho necessidades de dormir todos os dias até 9 HS/Manaus, para evitar convulsões que passei a ter desde então. Tenho que tomar hidantal e rifampicina para hostiomielite (câncer) óssea adquirido durante o tratamento. 

Vivo desse 2006, sem dois lados do crânio. Eles  apodreceram e tiveram que ser removidos; já me acostumei.  Deixei de ter convulsões em novembro de 2009 e estou bem. Mas ainda tenho que tomar remédios! 

Também tive uma trombose na perna esquerda e em agosto de 2009, caminhando no Condomínio, sofri um princípio de aneurisma cerebral e tive sequelas irreversíveis na visão; no lado esquerdo do corpo e no movimento dos dedos e passei a escrever tudo usando o polegar direito, como escrevo essa crônica agora. Contudo, sempre que me perguntam pelas "redes sociais" como estou, respondo que estou ótimo porque antes sofria convulsões terríveis, mas estabilizado desde novembro de 2009! 

Afinal as palavras "me queixar", "reclamar" e outras negativas não me devolverão a saúde.  Ainda durmo diariamente até 9 horas da manhã (Manaus) e vivo sob constante controle de peso: tudo o que é excesso ou falta, me prejudicam. Mas estou bem! Me queixar de quê ou para quem além de mim mesmo que tomei a decisão de me submeter em 2006 para tratar de um empiema cerebral, que me retirou totalmente a audição. 

Não tenho do que ou para quem reclamar: estou vivo e produtivo, apesar dos problemas. Isso é o que importa!