sexta-feira, 21 de setembro de 2012

EDUCAÇÃO, VIOLÊNCIA E O ASSISTENTE SOCIAL EM ESCOLAS PÚBLICAS




Com o aumento da violência em escolas públicas de vários Estados e por diversas razões, causas e motivos até mesmo os mais banais, se torna urgente e necessária a inclusão de equipes multiprofissionais nas Escolas Públicas, com assistentes sociais, professores, psicólogos, psicopedagogos, administradores educacionais qualificados adequadamente para enfrentar as novas realidades sociais que se imbricam ao processo educacional.

Projeto de Lei introduzindo o Serviço Social na área de Educação, de autoria do deputado federal Carlos Souza, apresentado em seu primeiro mandato, encontra-se pronto para votação e foi apensado ao projeto de Lei 3688 e encaminhado ao Senado Federal e está na fila aguardando para entrar em pauta de votação, segundo informação repassada pelo seu chefe de gabinete, advogado, escritor Nicácio da Silva.
 
Como no Senado, projetos que interessam à sociedade só são colocados em pauta depois de pressões de movimentos sociais, esse que determina a contratação de assistentes sociais para escolas públicas e particulares do Brasil será só mais um deles.
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Em um primeiro momento, nem a introdução de Assistentes Sociais dará um fim imediato às violências entre alunos, filmadas e mostradas através de diversas redes sociais e nos canais de televisão.  A educação e a própria vida em sociedade são resultados de uma construção diária, permanente e sistemática, com a transmissão de valores e testemunhos práticos. Contudo, está por trás de toda violência explicita, o uso de drogas dentro ou fora das Escolas, à falta de respeito aos professores, aliados à falta cidadania, civismo e, sobretudo, da inexistência de Escolas que formem os alunos para a vida do dia-a-dia, direcionando-os em sua formação à prática do mercado de trabalho, carente de profissionais qualificados.

Fome, desagregação familiar, o uso de drogas, influências externas, falta de investimentos na melhoria dos equipamentos escolares, professores desqualificados à nova realidade social, violência sexual contra menores e adolescentes são alguns dos prováveis fatores que contribuem para a crescente onda de violência e, as redes sociais aonde são postadas as brigas entre os alunos, mostram um grande desejo de se fazer popular aos demais.

Uma nova realidade social-educacional-pedagógica está sendo construída silenciosamente e o Governo parece que não está se apercebendo desse fato novo nas Escolas.

Não basta mais investir na estrutura física das Escolas, mas também em um corpo multiprofissional formado por profissionais que conheçam e sejam preparados para essa nova realidade social-pedagógica comprometidos com a nova realidade educacional. Já se foi a época que orientadores educacionais e bedel eram suficientes para a solução de conflitos que se estabeleciam no passado.

Hoje a realidade e os problemas são outros e extrapolam ao processo do simples sistema de ensino-aprendizagem e passam a ter também componentes psicossociais.

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