É contaminado por
bactérias incuráveis como se fosse um câncer, como as que me acompanham no
cérebro desde 2010, depois de seguidas cirurgias e internações, o sangue que
está jorrando nas mortes, revoltas e fugas facilitadas do falido e sepulto sistema prisional do Brasil. Depois de muito
sangue derramado, fala-se em separar presos bons e maus, como se não fossem
todos quase iguais. Nada se anuncia
porem, sobre a criação de penas sociais de tratamento de dependentes químicos
por três anos, no mínimo, dentro dos presídios. Essa é a causa principal e
primeira em todas as revoltas: luta pelo controle de venda de drogas. Fica
difícil e quase impossível entender e aceitar a simbiose pecaminosa e promíscua
entre o Estado e as facções criminosas. Os resultados todos já conhecem: um mar
de sangue contaminado jorrando de corpos decapitados de detentos escolhidos para
morrer por facções criminosas, causando pavor e revolta entre as famílias dos
internos para ressocialização!
Foram registradas nos
presídios superlotados do Brasil, em vários Estados, facções criminosas dominando os presídios. Em redes sociais, circularam números
impressionantes de mortos: na penitenciária do Carandiru, em SP, 111 pela PM, conhecido como o “O Massacre do Carandiru”; no Companj
em Manaus, mais 60 presos executados em brigas de facções, por outros presos;
na Penitenciária Agrícola Monta Cristo, em Roraima, mais 33 presos decapitando
presos por ordem e em nome de fações e
mais outras 25 mortes, na penitenciária
construída no município de Nizia Floresta, no Rio Grande do Norte, em nome de interesses
bestiais. Nizia Floresta (Brasileira
Augusta),era o nome antigo de Piripiri. Nizia
Floresta é nome verdadeiro da escritora Dionísia Gonçalves Pinho, em homenagem
ao sítio onde nasceu em 1810. A escritora, educadora e poetisa brasileira,
faleceu na França em 1885. Dionísia é a mais notável mulher que a historia do
Rio Grande do Norte registra. Se viva ainda fosse, será que teria gostado do que os detentos fizeram na
penitenciária que fica dentro do município onde nasceu e hoje empresta seu
pseudônimo? Em visita ao Rio Grande do Norte, retornando de carro a uma visita à Paraíba,
fiquei encantado com um restaurante construído em uma antiga e restaurada estação
de trem no município que não sabia quem
lhe emprestava o nome. Decidi parar e almoçar com a família na companhia de
Francisca da Silva e seu filho Lucas da Silva. Nunca mais esse cenário bucólico e maravilhoso, com dormentes
do trem ainda preservados, me saiu da memória.
Voltando à matança de
presos, razão dessa crônica, ninguém e todos são culpados coletivamente pelas barbáries e
selvagerias ocorridas no falido e superlotado sistema penitenciário do Brasil, hoje
dominado por facções criminosas que indicam e corrompem diretores, elegem políticos que os defendam,
financiam campanhas para governadores, compram armas, mandam e desmandam em
autoridades que deveriam ter o compromisso moral de não permitir a entrada de
armas, facões, drogas e celulares dentro dos presídios. Essa conivência desastrosa
e indevida ficou com a divulgação de conversas entre o então subsecretário de
Justiça na época, PM Carlisson e o traficante conhecido e temido “Robertinho da Compensa”, exibidas no
programa Fantástico, dando-lhe ordens e escolhendo os presos que deveriam ser
assassinados. Mesmo que as novas penitenciárias passem a ter aparelhos de Raio
X, detectores de metais e outras necessidades, o problema está no homem e não
nos presídios ou falta deles: se forem corrompidos, adeus toda tecnologia e em
vez mais sangue que continuarão
jorrando, agora contaminando pela incompetência, despreparo e falta de bons
salários pagos aos agentes prisionais.
Será preciso uma mudança de atitude nos dirigentes penitenciários que
teriam a obrigação de cumprir seu papel de coibir e não o de ficar aceitando
ordens e negociando privilégios com facções criminosas! Os homens corruptos são os principais culpados
do sangue que jorra dos presos nos Estados!
E Verdade omeça a me Identificar nas tuas publicacoes
ResponderExcluirA mais pura verrdade!
ResponderExcluirI dnt understand
ResponderExcluirPontual....temos que colocar os presidiários pra trabalhar,aprender uma profissão e com isso ,redução de pena e um bonus financeiro pra família do preso .
ResponderExcluirChuva de verdades pra lavar a alma!
ResponderExcluirUm tratado sobre a realidade atual do sistema penitenciário brasileiro! Aplausos, caro amigo!
Um grande abraço!
Nossos governantes são os principais culpados deste problema recorrente da segurança publica, todos sabem as providencias que precisam ser tomadas mas eles não tem coragem e muito menos moral para fazer o que precisa..
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