terça-feira, 15 de abril de 2014

A MORTE, O RESULTADO DO NASCER!



Em homenagem ao Sr. Alaor Ferreira, do apt, 73, torre Nassau, do Mundi, meu vizinho de prédio.


A vida caminha de mãos dadas com a morte, mas não se olham e a vida segue se desviando de obstáculos que lhes são apresentados durante a caminhada por uma estrada da vida nem sempre perfeita para alguns. A vida e a morte não querem se encontrar, mas um dia se encontrarão e. quanto esse encontro se dá de forma rápida e inesperada, só restará aos parentes que ficam a solidão e a tristeza, mas que precisarão ser enfrentadas e superadas com a união de todos em torno da continuidade das outras vidas que continuarão caminhando na estrada até o encontro definitivo com Deus!


O Sr. Alaor Ferreira ainda era uma árvore viva, cheia de folhas verdes e  sonhava com novas metas. Só que essa árvore não dará mais frutos e nem ressurgirá porque caiu sua última folha, junto com a queda da escada que sofrera. Nada mais árvore plantada pelas mãos de Deus, nada restou, nem sonhos e nem projetos...mas seguiu para o céu segurando nas mãos do Criador!

Agora, ficará difícil entender como uma árvore que ainda tinha tudo para  produzir frutos, pode morrer de forma tão rápida! Esse é um mistério que não nos cabe discutir e muito menos entender, porque é um mistério que só Deus poderá explicar! Mas morte rápida do Sr. Alaor Ferreira, me fez ver que vida é dual, sempre foi e sempre será: para que exista a morte, sem algum momento terá que ter existido vida. A morte e a vida só se explicam e se entendem pelo nascimento.

O Alaor era um amigo, o primeiro que fiz no Condomínio Mundi e, como todas as verdadeiras amizades, sempre chegam de onde menos se espera, ocupou espaço em minha mente e em meus sentimentos! Foi assim que conquistou a mim: chegou de mansinho, foi ocupando espaço e me encantou e, agora, será dolorido demais extirpá-lo de minha vida! 

Foi uma amizade rápida, de pouco mais de um ano. Porém, foi construída  pela sinceridade e não pelo interesse porque ambos éramos aposentados. Ele aparecia sempre nos momentos em que eu precisava dele e agora não será necessário explicar porque subiu na escada, caiu, bateu a cabeça e nos deixou tão cedo, ainda cheio de sonhos e metas!. As amizades não precisam de autorização para nos criticar quando erramos, mas nunca recebi qualquer crítica de meu amigo Alaor.

Tenho certeza que, agora, meu amigo está vivendo em algum lugar, em um horizonte, em um arco-íris projetando suas metas para a vida de todos os que continuará amando profundamente a todos que ele amava na terra e sentindo orgulho de todos que ficaram. 

Por isso, peço, não chorem, o sr. Alaor está bem e feliz, como foi feliz na terra!

6 comentários:

  1. 15/04/2014 17:08 - MAR
    Caro amigo,para morrer é preciso nascer,é verdade.O penoso no meio disto tudo é a maneira súbita com que por vezes somos deixados por aqueles que retribuem nossa estima.São as surpresas com que nos presenteia a vida.Mas, morrer por morrer,que seja bem rápido tal como foi com o bom e saudoso Alaor,agora liberto das grilhetas da vida.Grande abraço de além-Mar.

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  2. Achei muito lindo essa homenagem para o seu amigo.

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  3. AMIGO TU ÉS INCRIVEL..NUNCA NA MINHA VIDA VOU TE ESQUECER

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  4. Miguel Diniz (pesquisador do Pará)

    Caríssimo amigo Carlos Costa, bom dia.

    Manifesto meu sincero sentimento de condolências. Que Deus dê o consolo aos amigos e familiares do Sr. Alaor Ferreira.
    Um fraterno abraço.

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  5. Amarildo Fernandes Paticce (MG)

    Boa noite poeta da Amazônia.

    Lamentável a morte de seu amigo Alaor.

    Aqui fiquei pensando nas conversas que vocês devem ter tido...

    Infelizmente escadas são mais perigosas do que pensamos.

    Onde trabalho havia um amigo que se aposentou após 25 anos de serviço de risco onde ele recebia periculosidade.

    Já aposentado, foi trocar uma lâmpada na sua igreja, caiu da escada e veio também a falecer...

    Infelizmente, a vida é mais vulnerável do que desejamos.

    Em sua homenagem destaco:



    “A vida e a morte não querem se encontrar, mas um dia se encontrarão “.



    Então, enquanto isso não acontece vamos continuar tentando nos encontrar com o máximo de emoção.

    Um abraço,





    Amarildo

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  6. Carlos,
    Seu Alaor foi uma grande perda para o Condomínio. Lembro que ele foi o primeiro morador deste complexo com mais de 700 apartamentos. Mudou-se ainda quando sequer tínhamos energia elétrica, digo, quando ainda estávamos negociando a instalação com a concessionária.
    Assim que se instalou, fazia questão de dar boas vindas a todos os condôminos que ali se instalava, por isto e pelo seu jeito era um dos mais conhecido morador. Digo seu jeito porque nos seus quase 80 anos, saúde de ferro, falava com jovens e com adultos na mesma forma e assim conquistava a todos, inclusive você e eu, mas eu também não entendo como uma queda de escada ceifou a vida de alguém cheio de vida, parece injusto mesmo, mas confirmo que não quero entender também esses mistérios da vida.
    Peço somente que Deus conforte o coração de sua esposa e de seu filho.
    Meus sinceros sentimento a família!

    Antônio Paiva
    Sindico Mundi

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