quinta-feira, 30 de julho de 2015

"MEU FEIJÃO": A POLÍCIA FEDERAL TAMBÉM ERRA!


Um “reality show judiciário”, nas palavras dos advogados de defesa de Marcelo Odebrecht, foi no que teria se transformado as investigações da Operação Lava Jato, atacando diretamente o trabalho do juiz federal Sérgio Moro e da Polícia Federal, que comandam as investigações em sua 16 a Fase. No afã de encontrar um culpado, a Polícia Federal muitas vezes extrapola em  interpretações, confunde expressões e define seu entendimento, como ocorreu em Manaus com um médico neurologista que foi preso, algemado e ficou cinco dias sem se comunicar com ninguém, na sede da Polícia Federal ao deixar um plantão. Só teve direito de telefonar para mim, comunicando o que lhe estava ocorrendo e me pedindo ajuda. Anos depois, foi absolvido de todas as acusações que o envolveram por causa da expressão “meu feijão” Uma quadrilha formada por médicos, que emitiam laudos falsos, peritos da Previdência Social que os aceitavam intermediários que trabalhavam para a quadrilha, foram todos condenados. Se o empresário é acusado ou inocente, não tenho como concluir. O processo continua em andamento. O juiz Sérgio Moro está sendo fragilizado em seu alicerce mais nobre: sua honra! Advogados e até um deputado da Câmara Federal já pediram para afastá-lo do caso, dizendo que ele é parcial. O  presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, um dos investigados, usou um aliado para pedir o afastamento e Aldo Moro do caso, para ficar livres e continuar com as propinagens. 

Contudo, a Polícia Federal erra em muitas coisas, pois confundiu a expressão “meu feijão”, usada pelo médico em Manaus como se fosse “propina” . Com base nessa interpretação, decretou a prisão de um neurologista por 5 dias, junto com outras pessoas. O médico, anos depois, foi absolvido por sentença judicial e muitos foram condenados. No caso do médico neurologista, foi um processo que causou depressão, confisco de bens e patrimônio e até hoje o médico sofre os efeitos desse trauma irreparável. Se vai processar ou não a União, isso não sei! Mas ele tem direito! E por que estou escrevendo sobre isso, se o médico já foi absolvido e vários presos junto com ele, na mesma operação, foram condenados por envolvimento na mesma operação que fraudava a Previdência Social com aposentadorias? Simplesmente, por que os advogados de defesa do presidente da empresa Odebrecht, decidiram defendê-lo, atacando o trabalho do juiz e da PF. Em vez de esclarecer as anotações apreendidas em poder do empresário, os defensores decidiram criticar toda a 16a fase da operação Lava Jato e garantiram que estão querendo incriminar o empresário de qualquer maneira. E mais: a PF não se deu ao trabalho de interpretar as anotações aprendidas. Será que a PF tem que fazer interpretações de alguma coisa ou a justiça, no decorrer do processo, é quem deve se pronunciar? Sobre as siglas escritas no aparelho celular do dono da empresa, os advogados de defessa disseram que a expressão “L.J.” não se referiria à investigação da Lava Jato, mas ao jornalista Lauro Jardim, da Revista Veja, que escreve sobre o escândalo. Da mesma forma que a Polícia Federal no Amazonas interpretou “meu feijão”, como propina, também podem ter interpretado errado no caso do que foi apreendido com o empresário réu confesso, mas isso terá que ser bem apurado. A 16 a da Operação Lava Jato, batizada pela Polícia Federal de “Operação Radioatividade”, ocorrida em Brasília, RJ, Niterói, SP e no município paulista de Barueri, foram cumpridos mandados de prisão temporária e 23 de busca e apreensão e cinco de condução coercitiva. Com indícios de provas contra o empresário, preso preventivamente por ordem do juiz o dia 19 de junho, por ter mandado destruir “e-mail sondas”, os advogados de defesa preferiram atacar as interpretações da PF, porque há indícios e provas de que ocorrem exageros nas interpretações de documentos apreendido. O encontro desse e-mail sobre sondas foi considerado pelo juiz “como uma das provas de participação da Odebrecht em cartel”. 

Seria esse mesmo esse o sentido da frase? Pode ser e também não ser nada disso ou ser tudo e muito mais,  porque as investigações continuam e, em cada nova etapa deflagrada, mais corrupção vai sendo descoberta, algumas muito bem elaboradas para confundir a apuração. Para piorar ainda mais a situação, Marcelo entregou um bilhete a agentes, pedindo que fosse enviado aos seus advogados. Os policiais examinaram a correspondência e viram a frase e-mail e decidiram tirar uma cópia da mensagem escrita pelo presidente da Odebrechet e entregá-la ao juiz do feito. O delegado federal Eduardo Mauat da Silva explicou que “não haveria problema na entrega do original aos advogados, uma vez que os mesmos iriam ter contato com o preso de qualquer maneira na sequência”. Mesmo assim, o delegado decidiu ouvir os advogados Rodrigo Sanches Rios e Dora Cavalcanti Cordini, que na defesa do cliente, decidiram partir para o ataque contra todo o trabalho, dizendo já realizado e garantindo que o verbo destruir, usado no bilhete, se tratava de uma “estratégia processual e não a suspensão de provas”.

Do “meu feijão”, usada pelo médico em Manaus, entendida pela PF, como pedido de propina no linguajar investigativo, também pode ter sido interpretada erradamente e poderá ser ou não  apenas uma  “estratégia processual”. Mas tem em uma distância muito longa, porque feijão é dinheiro e outras coisas mais para a Polícia Federal. Não estou defendendo Marcelo Odebrecht ou o que os advogados de defesa fizeram, mas é preciso cautela com interpretações dadas pela Polícia Federal recolhe para não cometer mais injustiças, como ocorreu em Manaus em diversas operações da contra a agentes da Polícia Rodoviária Federal e os fiscais da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho. Alguns absolvidos, processam a União; outros, condenados, não tem do que reclamar porque foi feita a separação bíblica entre o joio e o trigo!

terça-feira, 28 de julho de 2015

O BARCO...


...desliza suave
e as águas do Rio desaparecem
no horizonte de minha imaginação. 
(Dentro dela, cabe tudo!)
Para trás, planando no ar 
como se fossem bailarinas 
permanecem só fumaça, fuligem e poluição.
Uma grande dor que não dói
invade o coração
(com tantas coisas ruins nas águas, 
poluídas do Rio da minha saudade!).
Não vi a tristeza que me invade 
acenando tristemente 
(pela última vez)
para meu desespero!
Sacudindo o seu lenço branco com 
o qual lhe presenteei
para ser utilizado 
na hora desse trágico adeus!
Lágrimas do coração escorreram
inundam meu rosto,
turvam a visão.
(Decidi não olhar!) 
É um trágico cenário!
Minha tristeza pode voltar,
entrar por aquela porta
me abraçar novamente,
acariciar carinhosamente meu corpo.
É melhor olhar sem ver!

domingo, 26 de julho de 2015

(IR)RESPONSABILIDADE NAS REDES SOCIAIS!


Como se já não fosse bastante a falta de segurança pública em Manaus, as irresponsáveis redes sociais ainda se encarregam de espalhar alarmismos, terrorismo cibernético, ou seja, um crime virtual. São crimes praticados contra a fragilidade dos seres humanos, principalmente. Quanto aos crimes de homicídios na capital, tenham sido realizados ou não por policiais militares, precisam ser investigados, esclarecidos e divulgados para que a cidade volte a respirar o ar de relativa traranquilidade que sempre teve!

Também fui vítima de um terrorismo cibernético, como chamo, porque repassei um áudio que dizia que as câmeras do CIOPS estavam desligadas por falta de pagamento pelo Governo do Estado, as viaturas estariam quebradas e, as que ainda funcionariam, não recebiam combustível suficiente para cumprir suas missões. Imediatamente ao replicar o áudio em minhas redes sociais, recebi um desmentido, em áudio e, no dia seguinte, comunicado do Secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes, que confirmou que tudo era mentira. Tive que concordar e também publiquei o desmentido oficial da SESEG. Isso não significa admitir que a segurança pública esteja perfeita. 

Mas quero questionar a total falta de responsabilidade de redes sociais de whatsapp, principalmente, que se aproveitam de um momento de crise, insegurança, para cometer mais crimes ainda. Falta criminalizar também as redes sociais para que não abusem tanto do poder que possuem. Desliguei-me de uma rede social de whatsapp que pregava Deus, mas também divulgava ameaça de “morte”, que invadiriam um Colégio Militar e matariam alunos e professores. Depois que pedi ajuda para o moderador desse grupo e não fui atendido, preferi sair porque não aceitei a postagem, embora não a tenha passado a ninguém. Mesmo tendo critérios críticos para repassar esses áudios, fui iludido com uma provável professora, que anunciava que um veículo ONIX seguia e o seu motorista estuprava alunas, que as câmeras do CIOPS estariam todas desligadas por falta de pagamento. No dia seguinte, a mesma voz de áudio desmentiu tudo, pediu desculpas e fui obrigado a divulgar isso também porque tinha repercutido em minha rede de whats essa suposta verdade.

Manaus não vive um bom momento na área de segurança pública, como também em outras áreas. Em algumas, vai de vento em popa, mas o mesmo não se pode dizer no todo. É preciso que as redes sociais tenham mais responsabilidade no que divulgam porque se aproveitam sempre de momentos de intranquilidade para divulgar terrorismos em áudios. Isso é inaceitável e precisa de limites, regulamentação, criminalização e punição. 

Estou fazendo minha parte porque embora tenha critérios críticos ao divulgar essas “mentiras”, a verdade precisa ser dita: eu também fui enganado porque o áudio falava em nomes de pessoas, autoridades, delegados, nomes de lugares e fui enganado por isso. Mas não aceito e fiz todos os desmentidos oficiais que recebi.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

AH! MANAUS!


Ah, Manaus!
em que te transformaram?
Já fostes a Paris dos Trópicos,
“Belle époque”
(cidade risonha, alta,
morena, na inesquecível 
“Crônica do Dia”, na voz inimitável de
 Josué Cláudio de Souza, na Rádio Difusora).
Ah, Manaus! 
Em que te transformaram?
Hoje és apenas 
uma ilha economicamente desenvolvida,
cercada  de problemas sociais por todos os lados!
Teus prédios tombados pelo IPHAM, 
estão literalmente tombando
pelo abandono, descaso e burocracia,
repousando quieta  e sonolenta na gaveta, 
de algum burocrata,
(deve se esconder a burocracia que
me dá vergonha!)
Ah, Manaus. Eu te adiro!
mas não te conheço mais!
Estás mais triste e desolada
sofrida e abandonada!
Enriquecestes tantas pessoas,
mas continuas pobre de recordações!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

MARIA JOSÉ, LEMBRANÇA INFANTIL


Com passos firmes, determinados, cabelo no meio do rosto ao estilo “pega rapaz” elegantemente caminhava pela Avenida Adalberto Vale. Era bonita, cabelos longos com uma metade do rosto coberto; outra, olhando talvez para os que lhe lançavam assobios e olhares também furtivos e delirantes, quase que em desespero de adolescentes querendo namorá-la!

Os meninos que jogavam bola na rua de areia, com traves feitas com sandálias havaianas no chão, a chamavam de Maria José, mas nunca descobri o nome completo daquela moça pela qual também suspirei sem demonstrar e que tanto a desejava namorando comigo. Mas ela sempre se desviava de meu caminho, mesmo quando permanecia exatamente no local em passaria; simplesmente se desviava de meus galanteios infantis e passava para o outro lado da rua, seguindo seu caminhar tranquilo e elegantemente, pisando firme, mesmo que outros garotos lhe assobiassem para chamar a atenção. Era intrigante: sem todos os dias, na mesma hora e ninguém sabia para onde seguia!

Continuava a andar de cabeça baixa, parecendo que o chão fugiria de seus pés se não o olhasse; ou estaria atentamente olhando para o chão ainda nu para não pisar em cocô de cachorro que sempre existia e se desviar dele e para não pisar em cima? Será que estaria mesmo querendo evitar os vários montes de excrementos dos melhores “amigos dos homens”,  que furtivamente visitavam a rua para fazer suas necessidades fecais? Tenho dúvidas, mas não nunca provarei se era por isso mesmo que andava sempre assim! Parecia até que flutuava acima da pista, tal o cuidado que olhava para o chão, com a elegância e leveza de seu andar!

Os meninos da rua diziam que andava de cabeça baixa por vergonha de não ser mais virgem; mas não sei.  Acho que deveria ser por outra razão: um namorado, talvez! Falavam demais os meus amigos de bola no meio da rua. O certo é que todos paravam para vê-la passar e depois ficavam se interrogando o porquê de Maria José andar sempre com os cabelos longos dividindo-lhe o rosto em duas partes, uma coberta por e o outro descoberto como querendo pegar sol. Mas quem há de saber...!?

Dava um sorrisinho com o canto da boca, vez ou outra e rebolava mais ainda, provocava a garotada, mas não olhava para ninguém da rua na qual ela também residia. Será que ia se encontrar com seu namorado, durante o dia? Talvez! Mas, ah, como a desejava para mim, ao meu lado!

Mas o que faria, se a tivesse ao meu lado ou se ela pelo menos desse uma olhada de leve para mim? Talvez, nada! Talvez ficasse tão acanhado que não saberia o que fazer...Mas Maria José nem olhava para mim, nem para ninguém. Mas também era moderna a Maria José. Foi à primeira mulher que vi usando calças compridas justas ao corpo, no final da década de 70. Ela sempre usava vestido até a altura das coxas grossas e torneadas quando caminhava alegremente pela minha rua, mas um dia a vi usando calças compridas...Foi um espanto e um delírio gostoso para a garotada. Ah, como suspiraram, os meninos! Eu também suspirei mais fortemente nesse dia!

Nunca saberei relatar minhas dúvidas porque desde que casei, mudei do bairro da Betânia, nunca mais voltei e, anos depois quando retornei para realimentar as saudades e lembranças, Maria José também já não morava mais em frente à casa de Dona Raimundinha, esposa de um técnico em eletrônica, aonde muitas vezes também assistia a uma “televizinha” em preto e branco, pela janela da casa porque não podia pagar o “ingresso” para sentar no chão... 

Foi uma infância vivida no bairro da Betânia, com lembranças, saudades e delírios adolescentes!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

ÁGUAS NEGRAS (MORENA BREJEIRA)


Na água negra
da praia 
em que agora desfilas,
(morena brejeira e misteriosa)
cabelos refletem e tornam mais belo e
misterioso teu caminhar
sinto que só verei passar por mim!

Te desejar e não te ter, é me fazer sofrer!
Nem teu nome eu sei: 
só te vejo passar por mim!
Morena bela como já foram 
as águas da praia que agora ajudas 
a embelezar com teu caminhar!


domingo, 19 de julho de 2015

COMO AS ONDAS...!


 Patrícia Souza, Grece Couto Ana Quadros e Mário Martins Jr.


Os sentimentos são assim:
ondas que vão e vem!
Quando se vão levam mágoas, 
retornam e produzem lembranças,  mas
removem o passado e, como se fosse um tsunami,
produzem destruição, saudades e lágrimas em forma de espumas
que se dissipam ao vento e ao sol!

(Na ida e vinda das ondas
tudo se desmancha em espumas!)

As ondas desenterram realizações
boas do passado e saudades por 
não tê-las dado continuidade.

As ondas que vão e voltam,
lavam minha alma e deixam em mim agradáveis lembranças
que teimam em me assombrar com ternuras e desejos!

A vida também são como as ondas;
Nos seus movimentos suaves ou violentos,
planando sobre as águas:
um dia estamos bem; outros, nem tanto!
Mas, quando voltam em forma de tsunami 
imundam de emoções o coração,
e deixam recordações felizes ou infelizes, 
mesmo que não possam ser mais realizadas!

Chamam-me de “anjo”.  
Considero-me somente a porta pela qual 
pessoas entraram, saíram, passaram, 
seguiram seus sonhos, caminhos e projetos pessoais!

Tudo são como ondas:
presente, passado e não voltarão mais,
porque se dissiparão em um lugar qualquer!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

E DE REPENTE...!


Estou em delírio criativo e, de repente, me peguei a imaginar em coisas bobas e sem qualquer sentido como, por exemplo qual seria, hoje, a atual face de Cristo! Talvez não o reconheça quando o ver na vida eterna que viverei ao seu lado, mas Ele saberá como receber-me, afinal, sou filho D'Ele! Meu delírio foi tão grande que cheguei a pensar que, como ocorre no Brasil com as maquiagens estatísticas e pedaladas contábeis, se isso também poderia existir também no céu em que viverei minha vida eterna! Loucura? Não! Realidade!! Mas não deveria ser assim! 

Já estou descrente do poder da sociedade civil para mudar os rumos da política. Contudo, continuo acreditando na separação Bíblica - o “joio do trigo”-  e na existência de bons políticos e em partidos sérios e não fisiologistas, mesmo que sejam poucos! Acredito que como parte uma sociedade do ter apodreceu e que a política seja um reflexo ou um espelho sociedade apodrecida sem amadurecer, ainda existam políticos que pensam no ser e podem efetuar a mudança. Contudo, como uma parte da sociedade apodreceu no pé antes de amadurecer, alguns políticos também apodreceram e apodrecerão mais ainda quando assumirem seus mandatos ou cargos de Secretários. Mesmo com exceções, essa é regra. Por isso não acredito em mudanças sociais, além das que já foram feitas nos anos do Partido dos Trabalhadores

É por isso que não acredito em mudança, mas tenho esperança que os poucos políticos ainda honestos, venham a mudar a sociedade porque o PT é só um partido no Poder, mas todos os que estão no poder, fazem tudo para se manter no mesmo lugar e sem sair. O PT é só um partido formado por homens e, como disse, existem bons e maus políticos, como existem bons e maus homens em toda a sociedade! Deixemos de falar de questões políticas e voltar a pensar em coisas bobas e sem importância para poucos, felizmente! A maioria da sociedade ainda é crente nos ensinamentos de Deus e que Cristo veio à terra para cumpri-los e deixar seu legado, mesmo não tendo criado qualquer religião ou uma religião única. Devido a isso, existem muitas crenças diferentes, a partir do protestantismo de Martin Lutero, que se rebelou contra a venda de indulgências e perdões papais em troca de dinheiro. Hoje, infelizmente, muitos vendem até terras e casas na eternidade, em troca de dinheiro.

Esse meu lapso de memória, de poder não reconhecer Cristo quando o vê-lo sentado à direita de Deus, já me é normal desde 2006, quando passei a ser submetido a seguidas cirurgias no cérebro para tratar de um empiema cerebral e, nas palavras da infectologista Dra. Silvana Lima, passei a viver com duas bactérias hospitalares “vagabundas”  (borrélia e serrátia).e incuráveis para a medina no cérebro e tomando cinco remédios por dia para combatê-las. Mas, são tão “vagabundas” que tomo remédios há 11 anos para viver uma hipocrisia, fingindo que as combato com remédios as bactérias e elas me permitem dormir e acordar todos os dias, porque Cristo me manter vivo. Mas será que o reconhecerei, quando encontrá-lo frente a frente, cara a cara? Acho que não porque hoje tenho dificuldades de juntar nome a pessoa e isso me transformou em um bobo!

De tanto ver Cristo em pinturas feitas a partir doa séculos XIV e mais intensamente no XV, com cabelos longos, barba desalinhada igual à minha, será que reconhecerei. E vai que Cristo tenha sido convencido por alguns dos cabeleireiros que já se foram antes de mim, o convenceram a mudar seu aspecto desalinhado, mas meigo, meio hippie, mas cheio de amor. Será que Ele mudou de fisionomia? Se mudou, acho que não o reconhecerei porque hoje esqueço at a fisionomia de amigos com quem acabo de falar, perguntando à esposa “quem era aquela pessoa que falava comigo com tanta intimidade e respeito”. Ela me responde: “sei lá, é amigo teu e não meu, como posso saber quem era ele. Mas deve te conhecer há muito tempo”.

Depois que subiu aos céus e ficou sentado à mão direita de Deus Pai, Cristo pode ter mudado de feições, de olhos, cortado o cabelo ou pode não ter sido nada de como os pintores medievais decidiram retratá-lo, porque nunca o viram de perto! Alias, pintor, escritor, poeta, músico, letrista sempre possuíram mente fértil e escrevem, pintam e compõem o que querem e como querem. E se inventaram uma fisionomia para Cristo? Não sei, mas fico preocupado: e se Ele tiver aceito o convite de algum barbeiro ou cabeleireiro para mudar sua fisionomia meiga e serena? Não sei!

Contudo, trabalhos de cientistas forenses de reconstrução facial recriaram a imagem que teria Cristo durante sua passagem pela terra fazendo milagres e pregando bondades em parábolas. Confesso que fiquei surpreso e atônito: Cristo era completamente diferente da fisionomia que eu estava acostumado a ver em desenhos: tinha traços morenos, não usava barba longa, não  olhos negros, sobrancelhas grossas, não se parecendo nada com o que meus olhos se acostumado a ver, mas igual  a todas as pessoas de sua terra de nascimento. Quanto à barba e os cabelos longos, tenho dúvidas se as usaria mesmo. Ou talvez, já os tenha cortado. Quanto aos outros detalhes, aceito a nova fisionomia de Cristo e de tão acostumado a vê-lo em desenhos como uma figura meiga que era realmente, mas sem cabelos e barba cumpridos, talvez terei dificuldades em reconhecê-lo.

Será que os discípulos serão iguais aos que os pintores medievais os retrataram? Tenho dúvidas, como tenho dúvidas que a sociedade brasileira possa melhorar porque  ao contrário de Cristo, os homens sociais apodreceram e, os políticos do Brasil são formados pelas podridões que sobraram. Felizmente, alguns políticos e partidos ainda se salvam nesse mar de podridão.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

O SERVIÇO SOCIAL E AS IGREJAS EVANGÉLICAS (crônica reposicionada)

Muito embora, historicamente, a gênese profissional tenha se 

originado como resultado do conflito capital X trabalho durante a Revolução Industrial, na Inglaterra, (O CAMINHO NÃO PERCORRIDO – a trajetória dos assistentes sociais masculinos em Manaus, in Carlos Costa, 1985) a profissão de Serviço Social, iniciada com as “damas da caridade” dentro da Igreja Católica, além de não poder mais ser considerada uma atividade vinculada  às mulheres, também não pertence mais à uma só religião; embora ainda existe a predominância da Igreja Católica em suas atividades.  Mas também está dividindo seu espaço com as Igrejas Evangélicas.


Esse fato, objeto de pesquisa, como parte da disciplina Metodologia do Serviço Social, na disciplina Pesquisa em Serviço Social que ministrara na Faculdade, fora confirmado por 53,7% dos meus alunos que se declararam professar outras religiões que não a católica. Porém, essa mensuração no resultado da tabulação dos dados coletados em sala de aula, não deixou de me causar surpresa porque, na realidade, só pretendia demonstrar como se fazia e se delimitava uma pesquisa de campo e  usei a própria sala de aula para comprová-lo na prática!

Contudo, na pesquisa, como a questão fora formulada de forma fechada e de marcar, perguntando apenas: “qual religião que você professa? A) Católica (  ) B) Outras(  ), fiquei sem identificar quais as outras igrejas ou religiões que os alunos frequentavam; também porque a pesquisa não possuía outro propósito, a não exemplificar como se poderia delimitar um trabalho de pesquisa científica.

Esses dados foram todos confirmados, agora, pela Prefeitura de Manaus anunciando que recebera através de seu Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano, só nos primeiros meses do ano de 2012, pouco mais da metade de pedidos de autorização para a construção de novas igrejas, do que fora solicitado em 2011, com 15 pedidos dos meses de janeiro, fevereiro e março, contra apenas 14 no mesmo período do ano passado. Informa, ainda, que a área da cidade mais procurada por novas instituições é a zona norte.

Como pesquisador de fenômenos sociais aposentado precocemente, esses dados não me surpreenderam, porque já os tinha detectado em sala de aula, em 1986. Detectei, ainda, que 28% dos alunos de Faculdades particulares provêm do Ensino de Jovens e Adultos; que outros tantos são originários de supletivos e outros que escolheram à carreira por se considerarem “bons de espírito” e com o propósito de ajudar aos necessitados. A estes, aconselhava-os a estudarem muito porque a profissão exige além de serem “bons de espírito”, desprendimento e é quase uma entrega total às atividades técnicas da profissão.

Hoje, segundo dados da Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas, no Estado existem 870 mil evangélicos, dos quais 630 mil só na capital.

De acordo com a doutora em geopolítica Carolina Silva, que pesquisa a expansão e o nível de influência das organizações religiosas em áreas carentes da zona norte, sua avaliação é de que em algumas comunidades, a Igreja é a única opção de convívio social, e cumpre também o papel de escola, recreação, assistência social porque até a década de 1970, segundo a doutora Carolina, a Igreja Católica se fazia presente na periferia. Hoje, esse papel é exercido pelas Igrejas Evangélicas!

"VAGABUNDO" FABULOSO QUEM?




Ao escritor, cronista, teórico e economista natalense Tomislav R. Feminick e a todos os aposentados


Diferente do que descreve a magnífica crônica “O Fabuloso Quem?” do cronista, escritor, teórico, contador e economista natalense Tomislav R. Feminick, (http://brasilemversos-am.blogspot.com.br/2015/07/o-fabuloso-quem-por-tomislav-r-femenick.html) não tive um final de semana prolongado porque todos eles já são prolongados desde 1999 quando me tornei um “vagabundo” sustentado pela Previdência Social, como disse o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, ao conseguir aprovar o “Fator Previdenciário”. Também sou um vagabundo porque fui aposentado por invalidez e ainda tenho descontado imposto de renda sobre o valor que recebo, cada vez ficando mais achatado!

Na crônica, o autor descreve um final de semana prolongado em Natal e seu encontro na livraria de um shopping com seu “O Fabuloso Quem?”,  “Johan Maurits van .Nassau-Siegenda da Silva, chamado pelos seus amigos de “Maurício de Nassau”? E quem seria “O Fabuloso Quem?”. Talvez fosse só um “cultura axilar”, comum nas faculdades, que emprestam muitos livros de uma vez, lê apenas as suas  “orelhas” e passam a se tornar questionadores com tanta convicção que até acreditam no que dizem. Mas são superficiais e qualquer professor que tenha um pouco de base e conhecimento consegue rebatê-los totalmente. Era comum ver pelos corredores da Faculdade, os “Fabulosos Quem?”.

Escrevi e publiquei livros científicos, sociais, filosóficos e literários, todos esgotados , mas nunca ganhei dinheiro com suas vendas. Depois de até cinco anos pesquisando para escrever uma obra científica consistente e sério, o autor fica com apenas 10% do valor de capa. Hoje, os livros que escrevi estão esgotados e vivo do que consegui construir enquanto trabalhava em empresas privadas, em diversas funções como jornalista e, depois, como assistente social. A Editora da UFAM republicou um livro científico na área do Serviço Social porque voltou a ser procurado e estava esgotado há 17 anos, mas foi só para distribuição em bibliotecas do curso e doação às faculdades. Hoje, quando recebo minha aposentadoria por invalidez, sinto-me um “vagabundo” mesmo e conto até o troco para ver se pago as minhas contas.

Dos livros que publiquei, recebi indicação a prêmios, recebi medalhas, troféus, comendas, diplomas e reconhecimentos literários. Mesmo assim, vivo com os proventos de aposentado por invalidez, como se um “vagabundo” fosse. Sinto-me feliz, porém, porque quem disse que eram “vagabundos” os aposentados, se tornou um “vagabundo” também recebendo todas as mordomias do cargo a que tem direito e, ao contrário de todos os outros  “vagabundos” que contam trocos e moedas para pagar suas contas, depois de daram o suor pela economia do Brasil e algumas vezes, até o sangue. Mas, deixando a “vagabundagem” de lado e continuando o tema “O Famoso Quem?”,  ao contrário do que narra o cronista natalense, não sai de casa com minha esposa, não li jornais ou livros porque meus óculos 7,5 graus e sem visão periférica proibiram esse meu prazer e recebi de presente duas bactérias hospitalares “vagabundas” e incuráveis, nas palavras da infectologista Dra. Silvana Lima, quando sofri empiema cerebral em 2006 e fui operado até hoje 11 vezes no cérebro. Fiquei em coma, sofri derrame, tive trombose, diagnóstico de câncer e não sofri mais do que Cristo sofreu na cruz, para cumprir toda a palavra de Deus. 

Também não fui ao shopping porque minha CNH venceu e, atendendo a orientações médicas, decidi não mais renová-la. Ao contrário do natalense Tomislav R. Feminick, não precisei de um fim de semana prolongado, porque todos já o são assim: sou igual a um peixe que só faz nadar e comer. Quando. me sinto bem, frequento a Academia do Mundi, no qual também sou membro do Conselho Fiscal e Consultivo. Todos os compromissos que antes tinha de acordar cedo, deixar o filho Carlos Filho na escola, fazer feira, supermercado, foram transferidos à esposa Yara Queiroz, pelo “vagabundo” da Nação, sobrecarregando-a com as tarefas, que deixei de fazê-las. Também não saio mais cedo para despachar recursos de trânsito na junta de Recursos Infracionais da extinta EMTU, como não deixo mais as 17 horas a Direção Regional Norte do SEST/SENAT para ministrar aulas como professor universitário do curso de Serviço Social na Faculdade. Não presido mais as reuniões quinzenais da Comissão Estadual de Emprego no Amazonas, como antes fazia.

Depois de assumir a “vagabundagem” oficial em novembro de 1999, pensei que teria depressão e pedi ao amigo jornalista Marcelo Bezerra, esse blog. Ele o desenvolveu e passei a alimentá-lo, inicialmente para manter a memória ativa e agora quase que por um vício diário. Agora, além de escrever quando não tenho consulta médica, sou apenas um corpo lento que passeia com dificuldades pelo condomínio Mundi, critica o que está errado, cobra o que diz o Regimento Interno e, quando se sente bem pratica esteira na Academia, isso se não tiver consultas de rotina. Sou membro do Conselho Fiscal  e Conselho Consultivo,  ajudando à administração do advogado e síndico Antônio Paiva! Nada mais faço além disso e assumo que sou um vagabundo  de FHC ou um fiscal da natureza no Condomínio porque existem muitos pássaros que cantam em uma nesga de floresta primária que margeia um igarapé que ligando por uma ponte as Etapas R1, R2 da R3,  

Ao contrário do que disse ter feito o escritor natalense que entrou em livraria e teve um encontro com “O Fabuloso Quem?” em um Shopping de Natal, foi reconhecido e deu autógrafo, não autografei nenhuma de minhas 13 obras esgotadas, não fui reconhecido, nem recebi convites convite por e-mail para participar de antologias pelo Brasil. Por puro prazer, só tenho como obrigação e quase como se fosse um dever orgásmico, escrever essa crônica, porque não recebo nada por isso e nem pelos livros que publiquei. Recebia tão pouco pelas vendas que doava os direitos autorais para instituições filantrópicas e hoje sou apenas mais um “vagabundo”  que trabalhou muito, se dedicou demais.

domingo, 12 de julho de 2015

TRABALHE E NÃO SE ENVERGONHE DO QUE É...


Trabalhe honestamente.
Não se envergonhe nunca do que você é, 
mas do que deixou de ser, porque em 
Cristo,  está em todos nós. 
Nunca deixe de lutar por aquilo que acredita, 
(desde que não prejudique ninguém e não vá lhe vá fazer-lhe mal)
Não perca o foco em seu horizonte, objetivos e caminho, 
sua felicidade pode estar lhe esperando 
logo depois da primeira curva da estrada. 
Se encontrar pedras pelo caminho 
(e certamente as encontrará), 
remova-as e as arrume com cuidado 
poderá precisar usá-las em seu retorno 
Sabemos de onde viemos. Desconhecemos 
para onde iremos se não 
fizermos um caminho terreno perfeito.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O MANTO NEGRO DA INFLAÇÃO ESTÁ À PORTA


O manto negro da inflação bateu à porta, acompanhada da corrupção, políticos que aumentam seus próprios salários e se envolvem em corrupções para pagar despesas de campanha eleitoral cada vez mais elevadas e mentindo descaradamente. Se fazia acompanhar, ainda, do fim dos investimentos da estatal de petróleo do Brasil e, com  tudo isso junto, me causou, raiva, acrescido de uma verdade: a dispensa vazia porque o Governo reajusta sempre para cima os preços controlados e, para baixo, o reajuste das aposentadorias, a tabela de Imposto de Renda e veta tudo o que diz respeito aos aposentados, que deram seu sangue pela economia do Brasil, principalmente os que foram aposentados por invalidez, que ainda recebem a mordida feroz do Leão, lhes causando marcas doloridas em seus bolsos e na dignidade de suas vidas. É terrível! Só quem vive fazendo contas, cortando tudo, diminuindo tudo, indo várias vezes aos supermercados, aproveitando promoções, não se espantar mais com as máquinas de remarcações de preços trabalhando a todo vapor, sabe do que falo. Só falta cortar o meu dedo para ver se dele sairá sangue contaminado por inflação ou se estará azul de raiva, como dizem ter as famílias reais!

 Estou vivendo uma fase de muito “farta”: está “fartando” quase tudo, porque passei a diminuir a quantidade de produtos que adquiria no supermercado. Agora, só compro o essencial, pesquiso preços, mas não passo fome. De tudo que comprava antes, falta alguma coisa porque a danada da inflação, vestida toda de negro continua a minha porta, esperando que decida o que farei com ela: se a deixarei entrar para que me arrebente mais ainda ou não a receba com dignidade que o momento difícil do Brasil de mim merece. Reconheço que a inflação é resultado de uma série de fatores que se somaram e não de um só fator. Um desses fatores, pode ter sido a ganância do Governo por um novo mandato: reprimiu os preços, vendeu gasolina mais baixo do que o valor que a adquiria no exterior, assumindo um tremendo rombo que teve que ser recomposto agora, pelo arrocho fiscal, sem fim falar do imposto sobre a energia elétrica, que está subindo mais do que balão de gás depois disso. Não adiantou nada! 

Confesso que estou com medo: se não a receber como acho que farei, a inflação ficará mais brava ainda e o Governo Federal reajustará os preços controlados, como as da energia elétrica, a gasolina etc. Não é nada fácil decidir! Estou com medo. Mas existem saídas: é só o Governo parar de criar cargos apadrinhados, conceder reajustes aprovados pela Câmara aos aposentados e corrigir a tabela de Imposto de Renda, defasada em mais de 60%, economizar com a redução de ministérios e fazer seu dever de casa, gastando menos e melhor a tributação que recebe dos contribuintes, poderá sair de seu enrosco em que se meteu. Caso contrário, não acredito. Também terá que deixar de aceitar as chantagens políticas, que concedem seus reajustes sem informar a origem das receitas! Enfim, estou com medo! Medo, não! Pavor mesmo, porque a inflação permanece batendo à porta e não está sozinha; mas, acompanhada de tudo o que tem de pior no Brasil e no mundo: a corrupção e alguns corruptos e corruptores, que zombam de seu poder e da Justiça lenta. Sabem que seus inquéritos prescreverão e todos continuarão impunes, sem julgamento porque ao recursos são infinitos e sempre beneficiam os infratores.

Já sei: deixarei a inflação entrar porque ela passará e talvez, o Brasil volte a crescer. Contudo usarei a metralhadora de meu olhar para fuzilarei todos os que a acompanham. Com as medidas do Governo, sei que a inflação cairá mais cedo ou mais tarde e, espero, que seja cedo. Seria um desespero esperar! 

Mas quero ver mortos todas pestes ruins que a acompanham como se fossem um apêndice inútil, que nunca deveria se fazer presente na vida das pessoas honestas.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

PONTA NEGRA...!


Despiram-te em nome do progresso 
e te vestiram do lado avesso, 
mataram-te de morte saudosista 
da retina de meus óculos bi focal, de 7,5 graus!
(e sem lateralidade de visão!)

Cadê tuas as tuas árvores e pedras naturais da prainha? 
(os casais de enamorados se escondiam por trás delas), 
E os teus pés cajueiros que te davam uma beleza única e selvagem?
quando caminhava em tuas areias brancas
olhando minha sombra refletida em tuas águas escuras,
(sentia vontade de mergulhar, mas estava trabalhando)
com minhas sandálias havaianas, oferecendo picolé
(um dos poucos luxos que podia me dar!)
oferecendo picolé, andando de cima para baixo e de baixo para cima! 

O que fizeram de ti Ponta Negra?
Te  embelezaram artificialmente,  tanto 
que te deixaram nua!
com as tuas costuras do avesso se deixando ver
Ah, Ponta Negra!
que engoliu e matou pessoas desacostumadas
com a tua nova profundidade, 
o que fizeram de ti?
Ponta Negra!
podes até ter ficado mais bonita
para os turistas, moradores dos luxuosos prédios erguidos em tua orla,
mas ficastes horrível para mim
(Tiram tua nobreza e imponência selvagem do passado!)

Não te reconheço mais, 
Ah! Ponta Negra de minha infância pobre
Eu  pergunto:
Será que valeram os sacrifícios de tantas de vidas perdidas, 
dos gastos, da tua atual e superficial imponência
se não poderei mais te ver em tua original naturalidade?

Ah, Ponta Negra!
Te embelezaram tanto artificialmente
que não tenho mais emoção para te ver nua!
sinto vergonha, apesar de estares bela!

domingo, 5 de julho de 2015

QUE ME IMPORTA...?

Se a saudade se esconde antes de minha porta,
Se não quis adentrá-la?
Eu me importo!
se a saudade bateu em minha porta, 
e se recusou a entrar;
e  como uma pluma deslizante ficou 
ao vento da imaginação do poeta,
fazendo doer de forma diferente a cada movimento!
Se se fez de medo?
se fez de cinzas? 
Se virou escombros ou restos queimados!?
De que me importa...? 
Eu me importo e 
busco alguma chana que possa ter restado
para tentar reacendê-la
torná-la fogueira, brasa ou cinza mais uma vez.
Sei que arderá, queimará e se tornará cinzas!
Tudo de uma vez só!
Não me importa saber o porquê
de não ter sido o que poderia ter sido!

sábado, 4 de julho de 2015

PT AVANÇA SOCIALMENTE E AFUNDA NA LAMA DA CORRUPÇÃO!


Os partidos políticos são formados por uma parcela de homens socialmente responsáveis que se inserem na política com um propósito nobre e altruísta, mas acabam por reconhecer que nem a sociedade e nem os partidos políticos são tão sérios assim. Sem uma profunda mudança nas leis, com a volta de antigos costumes morais e éticos, não podemos exigir ou querer que a política partidária mude! Impossível? Nem tanto, mas hoje, ingressar em um partido político é igual a querer se dar bem, conseguindo mandato eletivo gastando milhões em campanhas. Bons e sérios e honestos políticos que existiam no passado e os poucos que ainda existem e resistem na política, terminam por abandoná-la porque as eleições estão ficando cada vez mais caras e imorais e quem não participa de esquemas sorrateiros, mesmo com bons propósitos, ideias e propostas, terminam não se elegendo. Os pedidos de hoje só visam de vantagens cada vez mais explícitas, desavergonhadas e imorais e, se a sociedade não mudar para melhor, os partidos também não mudarão porque uma atividade é reflexo da outra. 


Reconheço avanços sociais significativos durante os anos do Governo Social do Partido dos Trabalhadores. Mas reconheço também como significativas, hilárias e constantes as derrotas que sofreu no campo da economia, com constantes denúncias de desvios de dinheiro público e justificativas que “as doações foram legais e declaradas aos órgãos de fiscalização”. O problema é que os órgãos de fiscalização não têm como saber a licitude das doações. Lógico que diante das prestações de contas, se não houver flagrantes irregularidades, todas terão que ser aprovadas! Esse fato vinha sendo alertado pelos políticos, mas a presidente Dilma Rousseff não se apercebeu e se afundou ao mesmo tempo na lama da corrupção da Estatal, responsável por boa parte dos investimentos em obras públicas, se afundou também no mar revolto do pré-sal e pode sair chamuscada da fogueira econômica em que se meteu. Se foi intencional ou não esse processo, não sei dizer, e se o Brasil sairá ileso da dura recessão que passou a viver depois que a Estatal brasileira de petróleo foi devassada com esquemas milionários de propinas e diretores e empresários de construtoras presos por corrupção, também não posso garantir. Uma coisa há de se reconhecer no atual Governo do PT: tudo o que antes era varrido para baixo do tapete está sendo aspirado pela caneta do juiz federal do Paraná, Sérgio Mouro. Se as divulgações das ações tomadas pelo juiz, são intencionais, dirigidas ou encomendadas e direcionadas para atingir alguém especificamente, não posso garantir. Mas observo atentamente um golias da justiça lutando e seguidamente a serpente, com muitas cabeças, como a mitológica deusa grega Medusa. Só que Medusa se reproduz sempre de forma mais voraz e inteligente e se transforma e se funde sempre em várias formas, ficando quase impossível da Espada da Justiça  cortar tantas cabeças da corrupção ao mesmo tempo!

O que ocorreu? Uma infindável oferta de bônus para quem merecia, tributando só os trabalhadores e não quem mais deveria ter sido a fonte de arrecadação para a fonte dessa  distribuição: os bancos, as grandes fortunas, cobrança das milionárias dívidas para com a previdência social, o FGTS e o Imposto de Renda. O que o Governo Federal fez na verdade, foi tapar não com papel, o ralo da corrupção, arrochando os aposentados, não concedendo reajustes aos funcionários, achatando o poder aquisitivo da classe média e deixando de fora quem deveria participar do esforço. Ou seja, faltou fazer todo o dever de casa, cobrando de quem tem e repassando para quem não tinha antes do Governo do PT, como o Hobbin Hodd dos filmes, que roubava dos ricos para doar aos pobres. Como não fez isso, agora sofre acusações de todos os lados – se verdadeiras ou mentirosas, isso não tem muita importância diante do avanço de igualdade social que passou a viver o Brasil. Mas voltando ao tema inicial da crônica, a sociedade como instrumento político precisa dar o exemplo para cobrar dos partidos políticos a mesma coisa! Como a cobrança de quem lhe devia não foi feito a tempo, o Governo está passando por uma tempestade de grandes proporções e pode se afundar, mesmo sem navegar no Triângulo das Bermudas, com muitos mistérios e navios afundados,  muitas teorias e nenhuma explicação científica convincente.

Nada tenho contra o Governo do PT que soube distribuir, mesmo de maneira desigual, os impostos que recebe da população, mesmo faltando saúde, médicos, postos de saúde e sobrando programas de investimentos políticos que começam e nunca terminam. Para piorar um pouco mais a economia do Brasil, a Petrobras anunciou cortes de investimentos em vários setores e decidiu priorizar a exploração do pré-sal, que pode afundar o que ainda resta do Governo do PT e enterrar no sal que protege os peixes, para tentar proteger os tubarões do dinheiro público. 

Mas gostaria que apodrecessem e fossem comidos pelos urubus, para livrar de vez o Brasil da corrupção!

quarta-feira, 1 de julho de 2015

PARA QUANDO EU ME TORNAR SAUDADE...


Quando o véu da noite vier definitivamente cobrir meu rosto, impedindo-me de ver a lua e as estrelas que tanto amo, as admiro pela beleza que possuem e os mistérios que as envolvem, não verei mais, também, famílias em locais públicos sentadas com aparelhos celulares nas mãos, teclando pelas redes sociais sem interagir, dialogar como ocorria no passado e sem viverem a não ser por trás de uma máquina, tela de telefone ou computador, falando o que quer e fazendo o que desejam, muitas vezes mentindo e se passando por uma outra pessoa, com perfil falso. Tudo virou tecnologia, com internet cara e de péssima qualidade e um governo regulamentando para baixo os péssimos serviços oferecidos ao povo. Ah, isso não verei mais!

Quando meus olhos se cerrarem, meu corpo inerte for trasportado e depositado para o início de minha nova morada, peço aos meus amigos verdadeiros que partirem antes de mim e não compareci aos seus sepultamentos que não chorem por e não lamentem minha partida. Vivi o tempo que DEUS quis que vivesse infectado por duas bactérias hospitalares incuráveis, desde 2006 e acho que vivi além do que deveria. Se fui admirado pelo que fiz, respeitado pelo que produzi e julgado pelo que escrevi, podem me aplaudir ou chorar. Meu modo objetivo e sincero, me fez perder amigos que gostava, idolatrava e admirava pelo que eram, mas não me arrependo de ser assim desejam que sejam felizes. Aos que me abandonaram, com ou sem motivo ou explicações, sinto pena, mas não me conheceram completamente. O verdadeiro amigo não precisa justificar ou explicar porque veio ou porque partiu. Isso é perda de tempo, mas todos, por respeito ao que foram no passado, merecemos ao menos uma justificativa para que não sejamos julgados, condenados, executados sem direito de defesa. Mas isso é passado e já passou também e não insistirei. Será página virada!

Sei, mesmo não sendo um gato que dizem ter sete vidas, tive onze chances de melhorar a minha que  recebi e se Deus ainda quis não morresse é porque tem um grande propósito esperando por mim ou uma grande tarefa querendo que a execute junto Dele, em algum lugar, em algum momento. Seria somente continuar escrevendo, o que Ele quer? Não sei! Mesmo que seja, jamais conseguirei produzir uma obra tão completa e perfeita, inspirada pelo Espírito Santo, como a que Ele deixou para todos nós: a Bíblia! Depois que me tornar saudade e as lembranças de minha vida terrena se fizerem presentes, estarei no céu em forma de uma estrela, lua, sol, vento, sei lá como, mas tenho certeza que olharei por todos os que ficarem! Meus escritos falarão por mim e contarão toda verdade sobre o que tentei ser, sem ter a certeza se consegui sê-lo. Mas, pelo menos, sei que tentei.  Vivi a vida como se fosse em um palco, chorando quando necessário, sorrindo fácil, largo e farto quando foi preciso. Contudo, o sorriso que enfeitava meu rosto até 1996, talvez tenha ficado em alguma sala de cirurgia, UTI, sorrindo para alegrar a dura rotina dos médicos e enfermeiros em seus plantões, massacrantes e mal pagos. Sorri quando me foi permitido, chorei quando era necessário., mas não chorem por mim, meus amigos. Consegui reconstruir a vida com os cacos infectados que me permitiram que recolhesse. Deus me permitiu que os colasse com carinho e contei tudo em crônicas, livros e romances de ficção que escrevi freneticamente em romance de ficção e a biografia que deixarei.

Onze cirurgias depois, 10 dias de coma, 45 sem memória, 15 sem fala, diagnosticado com câncer em metástase no cérebro, passei a ser uma pessoa mais irritada, gesticulando muito quando falo e sem muito controle emocional e meu tom de voz desequilibrado, baixo alto demais, principalmente quando estou chateado. Também me tornei um cronista compulsivo e um crítico chato, mordaz, felino, irônico, mordaz muitas vezes que saio de perto de mim para não ler o que escrevo e não aguentar minha chatice. Mas, por dentro, sou um anjo! Choro e me emociono fácil demais quando relembro o passado e sou transparente e sincero: ou agrado ou desagrado, sem meio termo! Não sei ser fingido porque a vida me ensinou a não sê-lo. Hoje, tento ser verdadeiro em tudo o que faço, porque as coisas do passado ficaram no passado e só o presente me interessam porque não sei se voltarei a viver amanhã.

Dos muitos amigos que pensei que tivesse, sei que deixarei saudades em poucos, que hoje conto-os nos dedos das mãos e ainda me sobram alguns, tão poucos e verdadeiros ficaram depois de 1996. Serei aplaudido por poucos na minha partida. Contudo serão palmas sinceras, choros sentidos, carinhos espontâneos porque os críticos e com sinceridade extrema sempre incomodam e quase nunca são aceitas. Os poucos amigos que me restaram, quero-os bem e os tenho como presentes de Deus, mesmo que não saibam ou não possam ir ao meu último adeus porque também deixei de ir a velórios e enterros de muitos que se irão antes de mim, desde que eliminei de minha vida, velórios e enterros porque sinto como se estivesse sendo sepultado junto com meus amigos verdadeiros. Sei que não fui perfeito e nem serei unanimidade, porque digo sempre o que precisa dito sem me importar se magoarei ou desagradarei alguém. Essa preocupação deixou de me pertencer há muito tempo. Já era assim, antes. Fiquei pior depois de 2006 porque aprendi com as duras lições da vida o valor da verdade, da sinceridade e do amor. Não sei e não consigo ser falso com ninguém. Gostem de mim ou não, sempre direi a verdade!

Da história de vida que me restou, estou juntando os cacos para reescrever uma nova. O que ficou para trás é passado. O futuro a Deus pertence e não sei se estarei vivo amanhã. O que me importa é o daqui para frente. O passado nunca retornará e meu futuro estou tentando reconstruí-lo passo a passo, colando o que ainda é possível ser colado, arrumado e descartando tudo o que não me serve mais. Pode-se até tentar juntar e colar os cacos despedaçados, mas nunca serão tão perfeitos, igual ou parecido ao que já fora antes de quebrar. Meu passado se quebrou e tento fazer um futuro diferente, amando a quem me ama, respeitando a quem me respeita, admirando a quem me admira. Só vivo meu hoje, meu agora e sempre faço planos a curto prazo porque posso esquecer o que prometi algo para alguém porque esqueço mais facilmente do que consigo lembrar e, se lembro, tenho que falar na hora porque corro o risco de esquecer do que lembre, depois. Não projeto nada para meu amanhã porque posso não estar mais vivo ou nem lembrar que tinha projetado alguma coisa para fazer depois. Mas vivo com garra de viver porque tenho família para cuidar.

Ah, a saudade não mata de morte morrida, mas o tempo matou as lembranças do meu passado e nunca mais verei em minhas retinas alquebradas pelo tempo, sem visão periférica, usando óculos bifocal de 7,5 graus no rosto, privando-me das paixões que tive desde os 14 anos: a leitura prazerosa dos livros que comprava da Roader´s Digest  e que eram entregues pela ECT!  Hoje, infelizmente, só consigo ler com a luz do sol e mesmo assim, de forma lenta, degustando as palavras para entrar no universo do autor e sentir o paladar que ele estava sentindo ao escrever sua obra!