quinta-feira, 31 de março de 2016

E SE...”PELO CONJUNTO DA OBRA...”



         Aos leitores Graça Guerreiro, Célio Viana e Ronaldo Aleixo!

Não defendo partidos políticos ou pessoas específicas envolvidas na política. Muito menos defendo ou aceito atos de corrupção praticados por quaisquer agentes públicos. Defendo unicamente a democracia, a liberdade responsável de expressão porque sofri censuras em minhas criações jornalísticas no início da atividade profissional em A NOTÍCIA. Como escreveu o cronista Otto Lara Rezende, ao se defender e explicar sua postura de neutralidade “é possível divergir sem ódio, discordar com respeito. Pode-se até mesmo brigar com amizade”. É assim que faço com os companheiros virtuais Célio Viana e Ronaldo Aleixo e me orgulho de tê-los como amigos, embora Célio Viana discorde de mim quando escrevo que existem diferenças gritantes entre guerrilha urbana, guerrilha, escaramuça, guerra, golpe de Estado. Não aceito o radicalismo exagerado e até escrachado de seu grupo PAPO FRANCO e nem ele aceita minhas ponderações. Analiso, não ofendo ninguém e diz que “estou sempre em cima do muro”., como também diziam de Otto Lara Rezende. De vez em quando  tenho  divergências de opiniões ou pontos de vistas também, com o leitor Ronaldo Aleixo, pelo radicalismo mordaz, que usa em seu do grupo “Debates Políticas”, Mas nos entendemos democraticamente bem, apesar das brigas de vez em quando pelas redes sociais! Comecemos a crônica de hoje,..
...vai que “pelo conjunto da obra”, a OAB tivesse entrado com pedido de impeachment de Dilma Rousseff pelos 22 processos por crime de corrupção que tramitam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, além das cinco contas secretas na Suíça, que ele mantém e nega tê-las em bancos daquele país. E se “pelo conjunto da obra”, como anunciou o presidente do Conselho Federal da OAB, Claudio Lamancha, ao protocolizar na Câmara Federal um novo pedido de impeachment, a classe que representa os advogados do Brasil tivesse pedido, também, mais pressa no julgamento dos 18 processos contra o senador José Serra (PSDB) ou impedido o impeachment pelo fim do sigilo de 25 anos decretado pelo governador Geraldo Alchmin (PSDB)  nas contabilidades da Petrobras, Banco do Brasil e BNDES e ainda contra os outros  25 anos o governador paulista colocou as do Sistema Ferroviário paulista, após iniciadas as investigações pela Polícia Federal, que apontaram desvios de muitos milhões de dólares. O novo pedido da OAB, “pelo conjunto da obra” da OAB será analisado por uma comissão especial da Câmara Federal, formada por 68 deputados de vários partidos. 

Como instituição zelosa do direito, que apoiou ao Golpe Militar de 64 no Brasil, se pelo “conjunto da obra”, a presidente Dilma Rousseff poder ou não sofrer impeachment político por não ter comprado um apartamento no bairro mais nobre de Paris, como o fez o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Dividindo-se o valor do imóvel pelo rendimento vitalício que ex-presidente recebe depois que deixa o cargo, teria  FHCque ter presidido o Brasil por quase 300 anos, como é público e notório e já foi dito isso no Congresso Nacional! O que tentou fazer a presidente da República, Dilma Rousseff, “pelo conjunto da obra”? Nada mais do que nomear o ex-presidente com todos seus direitos políticos intactos Luiz Inácio Lula da Silva, cidadão brasileiro e com todos seus direitos políticos intactos  para ser  chefe da Casa Civil. Ou será que a OAB, pelo “conjunto da obra”, desconhece que esse é um  direito legítimo que todo presidente da República deve praticar no exercício de mandato. Fazê-lo, não; tentou, apenas. Mas a OAB, em seu pedido de perda de mandato da presidente Dilma Rousseff, juntou também...

..as graves  pedalada fiscais, que contrariam a Lei de Responsabilidade Fiscal...e o quê mais, mesmo? Ah, “o conjunto da obra”? Nada mais!, O Conselho Federal da OAB, presidido por juristas famosos como o amazonense do município do careiro, José Bernardo Cabral, ex-deputado federal e relator da Constituição do Brasil, Agora “pelo conjunto da obra”, ,muitos anos depois de relatada pelo jurista amazonense Bernardo Cabral e promulgada pelo deputado federal Ulisses Guimarães, do hoje fisiologista PMDB, o Conselho Federal da OAB é presidido por Claudio Lamancha, Nesse tempo. a sociedade mudou radicalmente para pior ou melhor em seus valores éticos, morais políticos e econômicos. A moda mudou, só o Conselho Federal da OAB não percebeu ou não quis perceber as mudanças e está, infelizmente servindo para desagregar o Brasil ou simplesmente promovendo o interesse de partidos contrários à democracia. Também pelo “conjunto da obra”, está aceitando sem pensar ou analisar juridicamente que nenhum outro “conjunto da obra”, praticou a presidente Dilma Rousseff. Está se deixando curvar apenas pelo clamor popular nas ruas exigindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Com todo respeito que à classe de advogados de mim merece, .a OAB deveria era sentir vergonha de ver que membros de seus quadros, exercendo seus legítimos direitos como advogados de defesa de seus constituintes, conseguirem em 48 horas, um “habeas corpus”, para um banqueiro que lesou o Sistema Financeiro do Brasil e também pelo “habeas corpus” concedido a um médico que dopava e, depois, estuprava suas clientes que queriam somente ser mãe. Hoje, 37 mulheres estupradas dentro de seu consultório estão processando o médico que, depois de receber o “habeas corpus”, fugiu com documentos falsos e foi residir no Líbano, sua segunda pátria. Pelo “conjunto da obra”, o senador Demóstenes Torres (DEM), também foi cassado por corrupção.   

Contudo, pelo “conjunto da obra”, o Conselho Federal da OAB deveria ter pedido a reforma de leis e dos códigos ultrapassados que regem sistema carcerário brasileiro e não ter apenas se dobrado aos clamores legítimos e ilegítimos das ruas ao pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, sem apontar um único caso de corrupção que ela esteja envolvida direta ou indiretamente. Mas o fez simplesmente pelo “conjunto da obra”, não apontado um fato específico contra a presidente, como o fazem todos os advogados quando defendem seus clientes nos Tribunais!”

“No conjunto da obra”, foi desastrado o comportamento da OAB, para não dizer coisa pior ainda. Pelo “conjunto da obra” não escreverei o que estou pensando sobre esse pedido. Entendo que o Conselho Federal da OAB, como todo o respeito que amigos advogados de mim merecem já se prestou a causas mais nobres, do que simplesmente agir pelo “conjunto da obra” sem apontar um único crime que tenha ferido alguma lei, exceto as pedaladas fiscais, que é grave, mas as contas da presidência ainda não foram analisadas nesse exercício.



quarta-feira, 30 de março de 2016

FUI & SOU...


...jornaleiro, engraxate, cascalheiro, vendedor de velas.

Sou...

...jornalista, assistente social,

(estudei muito, sempre em colégio  público)

Fui...

professor universitário
  
Sou...

teórico social, cronista e de vez em quando
poeta sem muito esmero e competência!

Vivo das lembranças do que fui e me orgulho de tê-lo sido!

Lembranças e orgulho me dão!

(memórias do que não sou mais)...

De tudo sinto profundo orgulho.

Sinto vergonha do meu Brasil,!

Meu país está vivendo sem ética, rumo, direção,
moral, e corruptos!
Quase um país à deriva, 
ao sabor do vento , tempestades,
com  rompimentos políticos  fisiologistas

e chantagens por cargos!

terça-feira, 29 de março de 2016

WALDOMIRO PÉRES LUSTOSA...E MUSTAFA SAID!



Tive o prazer de conviver, entrevistar e conhecer dois grandes empresários: Waldomiro Péres Lustosa, transportador de derivados de petróleo e Mustafa Said, presidente do Sindicato da Borracha e dono de vastos seringais.

Os dois tinham a simplicidade, humildade e caráter como marca do caráter empresarial de empreendedores, mas entre eles havia uma diferença: Mustaf Said depositava o dinheiro dentro um cofre em seu escritório, na Avenida Joaquim Nabuco, Waldomiro Péres Lustosa depositava o dinheiro que recebia transportando derivados em empurradores e balsas de petróleo pelos rios da Amazônia, da empresa Waldomiro P. Lustosa,  em bancos do Amazonas, principalmente no Banco do Estado do Amazonas, do qual chegou a ser presidente.

Como jornalista, quando ia visita-lo em seu escritório em uma casa antiga no primeiro quarteirão da  Rua Itamaracá, logo depois da antiga Loja 22 Paulista e antes da antiga Feira das Frutas que existia naquele local, subia uma escada e, à porta de vidro, lia uma lista de pessoas que ele não receberia. Entre elas, estavam jornalistas e gerente de banco. Depois que recebeu uma Comenda do Ministério da Marinha, caminhando com ele pela Avenida Sete de Setembro, que tinha seu trânsito no sentido centro bairro, lhe questionei porque não recebia jornalistas e estava me dando uma entrevista não gravada ou anotada.  Ele riu e disse: “porque sei que o que lhe digo, no dia seguinte, lerei a mesma coisa no jornal”.

Sobre gerente de banco que também não recebia: “Já viu gerente de banco procurar alguém que seja pobre. Eles parecem prostitutas: só procuram quem tem muito dinheiro. Do contrário, nem olham para você e o ignoram totalmente”. E Waldomiro P. Lustosa tinha muito dinheiro da empresa e dele pessoal,  ao ponto de ser um dos maiores acionistas individuais do antigo Banco do Estado do Amazonas, com mais de 40% das ações do banco. Cumpri a pauta, fiz a entrevista, só gravei na memória e redigi a matéria. No dia seguinte, Waldomiro Peres Lustosa telefonou para A NOTÍCIA, jornal em trabalhava e me parabenizou porque a entrevista que não gravara e nem anotara saíra como ele me dissera. Nessa época, o Ministro da Marinha que lhe concedera a nova comenda, era o  Almirante Maximiano da Fonseca

Sabem por que estou narrando a personalidade do empresário Waldomiro Peres Lustosa? Porque a historia dele se parece e se confunde muito com a história do fisiologista PMDB, presidido por Michel Temer, que nunca foi governo, mas sempre foi base de sustentação de todos os governos pós-redemocratização. O Partido PMDB se parece gerente de Banco: só fica de quem tem dinheiro  e prestígio.


Será que o presidente do partido Michel Temer também renunciará ao seu posto de vice-presidente da República e entregará o cargo também ou só os ministros do PMDB deixarão seus cargos no Governo, que está naufragando?

segunda-feira, 28 de março de 2016

ESTRANHOS INTERESSES...


Por interesses estranhos interesses eleitoreiros e de poder no futuro, dois políticos do Amazonas, trocaram de partido: Hissa Abraão e Silas Câmara.  Na década de 80, o deputado federal pelo MDB Joel Ferreira da Silva, campeão de votos pelo Estado combatendo o Governo Militar,  teria feito  um acordo com o governador José Lindoso, mudado de partido, disputado reeleição pela Arena e fragorosamente perdeu uma reeleição certa que teria pela oposição. Como se só isso ainda não lhe bastasse, ainda viu seu irmão juiz, parte do acordo, aparecer na lista tríplice por merecimento do Tribunal de Justiça não ser nomeado desembargador do Tribunal, como lhe prometera fazer o governador.

O governador José Lindoso, não honrara seu compromisso de nomear desembargador o juiz Joel Ferreira da Silva, irmão do deputado federal Joel Ferreira da Silva,  Um campeão de votos pelo MDB ficar sem mandato era uma coisa inimaginável na época, porque os eleitores tinham a clara e perfeita noção do que era situação e oposição. Hoje, isso acabou, não existe mais e os partidos são todos juntos e misturados. Fica clara apenas uma coisa: o PT junto com uma coligação de partidos e o fisiologista PMDB, que ameaça deixar sua base de sustentação do Governo, administra o Brasil. Como ficará o vice-presidente da República Michel Temer se o PMDB deixar o Governo, renunciará e entregará seu cargo de vice-presidente, também, ou uma coisa não teria nada a ver com a outra? Ou só os Ministros entregarão seus cargos e deixarão a base do Governo Federal?

No caso do Amazonas,  o governador nomeara o juiz Gaspar Catunda de Souza, da 7ª Vara em vez de Daniel Ferreira da Silva, da 5ª Vara, que aparecera na lista tríplice por merecimento, preferindo nomear como  desembargador o juiz G. Catunda de Souza. O juiz Daniel Ferreira Silva fora nomeado desembargador mais tarde, em outro governo. Contudo, a história política do Estado registra também outras derrotas políticas, por mudança de partido, como o do radialista da Rádio Rio Mar, Erasmo Amazonas, Lupércio Ramos, apresentador de programa de variedades na TV, todos muito bem votados. Em relação ao radialista Erasmo Amazonas, foi campeão de votos na eleição para a Assembleia Legislativa do Estado e Lupércio Ramos era bem votado para deputado estadual e decidiu sair para deputado federal.  Ficou como primeiro suplente e ao assumir o mandato, no seu primeiro dia de mandato, mudou de partido e nunca mais voltou à cena política do Estado, embora tenha tentado em outros momentos. Erasmo Amazonas desistiu da política, deixou a rádio e mora no bairro de Educandos com a família.

As novas mudanças de partido, por questões de poder, provam a total inexistência de ideologia muito menos de seriedade com os eleitores ou identificação partidária. Com raras exceções, os políticos que se acham donos de seus mandatos, os exercem em benefício e interesses próprios, mudam de partido no momento que querem. A ideologia do passado que deixou  sem mandatos Joel Ferreira da Silva, Erasmo Amazonas e Lupércio Ramos, de existir, deveria deixar sem mandato também os deputados federais Hissa Abraão, eleito pelo PPS e Silas Câmara , eleito pelo PSD. Na política do Brasil atual é tudo é junto e misturado e a única meta é chegar ao poder a qualquer preço e se perpetuar nele. Pouco importa os eleitores e os compromissos que fizeram.



Na luta pelo voto do eleitor, o que menos importa são os eleitores! A meta é o poder a qualquer preço.  É muita demagogia se mudar de partido só para disputar uma eleição
para a Prefeitura de Manaus! Basta, o eleitor não é palhaço e também exige respeito!

quarta-feira, 23 de março de 2016

OPERAÇÃO LAVA JATO x OPERAÇÃO MÃOS LIMPA


Nos últimos dias, nada escrevi sobre política,  Desejava um cenário mais claro e com menos fedor de podridão nas águas da corrupção da “Operação Lava Jato”, muito parecida e até comparada a “Operação Mãos Limpa”, na Itália. Lá como cá, as operações  abalaram a economia e, na Itália mudou o seu cenário político, com a extinção de alguns partidos políticos e a prisão de muitos corruptos. No Brasil, poderá ocorrer o mesmo ao fim das investigações da “Operação Lava Jato”, porque não sobrará pedra sobre pedra na política.

Não será, porém, podando um galho que se salvará toda uma árvore, um partido ou um país. Será tratando da raiz que se salvará tudo.: A raiz somos todos nós, a sociedade que se tornou individualista, menos solidária, mais corrupta em pequenas atitudes como não respeitando nada a menos que seja fiscalizado por câmeras ou que tenha uma pessoa física dizendo o que pode e não pode ser feito. Mesmo com avisos, pedidos, orientações, proibições, quase ninguém respeita nada. É a lógica, “se tem norma e regra, elas são para ser quebradas”. Isso ocorre em pequenos condomínios, imagine em um vasto e complexo país como o Brasil. A sociedade corrompe políticos, pessoas e partido; Vai da simples doação de dinheiro como agrado em troca de solução de interesse pessoal à milhões desviados de cofres públicos para partidos políticos

O Blog de Motta Araújo, (http://jornalggn.com.br/noticia/o-desastre-politico-e-economico-da-operacao-maos-limpas-por-motta-araujo)  escrevendo sobre a “Operação Mãos Limpa”, garante que na Itália, também houve uma profunda crise econômica como a que vive o Brasil, com as investigações da “Operação Lava Jato”. Garante que depois da limpeza moral, ética e política realizada por procuradores de Justiça Italiana, Silvio Belusconi, um ex-cantor de navios e milionário da TV, ficou no poder de 1994 a 2011. Contudo, teria sido, “o mais corrupto que os antigos corruptos” que venceu seguidas eleições. Não tinha adversários.  Estavam todos presos ou exilados pela “Operação Mãos Limpa”, que custou a vida de vários investigadores, mas não teria acabado com a corrupção. Belusconi teria criada uma nova corrupção, com outros “personagens mais rapinantes do que os antigos”.

Com a descoberta de um núcleo de contabilidade paralela dentro da Construtora Odebrecht, a prisão da contadora, a revelação de todos os códigos secretos usados para beneficiar políticos e partidos políticos que exercem ou já exerceram a presidência da República antes, a decisão do seu proprietário preso Marcelo Odebrecht se fazer “em definitivo” tudo o que ele tinha negando que soubesse, mudou radicalmente os rumos da política brasileira. O juiz federal Sérgio Moro comparou sua atuação à da operação Mãos Limpas, investigação judicial de grande envergadura na Itália, realizada na Itália. A prisão da contadora, a revelação dos códigos secretos ao lado de nomes de políticos e de partidos políticos que está ou estiveram no poder nos últimos anos os ataques do ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, em seus contra membros do poder judiciário, o cenário da política mudou e decidi escrever essa análise que pretendo ser isenta e técnica.

A operação “Maos Limpas” ou “Mani Pulite”, foi uma investigação judicial de grande envergadura na Itália. Teve início na cidade de Milão visando esclarecer casos de corrupção durante a década de 1980. Na sequência, ocorreu o Escândalo do Banco Ambrosiano em 1982, que implicava a Máfia e também a Loja Maçônica P2. O Banco Ambrosiano pertence ao Vaticano. A investigação da operação mãos limpa começou quando Vlatimir Rukovsky, levou para a Itália, os chamados “Arquivos de Moscou”, com provas de que toda a imprensa social democrata da Europa tinha sido financiada pela KGB, durante a década de 80. A operação “Lava Jato” começou em um posto de gasolina em Brasília. No início, os “Arquivos de Moscou” não estavam despertando interesse.  Havia uma recusa generalizada movida pelo pretexto de que não se deveria reabrir “velhas feridas”. O assunto sobre a guerra fria já era um assunto superado.  Depois, os jornais passaram a dar atenção aos documentos de Burovsky e suas graves implicações políticas. Nas investigações, foi descoberto que Partido Comunista Italiano havia recebido pelo menos quatro milhões de dólares da KGB. O site (thttps://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_M%C3%A3os_Limpas) garante que parlamento italiano foi pressionado pela opinião pública a realizar uma devassa fiscal em todo o Partido Comunista Italiano.

De acordo com o mesmo site, a operação “Mãos Limpa”, que durou vários anos e alterou a correlação de forças na disputa política da Itália, reduzindo o poder de partidos que haviam dominado o cenário político do país. “Todos os quatro partidos no Governo em 1992 – a Democracia Cristã, o Partido Socialista Italiano, O Partido Social Democracia Italiano, O Partido Liberal Italiano, desapareceram do cenário político”, garante o site.Será que o mesmo acontecerá no Brasil, e teria sido por isso que o juiz Sérgio Moro comparou seu trabalho na Operação Lava Jato, à Operação Mãos Limpa, da Itália?


As duas Operações estão muito parecidas, porque quando mais desdobramento ocorre na operação Lava Jato, mais podridão se descobre nos bastidores da podre política nacional e a podridão começa a feder e causar náuseas! Como escreveu a professora Janete Félix, tudo o que é trágico demais, vira comédia!

terça-feira, 22 de março de 2016

ROTINA...


Os periquitos voam, cantam e.
solitário, tomo remédios para viver!

Depois; mais remédios e vivendo
a hipocrisia da vida:
(matando bactérias que não morrem e vivendo! )

Mas, sei: só prolongo o inevitável 
encontro com a morte corpórea!

Mais remédios:
Não ouço mais canto dos periquitos. 
Nem os vejo voando...

Será que morreram ou eu, estou morto?
(ainda que vivo pareça estar!)





segunda-feira, 21 de março de 2016

POESIA DOS POROS! (21/03-Dia Mundial da Poesia) (Yara Queiroz)


(Jorge Tufic, Efraim Amazonas, Roberto Lopes, Fred Caju, Ana Bailune, Ierecê Monteiro, Luíza Bessa Lima, Aldeiza Maria e a todos os poetas do Brasil e do mundo que respiram e transpiram a poesia pelos poros!) 


Todos nascem poeta; mas, nem todos o são!
(uns aperfeiçoam; outros, não!)

A poesia surge na mente!
Os poetas deixam que as poesias invadam seus corações,
permitam que naveguem em suas veias, 
(como se fosse sangue da vida)
e as expelem pelos poros umedecidos de sensibilidade!
(inundam o mundo de poesia/poro!)

não é para ser entendida, 
Interpretada ou decifrada, a poesia!
(vivida e sentida, apenas.)

A verdadeira poesia invade
os poros que se arrepiam!

Reconhecimento todos poetas 
que se dedicam à arte da poesia!
(são muitos; não os nominarei!)

(Quanto a mim, “poeteio” de vez em quando,
(quando me falta em mim inspiração para escrever crônica!)

sábado, 19 de março de 2016

“EU NÃO SABIA QUE DOÍA TANTO!”



Para a colega Assistente Social, Paula Francinete Batista. (1971/2016)


No primeiro dia que a pessoa nasce, também representa o primeiro dia do início de sua morte. A vida já começa morrendo! Contraditório? Nem tanto. É uma realidade que constato a cada vez completo mais um ano. Sei que  terei um ano a menos para comemorar! 

Ha muito tempo deixei de comparecer a velórios e enterros. Mas como me sei também mortal, decidi comparecer a velórios de pessoas que gostava e admirava muito em vida, como o de Lúcia de Fátima e, agora, o da colega Assistente Social, Paulo Francinete Batista, ambas falecidas de câncer. Com Paula Francinete, colamos grau juntos na turma de 1995, da UFAM. Seu corpo, dentro do caixão, rodeada de flores com um crucifixo ao peito, parecia apenas dormir um sono profundo para acordar ao lado de Deus. A colega Assistente Social estava com um rosto sereno para quem sofrera tanto de dores do câncer, em vida!

Como colega de turma, Paula também fezia parte do grupo de trabalho formado no primeiro período do Curso. Não se conhecia ninguém e se tinha que escolher componentes para compor a equipe dos trabalhos que viriam depois. A escolhi para compor nosso grupo. A colega Ruinaltina Moraes Pires, a “Tina”, ofereceu sua casa e aceitamos, para realizar o primeiro trabalho em equipe. Pegamos o endereço e nos dirigimos para lá. A Paula, quando chegou, cumprimentou a todos lá já se encontravam e se dirigiu direto para a cozinha. Depois, chegou a colega Rosa Ney de Assis e foi ajudá-la As duas se revezaram na cozinha, enquanto, os outros da  realizavam o trabalho, deitados no chão da garagem da casa da colega Tina. Só parávamos de fazer o trabalho, quando o concluíamos, totalmente. A tarefa de revisar  cabia a mim. Depois, dividíamos quem falaria o quê, durante a apresentação em sala!

Lembranças da colega Paula ficaram e permanecerão gravadas na minha memória, corroída pelo tempo e manipulada por cirurgias no cérebro desde 2006 e de todos também. Todas as que guardo; porém, são inesquecíveis. Paula tinha um gênio forte, dizia o que pensava, na hora que queria e batemos de frente inúmeras vezes. O meu temperamento também era forte, porque desde meus 26 anos, estava acostumado a comandar jornais, órgãos e tomar decisões. Reclamava demais porque a Paula não queria fazer nada! “E fazer almoço, você acha que é não é querer fazer nada?” me perguntava. Ficava calado e concordava que era. Tínhamos que ter comida para lanches, almoços e até jantar!

No velório, emocionado, olhei para o rosto da colega Paula, passei a mão em sua testa e, ao final da celebração da missa de corpo presente, contornei o caixão  e disse alto, na posição de seus pés, fixando o olhar meio turvo, para o rosto dela: “Paula, você não morreu; apenas, dorme para despertar no céu, ao lado de Deus”. Segurei o choro. Lágrimas que reprimia, queriam a escorrer de meus olhos. Disfarcei, ninguém parece ter notado a emoção que estava sentindo, principalmente por ter quebrado a promessa mental feita a mim mesmo de não comparecer a velório e sepultamento. Sinto, ainda hoje, que deveria ser enterrado no lugar da pessoa inerte dentro do caixão.

É...a minha “Patinha”, Paula Francinete, que morava no Rio de Janeiro com seu esposo e sempre que vinha a Manaus me fazia visitas, você fará muita falta a todos seus colegas que tiveram a oportunidade de conhecê-la como tivemos, durante cinco anos de Faculdade, no Curso de Serviço Social. Vá em paz, colega. Um dia eu a encontrarei e poderemos dizer um ao outro como nos admirávamos. 

Para encerrar essa crônica de até breve, tomo emprestado a frase “eu não sabia que doía tanto”, do livro “Crônicas da Família Gosson,” escrito por Antônio Gosson, presidente da UBE de Natal, com a qual sempre encerrava suas narrativas sobre a perda de membros de sua família.

quinta-feira, 17 de março de 2016

“QUEM SABE” (“TAO LONGE, DE MIM DISTANTE”)


Na pérgula da piscina, lendo à luz do sol o excelente e agradável livro do escritor pernambucano Carlos A. Lopes, “SEGUINDO NA PROSA” e, durante a noite, passando os olhos pela cama vazia da presença de minha esposa Yara, no momento em viagem para rever as amigas Francisca da Silva, a “France” em Natal e Joseane Farias, em João Pessoa, de vez em, passavndo um olhar pelas luzes multicoloridas de LED refletidas nas águas da piscina do Residencial 1 (Ilhas do Caribe).

Nesse cenário belíssimo, senti saudades daquela que estava viajando sozinha pela primeira vez em 18 anos de casadas. Nunca havíamos passado o Dia Internacional da Mulher  “tão longe, de mim distante”, usando a frase da música composta por Carlos Gomes,  com o advogado, poeta e espírita Bitencourt Sampaio. A saudade que sentia era tamanha, que abracei o travesseiro em que ela repousava a cabeça, só para sentir o resto do odor de perfume de seu perfume, misturado com o cheiro de lavanda.  

O poeta, advogado e espírita Bitencourt Sampaio, desencarnou em 1895, O maestro paraense Antonio (Carlos Gomes) faleceu no dia 16 de setembro de 1896. Depois de desencarnado,  o advogado e espírita Bitencourt Sampaio se tornou médium e continua curando e divulgando os pilares da doutrina criada por Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido mundialmente pelo nome Allan Kardeck, um influente educador, autor e tradutor francês que notabilizou-se como o codificador do Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita. Diversas vezes escutei a música  “Quem sabe” pelo You Tub. A música que ouvia ficou popularizada com o nome mais conhecida “Tão longe, de mim distante”, pela voz de inúmeros intérpretes brasileiros, masculinos e femininos, que cantavam com a garganta e não com os atributos e rebolados dos seus corpos, nem sempre muito bonitos ou elegantes. 

Enquanto a ouvia pelo rediforme, imaginava cenas descritas no livro que lia do escritor Carlos Lopes, muitas das quai já tive a oportunidade de conhecê-las. Também, pensava na realidade que me minha esposa “tão longe, de mim distante”, veria agora, sozinha. Fui à cozinha pegar água para tomar Gardenal de 100 mg, pela manhã, depois do café. Pela janela, vi periquitos teimosos voando alegres por continuarem vivos e cantando um lamento triste pela morte de seus irmãos, sem saber porque eles teriam falecido: se envenenados ou porque se resguardarem das cantorias nas mangueiras plantadas em frente ao Mundi., Até hoje os laudos realizados pelas Universidades de Pernambuco e de Minas Gerais, não foram divulgados quando se poderia saber o real motivo da “causa mortis” dos mais de 200 que amanheceram mortos no chão negro do asfalto negro, mas que ficou um mar verde de periquitos asa branca e vermelho pelo sangue que escorriam de seus corpos inertes. Muitos ficaram esmagados pelos carros em alta velocidade. 

Depois da grande repercussão que a morte, com suspeitas de atropelamento por carretas em alta velocidade ou envenenamento proposital, colocaram placas pedindo que os motoristas tivessem mais cuidado ao passar pelo local. Depois dessa providência do IPAAM, alguns periquitos aparecem mortos pela própria disputa de espaço, mas não tantos como amanheceram na primeira ocorrência, que gerou tema da música da irreverente Banda da BICA – Banda Irreverente da Confraria do Armando.

Peguei água, tomei Gardenal depois do café e voltei a dormir. Mas antes que o sono me alcançasse, fiquei ouvindo o cantar dos periquitos teimosos e os latidos da orquestra desafinada de cachorros que residem, defecam, urinam no Mundi. Muitas pessoas, já usam saquinhos nas mãos quando passeiam com seus animais. O sono me alcançou pelo efeito do remédio. Mas continuei sentindo saudades de minha esposa Yara Queiroz e, antes de dormir, fiquei  associando ela às imagens veria pela rodovia BR-101, que lsem buracos e bem sinalizada, apesar de ainda não existir pedágio no trecho de mais de 200 quilômetros que ligam as duas cidades, que liga as cidades de Natal a João Pessoa.

Por fora, me sabia e me sentia vivo porque respirava. Estava morto de saudades por dentro.

Ah, como dói a saudade que não dói!

quarta-feira, 16 de março de 2016

O TRISTE FIM II (“diabetscorruptiva.`s”)


para Tomislav R. Fermenick, escritor, economista e professor potiguar.


As novas denúncias do senador afastado do PT, Delcídio do Amaral, injetou gasolina na veia da “diabetscorruptiva.`s” incendiando ainda mais a corrupção sistêmica que envolve políticos de quase todos os partidos, respingou até na alta corte do Brasil, o STT e deixou o Ministro da Educação e senador do PT, Aloísio Mercadante embrulhado em frágeis lençóis, que pode se rasgar a qualquer momento e seja exonerado. Pode também ter sido só uma estratégia de defesa do ex-líder da presidente Dilma Rousseff, no Senado. Mas também pode não ter sido nada disso. E tudo precisa ser investigado. Na denúncia premiada e aceita do senador sobrou para lideres políticos de diversos partidos, inclusive do Senador Aécio Neves, do PSDB, o que disputou o segundo turno com a atual presidente e se diz líder da oposição no Senado.

Sorrindo e feliz ou triste e se revirando no túmulo deve estar o jornalista Paulo Francis, por saber suas denúncias feitas contra os diretores da Petrobras, ainda no Governo de Fernando Henrique Cardoso, que usariam os bancos Suíços para lavar dinheiro desviado da Estatal, é maior e mais complexa do que denunciara. Não acompanhei as manifestações porque a frágil saúde e remédios antibióticos e dopantes que tomo há 14 anos, não me permitiram que fosse. Elas transcorreram de forma democrática, ordeira, sem incidente. Mas, se tivesse comparecido, não gritaria “fora Dilma, fora PT” ou pediria a prisão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, nem exibiria bonecos mostrando o Lula com roupa de presidiário. Nada disso! Compareceria para protestar e exigir um Brasil politicamente ético, respeitoso e moral. Também pediria celeridade nos julgamentos contra políticos envolvidos em corrupção. Com mais de 37 partidos registrados no STF, não há mais como separar oposição ou situação, de forma clara e visível. Hoje, existe só quem está governo e em todos os outros que querem governar também. Eles se juntam sem qualquer critério ideológico, pragmático ou programático e formam dois grandes blocos no final e repartindo fatias do bolo do poder, mesmo que para isso prometam, invendem, denunciem e se envolvam em corrupção.

O Brasil ente contaminado pela “diabetscorruptiva`s”, doença incurável, que precisa ser tratada todos os dias com remédios amargos e muitas vezes doloridos, como os antibióticos que passei a tomar. Tenho consciência e seria hipócrita de minha parte se acreditasse que a “diabetscorruptiva`s” acabaria, com a “Operação Lava Jato”, comandada pelo juiz federal do Paraná, Sérgio Moro. No máximo, talvez ficasse estabilizada, como agora me encontro, mas não curada totalmente não seremos, eu e nem a  “diabetscorruptiva`s”. No artigo “O Triste Fim”, uma análise seria, profunda realizada pelo escritor professor de economia natalense,  Tomislav R. Fermenick,   ((http://brasilemversos-am.blogspot.com.br/2016/03/o-triste-fim-por-tomislav-r-femenick.html), ele garante que todas  “as revoluções são transformações radicais, que geralmente acontecem de forma violenta, alterando as estruturas políticas, econômicas e sociais de um país. Excepcionalmente, algumas ocorrem de forma pacífica. Essas, via de regra, no decorrer de décadas; poucas, muito poucas, no espaço de só alguns anos”.

No caso do PT, contra o qual os 6 milhões de brasileiros que foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, porque não soube dar continuidade aos programas sociais de inversão dessa pirâmide, iniciada pelo seu antecessor. Em parte, devido à crise econômica que fez ressurgir do túmulo a devoradora  inflação. Também porque a inversão foi feita de forma muito rápida e agora as elites não o querem mais o PT no comando do país. Se tivesse comparecido às manifestações pediria, também, uma profunda reforma moral na estrutura da sociedade, defenderia o cumprimento verdadeiro da palavra “cidadania”, com o princípio de que onde termina o meu direito, começa o do outro, mas isso só se dará a longo prazo, se a Educação merecer atenção do Governo Federal, com escolas voltadas à inclusão qualitativa, representados em aprovações meritórias, e não só quantitativas, contada em números, como se fosse meros números aleatórios. “Não se joga pedra contra árvore que não produz frutos”, aprendi na vida. O deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara e o senador Renan Calheiros, presidente do Senado, estão conseguindo adiar seus inquéritos. Outros deputados e senadores também.

Contudo, depois da assepsia que o juiz Sérgio Moro está promovendo através da “Operação Lava Jato”, comandada pelo magistrado federal Sérgio Moro, que comanda as investigações, máximo, a “diabetscorruptiva.`s”, ficaria estabilizada, como me encontro agora, depois de 14 anos de tratamento médico constante, sofrendo efeitos colaterais com dores e queimações, apesar de tomar os antibióticos com suco de couve puro, batido no liquidificador. No caso específico das transformações promovidas na pirâmide social, pelo do PT, contra o qual os 6 milhões de brasileiros que foram às ruas pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula, que começou a invertê-la. Porém, ela ocorreu de forma muito rápida, apressada, açodada e agora a elite social não o quer mais o partido no comando do país. Se tivesse comparecido às manifestações, também pediria, uma profunda reforma moral na estrutura da sociedade porque “não se joga pedra contra árvore que não produz frutos”, aprendi ao longo da vida. O deputado Eduardo Cunha, está usando artifícios do cargo de presidente da Câmara, não muito exemplares à sociedade para protelar o máximo possível o pedido de perda de mandato que tramita contra ele, na Comissão de Ética, desde outubro do ano passado. O senador Renan Calheiros, presidente do senado, é outro denunciado e investigado pelo STF. Pediria a saída dos dois, também e de todos os outros políticos com problemas pendentes com a Justiça e os que já foram condenados e estão recorrendo de suas condenações! A sofrível condução da economia pela presidente Dilma Rousseff. A economia destrambelhada e sem rumo está massacrando os brasileiros, por ter destinado dinheiro para onde não podia e, apresentado orçamento deficitário para ser aprovado, contando com a volta da CPMF, promessa de campanha que a CPMF que não o faria. Essas contradições estão levando ao descredito do PT e pode prejudicar a todos os candidatos que pretendem disputar eleições pela legenda. Faltou habilidade política e recursos financeiros para dar prosseguimento aos programas, sem desorganizar toda a economia do país. 


Se será ético ou moral nomear o ex-presidente da República para ministro do Governo Dilma, Rousseff, lembro declaração inflamada de 1988, pronunciada pelo sindicalista Lula aos seus “companheiros metalúrgicos” em greve no ABC paulista, quando profetizou: “No Brasil, quem rouba pouco é preso; quem rouba muito vira ministro”. 

“O povo (que) votou no ex-operário na busca de um futuro melhor, em que houvesse menos desigualdade econômica e social, com os trabalhadores deixando o limbo dos excluídos e, finalmente, adentrando no campo dos beneficiados na partilha dos bens produzidos pela sociedade. O simples pensar de um representante do PT no Palácio do Planalto era, ao mesmo tempo, o temor das elites e o sonho das massas”, escreveu Tomislav R. Fermenick. 

Concluo a crônica pedindo permissão do escritor poriguar para usar a frase que escreveu no final de seu artigo O TRISTE FIM: “quem acreditou e votou no PT não merecia isso”. 

sexta-feira, 11 de março de 2016

OS ATOS, OS FATOS E A IMPRENSA!

                    Senhor Deus dos desgraçados! (Castro Alves (1847 - 1871) 


Como jornalista (SJP/Am-210/2) e Assistente Social (CRESS/Am/RR/1216) observo com grande apreensão e preocupação, os conflitos sociais existentes entre os atos, os fatos e as divulgações feitas pelos companheiros jornalistas. A imprensa não cria atos ou fatos, apenas os divulga com mais ou menos intensidade. Se de forma isenta ou imparcial, não cabe a mim discutir. Se o faz de forma parcial talvez seja para que a sociedade coletiva possa criar seu próprio juízo crítico de valor sobre o que está se passando no país. Se também inédito pedido de prisão do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, foi com o desejo de fazer frear o movimento que ocorrerá no Brasil no dia 13 pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Ministério Público de São Paulo pode ter ofertado gasolina para debelar o fogo que queima de norte a sul o país, a chama dolorida da corrupção. À imprensa coube noticiar o fato durante entrevista coletiva convocada pelo Ministério Público enquanto no mesmo horário, em o hotel em Brasília, o Ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, realizava reunião com líderes de movimentos sociais para discutir uma saída para a crise financeira pela qual passa o pais, se refletindo diretamente na política. Temo acirramento de confronto entre os que são contra e a favor do impeachment da presidente, sobrando mais uma vez para os veículos de comunicação do Brasil e os companheiros jornalistas que só cumprem as pautas que lhes dão. Se os veículos de comunicação repercutem os mesmos fatos, é porque são importantes e relevantes para a opinião pública fazer juízo crítico de valor. Culpar jornalistas por cumprir seu dever é uma total e insano ato de bestialidade. O direito à informação livre e constitucional. A pessoa assiste o que quer, no canal que quiser e pela emissora que desejar e considerar a menos parcial ou tendenciosa. A imprensa e os jornalistas não criam escândalos, nem escondem contas secretas, muito menos se recusam a receber intimação de quem quer que seja, como fazem políticos investigados e denunciados pelo STF, por envolvimento em desvio de recursos investigados na operação “Lava Jato”. Alguns advogados de defesa juram que estão certos em fazê-lo porque estariam amparados pela Constituição, que os considera inocentes, até prova final de condenação transitada em julgado, agora a nível de segunda instância. 

O Brasil não merece continuar presenciando sequestros, prisões, mortes ou quebra de equipamentos de trabalhos da imprensa, necessários ao discernimento em uma verdadeira democracia. No dia 13 de março, os brasileiros irão às ruas. Não somente contra o PT, mas a favor de um Brasil livre da corrupção, pela democracia e pela volta da ética moral no serviço público. Em rede social alguém que disse “no dia todos contra o PT”, respondi que era a favor do Brasil e não contra o PT, porque o Partido dos Trabalhadores represente representa uma parcela radical ou não dos movimentos sociais do Brasil e o Brasil era uma nação ordeira, que deveria ter e receber a união de todos para fazer voltar ao seu ritmo de crescimento que existia e sair da terrível recessão que, como se fosse um câncer violento, que corroei as suas  forças políticas e destrói e as estruturas moral, social, ética e política do país. Temo pelo futuro de muitos deputados sérios, honestos e éticos que militam dentro do PT em todo o país. A crise econômica atual pode derrubá-los como se fossem pedras de dominó enfileiradas em pé, uma ao lado da outra e fazer surgir líderes que venham a se tornar depois, piores do que está sendo o PT. Só um ou uma presidente pior do que a atual Dilma Rousseff, para reabilitar o partido e colocá-lo no cenário político que jamais devia ter perdido.'

O radicalismo nas redes sociais deixou cego os críticos que só vêm problemas no Partido dos Trabalhadores e não em todos os outros partidos . A razão é simples: o PT já fora pedra, as atirava no telhado de vidro do PSDB de Fernando Henrique Cardoso. Agora o PT é vidro e todos jogam pedras contra ele. Contudo, queiram ou não os críticos, o PT também já foi uma árvore que produziu frutos. Infelizmente, a cegueira do radicalismo de uma grande parcela da sociedade  não querer admitir isso, negando os avanços sociais recentes do Brasil. Para conseguir a inclusão quantitativa e não qualitativa de alunos nas Universidades e vários outros programas sociais, o Governo Lula aproveitou muitos criados  no Governo de FHC e  os uniu em um só se aproveitou e pegando uma carona na estabilização da inflação brasileira ocorrida durante a presidência de Itamar Franco, que fez o ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, seu sucessor. FHC, deu continuidade ao processo de ajustes econômicos no Plano Real criado por ele. Isso foi importante para que Lula pudesse realizar os programas sociais.

Se o ex-presidente Lula escondeu patrimônio em nome de laranjas ou não, caberá à Justiça investigar de forma isenta, imparcial, se atendo aos fatos, aos autos e não só o que a mídia divulga. Como já anunciaram os órgãos que representam os rádios, jornais e TVS, mais a ONU e a Fenaj e a Associação de Jornalistas Investigativos que não é exime de receber críticas. Mas o que não se pode e nem se deve é sequestrar jornalistas, fazer protestos à frente de uma emissora, depredar outras pelo Brasil à fora. Edinho Silva, Ministro da Comunicação do Governo, recebeu o protesto da categoria e prometeu providências, mas não senti muita força de vontade do Ministro em atender ao que lhe estava sendo pedido e teremos a oportunidade de notar se no Dia 13, na marcha em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, alguma coisa se terá conseguido fazer para garantir que os colegas jornalistas possam exercer suas atividades com tranquilidade. O Brasil está sofrendo radicalização dos movimentos sociais e uma grande perda de identidade moral, social, ética e política no serviço público, com respingos na imprensa brasileira, cujo país passou a ser o quinto mais perigoso para o exercício profissional, mesmo representando na pirâmide social,  o quarto poder da democracia e nada mais. Basta!

Com a frase do poeta baiano Castro Alves, peço a Deus dos Desgraçados que proteja a todos os “desgraçados” jornalistas que cobrirão com orgulho e amor ao Brasil a passeata do dia 13 de março pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se sairá ou não o impeachment, isso será outra questão a ser divulgada pelos companheiros jornalistas

quarta-feira, 9 de março de 2016

ADEUS, NANÁ VASCONCELOS!


Faleceu Juvenal de Holanda Vasconcelos. Não sabe quem foi? Também era conhecido mundialmente por Naná Vasconcelos, nascido em 2 de agosto de 1944 e falecido em Recife, no dia 9 de março de 2016. Juvenal e Naná eram a mesma pessoa, mas Naná conseguia fazer percussão apenas usando o próprio corpo e suas mãos habilidosas. Ele não está mais entre nós porque Deus o chamou para fazer percussão ao seu lado para um grande show que dará no céu para os que o seguem e cumprem os preceitos da Bíblia.

Naná foi considerado o melhor percussionista do mundo pela revista americana “Down Beat”. Ganhou oito prêmios Grammy de Música e era uma autoridade mundial em percussão. Mas Naná se foi, levado por um câncer no pulmão. Mesmo doente, continuava cumprindo os compromissos da agenda e o último foi na Bahia. Ao voltar para Recife, foi internado no hospital da Unimed, em Recife, que considerou em humorada entrevista um “hotel de com uma ótima vista”. Passou 90 dias, recebeu alta e viajou para Bahia cumpriu uma agenda de show e voltou a se internar no mesmo hospital da Unimed, onde faleceu.

Naná, não o conheci, mas o admirava. Nos encontraremos um dia, em algum lugar nesse cosmos criado por Deus e teremos tempo e oportunidade para nos apresentarmos. Por que o Juvenal de Holanda Vasconcelos não esperou a Anvisa aprovar a fabricação das cápsulas de fostaetolamina para amenizar os efeitos do Câncer de Naná Vasconcelos? Por que a doença não esperou pela aprovação da Anvisa para produzir o medicamento? Será que Naná não quis esperar a aprovação porque tinha certeza que ainda demoraria muito tempo ou que não seria aprovada a produção em larga escala do medicamento que mobilizou até o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, que em nome de brasileiros que sofrem, decidiu assumir a luta e conseguiu vitórias importantes. Ah, Naná, por que sua doença não esperou para que você experimentasse esse remédio? Talvez você não morresse tão cedo, aos 71 anos, de câncer no pulmão! Ou tivesse falecido sem tantos efeitos colaterais.

“Não sou muito de idolatrias, mas fiquei em êxtase com a simplicidade do percussionista”, escreveu Lydia Lucia, em seu blog lydialucia.blogspot.com, com o título Naná Vasconcelos...TU MARACA!(http://lydialucia.blogspot.com.br). Em 2012 ela fez um vídeo com Nana de Vasconcelos. Famoso no mundo  entrou no sem bater no camarim em que se encontrava o músico pernambucano, ainda se preparando para os ensaios que faria em seguida no “Parque Dona Lindu”. Concedeu entrevista e a convidou para subir com ele ao palco e dançou para Lydia Lucia que, agora, chora “a perda de um belo homem que me olhou, não me viu estrangeira, abraçou-me com o seu melhor, com o seu maior ORGULHO e cultura pernambucana. Mas Naná, há muito não representava somente a cultura pernambucana. É óbvio que sua regência dos tabuques dos maracatus na abertura do carnaval do Recife é impagável na memória de quem viu”. A blogueira abre seu escrito sobre a morte do percussionista com a frase do escritor José Saramago - “Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras”. No caso da morte de Naná, a importância e a lacuna que Naná Vasconcelos deixará na música brasileira, nunca se poderá se explicar só por palavras!.

Vá em paz, Naná, fazer a percussão com seu corpo junto de Deus! Se não existirem muitos assessores inúteis como aqui no Governo, peço que diga a Deus que precisar de mim, pode vir me buscar também. Estou preparado e pronto para atender ao Seu chamado. Também para conhecê-lo, Naná e receber um abraço como o que você deu na companheira blogueira Lydia Lúcia. Mas vou pedir que você, ao dar-me o abraço esteja fazendo apresentação de percussão para Deus!

terça-feira, 8 de março de 2016

MULHER...! (para Yara Marília Queiroz, 8 de março de 2016)


Mulher que ama, chora, se estressa 
(se diz estressada);
Mulher que vive, 
(que diz viver!)
Mulher..que divide e trabalha em múltiplas jornadas (doméstica, baba, enfermeira, assistente social, médica, advogada, juíza, delegada e desembargadora...)
Se divide em tantas:
(doméstica, mãe, motorista,
Mulher "pãe" - mistura de pai e mãe!
Usa tantos rostos, 
disfarces, tantas formas! 
Que faz falta, não faz falta 
(para muitos que querem ser como ela; esculpem artificialmente suas formas, 
mas sempre lhes faltará algo de belo, puro, angelical:docilidade, pureza.  
Sendo em corpos quase semelhantes, 
na  mente sempre lhes faltará a alma feminina -coisa na mulher que já nasceu mulher, possui)!
Afinal!?
A mulher é e continuará sendo
um grande e gostoso mistério
a ser desvendado!
Mulher não se vinga:
(Ama, sofre e chora calada)
Sorri e disfarça suas dores!
Ouso contraditar uma escritora feminista francesa famosa e dizer: "não se faz uma mulher; 
já se nasce mulher!)

sábado, 5 de março de 2016

LULA ESTÁ ZOMZO; NÃO MORTO! (FÊNIX NORDESTINO!)


Luiz Inácio Lula da Silva, foi atingido pela bala do Ministério Público Federal chamada de “suspeita de enriquecimento elicito no cargo”, mas não está morto. O ex-presidente do Brasil está sendo investigado por suspeita de ter recebido 30 milhões de reais de empreiteiras envolvidas nas investigações da Lava Jato, em forma de “benefícios” na reforma de sítio em Atibaia, apartamento triplex no Guarujá. Foi coercitivamente levado para prestar depoimento na Polícia Federal, que ele próprio classificou de um “espetáculo de pirotecnia”. Porém, como se fosse o pássaro mitológico grego Fênix, Lula poderá ressurgir mais forte ainda de suas próprias cinzas e dar a volta por cima, assumindo ou não pelo voto democrático, mais mandato eletivo. Se será candidato e eleito ou não, só os votos decidirão nas urnas. Foi muito emblemática a frase de Lula, no final de sua entrevista: “se queriam matar a jararaca, tinham que acertar na cabeça, e não no rabo”. Lula pode até não ter nada a ver com isso. Contudo o enriquecimento meteórico de seu filho Lulinha é muito estranho e precisa ser esclarecido: sair do nada e ser sócio de empresas e possuir um patrimônio milionário. Isso precisa ser investigado esclarecido, sim!

Lula já começou a ressurgir das cinzas na entrevista que prestou na sede do partido, no centro de SP. Nela, Lula disse que respondera as mesmas perguntas que sempre lhe fazem em todos os interrogatórios que prestara. Ele pode ter razão, mas o classificou de “perseguição de uma parte da mídia”, foi suficiente para começar a derreter ao sol suas as suas forças. Entretanto, não morreu definitivamente e poderá sair do episódio mais fortalecido e com mais popularidade elevada do que quando deixou a presidência da República e se poderá se tornar vítima de todos os episódios que está enfrentando. As investigações sobre o patrimônio de Lula, em seu nome ou de terceiros, dentro de um regime democrático, precisa ser investigado. As instituições são independentes e devem funcionar sem que um poder interfira no outro! Disse na entrevista que alguém teria que me dar-lhe as chaves do apartamento tríplex de Guarujá, porque não teria comprado e por isso, não lhe pertenceria. Disse que a elite brasileira está perseguindo todos programas  sociais que deixara, mas a presidente Dilma Rousseff  não conseguiu dar continuidade a eles, porque sua equipe econômica errou os programas econômicos e não previu o que poderia ocorrer em um cenário futuro. Nesse ponto, não são as elites que estão acabando os programas sociais deixados por Lula: mas a própria presidente Dilma Rousseff. O Estado gastou demais, a inflação voltou, a economia parou, regrediu e está tecnicamente vivendo uma grande recessão! 

Se voltará ou não para continuar aparelhando o Estado e fazer seu de novo o sucessor as urnas, democraticamente, dirão. Mas Lula é forte e politicamente esperto e sabe como conseguir apoio popular nas piores vicissitudes que enfrenta. Não foi por acaso que deixou o Nordeste, foi aluno do SENAC, perdeu um dedo e permaneceu por longos anos como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Depois fundou o PT, se candidatou quatro vezes seguidas à Presidência da República e, na última, foi eleito. Lula é politicamente esperto e inteligente, apesar de não ser letrado. Como repórter de A NOTÍCIA e fui designado para cobertura da inauguração da Auditória Militar em Manaus, com o julgamento do então presidente sindicato dos metalúrgicos do ABC, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado por um crime “supostamente” político ocorrido no então território federal do Acre, durante uma greve apoiada pelos metalúrgicos do ABC. Foi absolvido porque não poderia ser onipresente: estar liderando greve de metalúrgico, paralisando fábricas de automóveis durante o Regime Militar e, ao mesmo tempo, matar uma pessoa no Território Federal do Acre. Lula, absolvido, tirou proveito positivo da mídia. Agora, como ex-presidente da República investigado pelo Ministério Público Federal, anunciou que pensa em voltar a percorrer o Brasil, no qual ainda tem muita popularidade e, por isso, também desperta ódio nos adversários. Se percorrerá ou não o Brasil, a democracia lhe permite que o faça porque é um homem livre e pode viajar pelo país e pregando suas ideias. 

Tudo como não ocorria na Venezuela, quando o coronel Hugo Chavez tentou pela primeira vez dar um golpe conta o presidente eleito daquele país, se uma pessoa sem emprego se deslocasse de uma “ciudad” para outra, teria que apresentar autorização expedida por um juiz, autorizando-o a fazer o trajeto. Ao olharem para mim, com meus cabelos e barbas grandes, os “bigodudos” da Guarda Nacional pediam meus documentos. Olhavam/no para a foto e para meu rosto e repetiam isso outras vezes e ao devolverem os documentos diziam entre os dentes: “Los periodistas no son bienvenidos en Venezuela” (Jornalistas não são bem-vindos na Venezuela). Ficava com medo de me mandarem descer do ônibus, mas me deixavam continuar a viagem porque usava sempre a Carteira Internacional de Jornalistas emitido pela FENAJ, quando me deslocava pela América Latina, cobrindo eventos políticos. Defendendo a democracia, o que acredito que, apesar de todos os problemas atuais, continuará sendo a melhor forma de Governo para o Brasil. Não defendo e nem acuso partidos políticos. Neles existem políticos por vocação e por interesse financeiros. Os eleitores são os responsáveis direto pela escolha de todos eles.

Os benefícios sociais deixados por Lula no cotidiano e na mente da sociedade apodrecida. tudo passou a ser considerado normal e natural quando dava certo. Como isso ocorre mais, a sociedade coletiva perdeu a capacidade de estranhamento diante da realidade e fica acusando a todos, inclusive membros do Judiciário. Na verdade, na luta para se chegar ao poder da república, partidos políticos díspares se unem em blocos, coligações etc, sem ideologia, sem critérios ou afinidades ideológicas, se transformam em apenas dois grandes blocos: o que está no poder e levanta suspeitas de corrupção que precisam ser investigadas e todos os outros que desejam alcançar o poder para continuar disseminando a corrupção que, como se fosse um câncer em metástase ou o mosquito. Como o mosquito Aedes egypedi. criou resistência, gerando  defesas naturais e continua matando por microcefalia febre zyca, dengue hemorrágica ou a febre chikugunya, apelidada pelas redes sociais de “chico cunha”. A corrupção também muda de forma e métodos e mata por falta de escolas, hospitais, remédios, saneamento básico. Como tudo está dando errado agora, só o PT é o culpado de tudo e é duramente criticado pelas redes sociais. Mas os eleitores são os únicos culpados!

sexta-feira, 4 de março de 2016

UM DIA HISTÓRICO ("JOGA PEDRA NA GENI")


Um dia histórico, foi o que aconteceu na sexta-feira, dia 4 de março de 2016: um ex-presidente da República, conduzido coercitivamente a prestar depoimento na Polícia Federal. Se foi justo ou injusto, os advogados dirão! Também me parece muito estranho o fato do senador, Delcídio do Amaral, mesmo sem caráter, palavra e credibilidade, ter sido indicado líder do PT no Senado, pela presidente Dilma Rousseff! Se não tinha nada disso, nem deveria ter sido convidado e nomeado, por não possuir atributos para o cargo. Tem muitas coisas ainda escondidas a serem descobertas pelas investigações da Justiça! Fica claro que O PRINCÍPE, de Nicolau Maquiavel é o livro de cabeceira utilizado pelo PT com seus filiados: usá-los para seus interesses, descartá-los quando não lhes servem mais e abandoná-los ao limbo.

Foi o que ocorreu no caso do ex-senador Delcídio do Amaral, que virou a Geni, da música de Chico Buarque de Holanda, “Geni e o Zepelin”. Preso por tramar a fuga do condenado Nestor Cerveró e revelar para a revista ISTO É, todo o esquema do poder em Brasília, denunciando a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, foi desacreditado. O autor do livro O PRINCÍPIE, nascido e falecido em Florença, historiador, poeta, diplomata, músico Italiano do período do Renascimento e conhecido como o fundador do pensamento e da ciência política moderna parece que escreveu o livro para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva,  foi levado coercitivamente a PF para prestar depoimento, na nova fase da operação Lava Jato, chamada de “Aritheia” - a busca da verdade – deflagrada pela Polícia Federal a pedido do Ministério Público Federal e autorizado pela justiça. Lula disse em entrevista que se sentiu um prisioneiro na polícia federal e que se tivesse sido convidado, ele iria normalmente, contrariando o que vem seguidamente fazendo recorrendo à justiça para não prestar depoimento!

No livro O PRINCIPE de Maquiavel, ele escreveu que “todos veem o que você parece ser, mas poucos sabem o que você realmente é” e acrescentou “quanto mais próximo o homem estiver de um desejo, mais o deseja, e se não consegue realizá-lo, maior dor sente”. E conclui que  “os que vencem, não importa como vençam, mas nunca conquistam a vergonha”. Está explicado porque o ex-presidente Lula foi coercitivamente levado à Polícia Federal para prestar depoimento: chegou à presidência da República, mas não conquistou a vergonha! Lula fez um ótimo governo, tem popularidade e muita influência política, mas foi ambicioso na obsessão pelo social, o que foi um mérito, mas também foi ardiloso na condução de seu mandato e agora se recusava a esclarecer alguns fatos e algumas dúvidas, buscando guarida na Justiça para barrar seu depoimento, mas “os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição” Agora, querer desacreditar as declarações de Delcídio do Amaral não será fácil porque o senador licenciado do PT indicou como e aonde suas palavras podem ser confirmadas: nas câmaras do Palácio do Planalto! É só procurar, antes que o tempo as apague ou  que sejam apagadas de propósito!

No dia histórico para o Brasil, as bolsas de valores subiram, a economia continua parada, deputado federal e presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha perdeu por 10 a 0  no STF, se tornando réu na Operação Lava Jato. Contudo, os políticos citados na Delação Premiada ainda não homologada pelo ministro Teori Zavaski, estão tentando desacreditar o ex-líder do PT porque revelou os esquemas dos bastidores do poder para a revista Isto É. Agora, todos os citados estão jogando pedra na Geni! “As injúrias devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, saboreando-as menos, ofendam menos: e os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, a fim de que sejam mais bem saboreados” disse Nicolau Maquiavel em sua obra.

Deve ser nessa frase do livro que o ex-presidente Lula deve estar pensando agora, depois de toda a tempestade que viveu no dia histórico para o Brasil!

quinta-feira, 3 de março de 2016

PAVULAGEM, SÓ PAVULAGEM!


Será que a maioria dos ministros do STF – Supremo Tribunal Federal estão errados e só o presidente da Câmara Federal está certo em continuar negando que não tenha usado sua influência para se envolver na contratação de uma empresa investigada pela Operação Lava Jato? Incrível, mas Eduardo Cunha continua negando tudo, inclusive que tenha recebido 5 milhões de dólares para usar sua influência em favor de uma empresa (mesmo com a comprovação das contas e depósitos feitos) para fornecer navios para a Petrobras! Inclusive se vangloria de já ter sido denunciado antes pela Justiça e ter sido absolvido depois! No maio do tiroteio de palavras de acusações, negações e defesas inflamadas, se usava uma palavra muito peculiar para tudo isso: “pavulagem”! De acordo com o dicionário informal, “pavulagem” á uma expressão muito utilizada principalmente no Estado do Pará para definir uma “pessoa orgulhosa, metida à besta, ”. 

No dicionário formal, a expressão “pavulagem” pertence à classe gramatical de substantivo feminino. Excetuando pelo substantivo feminino, a palavra “pavulagem” se aplica muito bem ao que está fazendo o deputado federal Eduardo Cunha, o primeiro a exercer a presidência da Câmara, na condição de réu no STF. Ao dizer em alto e bom som, que já fora réu antes e que teria sido absolvido depois, é no mínimo não ter noção do que diz! Ou seria mais um tipo descarado de pavulagem de Eduardo Cunha? Ou seria falta de óleo de peroba para passar na cara de pau do presidente da Câmara? Se não for nada disso não sei mais o que seria o que vem seguidamente conseguindo fazer o deputado federal, que desde outubro do ano passado responde e evita julgamento de um pedido de perda de mandato de Presidente e de perda de mandato contra ele, por ter mentido aos seus pares, negando a existência de contas no exterior, além das que declarara possuir. Pior: compareceu às investigações da Operação Lava Jato, antes mesmo de ser convocado. Depois de indiciado como réu em processo na Lava Jato, chegou ao ponto de não receber a notificação da decisão do STJ porque “estava em reunião importante”. Depois, foi presidir a reunião da Câmara e deixado o prédio. Marcou para segunda-feira para ser notificado! Se isso não for pavulagem do presidente da Câmara, o que seria? Impressionante!

No meio do tiroteio de denúncias e desmentidos, o senador afastado do PT e ex-líder da presidente da República Dilma Rousseff, no Senado, Delcídio do Amaral, preso acusado de tramar a fuga de Nestor Culter Cerveró, engenheiro químico brasileiro e também detentor de cidadania espanhola, condenado pelo juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, que também pediu a prisão do primeiro senador da república no exercício do mandato e o STF concedeu. Solto, denunciou em acordo de delação premiada informal, ainda não homologado pelo ministro Teori Albino Zavaski, indicado e nomeado pela presidente Dilma, no dia 20 de novembro de 2012,  A simples menção dos nomes da presidente Dilma e do seu antecessor Lula, precisam ser investigados, mesmo que o acordo de delação premiada não venha a ser homologada pelo Ministro Teori Zavaski. Se as novas denúncias terão ou não algum efeito na convocação feita pelas redes sociais para o dia 13 de março pelo impeachment de Dilma, isso é difícil dizer  com certeza. Mas uma coisa é certa, a corrupção, considerada um câncer que está corroendo as estruturas morais, éticas e sociais dos brasileiros, precisa de um remédio que a elimine de uma vez, embora a Anvisa venha protelando há muito tempo as pesquisas de remédios para, pelo menos, amenizar os efeitos danosos desse mal que se chama câncer! 

Também soaram estranhas as palavras do ex-ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, em querer desacreditar as acusações feitas pelo ex-líder do PT no senado, informando que o senador preso tinha avisado antes que acusaria a presidente e o ex se não fosse logo retirado da prisão. Mais estranhas foram as palavras da presidente Dilma Rousseff em denunciar “vazamentos” seletivas de denúncias contra o PT. Será mesmo? Ou será apenas o castigo que chegando a cavalo, rápido demais? Onde tem fumaça, é porque no local já existiu fogo, como não tenho me cansado de escrever!

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quarta-feira, 2 de março de 2016

MUDANÇA SOCIAL, JÁ!


Mudança social, já. Não mudança de Governo pelo impeachment, mas pelo voto democrático e livre dos eleitores “cabestrados” pelas promessas políticas que nunca são totalmente cumpridas.

Desarmados, eu e minha esposa Yara Queiroz, entramos em um Supermercado em Manaus, (como poderia ter sido em qualquer parte do país),  para realizar as compras do mês. Tínhamos certeza que ao passá-las no caixa, seríamos assaltados. Fomos mesmo! Com dedos no teclado da máquina registradora.  Na aquisição de 103 itens e um valor de R$ 655,53 deixamos só de impostos R$ 176,93. Ainda bem que soubemos quanto pagamos de impostos, menos-mal porque felizmente a Lei 12.741/12, aprovada e sancionada pela presidente Dilma Rousseff, no dia 8 de dezembro de 2012. Essa nasceu com o objetivo de informar ao cidadão o quanto representa a parcela de tributos que paga em cada compra realizada. Ela está sendo cumprida. Mas do que adianta, se o povo continua apático! Se não existisse essa lei que considero cidadã e transparente, nem saberíamos o quanto tínhamos deixado nas compras feitas. 

O Governo Federal continua sustentando o poço sem fundo, com um orçamento mal distribuído, por falta de planejamento. A educação é medida em quantidade e não em qualidade. A segurança pública é contada por estatística e não por qualidade de serviço prestado ao povo com bons e treinados policiais. A habitação popular  continua sendo um horror. A saúde sempre foi pela hora da morte em qualidade e o povo os brasileiros estão fartos de tudo, inclusive de paciência pela ausência de médicos, remédios, equipamentos básicos, hospitais, remédios, escolas superfaturados e pagos, mas que não existem. Desvio na merenda escolar já é quase corriqueiros e outros desvios feitos pelos prefeitos e por alguns deputados federais, inclusive o que se alvora honestíssimo e nega tudo e não permite que julguem o pedido de cassação de seu mandato e alguns senadores. Saneamento básico nem se fala porque um pequeno mosquito que se reproduz em locais de água parada está matando, sequelando e destruindo o Brasil!

A falta de vergonha na cara de alguns políticos impregnou o Brasil e todos se dizem q inocentes, inclusive o que tem um pedido de afastamento do cargo tramitando desde outubro de 2015, na Comissão de Ética Câmara Federal, sem ética e sem moral para julgá-lo. Quem deveria dar bom exemplo não o dá! Então, como cobrar que o eleitor seja honesto em seu voto? Impossível! Toda mudança social firme e duradoura começa pela base e sempre se deu de baixo para cima: mudando o comportamento social das pessoas da cidade; depois, se mudando o Governo, seja lá qual o partido que for.. Nunca li ou tomei conhecimento que algum país que tenha mudado trocando um presidente da República pelo impeachment. A Educação sim, é o caminho para a mudança. Mas a educação continua sendo medida por gráficos quantitativos e não qualitativos. Hoje, diploma-se analfabetos funcionais de terceiro grau, que não sabem escrever um ditado corretamente. Fica muito difícil e pesada qualquer mudança social na sua estrutura piramidal!

Como o governo federal do Brasil é um excepcional arrecadador, mas um péssimo distribuidor de benefícios em serviços públicos pelos valores exorbitantes de impostos pagos pelos contribuintes! Contudo para cumprir e cobrir o rombo do orçamento público, ele defende e já conta em seu orçamento para 2016, com a arrecadação da verba gerada pela recriação da CPMF. Agora em forma de imposto por quatro anos. Esse novo imposto já foi aprovado na Câmara Federal, representante fos Estados e encontrará resistência no Senado, representante da Nação. Os governadores pressionaram suas bancadas e conseguiram ficar com uma parte do novo Imposto criado. Mas a Nação não o deseja o seu retorno, porque ela já foi derrotado uma vez no Senado. A brilhante ideia do então Ministro da Saúde, Adib Jatene do Governo FHC estava sendo desviada para cobrir parte do orçamento público e quase nada era investido na saúde, uma precípua finalidade para a qual foi criada a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, que atingia a todos, indistintamente. Por isso a saúde em vários Estados do Brasil está um completo caos.

Será que o Senado ressuscitará esse defunto que não foi bem enterrado? Poderá até fazê-lo, mas o Brasil não quer esse novo imposto! Já paga imposto demais, alguns em cascata, dentro da cadeia produtiva. Nas ruas, os protestos, passeatas e outras manifestações são claras contra isso. Em tempo não muito distante, placas de outdoors ornamentaram a praça da Matriz, com os nomes de todos os deputados federais e senadores que tinham votado contra os interesses maiores da Nação, mas não adiantou de nada porque continuaram sendo eleitos.  A estrutura da pirâmide social do Brasil precisa mudar, mas não será a simples mudança de um partido, de um governo, que se conseguirá a mudança como se fosse em um passe de mágica. A moral dos brasileiros precisa ser toda reconstruída para se mudar o país e suas estruturas! Isso só acontecerá via educação e levará, pelo menos, alguns anos para se ver na prática essas mudanças.  

Não se muda um valor social simplesmente se trocando um partido por outro. Isso ajuda psicologicamente sim, mas não resolve todos os problemas que estão na sociedade que vota e elege os políticos e não só políticos eleitos! Escolher bem os representantes é o que interessa, o resto não tem pressa, como dizia o personagem Paulo Cintura, da Escolinha do Professor Raimundo, de saudosa memória!

terça-feira, 1 de março de 2016

TUDO PODE SER IGUAL A NADA (REFORMA DO CP!)


Tudo pode ser igual a nada, na decisão do caso Pimenta Neves. Não teria sido melhor  mudar todo o processo do Código Penal e outras leis que tratam de penas, inclusiva que envolvem menores de 16 anos e acabar de uma vez com a permissividade de infindáveis recursos jurídicos, muitos deles meramente protelatórios e inúteis? Embora exista multa advogados que o praticas esses tipos de recursos, nunca soube de um único advogado já tenha sido penalizado por algum juiz! Mas posso estar enganado. Na reforma do Código Penal, Código de Processo Penal e outras leis extravagantes, também precisam acabar os benefícios de redução de penas e o condenado teria que cumpri-la integralmente, permitindo redução progressiva de penas só para os que comprovarem a elevação de escolaridade ou o de tratamento contra dependência química quando for o caso, dentro das cadeias.

A boa vontade dos Ministros do STF, levaram a tomar decisão que nunca será cumprida em seu todo e ainda deve ser questionada porque fere frontalmente o texto constitucional, que prevê que todo réu será considerado inocente até que se esgotem todas as possibilidades de recursos. A reforma das Leis evitaria esse embólio jurídico que o STF gerou pela mudança do texto da Constituição! Defendo que o preso deve cumprir integralmente as penas, mas não dessa forma! Deve ser mudado o texto constitucional primeiro! 

O jornalista Pimenta Neves que, aos 63 anos, assassinou fria e covardemente a sua namorada, a também jornalista Sandra Gomide, na época com 32 anos e os ministros do STJ determinaram que ele cumpra a pena de reclusão na cadeia. Mas, será aplicado em todos os outros casos no Brasil de hoje, com as prisões estaduais superlotadas, parecendo mais depósitos de detentos que perdem suas identidades sociais e se transformando em verdadeiras Universidades do Crime? Tenho dúvidas! Quem entra réu primário e com bons antecedentes as deixa diplomado em tudo o que de mais perverso pode existir e ser praticado contra o ser humano. Com essa realidade, não teria sido melhor a profunda reforma nas Leis Penais, acabando com o regime progressivo de pena e reduzindo a possibilidade de recursos protelatórios dos advogados? Com a transformação da Lei Maria da Penha pelos ministros do STJ, em crime de ação privada e não dependente da manifesta vontade da vítima, nunca foi cumprida em seu todo por falta de estrutura dos Estados. O mesmo problema pode ocorrer agora com a decisão dos ministros do STJ e as cadeias brasileiras superlotadas, Juízes estão deixando de decretar prisões de criminosos fragateados pelo simples fato de não existir espaço nas cadeias públicas. Como esperar que a decisão dos Ministros do STF determinando prisão para os condenados que tiverem suas sentenças confirmadas em segunda instância, mesmo que continuem recorrendo! Há um conflito constitucional e jurídico nesse ponto porque “todos devem ser considerado inocentes”, até o último recurso! Essa previsibilidade está na Constituição, a lei maior do Brasil!

A confirmação da sentença condenatória em julgamento em segunda instância, contraria o texto constitucional que diz que “todos são inocentes até prova em contrário com sentença transitado em julgado em última instância”. Só que para chegar a última instância, demora demais! Os ministros do STF decidiram que o réu condenado em segunda instância, deve ser recolhido ao xadrez e mesmo que recorra, mesmo recorrendo, permanecerá preso. Contudo, essa decisão acertada dos ministros poderá dar um tiro na própria Justiça, lenta e confusa em suas decisões de um mesmo caso Os processos em grau de recursos para a segunda instância podem não ocorrer com tanta rapidez como os ministros do STF desejam e pensaram ao reduzir a procrastinação dos processos por intermináveis recursos, muitos meramente procrastinatórios para o réu e o advogado ganharem tempo e prescrever a pena. Nunca tive conhecimento que um juiz tenha condenado ou penalizado um advogado por recursos meramente procrastinatórios.

A transformação pelo STF da lei Maria da Penha de crime de ação privada para pública, não mudou muita coisa. Mulheres continuam sendo vitimizadas e assassinadas pelos seus companheiros. Infelizmente o que deveria mudar para melhor como chegaram a pensar os Ministros do STF, não mudou para permanecer igual ou pior um pouco, Mesmo não sendo mais da vontade da mulher agredida denunciar e exigir a representação contra o agressor, os conflitos familiares não terminam e mortes de mulheres continuam sendo registradas em boletins de ocorrência, como mera formalidade. Também quase não ocorre denúncias de terceiros e nas poucas que ocorrem. As Delegacias Femininas não possuem estrutura para defender as mulheres vitimizadas e tudo fica na mesma! 

Prisão não são as Escolas do passado, quando havia mais respeito pelo alunado e quase sempre caberia mais um na hora da matrícula, sem filas, sem cadeiras na cabeça, sem madrugadas sem dormir! Nas prisões e nas Escolas de hoje, se conta tudo por quantidade e não por qualidade: é a Lei do Quanto Pior, Melhor! É muito triste se constatar isso.