segunda-feira, 31 de outubro de 2011

AS PROFISSÕES DO FUTURO NA FEIRA DO IBIN



Com o propósito de mostrar “as profissões do futuro”,  nas várias áreas de tecnologias, o Instituto Batista Ida Nelson promoveu sábado, dia 29 de outubro de 2011, a sua Escola Aberta. Interessantes trabalhos foram divulgados pelos alunos e, os coordenadores e orientadores dos trabalhos, dividiram o Brasil por regiões para mostrar a diversidade de oportunidades que eles teriam nas várias áreas de conhecimentos.  Mas a informação de que a Ponte sobre o Rio Negro levará “progresso” me impactou bastante.

Duas informações “nas Profissões do Futuro” me saltaram aos olhos. A primeira, de uma aluna, que explicou-me sobre o problemas sociais que advirão pelo excesso da criança no uso de jogos eletrônicos, sem controle dos pais. A outra informação, foi sobre os benefícios “sociais” e econômicos que a ponte sobre o Rio Negro trará para os municípios que a unem – Iranduba, Manacapuru e Novo Ayrão.

Como atravessei pela primeira vez a Ponte sobre o Rio Negro para visitar um sítio na sexta-feira, dia 28,  caminhando pela estrada que leva aos municípios interligados pela obra,  observei que há muitas áreas com inscrição “propriedade particular”, onde antes não havia qualquer informação. Em outros locais na estrada, vi placas  da construtora NV com a inscrição no tapume “Projeto Minha Casa Minha Vida” e, outros,  estavam apenas cercados, mas sem qualquer  placa ou pintura,  nada permitindo saber sobre o que seria feito no local. Mas o progresso  já chegou!

Diante do que ouvi na exposição  feita por um aluno na “Feira Aberta” do IBIN, sobre o que o progresso social e econômico da Ponte sobre o Rio Negro, trará para o desenvolvimento,  fiquei intrigado com a palavra “social” usada pelo aluno. Entendo que os coordenadores do trabalho deveriam ter se aprofundado um pouco mais para entenderem que não existe desenvolvimento econômico sem problemas sociais.

Uma travessia que antes era feita em quase duas horas de espera na fila e mais uma hora na balsa, agora  pode ser feita em pouco mais de 5 minutos.  A distância ficou mais curta com a Ponte sobre o Rio Negro, sonho que o governador Enock Reis tinha alimentado quando abriu a estrada para o Município de Manacapuru, de onde era filho.  Concordei com o progresso econômico, mas discordei do “progresso social”.

O aluno, como já disse, não teve qualquer culpa pela sua informação, mas os orientadores, sim, porque como educadores deviam ter informado ou orientando que todo desenvolvimento econômico causa problemas sociais.  Ouvi atentamente sua explicação e, ao final, pedi-lhe desculpas e expliquei porque discordava sobre a informação que dera sobre  o “progresso social”, quando explicava-me o propósito e o objetivo do trabalho.

Percebi áreas para loteamentos, construção de casas  populares e a informação que os ricos de Manaus, diretores de empresas do Distrito Industrial, passarão a construir suas mensões do outro lado do rio, no município de Iranduba, para fugir do caótico trânsito de Manaus. Mas percebi também o medo que os proprietários de terras têm das invasões, construções irregulares, assoreamento de igarapés ainda intocados de áreas preservadas e recebi a informação de uma área de pesquisa ambiental, usadas pelo CNPQ, no Km 26, que leva ao Município de Manacapuru, já havia sido invadida por posseiros.

Isso é progresso sim; mas não sei se os municípios se prepararam estrutural e socialmente para recebê-lo. Está de parabéns o IBIN pela iniciativa, e o parabenizo por mostrar as profissões do futuro, que já estão presentes em nossa volta!

sábado, 29 de outubro de 2011

ANALFABETISMO NO BRASIL E NO AMAZONAS!



“Barreiras geográficas e a priorização do trabalho para o sustento familiar” foram os dois fatores apontados pelo Ministério da Educação e Cultura como os responsáveis pelos 230 mil analfabetos no Amazonas em uma população de 3 milhões de pessoas, o que corresponde a um índice de 9,85% de pessoas que não sabem ler e nem escrever corretamente no Estado.

Contudo, como a desgraça sozinha é bobagem, o maior índice de analfabetos está na população do Nordeste, com 17,6%. O estudo do analfabetismo no Brasil aponta que mais de 14.612 milhões, ou seja, 9.6% da população, segundo Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O mais estarrecedor, contudo, não são os dados estatísticos em sí, mas a confirmação que as Bolsas oferecidas pelos Governos Federal, Estadual ou Municipais não obrigam que uma das primeiras prioridades seja a comprovação da matrícula e continuidade de frequência na Escola para continuar recebendo o benefício.

A maior concentração reside em áreas rurais, onde os Governos chegam com a política do Programa Bolsa Família, mas não criam uma política pública de Bolsa Escola e de Bolsa Trabalho, duas prioridades emergentes para se combater o analfabetismo no Brasil.

No dia em que o Governo levar mais a sério o programa “Bolsa Família” cobrando a comprovação da matrícula do aluno por ocasião do cadastramento das crianças e da continuidade da criança em sala de aula, muita coisa pode começar a mudar. Cadastrar-se no Bolsa Família, com a exigência  da comprovação de matrícula sem a exigência da comprovação da continuidade da criança na Escola, é pregar no deserto porque as Secretarias de Educação nem sempre prestam essa informação à quem administra o “Bolsa Família”.

Distância geográfica para o analfabetismo, como? Vulnerabilidade social, como? Os políticos encurtam essa distância geográfica, quando querem os votos das comunidades rurais. Vulnerabilidade social é uma situação que também não se explica porque o Bolsa Família foi criado como uma de suas metas, fazer com que a criança deixasse de trabalhar e estudasse. Mas parece que essa política não está dando certo!





quarta-feira, 26 de outubro de 2011

"MESMO PACIFICADAS", ROGAI POR NÓS!



Os morros cariocas pacificados,  ocupados por batalhões policiais do Exército, continuam sendo pontos de venda de drogas. Isso ficou claro nas imagens exibidas em rede nacional, mostrando traficantes agindo à luz do dia no interior de uma das comunidades “pacificadas”. Ou os traficantes continuaram dentro das favelas ou voltaram a residir aos locais para continuar seus “negócios” ilícitos, agora protegidos pela polícia. 

Mesmo que a polícia vasculhe tudo e prenda fuzis, metrabalhadoras, pistolas  ponto 40, o tráfego  não desaparecerá completamente.  Onde há o usuário, sempre existirá a pessoa para sustentá-lo em seu vício. Essa uma complicada equação a ser resolvida, infelizmente! Mas não será enquanto os Aparelhos de Estado não assumirem seus legítimos papeis.

“Mesmo pacificadas”, rogai por nós, parodiando desfile de Joãozinho Trinta pela Beija-Flor que, mesmo tendo o seu Cristo Redentor proibido, por pressão da Igreja Católica, o carnavalesco desceu a avenida do samba com a imagem coberta com um pano preto e, em letras brancas, escrito: “mesmo proibido, rogai por nós”!  Um inteligente e irreverente protesto de Joãozinho Trinta contra seu enredo, produzindo mais efeito, talvez,  do que se a estátua se apresentasse descoberta.

Os problemas sociais continuarão  existindo e vão permanecer dentro dos morros pacificidados até que todos os serviços sociais dos Governos possam ocupá-los, oferecendo gratuitamente, cursos  de cidadania, educação, esporte, saúde e lazer. Excetuando cidadania –  um processo complexo solidificado na “Revolução Francesa”, mas que teve sua primeira origem na Inglaterra – e a educação, que também não oferecem, os demais itens de esporte, saúde e lazer,  os traficantes desalojados já ofereciam às comunidades onde atuavam.

Para ajudar a polícia a exterminar o tráfico dentro das favelas, o povo pode começar a exercer sua cidadania,  denunciando esconderijos e bocas de fumo mantidas por traficantes.

Não é só isso, enquanto os Governos continuarem e tomar decisões  políticas e não planejadas,  identificando os pros e os contra de suas medidas,  continuaremos  presenciando o tráfego de drogas, as mortes no trânsito, hospitais sem leitos e as mortes, mesmo com medidas judiciais. Enfim,  Cristo, mesmo proibido pelo Governo atual, “rogai por todos nós e proteja-nos dessas mazelas!”

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ACIDENTES FATAIS PRATICADOS POR BÊBADOS AO VOLANTE, ATÉ QUANDO?



Acabei de receber e assinar um abaixo-assinado de  «INICIATIVA POPULAR SOBRE CRIMES DE TRÂNSITO QUE ENVOLVAM A EMBRIAGUEZ AO VOLANTE». E o assinei com muito prazer.

Os acidentes de carros cresceram em demasia nos ultimos meses  envolvendo motoristas embriagados,  depois que a acertada decisão do STF que julgou corretamente a presunção de que ao beber e dirigidir, o motorista assumia o risco de matar, se tornou do conhecimento de muitos irresponsáveis ao volante!

Enquanto isso, o Congresso Nacional fica se preocupando com quem ficarão os animais de estimação em caso de separação de casais. Isso é importante também, não discordo; mas é menos urgente do que a apresentação de um projeto de lei que altere o CTB – Código de Trânsito Brasileiro na questão da aplicação de pena para esses casos.

As Sociedades Protetoras dos Animais que me desculpem, mas nesse momento atual é mais importante preservar a vida humana do que saber se um gato, um cachorro, um papagaio, ou qualquer outro animal doméstico vai pertencer ou permanecer com quem em casos de separação de casal.

Não adiantou nada os municípios terem assumido a responsabilidade objetiva sobre o disciplinarmento do trânsito nas cidades brasileiras, se as mortes em cima de faixas de pedestres continuam acontecendo de norte a sul do Brasil. De nada adiantou o empenho em educação de trânsito se o CTB continua com uma pena muito branda para quem bebe e dirige.

Será que um deputado federal ou um senador precisará ser atropelado em cima da faixa de pedestre para que o Senado tome uma atitude e ponha um freio nessa situação absurda em que foi transformado o trânsito das cidades do Brasil.

Ou será que foi algum deputado federal ou senador que se separou recentemente, perdeu seus animais de estimação e, por isso, decidiu discutir com quem eles ficarão?

Ou será que a vida humana é menos importante do que a vida e o bem estar  de um animal de estimação?

Em várias outras crônicas em que tenho abordado o tema “trânsito”,  mencionei como penso que possa ser a pena para quem bebe, dirige e mata: enquadramento no Art. 121 como homicídio simples;  perca total do direito de dirigir, com a imediata cassação de sua CNH; tratamento contra o alcoolismo na prisão; cumprimento integral da pena, sem qualquer tipo de benefício e  critérios mais rígidos para que o motorista volte a ter nova CNH! Estou sendo radical? Não;  apenas, estou defendendo uma vida humana, que existia antes mesmo de existir o carro!

domingo, 23 de outubro de 2011

PROFESSORES DESMOTIVADOS, ALUNOS PREJUDICADOS!


 
Hum mil, quatrocentos e onze professores das redes Estadual e Municipal de ensino estão fora da sala de aula no Amazonas. Essa nobre profissão, tão importante à formação moral e intelectual de qualquer pessoa, como muitas outras, está sendo descartada em uma lata de lixo do besteirol político, da desmotivação, da violência dentro de salas de aula e outros problemas sociais existintes que a modernidade,  inconfirmismo e o consumo de drogas colocou dentro das salas de aula junto com os alunos. Em função disso, os dois órgãos gestadores da Educação no Estado, serão prejudicados. Querendo ou admitir!

Aliás, toda vez que falta o professor ou a catagoria entre em  greve prolongada, mesmo que motivada, o calendário sempre é alterado para recompor as aulas não ministradas. Como aluno de Serviço Social, devido as constantes greves de professores na Ufam – Universidade Federal do Amazonas, sempre pelos mesmos motivos – salário, melhoria das condições de trabalho e melhoria na educação, ficávamos sem férias ou tinhamos férias mais curtas. E nunca vi melhorias em nada; apenas nos salários!

Fui aluno, fui professor , por quatro anos em uma Escola Estadual, ministrava a disciplina de língua portuguesa, gramática e literatura do Amazonas. Há anos, já sofria ameaça de agressões físicas, de faca, de outros instrumentos porque gostava de ensiná-los bem a todos os alunos, principalmente na parte gramatical. Ganhava mal, muito mal, mas gostava do que fazia. Depois, fui ministrar aulas em uma Faculdade, desmotivado mas agradecido por mais uma vez realizar o que mais gostava de fazê-lo: repassar meus conhecimentos. Hoje sou aposentado por invalidez.

Digo que professor não ensina. O professor só orienta e o aluno quem aprende. Como, então, que os alunos não serão prejudicados se não possuem professores? Expliquem-me isso!

Sinto orgulho quando um ex-aluno da Escola Estadual ou da Faculdade me procura para agradecer pelas aulas que lhes ministrava. Sinto tristeza, porém, é saber que a maioria dos professores ainda enfrenta os mesmos problemas que enfrentava há mais de quinze anos atrás, e sempre pelas mesmas razões e motivos. É uma pena mesmo!