quinta-feira, 28 de julho de 2016

"CIDADES FLUTUANTES" AH, QUE SAUDADES!


(Escrita e publicada em maio/2012 e reposicionada)


Singravam as águas do Rio que parece mais um mar, vindos do Estado do Pará, um dia um e outro dia o outro, os navios Augusto Montenegro e Lauro Sodré. Como se possuíssem relógio inglês, sempre passavam na madrugada, na comunidade de Varre-Vento. Nunca os avistávamos navegando juntos! Um dia era um outro; outra vez,  era o  outro. Iluminavam tanto que passei a chamá-los de “cidades flutuantes”, porque  conseguiam clarear toda a casa de madeira coberta de zinco e palha.

 Ah, que saudades tenho das duas “cidades flutuantes”, que causavam alegrias e que desespero quando avistadas ao longe!  

De tanto meu pai, acordar, na madrugada, para colocar a canoa a salvo das fortes ondas produzidas pelos dois navios, decidiu puxá-la para a terra todas as vezes que precisávamos usá-la, por pura necessidade, para  deslocamentos alguém da família à remo pelos rios. Assim, de madrugada, em torno de 3 horas da manhã, deixamos de acordar para puxar a canoa. Era apenas para  apreciar o suave deslizar dos navios embicando água para os lados, produzindo  fortes, terríveis e desesperadores banzeiros, que muitos caboclos aproveitavam para “pegar ondas”  em pequenas canoas indo para cima e para baixo, como se fosse um balé sem música!


Ah, como eram deliciosas e preocupantes a passagem dos dois navios da Enasa, lindos, grandes, maravilhosos e bastante iluminados. Na mente da criançada de Varre-Vento, que nunca tinha visto tantas luzes juntas em um mesmo local, eram apenas duas “cidades flutuantes andantes”, transportando pessoas com sonhos, alegrias e tristezas.

Como seriam possíveis tantas lâmpadas, dentro das “cidades flutuantes” de nossas imaginações, navegando suavemente pelo rio que parece mais um mar de água doce? Nunca tinha visto nada daquilo e ficava imaginando “como será que conseguem andar as lâmpadas, acompanhando os navios?” “Ou não acompanhavam? Estavam dentro dos navios?”

Eram perguntas que só comecei a entender as respostas depois que meu pai, anos depois, colocou luz elétrica em nossa casa, ocasião em que fiquei gostosos momentos acendendo e apagando uma lâmpada incandescente presa em um fio branco pendurado na sala, terminando em uma chave redonda branca com o plug que fazia “tec” quando acendia e “tec”  quando apagava. Fiquei brincando admirado, acendendo para ouvir o “tic-tac” e observar o filamento da lâmpada transparente acendendo e apagando.

Será que Thomas Alva Edison, inventor de 2.332  patentes,também chamado de  “O Feiticeiro” ou "Menlo Park” sentiu a mesma emoção que tive, quando acendeu o filamento de sua primeira lâmpada elétrica, pela primeira vez? 

- Para com isso, meu filho? Você parece um bobo acendendo e apagando essa lâmpada!! 

Era meu pai, me chamando à atenção porque eu acendia e apagava a lâmpada, sempre olhando para ela, ouvindo o gostoso som aos meus ouvidos do  “tic-tac”; tudo só para ver o filamento clareando e depois escurecendo o ambiente.

Não! 

Não estava bobo! Só queria mesmo saber como os navios Augusto Montenegro e Lauro Sodré,  conseguiam navegar pelo Rio que parece um mar de água doce, com tantas luzes acesas? Será que tinha uma chave única para ligar todas ao mesmo tempo?

Mas nunca saberei a resposta às perguntas, pois minha família não tinha dinheiro para comprar passagem nas “cidades flutuantes” de minha imaginação e eles também não paravam em Varre-Vento. Depois de ter nascido no Morro da Liberdade, retornei para Manaus para estudar, em 1969, em motor regional, todo em madeira! Mas as luzes não me pareciam iguais aos das “cidades flutuantes” de minha imaginação infantil!



quarta-feira, 27 de julho de 2016

TUDO QUE É BOM, DURA POUCO!



Tudo o que é bom, dura pouco! 

O empobrecimento da língua portuguesa está crescendo de forma acelerada. A culpa pode estar em várias causas e, também e, talvez, principalmente, nas mudanças introduzidas no modelo educacional do Brasil. A retirada pura e simples de práticas que eram boas no passado e hoje não o são mais!  Muita psicologia educacional com pouca efetividade  na prática educacional pode ter acelerado esse processo de empobrecimento linguístico pátrio.   . O  “emburrecimento” e empobrecimento da  escrita aliada a falta de leitura,  não permite o uso de linguagem correta ou mais ou menos correta. A linguagem culta do passado  está desaparecendo a cada ano, desaparecendo e algumas universidades e faculdades, estão oferecendo e diplomando bacharéis  “analfabetos” do terceiro grau!

Na crônica A INTERNET UNIU O MUNDO E SEPAROU AS PESSOAS (http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2015/09/a-internet-uniu-o-mundo-e-emudeu-as.html) escrita e publicada em 11 de setembro de 2015, disse que a internet tinha  unido o mundo e separado as pessoas. A internet retirou as  fronteiras do mundo e criou fenômenos que vão da transformação das amizades verdadeiras em amizades virtuais e, junto,  também foi responsável pelo emudecendo pessoas as usam  para o bem e para o mal. Além de afastar as pessoas, a internet as idiotizou também, causando graves deformações em costumes que eram comuns no passado, como o namoro olho no olho, com um irmão sentado entre o casal, contato da pele na pele, enfim, tudo mudou para melhor e para pior, depende do ponto de vista que cada um analise.. O mais grave de tudo, porém, foi a completa  idiotização está  levada à escrita, assassinando língua portuguesa lentamente, difícil, mas gostosa  quando se pratica. Pelas redes sociais, pessoas começaram a abusar das abreviações e encurtamentos de palavras e findam esquecendo completamente como são escritas no fora do mundo digital.

Com isso, o mercado de trabalho está sendo prejudicado e pessoas desempregadas  que buscam retornar a ele, não conseguem porque não sabem mais escrever nada. Como empregador que fui por 12 anos,  entrevistei candidatos para alguma função, com excelentes currículos, mas os derrotava ao pedir que redigissem uma carta pedindo emprego e justificando o porquê do pedido. Perdiam-se na escrita e, no ditado que fazia sempre depois, os candidatos se eliminavam sem que eu precisasse fazer nada.. Falar usando gírias é uma coisa; escrever com gírias é outra não recomendável em qualquer tentativa de novo emprego!  Para melhorar o sistema educacional no Brasil, continuo defendendo à volta do ditado, cópia, sabatina de matemática, leituras de livros em voz alta na em sala etc, ou seja, à volta de matérias como educação moral e cívica e organização social política brasileira, que eram extremamente positivas e foram simplesmente excluídas. Os professores pelo menos seriam mais respeitados porque para cada direito, se aprende que tem-se um dever a cumprir antes.

Ou seja, tudo o que era bom, dura pouco!






terça-feira, 26 de julho de 2016

"A LUA E EU"



Não foi só mais “um ano que se passou”, como compôs  e gravou o cantor Genival Cassiano dos Santos, nascido em Campina Grande/PB, e nacionalmente conhecido com a música “A Lua e Eu”,  como “Cassiano”. Com a ascensão e mudança do gosto musical no país, você e outros tantos bons compositores e cantores sumiram, descartados pelas gravadoras que preferem vender CDs com sucessos meteóricos, de qualidades duvidosas e logo esquecidos pelos ouvintes!


Cassiano, ao compor e gravar a música “A Lua e Eu”, em 1975, talvez não tenha observado as “pegadas”  as muitas deixei pelos caminhos que percorri. Se as viu,  talvez não soubesse que eram minhas para deixar de ser vendedor de picolé, jornais, cascalho, sacos para guardar peixe dentro do mercado Adolpho Lisboa até ter me tornado jornalista/assistente social, teórico social e professor aposentado por invalidez em 2009, com muito estudo e determinação. Se as percebeu, talvez tivesse pensado que não eram as minhas, mas “não sei”, mas “eu sei”, “eu sei”... Eram as minhas, Cassiano, foram apagadas que deixei, todas, porém,  apagadas pelo progresso sempre implacável que constrói sonhos e destrói lembranças!


Tinha 15 anos quando Cassiano compôs e gravou essa linda música. Já se passaram 41 anos de sua linda composição, que adorava ouvi-la tocando nas rádios Am de Manaus, na minha adolescência. Viajava até a lua enquanto seguia imaginando o que viria a ser na vida. Tinha muitos sonhos e ideias que abandonei: queria ser ator de teatro no Grupo de Álvaro Braga, queria ser pintor, queria...queria ser escritor e comecei a escrever poesias no Grupo Escolar Adalberto Vale, para vencer minha timidez, enquanto seguia “caminhando pela estrada”, vendendo picolés e jornais, cascalhos....Deixei pegadas sobre os trilhos de bondes,  paralelepípedos das ruas que pisei que enfeitavam o passado de Manaus, com suas lindas palmeiras imperiais enfeitando a Praça da Matriz! O Cassiano não deve  tê-las visto porque todas foram encobertos pelo asfalto negro do progresso...

Certo estava  irreverente e polêmico apresentador de TV, desenhista de moda e ex-deputado federal Clodivil Hernendez quando afirmou em uma de suas últimas entrevistas para  a TV, se expressando diretamente para a sempre companheira “lente da verdade” que “que depois que b...e corpo bonitos passaram a gravar, vender e fazer sucesso no Brasil, só faltava alguém puxar a descarga do vaso sanitário para descer a m...produzida como cultura musical”.

Passaram-se 16 anos sem ver a lua tão linda me paquerando. Ela, lá no céu olhando para mim e eu olhando para ela, sentado em na mesa de um bar, sentado, tomando água tônica, esperando o momento do lançamento da Revista ITA News, do amigo Sócrates Paiva, que foi apanhar-me em casa com sua esposa, Socorro Paiva. Saía na companhia de minha esposa Yara, mas nunca tinha visto uma lua tão lindo como a que vi no sábado à noite, olhando para mim e eu olhando para ela, admirando tudo, como se nos enamorássemos como se fosse a primeira vez!


No bar da itaoatiarense, “Gestinha”,  que cantava com suave, maravilhosa, e muito ritmada,  reencontrei  com os cabelos cor de prata  o antigo professor  de química do Instituto de Educação do Amazonas, Ivo Vital,  acompanhado com sua esposa. Ele foi à mesa cumprimentar-me.  Tirei fotos com os casais Lucia e Arnold, enquanto sentada  ao meu lado,  estava Silvia Paiva, irmã de Sócrates Paiva. Ela  ofereceu-me um caldo grosso que me fez lembrar a “crista de galo”, que Josefa Costa, minha mãe, costumava fazer para seus filhos quando morava na comunidade do Varre-Vento, no município de ITA, também é conhecido como  “Velha Cerpa”.


E lá no alto no céu, a lua continuava me olhando; eu, olhando-a. Estávamos nos admirando, talvez! Será que ela queria me dizer alguma coisa com sua luz tão clara? Talvez, mas como o professor e filho da “Velha Cerpa” nada me ensinou sobre a química para entender a linguagem da lua, fiquei sem poder me comunicar com ela, tão linda e maravilhosa que estava naquele sábado no pré-lançamento da Revista Ita News.  Se soubesse, talvez o professor também  tenha se esquecido de me ensinar linguagem lunática, para poder entender porque a lua clareou meus passos até o veículo do Sócrates Paiva, que me trouxe de volta para casa. Tal e tanta eram a beleza da lua, que me esqueci de agradecer pelo seu gesto tão carinhoso de acompanhar-me, clareando todos os locais que pisava para não tropeçar e cair. Uma pena, que o professor Ivo Vital  não tenha me ensinado sobre a química que envolve a lua e os escritores. Eu teria entendido pelo menos a linguagem da luz que clareava meu caminho rumo ao automóvel do amigo!


Se tivesse, garantiria o segredo e não o revelaria a ninguém, nem mesmo sob a tortura da ansiedade que passei a sentir depois que soube voltarei à comunidade do Varre-Vento! “O vento me faz lembrar você”, meu Varre-Vento!


Nós reencontraremos e talvez não veja mais as folhas caídas dos pés de cacau cultivados pelo meu avô, nem sua plantação de folhas de tabaco que colhia para ser secadas  ao sol e depois picadas com faca e transformadas rapé que ele cheirava dentro de uma lata, nem o pé os pés de árvores frutíferas do quintal da minha avô. O  fenômeno das terras caídas levaram-nas todas e, junto, também levaram a sepultura de minha irmã, Ivete Costa, falecida de uma febre misteriosa. Em breve, depois do lançamento da revista ITA News, produzida pela PAIVA PUBLICIDADE E PROPAGANDA, nos reencontraremos! 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

WHATS X JUSTIÇA! (ATÉ QUANDO?)


“Bloquear o celular é fácil...quero ver bloquear o sinal do celular nos presídios”.  

Esse irônico protesto contra o bloqueio do whatsapp, recebi e postei no facebook depois quando a rede social teve o bloqueio imposto pela juíza Daniela Barbosa Assunção de Souza, da 2ª Vara da Comarca de Duque de Caxias, derrubada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Levanwoski, dizendo: “não se revela plausível que um magistrado, para atender a uma situação específica, prejudique milhões de usuários que dependem do WhatsApp para se comunicar”. Diante disso, achei pertinente à crítica. Até quando e quantas vezes mais  o bloqueio do whatsapp  será  determinado e derrubado pela  justiça?.

Logo depois que a rede social foi liberada por decisão do Ministro, recebi outra críticas irônicas,  uma delas dizendo que “com a interrupção do whatsapp, mãe tinha encontrado sua própria filha dentro de casa”,  Essa crítica é verdadeira. As redes sociais uniram o mundo e separaram as famílias. Contudo, a mais critica que recebi foi sobre a existência real a permanência e uso de aparelhos celulares dentro dos presídios.  Os detentos usam celulares  de forma livre e impunemente.  Até hoje, passados vários anos depois do anúncio da implantação de bloqueadores de celulares no entorno das prisões não se chegou a uma definição concreta sobre sua implantação. Dizer, anunciar, propagar é muito fácil. Implantar, cumprir o que foi prometido não é tão fácil. Como exemplo, cito o anunciou do   Plano Nacional de Banda Larga de alta velocidade a um preço de R$ 39,90 por mês, nunca passou de promessa à realidade.

Até o ex-vice-presidente falecido José Alencar, do Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quase ia se deixando cair em um falso telefonema  de dentro de um presídios, dizendo que a filha dele estaria sequestrada. Mas conseguiu falar com a filha e denunciou o golpe, prometendo mais uma vez que lutaria para implantar bloqueador de celular para inibir esse tipo de golpe que já fez vítima em todo o Brasil.

Desde abril que o facebook, proprietário da rede social whatsapp, passou a pitoctografar todas as mensagens que circulam pela rede - O pictograma surgiu em forma de letras embaralhadas. O primeiro sistema de representação pictórica internacional foi desenvolvido pelo movimento “ISTYPE”, em 1920, iniciado por Otto Neuwath, em Viena, através de desenhos. Depois, foi usado em 1964 por Nosaru Katsumi, para as olimpíadas de Tóquio. Mais tarde, em 1972, o designer alemão Off Alcher criou pictonogramas para Olimpíadas da Alemanha e em 1976, o “American of  Graphic Arts” criou um departamento de transporte nos Estados Unidos, para sinalização e se tornou padrão, desde então para tudo - Entretanto, a Justiça insiste em bloquear totalmente o funcionamento  do whats, alegando descumprimento de solicitações judiciais em casos investigações de quadrilhas que também usam a rede de comunicação para troca de mensagem e encomenda de drogas.   O pictograma é uma forma de letras embaralhadas que só podem ser lidas pelo destinatário da mensagem. Não podem ser rasteadas por ninguém. O que precisa é existir um limite para a ação da Justiça e um marco regulatório para que o whats, não seja novamente bloqueado.

Tecnologia para esse bloqueio restrito de celulares e redes sociais nos presídios já existe sem prejudicar o sinal dos moradores do entorno dos presídios, motivo alegado para não terem sido implantados até hoje. A falta de cumprimento da promessa de bloqueio de celulares nos presídios, sem prejudicar outros usuários, nunca ocorreu.

É um absurdo e já chega ao cúmulo do descaso com todos os brasileiros!


terça-feira, 19 de julho de 2016

TEMPO VIVIDO OU "TEMPO PERDIDO"? (À leitora Sonia Charamitara)

                                        
Como garante a composição da música  “Tempo Perdido”,  gravada pelo grupo “Legião Urbano”, com brilhante e emblemática composição do excepcional intérprete da vida urbana Renato Russo,  “todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou”, também não tenho muito tempo e nem tenho todo o tempo do mundo, porque  “todos os dias  antes de dormir”, nada esqueço e só lembro  do tempo bom que vivi no tempo de adolescente na comunidade do Varre-Vento querido, no Município Amazonense de Itacoatiara. Decido “sempre seguir em frente/Não temos tempo a perder”. Mas sei que não tenho mais  muito tempo para viver.  Quando acordo pela manhã, já terei vivido um dia a menos e me faltará um dia  a menos para continuar vivendo, matando um leão por dia, como sempre me dizia o empresário Francisco Saldanha Bezerra.

Não tenho um “suor sagrado”,  Se tenho,  “é mais belo que esse sangue amargo” e também “tão mais sério e selvagem”  do que imaginam que possa ser a força e fé na vida que me persegue e eu a persigo. Enfrento meus próprios medos “selvagens”. “Veja o sol dessa manhã tão cinza/A tempestade que chega...” não me permitindo ler os livros que recebo de amigos,  Gosto de lê-los, mesmo usando um óculos 8,5 graus e sem visão periférica. Os livros que leio me fazem viajar com prazer em suas narrativas. Mas  sei que terei  pouco tempo para viver .  Já  não faço meu próprio tempo como fizera antes com  o curso de “Administração do Tempo”, na Universidade de Brasília.  Continuo, agora, só com  a missão sagrada de  escrever o que sinto e gosto para apreciação e crítica dos leitores pelas redes sociais. “Então me abraça forte/Me diz mais uma vez que já estamos/Distantes de tudo...” . Como escrevi, já não faço mais meu próprio tempo.  Meu tempo que já passou é agora, o hoje, o já! “A tempestade que chega, já não é mais “da cor dos teus olhos/Castanhos”  distantes de tudo, principalmente dos problemas  “todos os dias quando acordo”. 


“Não tenho medo do escuro”.  No passado, já vivi no escuro, aprendi à luz de lamparina, mas “o que foi escondido é o que se escondeu/E o que foi prometido/...(alguém) prometeu” e  não cumpriu. “Não tenho medo do escuro/Mas deixe as luzes acesas agora” porque não quero voltar a viver de novo na escuridão de tudo! Não sou mais tão jovem. Será que vivi um tempo perdido ou não deixei de viver e me perdi no tempo que me engoliu completamente?



segunda-feira, 18 de julho de 2016

AS PARTES DE MIM...


Uma parte de mim reprime,
Outra; deprime!
Outra me faz andar,
(rápido ou devagar),
Tropeçando nas estrelas que brilham no céu,
Na lua que clareia o amor dos enamorados,
Caminhando e desviando-me nas ruas cheias de buracos,
Nas calçadas desniveladas de Manaus!
A vida não fácil ser vivida!
Mas, a parte de mim que faz caminhar me dá a certeza:
Hei de chegar!
Não sei  se  para ficar ou voltar!
Em forma de lembranças (só para chatear),
De saudades (só para machucar)

Ou se  irei para nunca mais voltar!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

DEPOIS DA PONTE...


Sei que depois da ponte, haverá uma fonte. Nela, matarei a sede e existirá uma rede na qual descansei meu corpo velho e enfraquecido pelas infecções hospitalares.  Mesmo que tenha dificuldades e o caminho seja muito difícil, hei de alcançar o objetivo de atravessar a ponte e alcançar a fonte.  Nada impedirá a um ser determinado a alcançar suas metas, a não ser Deus. Contudo,  já tive 11 oportunidades de residir ao lado do Criador de todas as coisas, mas Ele se recusou a levar-me. No dia anterior à oitava em menos de 30 dias estava muito nervoso. Estou estabilizado. Não curado! Sei que haverá uma ponte e uma fonte a esperar-me na eternidade!

Em todas as cirurgias para tratar de um empiema cerebral que sofri em 2006, sempre vi a morte de perto e ela estava viva.  Trocávamos olhares, mesmo quando uma luz branca e forte impediu-me de vê-la. Uma luz branca e forte seguia-me quando tentava virar para um lado ou para o outro. Só conseguia ver, pessoas de jalecos brancos ao redor da maca. Teria sido  sonho, ou delírio, tentavam ressuscitar-me? Senti os choques elétricos e eu pulava na maca a cada choque que recebia. Cheguei a pensar ter sido ressuscitado.  Na UTI, para onde fui levado depois,  ligaram equipamentos para monitoramento e, quando me senti bem, perguntei se tinha sido ressuscitado pelos médicos ao chegar e disseram-me que tinha entrado bem e tudo não passara de um sonho ou um delírio. Mas, como se vi as luzes brancas cegando meus olhos e as pessoas de branco ao meu lado? Seriam os anjos que teriam me socorrido quando eu queria desistir? Talvez!  

Ou teria sido só mais um aviso de Deus querendo avisando-me alguma coisa através de seus “anjos” de branco ao redor de meu leito de cirurgia?  Depois confirmei com o médico neurologista Dr. Dante Luis Garcia Rivera e disse-me que tinha sido uma das melhores cirurgias que tinha feito em meu cérebro. De todas as 7 que fizera antes, “oitava tinha sido a melhor”, disse-me. Antes da cirurgia, pedi ao pastor R. Rafael de Queiroz Sobrinho, que rezou em minha cabeça. Dormi tranquilo e até sonhei. Talvez a tranquilidade do médico tenha explicação na reza. É por tudo isso que sei que depois da ponte que atravessarei, aguarda-me uma fonte de águas que matam todas as sedes e uma rede para descansar o corpo, que ganhará vida eterna e me tornarei apenas lembranças aos que me conheceram e conviveram e convivem comigo, mesmo que me conheçam só através dos escritos. Aos demais que não me conheceram, passarão a me conhecer. Aos que me desejaram mal, irão sofrer, embora não seja o que desejo para ninguém. Não carrego mágoas, ódio ou rancor em meu coração.


Sei que todos atravessarão a ponte e, apenas, alguns encontrarão a mesma fonte no deserto para matar suas sedes...! 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

JUSTIÇA NÃO DEVE SE MISTURAR COM POLÍTICA!


Quando o interesse político partidário invade o poder judiciário, ambos  ficam desacreditados em seu todo!  

Para manter a credibilidade de seus magistrados, o poder judiciário não deveria se politizar, passando a defender outros interesses que não os somente de aplicar as frias letras das Leis, muitas injustas, outras aéticas e nem todas morais, embora sejam leis criadas pelo Poder Legislativo, também corrompido por interesses financeiros. Assim, nem todas as leis criadas e as decisões tomadas pelos magistrados, passam a ser justas em seu todo e muitas não alcançam e se comprometem com componentes  éticos e morais em seus propósitos. Apenas interesses pessoais imediatos, comprometendo todo um sistema.

Como prova do que estou afirmando, o Ministro Gilmar Mendes, do STF negou “habeas corpus” em favor do desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre, Dirceu Almeida Soares, acolhendo parecer do Ministério Público Federal.  O desembargador é acusado de estelionato e formação de quadrilha.  A defesa do magistrado, além de pedir a o remédio jurídico, queria que o desembargador fosse reintegrado ao cargo, até o julgamento do mérito da ação, mas não obteve êxito. O magistrado já teria sido absolvido por acusações de infrações administrativas apontadas como crimes na ação penal em andamento no STJ.  A defesa pediu que o STF reconhecesse a ocorrência de falta de justa causa para a ação penal, mas não teve êxito.


Outras estranhas decisões envolvem outros membros do Poder Judiciário em diversos Estados, como no de Alagoas, onde o desembargador Washintgon Luiz Damasceno Freitas, presidente do Tribunal de Justiça do Estado, estaria envolvido em três assassinatos e fora flagrado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, tramando com autoridades a continuidade de seus desmandos. Ele próprio também foi político e responde ao maior número de processos investigatórios junto ao Conselho Regional de Justiça.

O desembargador Rondon Bassil Dower Filho, em janeiro, recorrendo ao artigo 400 do Código de Processo Final, garantindo que o réu da “Operação Ventriloquo”, deflagrada nos Estados de Alagoas e Mato Grosso, que levou à prisão o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o ex-deputado José Riva, ao deixar a prisão negou que tivesse pedido “um por cento” do desvio de mais de 9 milhões ocorridos na ALE/MT.  Ele confessou o esquema, mas negou envolvimento.   Anderson Flavio Godoi,  ex-procurador da Assembleia Legislativa, pela estranha decisão do desembargador Ronaldo Bassil Dower Filho, só deve ser  interrogado só no final da instrução processual, após a oitiva de testemunhas arroladas pela acusação e a defesa.


Política e justiça quando se misturam, fica complicado separar e entender determinadas decisões, por mais que sejam justas, fundamentadas porque elas se confundem. Contudo, se um determinado magistrado decidir ser político, deve pedir exoneração do Poder Judiciário ficando impedido de voltar à antiga função para não contaminar o Poder de onde ele veio! O Jornal Eletrônico Valor Econômico (http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI139019,81042-CNJ+enfrenta+esquemas+de+corrupcao+nos+Estados+afirma+Valor+Economico) garante que o Ministro César Peluzo, do CNJ está apurando denúncias de corrupção envolvendo membros do poder Judiciário com desvios de verbas, venda de sentenças, contratos irregulares, nepotismo e favorecimento na liberação de precatórios. Em pouco mais de dois anos, o Conselho Nacional de Justiça, em correições, descobriu casos de pagamento de 13º a servidores exonerados e contratação de serviços de degustação de café por juízes e até saques de milhões em sentenças negociados pelos próprios magistrados.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

IMPOSTO ÚNICO OU "SONEGÔMETRO"?


Enquanto os dois milhões de eleitores que assinaram que assinaram uma petição pública a pedido do Ministério Público para combater com mais rapidez e menos burocracia o galopante processo de corrupção pública, continua dormitando em meio aos burocráticos e tenebrosos  meandros da política brasileira com os temidos e terríveis parlamentares federais da atual legislatura, um impostômetro foi implantado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, como forma de protesto, para informar quanto está se sonegando de imposto no Brasil. O “sonegõmetro”, mostra que 300 milhões de impostos federais já foram sonegados, até o dia  6 de julho. Será que o Brasil precisa sonegar tanto  só porque o “imposto é caro” ou seria  “caro devido a sonegação?” A simplificação tributária poderia ser  uma solução durante a Reforma Tributária,  para o grave momento que o Brasil atravessa!

Não seria o momento de se ressuscitar a ideia do imposto único lançada em campanha presidencial pelo então ex-deputado federal Álvaro Valle e seu vice Afif Dominguez? A ideia seria um Imposto Único sobre todas as movimentações financeiras e bancárias. Essa proposta,  agora, também, passou a ser defendido  pelo economista Marcos Cintra, como forma de realizar a tão sonhada, desejada, discutida e  nunca realizada, e desconsiderada reforma tributária no Brasil,  que  já alcança  35%   do PIB Nacional!  A explosão do arrocho nos impostos começou na década de 90.  O Governo Federal não precisou fazer muito para aumentar a sua arrecadação. Foi só não conceder reajuste a n do Imposto de Renda que mais trabalhadores recebendo baixos salários, passaram a fazer parte dos novos contribuintes antes não atingidos.  Com essa prática simples e sutil, quase imperceptível para todos, mais pessoas entraram nas várias faixas de cobrança e passaram a ser descontado pelo Imposto de Renda na Fonte.

Hoje, a carga tributária do Brasil obriga à exigir a criação de verdadeiros departamentos  dentro das empresas, só para saber se novos impostos foram criados durante o período entre o último imposto e o momento atual do pagamento dele. Também exige mais fiscais para o serviço de combate a sonegação e muito mais despesas para todos, gerando o que já foi chamado em passado de “custo Brasil”, que poderia ser evitado. O imposto único desoneraria tudo e principalmente os efeitos maléficos sobre todos os setores econômicos,  eliminaria a guerra fiscal não declarada, mas presente entre os Estados e tudo seria mais simples. Reunindo todos os tributos em um só, como chegou a ser a antiga e famigerada  CPMF, derrotada  no Congresso Nacional,  menos gastos em todos os níveis seriam realizados e o Brasil poderia voltar a crescer com confiabilidade e segurança, sem muitos atropelos.  

Contudo, há muito tempo se discute a reforma tributária, mas nunca os deputados federais e senadores a levam à sério como deveriam.   “O imposto é alto e eu sonego”  era uma frase usada durante o Governo Militar, que cresci ouvindo. O  “sonegômetro”, é prova que essa frase nunca se tornou tão verdadeira como agora. O painel contabiliza  um valor de  R$ 300 bilhões de reais em sonegação, sem contar as corrupções praticadas por muitos políticos, que se negam a indicar membros para a Comissão Mista que discutirá as propostas do Ministério Público de combate à corrupção, com mais de 2 milhões de assinaturas recolhidas.


Quantos protestos iguais ao iniciado pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) ainda serão necessários ocorrer para que os representantes do povo reconheçam que já passou da hora de se realizar profundas reforma política, tributária, bancária, judiciária e econômica no Brasil e que todos levem a sério os investimentos que realizam no país? 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

"LÁGRIMAS DE CROCODILO!"


Fica muito difícil entender e interpretar as razões do choro do deputado federal Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal! Fica difícil porque poderia ser de “alegria” por ter conseguido afastar por impeachment a presidente - até hoje sem responder a qualquer processo investigativo-  eleita Dilma Rousseff,  mas também poderia ser de tristeza por ter consigo entregar afastar uma pessoa até agora honesta e entregue Governo do Brasil a um presidente sob suspeita que formou o Governo Michel Temer com  vários ministros investigados pelo Supremo Tribunal Federal – STF, alguns dos quais já deixaram seus cargos e mordomias depois de novas denúncias de envolvimento em novos atos de corrupção contra eles.

Dá para fazer várias interpretações sobre o choro do deputado, ao renunciar à presidência da Câmara Federal. Uma delas, menos provável, seria que estaria chorando de pena dos mais de 11 milhões de trabalhadores que perderam seus empregos ou só por ter certeza porque perderá a casa da presidência da Câmara e todas as mordomias que continuava a manter mesmo afastado pelo STF por comprovação de que o parlamentar estava - e continua, ainda – interferindo contra o seu processo de perda de mandato, que se arrasta com idas e vindas há mais de 8 meses, o mais longo da história da Comissão de Ética da Câmara.

Talvez fosse, ainda, que Eduardo Cunha chorasse de alegria e felicidade, com lágrimas de crocodilo ou de cobra venenosa - que pica a vítima distraída e se esconde no mato,  por saber ter conseguido mais uma vitória da Comissão de Ética da Câmara, com seu aliado político, deputado federal Eduardo Fonseca, que pediu que todo o processo já votado e aprovado por 11 votos a 7, fosse anulado e votado tudo novamente! É muita força para um deputado investigado pelo STF e com vários processos investigatórios instaurados contra ele, que se diz provará sua total inocência no decorrer do processo.


Eduardo Cunha continua negando que seja o dono das 5 contas descobertas na Suíça em seu nome, mas apenas usa os lucros das aplicações feitas pelo banco!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

CORRUPÇÃO x USAIM BOLT


Se a modalidade “corrupção” fosse inscrita e disputasse provas nas próximas olimpíadas no Rio de Janeiro, no Brasil, não sobrariam medalhas para mais ninguém, porque até no Ministério do Esporte foram reveladas esquemas de corrupção, envolvendo outras modalidades de esquemas: o dinheiro era liberado pelo Ministério dos Esportes às Confederações para preparar atletas, mas não era aplicado em suas preparações. Até o ex-ministro Orlando Silva, é acusado de receber propina em uma garagem em Brasília. Cinco pessoas envolvidas no esquema de desvio de recursos no projeto “Segundo Tempo”, foram presas e acusaram que o Ministro de também estar envolvido na corrupção.

Essa é só mais uma faceta desse atleta voraz chamado corrupção, que segue na frente de todos outros corredores mais experientes, como  o velocista jamaicano, Usaim St Leo Bolt, conhecido no mundo do atletismo como Usaim  Bolt, recordista em provas de velocidade. Usaim Bolt é multicampeão olímpico e mundial, além de ser recordista mundial dos 100 e 200 metros, além do revezamento 4 X 100 como integrante da equipe da Jamaica.   

Mesmo com todo esse excepcional currículo do excepcional atleta que assombrou o mundo ao correr 10 metros abaixo de 9 segundos, a corrupção, em qualquer das disputas que competisse, seria sempre a mais  sofisticada e rápida do o velocista jamaicano, o   único atleta na história a se tornar tricampeão em três modalidades de Jogos Olímpicos de forma consecutiva e conquistar seis medalhas de ouro em provas de velocidade, além de ser onze vezes campeão mundial em sua modalidade.

Se o atleta olímpico “corrupção” envolvendo políticos, ministros e ex-ministros que já deixaram o Governo Temer, substituto da afastada presidente Dilma Rousseff, fosse inscrito nas próximas olimpíadas, ganharia com folga, todas elas e modalidades que disputasse.

Felizmente, o juiz Aldo Moro, contestado e fatiado em seus propósitos altruístas, continua conseguindo fazer uma assepsia nas esferas do Poder e, por isso mesmo, está sendo combatido entre os políticos envolvidos em corrupção e que detém o comando político do Brasil.


Porém, nas várias etapas e desdobramento das investigações da Operação “Lava Jato,”  vão sendo revelados os meandros e os imensos tentáculos  da corrupção que se instalara dentro e fora do Governo.  Mandados de prisão estão sendo expedidos cada vez com mais intensidade e todos ganham dinheiro e perdem porque gostam em suas defesas. A sorte é que a operação que começou em um posto de combustível em Brasília deixou de ser do juiz federal do Paraná, Sérgio Moro, apenas de um partido político no poder ou de todos os que estão fora dele e querem alcançá-lo ou de quem vier a assumir o Governo do Brasil: a Lava Jato passou a ser do Brasil!  

terça-feira, 5 de julho de 2016

O AMOR E SUAS FORMAS!

O amor é um sentimento muito complexo!
(com vários sentidos)

Oh! O Amor!
Ah! O amor
Oh! O Amor:
Muitos falam;
Poucos entendem,
Vivem e o definem com clareza!
O AMOR carnal entre um homem e uma mulher
É apenas
 Para ser  vivido,
 Experimentado.
Outras formas de amor,
Servem para ser compartilhadas.
 (nunca definido!)


segunda-feira, 4 de julho de 2016

CARTA PARA LEIA LACERDA! (“ao Invés de registrar a vida dos outros, eu registro a minha”)


Sua postagem na linha do tempo do facebook, se questionando por que as pessoas queriam  saber a razão de você se fotografava tanto, com a resposta  - “ao invés de registrar a vida dos outros, eu registro a minha” – deixou-me confuso e pensativo. É Leia Lacerda, para que você está certa, mas em parte, apenas.

Nunca esqueça que todo narcisismo em excesso  é prejudicial ao mundo que lhe cerca.  Você não é uma ilha isolada. Cuide de registrar-se em sua própria vida, mas não se esqueça que nada gira só em torno de você, mas do coletivo, da vida como um todo. A noite e o dia nascem para todos.    Muitos não os percebem porque ou dormem durante a noite ou trabalham durante o dia em escritórios com luzes artificiais e não veem qualquer beleza além do que lhes já parece belo. Nunca se esqueça disso, Leia Lacerda!

Em princípio, confesso,  que achei seu comentário, meio voltado para si mesma, mas refletindo um pouco mais, percebi que as pessoas se preocupam mesmo, muito com a vida dos outros e esquecem de suas próprias vidas, com virtudes e defeitos, como fotos coloridas ou em preto e branco que se  desbotam pelo tempo!  Lembre-se sempre, que todo bom navegador não  reclama do vento forte; mas o usa a seu favor, direcionando as velas e para chegar mais rápido ao destino desejado e fazer uma foto perfeita. Assim é a vida, que vai passando como se fosse uma foto e ficando também desbotada pelo tempo! Para que registrar e se preocupar mais com mais com a vida dos outros do que com a sua própria?! Se você estiver feliz, fará as outras pessoas a sua volta  igualmente felizes, bastando estar feliz consigo mesma e distribuir isso com os outros! Sempre teremos um vento forte soprando contra  nós ou uma foto ficando desbotada pelo tempo.  Nem o tempo e nem a foto devem ser ignorados totalmente, mas sê-los usados como meta para alcançarmos mais rapidamente o que pretendemos, antes que a foto fique desbotada.  A vida é perfeita. Nós é que a complicamos demais, buscando coisas onde elas não existem!

Lembre-se que sempre antes de empreender a qualquer meta traçada, ou tirar uma foto de si mesma, a qualquer instante de amadurecimento cronológico, pode e deve traçar um mapa, elaborar  um projeto, definir objetivos claros e lutar para realizá-los. Se for apenas fazer uma foto pelo celular, ótimo. Sei que você conseguirá. Porém, saiba que nem todos os objetos e metas  serão conseguidos, como àquela foto perfeita. Nem tudo será alcançado como deseja. Mas tente iniciar e concluir uma boa parte deles. Se conseguir mais de 50% do que projetou, já terá sido uma foto perfeita,  uma vitória para você e para o mundo! Nunca se deixe abater pelos tropeços que dará pelo caminho em busca de seus objetivos de uma foto perfeita.  Eles serão muitos e nem todas as suas fotos ficarão boas! Use os tropeços e as fotos ruins que fizer como alavanca para chegar sempre mais longe e alcançar suas metas completamente. Caminhe sempre mais rápido rumo ao que pretende alcançar, como se fosse para uma bela foto. Também nunca se alcançará 100% de tudo o que desejar!

Não queira ser sempre o centro da foto e das atenções. Se contente em ser o centro de suas próprias atenções porque a vida é bela e ingrata e devemos registrá-la a cada momento. O tempo corre muito rápido, nunca será possível a uma pessoa se declarar realizado em tudo o que projetou, mas pode se sentir realizado com uma simples foto mesmo as  mal enquadradas, desfocadas, porque isso faz parte da vida humana. Fique contente com as conquistas que tiver alcançado e agrada a quem quer que seja por tê-las conseguido.  Eu agradeço a Deus por me permitir viver a 16 anos, infectado por bactérias hospitalares incuráveis e tomando remédios fortes todos os dias.

Quando se traça um objetivo, meta e entendemos que tudo o que for conseguido de bom ou de ruim durante a vida que Deus nos deu para vivê-la aperfeiçoando-a a cada instante, pode se voltar contra nós, tomamos posse de nosso próprio destino em nosso próprio destino.  As coisas que nos pareciam ter sabor amargo em um primeiro momento, se  tornarão doces por completo o que lhe parecia  ruim! Se for bom o resultado, terá sido por mérito próprio. Se for ruim, não significa que você fracassou ou que deva desistir de seus propósitos. Terá  sido apenas  um pequeno tropeço ou percalço em seu caminho.  Mas não desista nunca!. Tente outra vez. Tentar, acertar ou errar vem de uma mesma decisão: a vontade de não desistir.

Sem meta, propósito, objetivo e um vento forte a nos conduzir rumo a um porto seguro, corremos o risco de nos perder pelos tortuosos e difíceis caminhos da vida. Ninguém nasceu para ser infeliz. Nós próprios, construímos ou destruímos a nossa felicidade.  Deus nos deu o livro arbítrio para escolher o melhor caminho, mas infelizmente temos a mania de escolher sempre o mais longo, o mais difícil, nos perdemos pelo caminho mais curto e fácil  e talvez nunca venhamos a alcançar  um porto seguro para dizer para si mesmo:  “Cheguei, onde queria!”


A vida é ótima. Nós é que a dificultamos demais, Leia Lacerda! Continue se registrando em fotos seus momentos, mas nunca esqueça que o mundo gira em torno de todos coletivamente!  Boas fotos, leitora!

sexta-feira, 1 de julho de 2016

ROTINA!



Acordo com o som  de pássaros,

(A felicidade!)

As crônicas e poesias que escrevo;

(O prazer!)
Da orquestra desafinada de cães no Mundi;
(O  desespero!)

Da Deus, solidão e remédios;


(O alimento para viver!)