sexta-feira, 29 de julho de 2011

'TURNO DA FOME: AMAZONINO FOI QUEM O IMPLANTOU!



O prefeito Amazonino Mendes que me desculpe, mas quem decidiu criar o Terceiro Turno, ou o “Turno da Fome”, como ficou mais conhecido na última eleição e findou virando “cavalo de batalha” entre os dois candidatos no segundo turno, foi ele próprio  na época em que era seu secretário municipal de Educação, o professor Raimundo Theodoro Botinelly.

Portanto, não era preciso festejar nada ao conseguir construir Escolas para receber os alunos com mais dignidade e respeito.

Antes da implantação do Turno Intermediáro, para quem não se lembra, Amazonino Mendes criou na  “Praça da Polícia”, em frente ao Colégio Estadual,  tendas de lona como Escolas que passou a chamar de “Projeto Meu Filho”.

Depois, implantou banheiros químicos na mesma Praça, que ficou conhecido como “Projeto meu Pau”. Em seguida, para resolver definitivamente o problema, seu secretário municipal de Educação propôs a implantação de um turno intermediário, depois do fim das aulas e antes de começar o turno da tarde.

Está certo que os prefeitos que vieram depois de Amazonino Mendes, não tiveram competência para acabar com o “Turno Intermediário”, construindo escolas para receber as crianças em idade escolar. Era cômodo demais se preocupar com isso. O “Turno Intermediário”, implantado por pura falta de Escolas Municipais, aparentemente tinha resolvido o problema, mas não era verdade!

Mas não precisava tanta festa para anunciar que Amazonino Mendes havia acabado com o Turno Intermediário!

O criador do Projeto Intermediário, deve ter tremido no túmulo ao saber que seu projeto emergencial ainda existia e passou a ser chamado pelo criador Amazonino Mendes de “turno da fome” durante a campanha eleitoral. O professor Botinelly, não teve qualquer culpa por isso! Ele era só um subordinado e o implantou.

Mesmo assim, as comemorações não deveriam ter sido tão cheias de placas em baixo de viadutos,  anúncios e matérias jornalísticas. Seria suficiente o prefeito ter anunciado de forma simples e sem alarde que  “Turno da Fome” havia acabado definitivamente, como ele prometera durante a campanha.

Como uma gratidão ao criador do Turno Intermediário,  a Prefeitura de Manaus talvez tenha dado o nome de uma Escola a esse incansável professor, meio esquecido entre a geração mais recente!

As comemorações de forma tão ostensiva seriam dispensáveis! Ô povo de memória curta, hein!?

quinta-feira, 28 de julho de 2011

EVANDRO CARREIRA, UM SENADOR ALÉM DE SEU TEMPO!



Senador eleito pelo Amazonas na quadragésima quinta legislatura do Congresso Nacional, no período de 1975 a 1983, Evandro das Neves Carreira, professor e advogado, vereador eleito no período de 1959 a 1963, eleito o melhor orador do Brasil, recebeu uma justa e merecida homenagem na Câmara Municipal de Manaus. Dentre as tantas homenagens prestadas a pessoas sem importância, a prestada ao ex-senador Arthur Virgílio Neto, pela mesma Casa Legislativa também merece destaque, este filho do também senador pelo Amazonas, Arthur Virgílio Filho, também outro grande senador pelo Amazonas.

Arthur Virgílio Neto chorou ao receber a “Medalha de Ouro” Cidade de Manaus e disse que estará mais fortalecido em sua candidatura à Prefeitura de Manaus, depois da derrota que “sofreu”  em sua tentativa de reeleição para o Senado. Ele perdeu; mas não morreu!

Já Evandro Carreira, nascido em 24 de agosto de 1927, filho de Tocandira Balbi Carreira e Ignácia das Neves Carreira, autor de vários livros publicados a partir de 1977, durante o seu mandato de Senador, compondo a coleção “Recado Amazônico”, formado por discursos em que defendia fervorosamente a sua terra natal e pedia o aproveitamento das várzeas para o plantio de culturas de período curto, foi chamado de visionário por alguns e, quando defendia a implantação da piscicultura em tanques-redes, lagos, igarapés e barragens foi menosprezado até em sua terra Natal pelo fervor e “amazonicidade” com que fazia essa defesa!

- Fazer piscicultura no Amazonas, com tanto peixe, para quê? –  se perguntavam alguns donos de jornais e alguns jornalistas, inclusive eu também.
Ele provou que estava certo. Hoje, grande parte da produção de tambaquis, pirarucus e outros peixes, na época do defeso, vêm exatamente dos tanques-redes, lagos, igarapés e barragens que Evandro Carreira defendia no passado! O senador era apenas uma pessoa que estava além de seu tempo, por isso não era compreendido na época.

Visionário e futurista,  dentre suas várias publicações temos uma em particular que ainda hoje merece reflexão: “Contra a venda da Floresta Amazônica (Brasília. Senado Federal. Centro Gráfico, 1978. 36 p.). A floresta amazônica continua sofrendo riscos de todas as ordens, quer por ONGs estrangeiras que se apresentam para “obras missionárias em terras indígenas”, quer por multinacionais que adquirem grandes extensões de terras na Amazônia!

Em especial, destaco a obra “Amazônia: uma usina de alimentos para o terceiro milênio” (Senado Federal, Centro Gráfico, 1985. 64 p.),  traduzida para o inglês com o título “Amazônia: food source for the third milenium”. Com essa obra de Evandro Carreira deu origem a várias outras publicações o que mudou completamente a história da produção da piscicultura  no Amazonas.

Foi uma das homenagens mais justas prestadas pela Câmara Municipal de Manaus a este amazônida e amazonense que ficou conhecido pelo seu jargão ”a maldição da rodela”, quando tecia  pesadas críticas ao então governador Gilberto Mestrinho. 

O Senador era tão futurista que durante seu mandato de publicou o seu “Recado Amazônico” até o volume V, em 1975. Também publicou sobre “Planejamento Familiar” e, ainda, sobre “A Revolução, a Droga e a Subversão (Brasília. Senado Federal, Centro Gráfico, 1978, 64 p.) “O terrorismo é filho da sociedade antropofágica” (Senado Federal, Centro Gráfico, 1978, 15 p.) e “Tóxico e a Morte de Deus” (Brasília: Senado Federal: 1977. 77 p.).
 
Como se vê, Evandro passeava por diversos temas com a mesma maestria, mas sem perder o seu foco em destemido fervor da defesa do aproveitamento das várzeas amazônicas e no desenvolvimento da piscicultura no Amazonas. Graças a ele e aos produtores, comemos peixe o ano todo, inclusive na época do defeso.

É uma pena que depois de seu primeiro e único mandato de senador, Evandro Carreira tenha tentado várias vezes voltar à cargos eletivos, mas nunca conseguiu. Eu, que algumas vezes cheguei a criticá-lo através “Território Livre”, um democrático espaço jornalístico no extinto jornal A NOTÍCIA, reconheço que fui injusto: Evandro Carreira era só um homem além de seu tempo e eu não percebia isso!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

"PEGAS" E "RACHAS" IRRESPONSÁVEIS!



“Polícia de SP investiga se jovem morta em acidente de carro participava de pega”.

“Motorista atropela grupo de pessoas durante pega no Rio”.

Carros importados geralmente rebaixados e tonados; motociclistas sem o uso de capacetes obrigatório em suas motos no ponto para as exibições, platéia em volta em via pública. Está tudo pronto para as irresponsáveis, idiotas e inconsequentes demonstrações de exibicionismo! Geralmente terminam em morte de alguém, ou do motorista ou de algum espectador.

Mais um “racha” vai começar, irresponsabilidade denunciada diariamente pelos canais de televisão, mas nada acontece. As duas manchetes do Jornal Nacional de hoje, 25.07.2011, ilustram bem essa catástrofe anunciada.

Parece que os pais desses irresponsáveis ao volante têm dinheiro suficiente para comprar todas as autoridades! É uma demonstração perigosa, irresponsável, normalmente realizada por “garotões” que têm dinheiro e acham que estão acima de qualquer lei.

Nesse cenário, temos algumas coisas que contrariam o Código de Trânsito Brasileiro: 1. Rebaixamento dos carros; 2. Envenenamentos de carros e motos; 3. Demonstrações explícitas de irresponsabilidade de pessoas que quase sempre usam drogas, são inabilitados e, geralmente, são menores ainda!

O pior de tudo foi à desculpa dada na Delegacia, pelo engenheiro que atropelou e matou uma advogada: ele pensou que seria assaltado e, por isso, acelerou irresponsavelmente a 150 quilômetros por hora como já mostrou o velocímetro do carro dele. Ainda aventou que a advogada teria avançado o sinal vermelho!

Na verdade, chego à “inquestionável” conclusão que a única culpada pelo acidente entre os carros Posche e Kia foi a advogada que morreu. Um absurdo!

Os dois carros ficaram totalmente destruídos e, absurdamente, o engenheiro diz não se lembrar de nada o que fez depois do acidente: ligou para o resgate, comunicou sobre sua imprudência, depois ligou para amigos e diz que não se lembra de nada. Será que ele lembra pelo menos que tirou a vida de uma advogada?

Acho que a advogada que dirigia o carro Kia e que morreu, vai ser a única condenada pelo acidente.  Ela já está eternamente condenada porque morreu! Não tem mais como explicar porque  teria avançado o sinal vermelho no cruzamento!

Voltemos à crônica que comecei escrevendo sobre “rachas” e “pegas” de carros e motos, com platéia ao redor para assistir essa total demonstração de ignorância e irresponsabilidade!

Se televisões conseguem filmar essas ações, por que será que a polícia não apreende a todos? É, não apreende porque a maioria dos exibicionistas é de menor que, sequer, conseguiram a primeira habilitação. Diante disso, os Detran’s de todo o Brasil deveriam ter cadastros entre eles – se é que já não os possuem -  de informações entre si sobre pessoas que participam de “pegas” e “rachas” para inibir que esses irresponsáveis e exibicionistas do volante possam retirar CNH em outros Estados e depois as transferi-las para seus Estados de origem. Coisa de louco...! Acho que nem São Cristovão, padroeiro dos motoristas, dará um jeito para esses irresponsáveis não arrisquem suas vidas e nem a vida dos outros.

sábado, 23 de julho de 2011

O NEGRO NÃO É RAÇA, MAS PIGMENTAÇÃO DE PELE: O IBGE ERRA!


Estranho que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística continue insistindo em confundir “cor e raça” para diferenciar a população do Brasil!
Raça só existe uma, sendo o caso de pessoas, é raça humana. Cor, também se for relacionado à raça humana, trata-se na verdade de pigmentação de pele.
O Brasil é miscigenado, ou seja, mistura de sangue de muitos povos!
Podemos ter sangue de europeus, índios, negros, mamelucos, portugueses ou outras misturas, mais a raça continua sendo sempre humana. Quanto à pigmentação da pele, podemos ter diferentes formações e misturas de sangue, o que define as pigmentações de pele. Mas o IBGE é patrocinador e incentivador da intolerância entre cor e raça, infelizmente!
Talvez seja por isso que o Brasil esteja se transformando em um país de intolerância.  O pior é que o Governo continua incentivando essa intolerância através de sua tentativa de encontrar em cores e raças uma explicação para justificar a criação e implantação de cotas raciais, ou seja, cota para uma pigmentação de pele diferente do da grande maioria da população.

Porém, não existe qualquer pesquisa científica ou não, que prove que a pigmentação da pele de alguém influencia em sua capacidade de aprendizagem. Pode até existir preconceito contra esse tipo de pigmentação de pele, mas criar a divisão de raça é a pior coisa que o IBGE pode fazer em suas pesquisas!

De acordo com a literatura científica, a raça é um conceito que obedece a diversos parâmetros para categorizar diferentes populações de uma mesma espécie biológica desde suas características genéticas; é comum falar-se das raças de cães ou de outros animais. Nada mais!

Segundo a Wikipédia “O termo raça aparecia normalmente nos livros científicos de geografia de Aroldo de Azevedo e na coleção "História das Raças Humanas" de Gilberto Galvão, que dá detalhamento de todas as raças, com fotografias, até a década de 1970”.

A partir de então, começou a desaparecer por receio de racismo, especialmente com o advento do politicamente correto na década de 1980.

Como a ciência já demonstrou através do Projeto Genoma, o conceito de raça não pode realmente ser utilizado em pesquisas, por não existirem genes raciais na espécie humana. Isto corrobora com teses anteriores que indicavam a inexistência de isolamento genético dentre as populações.

Não entendo por que de o IBGE querer continuar insistindo em jogar brancos contra negros, insistindo em uma coisa que a ciência já provou que não existe! Isso é um absurdo e só divide mais ainda a nossa sociedade brasileira!

ALIMENTOS JOGADOS NO LIXO E A MISÉRIA BATENDO À PORTA


Alimentos estão sendo jogados diariamente em lixões públicos, mas a miséria ainda continua batendo à porta de muitos brasileiros que os recolhem e os transformam em refeições para matar a fome de milhares de pessoas!

Diante da realidade incontestável, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, comandado por Tereza Campelo, criado no início do Governo de Dilma Rousseff para erradicar a miséria do Brasil, não apresentou qualquer idéia, proposta ou projeto para o enfrentamento desta doída realidade.

Enquanto isso, o excesso de produção de alimentos e o grande desperdício em feiras e mercados em o todo Brasil prejudicam famílias, que sofrem com a falta de planejamento racional para evitar que os alimentos cheguem ao lixo em face da ausência de comida  na mesa de parte dos brasileiros que ainda vivem abaixo da linha da pobreza. Na realidade, isso se mantém como uma realidade nacional, apesar dos avanços sociais do Governo Lula. O Brasil cresceu, é verdade, mas de forma muito desigual.

Como o Ministério criado para cuidar do problema, nada fez ou disse para o que veio,  e não definiu um projeto que justifique sua criação, melhor seria desativá-lo.  Por que ele não cria e implanta um programa para combater o desperdício nas feiras e mercados do país? Exemplos positivos que deram certo, como o do “Mesa Brasil”, do SESC, que reaproveita alimentos que iriam para o lixo, e os transforma em alimentos saudáveis, deveriam servir de exemplo pelo Ministério da Fome e até  incentivados, transformando-o em política  pública.

Mas os feirantes jogam no lixo frutas, peixes, verduras e outras coisas mais. Por que os alimentos que são descartados no lixo,  não são separados e doados para alguma entidade filantrópica?

É melhor perder tudo do que ajudar a matar a fome de muitos brasileiros porque miséria ainda há. Pobreza ainda persiste em nosso país, mas nada é feito para enfrentar essa realidade dolorida que leva pessoas a recolher e sobreviver em lixeiras públicas, catando produtos ainda aproveitáveis, que se transformam em sopa para parte da população brasileira.

Diante dessa triste realidade, é melhor extinguir o Ministério comandado pela ministra Tereza Campelo e transferir os servidores concursados para órgãos que necessitam de pessoal. Daria mais certo e teria mais eficiência e eficácia do que continuar mantendo uma promessa de campanha que jamais dará resultado porque não é uma política pública e, sim, uma política de campanha, feita no calor dos debates e das promessas.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

O POETA



POETA GOSTA DE SOLIDÃO
E, QUANDO QUER  PRODUZIR UM POEMA
PODE SE SENTIR SÓ EM MEIO A UMA MULTIDÃO!

POETA GERALMENTE É UMA PESSOA TRISTE;
MAS RESISTE À SOLIDÃO,
MESMO TRISTE EM MEIO A UMA MULTIDÃO!

POETA VIVE A VIDA INTENSAMENTE
E MESMO QUANDO ESTÁ TRISTE,
PERMANECE INTRIGANTE!

ESSE É O POETA!


terça-feira, 19 de julho de 2011

ÉHOMOFOBIA OU O QUÊ...?


Até aonde vai chegar o preconceito contra as opções sexuais de gays, lésbicas ou simpatizantes, no Brasil?
Um pai e um filho, confundidos como se fosse um casal gay, só porque demonstrava carinho entre si, apanhou dos supostos “machões” porque esse tipo de demonstração foi banida da sociedade brasileira pelos homofóbicos de plantão entre as demonstrações possíveis de afeto.
O pai, agredido e que perdeu parte da orelha, ainda argumentou que o rapaz com quem andava abraçado era seu filho e os dois apanharam, mesmo assim! Quer dizer que um pai está proibido de andar abraçado e demonstrar carinho pelo  filho! Para os homofóbicos, a resposta é sim!
Até onde vamos chegar com essa intolerância à opção sexual de pessoas que decidiram se “resolver” e sair do suposto “armário” que os prendia e ainda os amedronta com agressões e até assassinatos de gays?
Antropólogos, sociólogos, psicólogos e outros cientistas sociais têm que encontrar respostas e propor soluções urgentes para que cada pessoa possa andar com quem quiser, onde quiser e não sofrer agressões gratuitas de ninguém! E ao Governo, cabe fazer implantar também de forma rápida essas soluções que derverão surgir!
O Brasil, país que sofreu tantas transformações e de forma tão rápida confundiu a cabeça de pessoas intolerantes.  O Estado da Bahia aparece liderando o topo da lista de crimes cometidos contra gays, embora o Coordenador Nacional do Movimento Gay seja um antropólogo baiano! Isso, porém, vem ocorrendo em várias outras partes do Brasil, infelizmente!
Estamos andando rápido demais!
No interior do Amazonas, Boa Vista do Ramos, o padre teve que rezar missa com escolta policial porque o prefeito do município é evangélico não aceitava as missas. Também temos cota racial – raça só existe uma: a humana, o resto é pigmentação de pele ou miscigenação!
O Brasil não se preparou e nem se estruturou para essas mudanças tão repentinas e agora estamos colhendo os resultados da própria falta de estrutura social, como sempre afirmo em minhas diversas crônicas em que abordo o tema.  Não sou contra, mas até casamento civil entre pessoas do mesmo sexo já foi permitido por um juiz, uma derivação do STF sobre o casamentos no cartório de pessoas do mesmo sexo, a chamada e registrada união estável.  Mas já estamos chegando a um limite do insuportável! Ridículo, até!
Pai e filho não podem mais apresentar manifestações de carinho entre si?
Mãe e filha também não podem andar abraçadas porque se forem confundidas com casal de lésbico, vai apanhar também.
Santo Deus! Até onde suportaremos essas coisas! Leis para se fazer cumprir Leis ou Leis que são simplesmente ignoradas por quem deveria zelar por elas. Motorista bêbado andando a 150 quilômetros por hora, bêbado, matando gente e sendo liberados pela Justiça, embora enquadrado em crime culposo quando a pessoa assume o risco de matar alguém. Menores quebrado vidros de carros para assaltar bolsas em via pública na Avenida Marginal, em  SP.
 “Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça, dando milho aos pombos”!  Como já disse o genial cantor baiano, Raul Seixas.

LIXO HOSPITALAR! DENÚNCIA NACIONAL E MAIS UMA VERGONHA!

Duas resoluções, uma da Agência Nacional de Saúde, a 306/2004,   e outra do Conselho Nacional do Meio Ambiente, 358/2005  mas, de forma contrária ao que orienta a Organização Mundial de Saúde (OMS) - separar resíduo especial no momento de sua geração em resíduos contaminados e não contaminados, praticamente tornam inviáveis o seu cumprimento pela grande maioria das instituições de saúde. Mas não impossível!

Segundo o site “Setor de Reciclagem" no Brasil, todos somos obrigados a seguir uma norma que divide o resíduo de saúde em cinco grupos, subdivididos em outros subgrupos, complicando tudo", explica Silva Filho.

O articulista conclui: "imagine um profissional de saúde, no momento de uma cirurgia - em que está gerando um resíduo de saúde -, ter de se preocupar em qual dos cinco compartimentos, subdivididos em mais alguns, irá colocar determinado resíduo. Parece inviável, uma vez que o profissional tem que prestar atenção no que está fazendo. Assim, o que deveria ser simples, barato e viável fica impossível", declara Silva Filho, mais uma vez.  


Em parte, concordo, porque o profissional de saúde, principalmente em procedimentos, não trabalha sozinho; mas em equipes e técnicos e estes é que são os responsáveis por esta separação. Não ao médico!


"O Brasil se equipara à África na questão do gerenciamento do lixo hospitalar. A maior parte dos resíduos sólidos, incluindo os de saúde vai para o lixão sem receber nenhum tratamento. O lixão sequer deveria existir, pois compromete o solo, afetando as regiões próximas a ele, o pasto e, consequentemente, os animais e o homem". Também não é bem assim.

Há problemas.  O “Fantástico” do domingo mostrou, isso é verdade e uma prova da incompetência dos Municípios ao contratarem seus prestadores de serviços, mas quando fui diretor de área de órgão paraestatal que relializava serviços médicos, além de outros, fui obrigado a cumprir as duas resoluções e mandar construir depósito específico só para que o lixo hospitalar fosse separado de forma adequada. 

E era perfeitamente separado pelos profissionais de saúde que existiam em no quadro de servidores porque, como já afirmei, não são os médicos que devem separar o lixo hospialar. Mas auxiliares dos médicos. Depois, o pessoal de nossa limpeza fazia o resto e os depositava no local recomendado.

O Brasil gera mais de mil toneladas de lixo hospitalar por dia, das quais apenas 290 toneladas diárias são tratadas adequadamente - 210 toneladas/dia só na região Sudeste (dados de 2005), segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). O restante vai para o lixão, local inadequado para depositar resíduos, utilizado por países em desenvolvimento como Brasil, África e Índia. A complexidade imposta pela legislação brasileira e a falta de conhecimento da sociedade e do governo dificultam a solução do problema que pode gerar danos ao meio ambiente e ao homem com transmissão de doenças como hepatite B, tuberculose e gripe aviária. Soma-se ainda, à incompetência dos gestores da saúde pública brasileira.

Resoluções existem. É só fazer cumpri-las, exigindo que hospitais construam também depósitos decentes para acondicionamento de lixo hospitalar! É só isso que falta e nada mais!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"ALGUMA COISA ESTÁ MUITO MAL" NO BRASIL

Alexandre Garcia declarou: “alguma coisa está muito mal”. Diante de sua afirmativa, o jornalista concluiu: “... como a lei de progressão de regime, (...) permite um psicopata perigoso sair da cadeia antes de cumprir a pena e começar a matar em série...” (Bom dia Brasil, 15/07/2011).


Diante da afirmação do jornalista Alexandre Garcia, comentarista da Rede Globo de Televisão e, diante da total falta de política pública perene em quase todas as áreas de Governo os assassinatos e os crimes bárbaros, sem quaisquer motivos plausíveis e que os justifiquem geram, na opinião de psicólogos, uma pressão pós-traumática.

E o que não deveria e nem poderia ser praticado, já começou a acontecer: a sociedade está se armando para fazer justiça com as próprias mãos, o que não é recomendável pela polícia e por ninguém que tenha o mínimo de juízo. Mas o que fazer diante do que acontece no Brasil, onde milhares de pessoas ainda sobrevivem dos lixões?

A sobrevivência em lixões é uma pouca vergonha diante da falta de política pública efetiva para combater e erradicar a miséria. Até um Ministério foi criado, mas até hoje não implantou qualquer tipo de política pública para combater essa verdadeira vergonha nacional.

“Erradicação da Miséria” é o que desejariam fazer todos outros países, mas essa foi só uma “maquiagem” implantada pela presidenta Dilma Rousseff em substituição ao antigo “Fome Zero”, do presidente Lula, que também não deu certo, como também a erradicação da miséria não dará porque faltam outras políticas que a sustentem. Essa será mais uma política eleitoreira e não uma política de Estado, perene, constante e continuada.

Diante dessas manchetes do Bom Dia Brasil (15/07/2011), o que devemos pensar sobre a onda de crimes, mortes por encomendas e execuções sumárias? Alguma coisa vai muito mal mesmo! Leiam algumas as manchetes do Bom Dia Brasil (15/07/2011):

“O empresário Rogério de Souza Werneck da Silveira, de 53 anos, chegava por volta das 19h ao apartamento do qual morava, em um prédio na Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio de Janeiro. Foi assassinado por dois motoqueiros trajando paletó e gravata”.

Perseguição policial termina com morte de assaltante de 14 anos”:

“Um adolescente de 14 anos foi morto a tiros depois de matar um advogado durante um assalto”. 

Como cidadão, jornalista e não como Assistente Social, que por questão de ética profissional devo defender o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas com reservas, já escrevi e publiquei sobre esse assunto porque como cidadão,  defendo a redução da maioria penal; não pena de morte, porque isso não resolverá nada. O acesso dos jovens às novas tecnologias, aos jogos de violência, já lhes oferece consciência plena de seus atos porque matam friamente só porque conhecem seus direitos e sabem que no máximo  terão três anos de apreensão com restrição de liberdade. Mas depois que deixam o regime, o menor permanece primário e volta a matar. Mata de novo e, se for menor ainda, sairá de novo como se ainda fosse primário. Apenas para esses casos, defendo a redução da maioridade penal.


“Policiais acusavam um comerciante de receber carga roubada e exigiam R$ 50 mil para não prendê-lo. A vítima baixou o valor para R$ 17 mil. Mas, ao invés de entregar o dinheiro, procurou a corregedoria da polícia, que armou o flagrante”. (Bom dia Brasil, dia 15/07/2011).

Hoje, também quem é pago para proteger a sociedade, com dinheiro de nossos impostos e deveria dar bom exemplo, também nos roubam, extorquem, inventam, fazem boletins policiais de confrontos com bandidos que nunca existiram e ainda cobram dinheiro e aceitam até pagamento em prestações, se duvidar.

Uma pessoa que reside nos arredores de Brasília, cansado de ser assaltado em sua residência, que deveria ser um lugar inviolável, armou uma armadilha e conseguiu matar o ladrão. Resultado: ele vai responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar! Não deveria responder a nada porque a Polícia não foi competente para proteger e nem prender o ladrão. Ao contrário, deveria era receber um prêmio por sua ação corajosa!

Crimes e mais crimes estão acontecendo de Norte a Sul do Brasil e os Governos ficam de mãos atadas e nada fazem. Isso pode ser um  dos reflexos da liberdade indiscriminada de presos que não cumprirão penas superiores a quatro anos. Ou será apenas uma mera coincidência? Mas se o for, é estranho que a maioria dos assassinatos esteja sendo cometido por menores de idade a troco de nada.

Depois que matam a vítima e nada roubam. Matam só por pura diversão e prazer de matar porque sabem que não poderão ser presos, só apreendidos e, em alguns casos, cerceados suas liberdades de ir e vir, pelo prazo máximo de 3 anos. Depois,  ganham liberdade e voltam a matar como se fossem ainda bandidos primários, o que já não são.

A sociedade está se armando em defesa de seus direitos, o que não é o mais correto. Mas diante da quase total apatia da Justiça em julgar os crimes com celeridade, a única coisa que resta ao povo que paga impostos e para ficarem livres da bandidagem que tomou conta do Brasil, é se armar e reagir da forma que podem. A Polícia ensina que não é para reagir em caso de assaltos, mas acontece que não ensina o bandido a ter calma nessa hora. Se a pessoa se assusta, o que é uma reação natural, o bandido atira por nada.

Cansei de escrever sobre a falta de políticas públicas para as áreas de saúde, educação, segurança, habitação, alimentação. Também não aguento mais bater em pedras porque não vejo nada de iniciativa do Governo em termos práticos palpáveis, constantes e perceptíveis. Tudo é política de momento, de campanha e de eleição. Depois, esquecem tudo o que prometeram e o povo não cobra. Cansei!