Chegamos ao aniversário embaixo de
uma chuva rápida e corremos pela lateral da casa, em condomínio fechado.
Estávamos no aniversário/carnaval da advogada da ALE/AM, Ida Marcia Benayon,
com seus convidados, incluindo seu irmão presidente da ADEFA, Benayon, em sua cadeira de Rodas, que usa há mais de 40 anos
depois que ficou paralisado. Nele, vivi emoções aparentemente conflitantes,
mas gradáveis, sentimentos confusos, certezas concretas e lembranças do
aniversário dela do ano passado.
Estranhei e me senti feliz ao ver
Gilmara Souza, entrando na festa com duas cunhadas e duas alianças no
dedo. A sua roupa que usava, mais uma tiara de flores na
cabeça, que a ocasião e o local, pediam. Em um dos dedos, a professora de
Educação Física usava duas alianças, uma dela e a outra era do seu esposo falecido. Quase
engasguei ao vê-la só e deu vontade de chorar. Seu esposo era advogado, da Assembleia e amigo! Onde um estava e outro também se encontrava.
Lembrei-me do aniversário anterior no mesmo local. O casal Índio do Brasil
D'Urso Jacob e Gilmara compareceram à festa e comemoraram juntos.
Lembro-me de tê-los visto alegres e felizes, não sabendo que àquele seria o
último aniversário que o comemorariam. A festa estava ótima, mas me sentia
triste com essas lembranças que a realidade da vida nos proporciona! A vida, às
vezes a vida é curta; outras, se torna longa demais e nos maltrata muito!
Dentro de vestido preto com um
cinto fino dourado e detalhes de renda bordados na maga e gola, o corpo Dra.
Ida Marcia, dançava. Jefferson, parou a música e presença de todos. O esposo,
procurador do Ministério Público também estava muito feliz. Na hora que
chegamos, observei o esposo, retirando a cadeira de rodas de sua mãe da chuva e
a colocando embaixo de uma tenda na qual também ficamos. Depois da chuva,
parou o vento e sentia muito calor. A esposa, Yara Queiroz, sugeriu que fosse
caminhar um pouco, ao me ver usando um prato cor de prata de papel usá-lo como
abano. Aproveitei a caminhada e liguei a NET/CLARO para ver se conseguia
resolver o problema da falta de sinal de internet no meu aparelho LGK10.
Havia muito na festa de carnaval. Orientaram-me a desliga-lo, passar uns três
segundos e religa-lo. Mandariam uma atualização. Resolvido o problema,
voltei à festa dúbia que fazia sentir duplas sensações e diversos pensamentos
conflitantes. Dirigi-me à uma sala com ar condicionado. Sentei-me em sofá ao
lado de um médico e sua esposa grávida. Ele passava a mão na barriga dela que,
de branco, pareceu-me ser médica também. O chamava baixinho de "Jeffinho". “E
se for mulher, como se chamará? ” Perguntou de uma assistente social,
sentada na mesma sala, ficou sem resposta. Na festa de aniversário de carnaval
da Dra. Ida Marcia, me senti dúbio e com pensamentos que, aparentemente, conflitantes: feliz por estar presente à comemoração à festa e triste pelo fato
de ter constatado que a vida é como o vento que faltou na barraca: ora
se faz presente e ora se faz totalmente ausente, como me farei ausente um dia,
mas Deus ainda não quis levar-me para morar com Ele!
Legal , só errou na carreira sou assessora jurídica e não procuradora, o Indio também, saudades do índio e alegre pela gilmara estar se recuperando , nossa vida é uma passagem , por isso festejo , fico alegre e faço os que me rodeiam ter a importância que merecem , meu filho e minha nora , ele é médico e o nenê em seu ventre é menino e terá seu nome , por isso a minha nora dizia jeffiinho.Obrigada pela crônica
ResponderExcluirBela reflexão sobre a vida e a ausência da vida. Parabéns pelo texto! Abraços da Flor!
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