Não nego sou do século XX, do tempo
da máquina de escrever nas redações dos jornais. Em A NOTICIA usava a OLIVETTI LINEA 98, que em 82, depois de receber 25 milhões de cruzeiros
pelo prêmio vencido em Curitiba, a comprei. Dei parte do dinheiro do prêmio
para adquiri-la na TV Lar. Quando a roubaram, mereceu premiadíssima “A
MINHA AMANTE” crônica. Em outras redações existiam usavam Remington e outras marcas. Com ela
que desabafava e lhe contava os amores que tinha tido. Era jovem, com 22 anos,
a transformei em Minha Amante. Ela não era ciumenta, não bebia, não fumava e aceitava sem discutir tudo o que escrevia nas crônicas apaixonadas
Felizmente o ladrão que roubou tivera
o mesmo carinho que tinha com a "Minha
Amante". Ela estava intacta em cima do armário do delegado Renato Almeida,
que a recuperou. Ele telefonou para o Jornal e fomos buscá-la no 3º Distrito
Policial, em uma Manaus de pouco mais de 700 mil habitantes, em que só tinha ladrões
de botijas de gás, galinhas e roupas. O ladrão "FAZ TUDO", sem uma orelha era o
responsável para avisar meu pai Paulo Costa se algum outro ladrão surgisse na
área! Daí nasceu a certeza que ladrão também conhece outro e não roubava na
área em que residia. Hoje mata-se em troca de um celular, um tênis etc. Mata-se
por nada!
Não gosto dessa modernidade de agora,
mas aceito o whatsapp, o famoso e popularizado zap, que uniu o mundo e emudeceu
as pessoas. Porém, é a única ferramenta que tenho e uso para atingir aos
milhares de leitores em várias partes do mundo globalizado e conectado. Tenho um canal no you tub e posto também no Buzz. Como tudo que é novo, estou
engatinhando nessas redes sociais que mais afastaram as famílias do diálogo do
passado, principalmente o zapp. A moda agora é postar ou compartilhar
mensagens...tornou-se a bola da vez: pronta e esperando para ser chutada, como
dizem os jovens que usam outras gírias como dar um laik etc. que não sei também
que que venha esses termos novos venham a significar!
Hoje, as pessoas não conversam trocam
mensagens, não ficam de mal, bloqueiam no zap ou no facebook. Tudo é novidade
para mim. Estou aprendendo de novo. Sei que não sei nada do mundo digital!
Tudo é novidade para mim. Só escrevi essa crônica para dizer que aceito a
tecnologia irreversível, surgida no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Contudo terei que aprender tudo de
novo, se quiser manter-me nesse mundo digital e globalizado pela internet. Com
onze cirurgias no cérebro de 2006/2009, infectado por duas bactérias
hospitalares incuráveis para a medicina, ,será que terei tempo e paciência para
aprender tudo de novo?
Talvez, talvez!
(Estou melhorando lentamente e continuo tudo apenas
no celular, com o polegar da mão direita)
Que belo relato Carlos, usei também alguns modelos de máquina de escrever...
ResponderExcluirMeu sonho era ter uma elétrica, mas as condições financeiras não me permitiram .. Rssss.
Muito bom "Nasci no Século XX!"esta semana encontrei os diplonas de Datilografia manual e elétrica. tempo bom.
ResponderExcluirGostei da crônica, muito boa!
ResponderExcluirEu também sou do seculo passado (1953).
Se me permite, vc digitando com um só dedo (o polegar) produz textos muitos melhores do que muita gente que usa os dez dedos nas redes sociais.
Boa tarde,
ResponderExcluirimpedido de ler, mas felizmente pode escrever uma bela crônica.
Melhoras, amigo e parceiro de letras.