sexta-feira, 24 de outubro de 2014
PORTO DE MANAUS, OS PROBLEMAS E AS DIFICULDADES!
Os problemas de Manaus começam no porto de embarque e desembarque de cargas e passageiros da cidade a desembarcam no Aeroporto da Cidade, com calçadas não rebaixadas servindo de bares, puxadinhos, postes no meio da rua, estacionamentos desrespeitados por motoristas irresponsáveis que se acham donos do município e chegam a todas as zonas de Manaus, por falta de ação, visão e decisão política Municipal e Estadual dos administradores da Prefeitura e do Governo do Estado. Os problemas sociais, estruturais e políticos existentes acompanham o crescimento não planejado e desordenado da cidade que completa 354 anos e terá pouca coisa para comemorar, porque os políticos continuam os mesmos e que se lançaram na eleição de 1982, com o ex-governador Gilberto Mestrinho. Só mudaram e criaram novos partidos, mas são sempre os mesmos e com as mesmas promessas, mesmas denúncias e sempre próximo de uma eleição decisiva para os próximos quatro anos. É lamentável! Dividida entre o precário porto da Panair, no bairro de Educandos, em homenagem aos aviões anfíbios da Paner do Brasil que pousavam naquela área e o precaríssimo porto de embarque e desembarque de passageiros e mercadorias ao lado do Porto Flutuante de Manaus, a cidade não é mais a mesma, novas demandas sociais e decisões administrativas se fazem presentes para resolvê-los!
Manaus cresceu, se desenvolveu de forma desordenada, sem planejamento, sem calçadas para cadeirantes terem o direito de sair de casa, já tem mais de dois milhões de habitantes e necessita de um porto decente e confiável, que respeite as normas regulamentadoras expedidas pelo Contran. Infelizmente, a cidade se envergonha dos dois portos que possui, porque ambos nunca receberam atenção de qualquer administrador público. Os problemas começam no porto de carga e se confundem com a própria história do Porto flutuante da cidade, construído pelos ingleses entre os períodos de 1889 e 1920, na época áurea da borracha. Com arquitetura peculiar, o porto possui cais fixos e flutuantes, que acompanham o fenômeno das cheias e vazantes do Rio Negro, facilitando a atracação de embarcações em qualquer época do ano, informa uma publicação da Prefeitura de Manaus. A cidade completa 354 anos e não terá muito o que comemorar porque os problemas de fluidez no trânsito continuam os mesmos, nada melhorou e pouca coisa foi feito. Depois, nada mais foi feito!
Os 354 anos da cidade parece que não foram suficientes para perceber o problema ou eu encontrar uma solução técnica para resolvê-los e permitir o cumprimento integral das Resoluções 303/304 do Contran, expedidas no dia 18 de dezembro de 2008, em toda a extensão da Rua Lourenço Braga. Na rua, existem vagas demarcadas e cercadas com cones, correntes e tudo o que o Código de Trânsito Brasileiro proíbe para táxi, moto táxi, táxi carga e nenhuma vaga para idosos, cadeirantes e portadores de necessidades especiais. Ideias, soluções e propostas para melhorar ou resolver o problema foram apresentadas para permitir que o local se transforme em uma atração turística como já é o Mercado Adolpho Lisboa. Entra e sai prefeito, entra governador e sai governador e nada é feito ou aceito. Em seus 354 anos, de novo, Manaus terá pouco a comemorar porque progressivamente a cidade vem se enchendo de automóveis, motos e problemas e o porto de embarque e desembarque de cargas continua nos mesmos locais e tudo indica que continuarão com os problemas por mais algum tempo. O Código de Trânsito Brasileiro foi instituído pela lei 9.503/1987, seguido de várias resoluções regulamentares expedidas pelo Conselho Nacional de Trânsito. Algumas são cumpridas; outras, não, em várias áreas. Será que nenhuma autoridade pública percebeu essa necessidade urgente?
A revitalização do porto de Manaus, anunciado com muitas placas pelo ex-prefeito Amazonino Mendes e o asfaltamento da conhecida Ilha do Monte Cristo, anunciada para outubro de 2012 pelo então presidente da Manaustrans, coronel Walter Cruz (que se candidatou a deputado estadual e perdeu), nunca saíram das ideias, vontades políticas e promessas. Talvez a única ideia que tivesse saído do papel fosse a do ex-prefeito Manoel Ribeiro, se não tivesse sofrido intervenção por questões políticas do ex-governador Amazonino Mendes. O administrador de Manaus estava disposto a fechar a Rua Miranda Leão para o trânsito de veículos, restaurar o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, transformá-lo em Museu, construir um novo porto na Ceasa para carga e descarga e tentar desafogar o centro da cidade. Os apelidados “manequinhos”, (micro-ônibus) que circularam por Manaus na época do prefeito, a compra de barcos velozes cobrando o preço de uma passagem de ônibus da época faziam parte de seu projeto. Tudo foi abandonado com a intervenção política e ninguém mais retomou o projeto que poderia ser a solução para sempre do problema da falta de um Porto para embarcações regionais, que param próximo ao porto construído pelos Ingleses para ecoar a produção de borracha do Amazonas e levá-la para a Europa, principalmente para a Inglaterra.
Depois da implantação da Zona Franca de Manaus em 1967, com o aumento do fluxo de veículos nas ruas, a melhoria da economia no Estado, a implantação da cobrança do ISS pelo prefeito Manoel Ribeiro, a cidade cresceu, inchou de forma desordenada e os problemas se agravaram porque o comércio de produtos regionais e de primeira necessidade para o interior se instalou nos Portos da Panair e na frente do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, ao lado do Porto Flutuante e todas as mercadorias são transportadas até os motores regionais fazendo uso de carregadores ou carrinhos que transportam os produtos. Mas a falta de planejamento, a construção da Avenida Lourenço Braga, a construção da Feira da Banana, complicaram mais ainda o trânsito no local.
Hoje, filas duplas, triplas e quádruplas se formam ao longo da via e com pouca fiscalização do Manaustrans, que pouco pode fazer para controlá-lo pela inexistência de vagas que cumpram integralmente as Resoluções 303/304 de 2008.
Até quando continuará sendo assim?
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Essa é uma realidade de muitas cidades amigo.
ResponderExcluiruma realidade de muitas cidades do Brasil amigo.
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ResponderExcluirOlá, Carlos, quando você aponta todos os problemas do Porto de Manaus e as implicações por falta de iniciativas políticas, passei a imaginar o Porto de Ilhéus que há muito tempo surgiu um romance de Jorge Amado, aliás o mais famoso, "Gabriela". Será que esse porto daí não sairá uma novela? Apenas para descontrair...rsrs Boa noite! Gosto dos seus textos.
Oi Carlos, obrigado pela sempre oportuna aula sobre Manaus.
ResponderExcluirSemana passada um amigo de meu filho exibiu-se no Facebook, bem orgulhoso, numa foto sobre o grande encontro das águas, aí em Manaus,
Um abraço,