Lenta ou rapidamente a revolta sempre surge e cobra em dobro tudo o que lhe levaram! Igualmente como os empresários que emprestam recursos aos candidatos e voltam para cobrar com juros e correções monetárias, mesmo que sob contratos superfaturados, obras contratadas, não realizadas, mas pagas assim mesmo! Isso revolta!
As águas dos Rios Negro e Solimões estão invadindo municípios do Amazonas e devolvendo o lixo podre e mal cheiroso que despejaram em seus leitos! No Brasil, municípios e Estados do Amapá, Fortaleza, Natal, Pará e outros que também desrespeitaram a aparente frágil natureza - que pede socorro -, a maré reivindica em dobro tudo o que lhe levaram sem pedir autorização, se defendendo de construções irresponsavelmente autorizadas em praias, dunas, faixas de areia que foram transformadas em ruas, casas de veraneio, mansões calçamentos, praças, tudo em nome de um progresso que só conhece o poder do dinheiro e desconhece que a natureza é frágil, mas também deve ser respeitada.
O mar devolve em forma de peixes mortos, o lixo descartado irresponsavelmente em suas águas resultantes das construções erguidas em encostas, praias, ilhas, areias, em dunas ou resultado de desastres não tão naturais. A natureza está sendo despertada para os impactos que o homem produz e causa em troca de uma suposta beleza e aparente conforto. O homem que derruba encostas, constrói contenções, mas a maré o está despejando sem processo judicial demorado e burocrático! Para quê processo? Construções irregulares erguidas em praias poluídas devem ser derrubadas ou pela lei ou pela revolta da natureza mesmo! Depois, todos reclamam contra a sujeira, o mal cheiro, a poluição, a destruição causada pela maré e cobram providências dos poderes públicos.
Nas ruas, o povo está cobrando providências para minorar as catástrofes naturais, que matam, dizimam e sepultam vivas pessoas soterradas. Na política, protestam contra a presidente Dilma Rousseff e cobram o fim da corrupção na Petrobras e outras coisas. As marés estão cobrando seus espaços perdidos para o homem, de forma mais violenta que podem. É a natureza cobrando em dobro tudo o que lhe fizeram e continuam fazendo, sem a menor preocupação com o que acontecerá depois. Muitos, a invadem por pura necessidade social de moradia, outros pela vista privilegiada que passarão a ter e alguns pelas possibilidades que terão para ganhar dinheiro com o aluguel de seus barracos para turistas. Em Macapá, Salinópolis, Fortaleza, Natal, Recife e outros locais em que invadiram e destruíram os arrecifes naturais e construíram artificialmente novas obras em seu lugar e proteger as construções autorizadas, não impede que a natureza se revolte e derrube tudo. Especificamente em Salinópolis, a areia da praia, cheia de construções e barracas, a maré não recua mais como ocorria em anos anteriores. Sumiram também os vários canais que se formavam no passado e permanecendo uma faixa de areia à vista. Agora, devido a ação maléfica do homem, não fica mais nada e o mar avança de forma mais violenta e rápida, embora o horário de descida e subida da maré permaneca o mesmo!
Nas ruas do Brasil, desfilam tranquilamente adolescentes protegidos pelo ECA, usando drogas e nada é feito em favor deles. Decidiram, então, discutir a redução da maioridade penal, sem pensar que outras pessoas sem educação, instrução, também possam ser arrastadas para a marginalidade, por falta de Escolas de qualidade! Previa isso quando implantaram o Estatuto da Criança e Adolescentes: menores de 16 anos passariam a ser usados para assumir crimes por maiores, mas fingem não saber de nada. Reduzir a maioridade penal, sem investir na melhoria da Educação, será o mesmo que convidar outros menores como menos idade ainda para assumirem crimes pelos maiores. A recuperação de dependentes químicos é possível, transformando as penas privativas de liberdade de 3 anos em três anos de Curso Profissionalizante, acompanhado pelo Estado. Isso é plenamente possível, mas juntando educação, esporte e, principalmente, tratamento contra a dependência química e retorno à sala de aula. Por que, então, não apenar os infratores ao cumprimento de três anos de medida socioeducativa, acompanhada pelo Estado, pelo crime cometido, em fez de reduzir a maioridade penal para 16 anos? Talvez seja porque o Estado já tenha a certeza de que não cumprirá essa obrigação social, como também não cumpre com várias outras obrigações constitucionais!
No caso do lixo depositadonas águas e trazidos pelas águas dos rios do Amazonas e dos mares, como se fosse um presente no lugar do qual nunca deveria ter saído – embaixo das casas dos “porcalhôes” de plantão, agora reclamam do mal cheiro e cobram das autoridades! Por que o lixo não é descartado nas águas depois que colocam perfume para o receberem com cheiroso na devolução? Seria ótimo, mas muito caro e provavelmente exigiriam que o poder público colocasse perfume no lixo antes de o descartarem nas águas dos rios e dos mares!
Ninguém é culpado e nada e todos são culpados coletivamente, ou seja, a sociedade coletiva é a única culpada por tudo, embora cobre do poder público uma solução!
É amigo só nos resta refletir, escrever, sem se desmotivar porque já não somos mais ouvidos.
ResponderExcluirIsso é Brasil!!!!
ResponderExcluirA maior parte da sociedade- e dos políticos também- se comporta como se as questões ambientais fossem problemas menores e de responsabilidade dos outros...
ResponderExcluirDeus nos deu a natureza linda exuberante p/ser usada de forma correta sem exageros, mas o homem c/sua maneira de pensar e agir está destruindo a cada dia, só pensa em ter em poder em guardar cada vez mais e isso o tornou individualista.
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