A violência contra a vida,
essa poderosa arma que não permite que a rosa em botão, que distribui perfume,
oferece espinhos e se abre em pétalas que representam todo o viver, está sendo
arrancada abruptamente por tiros disparados de assassinos que não lhes atribuem
qualquer valor ou importância. É triste ver uma rosa frágil arrancada e jogada
ao sol dentro de um carro fúnebre seguindo para o início de sua nova vida perto
de Deus! Uma realidade que me dói muito, mas nada posso fazer e confesso minha
impotência diante de tanta violência contra a coisa mais preciosa que o criador
nos deu: a vida!
O estudo Mapa da Violência (HTTP//www.mapadaviolência.org.
br) apresenta um panorama da violência dirigida contra jovens, mulheres e
criança, entre os anos de 1980 e 2011, analisa dados de Estados, Capitais e
Municípios, se aprofundando nas questões de gênero e de raça/cor das vítimas.
Nas planilhas, são apresentados dados correspondentes aos 5.565 municípios
reconhecidos pelo IBGE e, o resultado final, é um estarrecedor e preocupante
quadro de violência no Brasil. Todo o trabalho disponibilizado em PDF pelo site
www.mapadaviolência.org.br, é
de autoria de Júlio Jacobo Waiselfisz e se chama “Homicídios e Juventude no
Brasil”.
Depois de analisar gráficos,
mapas e estudando informações científicas com base bibliográfica, ele conclui
seu trabalho apresentando algumas propostas para reduzir o índice de violência
de um modo geral entre a população do Brasil, sendo a “reestruturação do modelo de
desenvolvimento”, porque segundo o estudo da violência no Brasil, o
desenvolvimento da produção brasileira precisa ser desconcentrado com a
distribuição mais equilibrada no país; pede mais “investimentos em segurança
pública” e, ainda, “melhoria na cobertura dos sistemas”.
Concluindo o trabalho, o
pesquisador apresenta como “fatores expulsivos” que contribuem para
o elevado índice de violência no Brasil, está a estagnação econômica nas grandes capitais e
regiões metropolitanas tradicionais com “a concomitante reversão dos fluxos
migratórios para o local de origem ou para novos pólos” e
“investimentos na segurança e conseqüente melhoria na eficiência repressiva dos
aparelhos de segurança”.
Como fatores atrativos, o estudo
apresenta “o surgimento de novos pólos de crescimento no interior de diversos
Estados, atrativos de investimentos, de população e também de criminalidade e
violência” e, por fim, a “melhoria da situação econômica de Estados
fora dos eixos tradicionais”.
A vida, como a rosa que nasce e
floresce em jardins que as cultivam com carinho, envolvimento, amor, carinho e
dedicação, está sendo banalizada devido ao poder econômico que cresce de forma
desordenada e, chega o progresso, vai junto também a violência e os jovens,
mais sujeitos a influências, são os mais arrancados, não deixando que formem
pétalas e perfumem o mundo!
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