terça-feira, 19 de novembro de 2013

A VIDA BANALIZADA - UM ESTUDO DA VIOLÊNCIA




A violência contra a vida, essa poderosa arma que não permite que a rosa em botão, que distribui perfume, oferece espinhos e se abre em pétalas que representam todo o viver, está sendo arrancada abruptamente por tiros disparados de assassinos que não lhes atribuem qualquer valor ou importância. É triste ver uma rosa frágil arrancada e jogada ao sol dentro de um carro fúnebre seguindo para o início de sua nova vida perto de Deus! Uma realidade que me dói muito, mas nada posso fazer e confesso minha impotência diante de tanta violência contra a coisa mais preciosa que o criador nos deu: a vida!

O estudo Mapa da Violência (HTTP//www.mapadaviolência.org. br) apresenta um panorama da violência dirigida contra jovens, mulheres e criança, entre os anos de 1980 e 2011, analisa dados de Estados, Capitais e Municípios, se aprofundando nas questões de gênero e de raça/cor das vítimas. Nas planilhas, são apresentados dados correspondentes aos 5.565 municípios reconhecidos pelo IBGE e, o resultado final, é um estarrecedor e preocupante quadro de violência no Brasil. Todo o trabalho disponibilizado em PDF pelo site www.mapadaviolência.org.br, é de autoria de Júlio Jacobo Waiselfisz e se chama “Homicídios e Juventude no Brasil”.

Depois de analisar gráficos, mapas e estudando informações científicas com base bibliográfica, ele conclui seu trabalho apresentando algumas propostas para reduzir o índice de violência de um modo geral entre a população do Brasil, sendo a “reestruturação do modelo de desenvolvimento”, porque segundo o estudo da violência no Brasil, o desenvolvimento da produção brasileira precisa ser desconcentrado com a distribuição mais equilibrada no país; pede mais “investimentos em segurança pública” e, ainda, “melhoria na cobertura dos sistemas”.

Concluindo o trabalho, o pesquisador apresenta como “fatores expulsivos” que contribuem para o elevado índice de violência no Brasil, está a  estagnação econômica nas grandes capitais e regiões metropolitanas tradicionais com “a concomitante reversão dos fluxos migratórios para o local de origem ou para novos pólos” e “investimentos na segurança e conseqüente melhoria na eficiência repressiva dos aparelhos de segurança”.

Como fatores atrativos, o estudo apresenta “o surgimento de novos pólos de crescimento no interior de diversos Estados, atrativos de investimentos, de população e também de criminalidade e violência” e, por fim, a “melhoria da situação econômica de Estados fora dos eixos tradicionais”.

A vida, como a rosa que nasce e floresce em jardins que as cultivam com carinho, envolvimento, amor, carinho e dedicação, está sendo banalizada devido ao poder econômico que cresce de forma desordenada e, chega o progresso, vai junto também a violência e os jovens, mais sujeitos a influências, são os mais arrancados, não deixando que formem pétalas e perfumem o mundo!



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