Amabeni Gonçalves
Queiroz, sua irmã Arabel, morena, modelo.
Arabel trabalhou por pouco tempo na ACA. Casou com estrangeiro e foi morar na
Inglaterra) Joaquim Lima Rodrigues e Osvaldo Viana de Souza, todos fazem parte
de minha história de vida, por razões diferentes.
Transcorria o ano de
1978 e entrava pela primeira vez no prédio de três andares, com poucas lojas na
parte sua inferior, para ser entrevistado pela Gerente Executiva Amabeni, grávida
de seu primeiro filho, hoje com 38 anos. .No momento da entrevista, se sentia
dores do parto, não deu para perceber. No dia seguinte teve o filho Depois da entrevista,
com a barriga enorme, levou-me pelo
elevador também centenário, ao segundo
andar do prédio, onde passou a ser minha
sala de trabalho, nas divulgações das administrações dos empresários do comércio
José Lopes da Silva e Alberto Souto Loureiro. Amabeni apresentou-me Joaquim,
que seria meu auxiliar, uma espécie de off
boy. Osvaldo seria era um faz tudo. De tudo
fazia um pouco.
Na Rua Guilherme
Moreira, no centro de Manaus, estava com minha esposa Yara Queiroz, procurando
a agência Manaus do Banco PAM. Como passava em frente ao centenário prédio de
três andares da Associação Comercial do Amazonas-ACA, disse a ela: “ trabalhei aqui por seis anos como
assessor de imprensa” e decidi entrar.
Yara parou para olhar uma das várias lojas em seu térreo. Veria se, se 38 anos depois, ainda
encontraria antigos companheiros do passado Logo a entrada, encontrei o Joaquim, com
cabelos cor de prata, ao contrário de como costumava vê-lo: jovem, vigoroso, atlético e prestativo,
subindo e descendo as escadas para pedir alguma informação. Não existia
interfone do segundo para o terceiro andar, onde despachava a Secretária
Executiva da ACA Amabeni. Recebi um abraço forte do Joaquim. “Você ficou careca. Onde está seu vasto
cabelo e sua barba?” perguntou-me. “Se
rebelaram contra mim e me abandonaram”, respondi meio sem graça tentando um
riso forçado dele. Ele também não riu como também não o faço há 16 anos por
falta do meu lóbulo do humor. Hoje, apenas sorrio com o coração!
Não esperava encontra-los. Osvaldo estava transportando garrafões de
água pelo antigo e centenário elevador do prédio. Ele me cumprimentou. Como
estava de camiseta e calção, decidi perguntar se a Amabeni continuava
trabalhando na ACA. Ela desceu com seus
cabelos branco pela mesma escada pela qual tantas vezes alcançava o segundo
andar para desenvolver o trabalho de Assessoria de Comunicação Social, em substituição
ao companheiro na época, do Jornal do Comércio,
Osny Araújo,. O jornalista que me antecedeu fizera um bom trabalho e era só dar
continuidade a divulgação de trabalhos desenvolvidos na centenária casa, sob as
administrações dos dois empresários do
comércio com mandato de dois anos. Deixei minha função na ACA na gestão do
empresário Carlos Alberto, diretor de uma empresa de aviação, VASP.
Trabalhei com os dois,
na época em que o Governo ainda era militar. A ACA desenvolvia esforços e
abraçou lutas em favor da continuidade
da atividade comercial no Amazonas que, durante o Governo Fernando Collor de
Melo, sofrera um duro golpe com a abertura total do comércio de eletrônicos
para o resto do Brasil. A Zona Franca entrou em crise e os empresários
reagiram. Uma das lutas enfrentadas na época pela ACA que liderava quase tudo em defesa do modelo Zona Franca de Manaus,junto
com a Federação das Indústrias da Zona Franca de Manaus-Fieam, na presidência
do empresário João de Mendonça Furtado, foi a de trazer turistas para Manaus,
unindo companhias aéreas, empresários de hotéis e do comércio, cada um dando
descontos para compensar a vinda deles.
O comércio estava perdendo a competitividade comercial que tivera antes.
O produto mais vendido e contrabandeado
era o vídeo cassete para TV, uma revolução na época e diziam que traria
prejuízos aos vários cinemas de Manaus,
todos pertencentes ao empresário Adriano Bernardino, que também era envolvido e
patrocinava vários conjuntos musicais famosos no passado.
Depois, também encampou
a luta em defesa da implantação da fábrica de cimento Poty, em Manaus e venceu!
Bela história, parabéns.
ResponderExcluirCarlos teu relato é um passeio pela história de Manaus...acabei viajando.....
ResponderExcluirObrigado por compartilhar...
Linda história de vida...Abraços de além-MAR.
ResponderExcluirMaravilha!
ResponderExcluirIsso é maravilhoso ...boa noite
ResponderExcluirMeu querido amigo (quase nunca visto) Carlos Costa. Bom dia!
ResponderExcluirBelíssima recordação. Tempos idos. No lapso temporal narrado, Eu trabalhava com D. Mundita (Moto Importadora), que ficava praticamente defronte ao prédio da ACA. Ao lado (esquerdo) ficava a Delegacia Geral de Polícia onde o delegado do "diabo" (Dr. Ribamar), fazendo justiça (não necessariamente cumprindo a Lei), se portava como um verdadeiro xerife hollywoodiano. Era contudo um ser extraordinário e voltado para o bem comum. O Carlos Souza a que te referes, tinha uma agência que representava dentre outras, a VASP, que ficava na própria Guilherme Moreira, próximo a praça do Hotel Amazonas. A S. Monteiro ficava na Quintino Bocaiuva (ali perto) e a TV Lar (Azevedo - ainda técnico em eletrônica), iniciava suas atividades atrás do Colégio Estadual (do Prof. Mário Ypiranga) , na Henrique Martins. Realmente! A cidade mudou! As pessoas mudaram (algumas). O prédio da ACA continua o mesmo e D. Amabeni também (ainda que os cabelos tenham se prateados). Seus antigos elevadores (com portas sanfonadas) continuam funcionando. Os móveis, quadros e acervo gráfico (incluindo as fotos) resistem a modernidade e continuam imponentes e disponíveis, cumprindo ao fim para o qual, foram adquiridos. Lá já não estão, Edgar Monteiro de Paula, Carlos Souza, D. Neide e tantos outros, que nos deixaram para irem de encontro ao abraço espetacular de DEUS, fim predestinados àqueles que como nós, exercitam a Fé, o Perdão e a Caridade (amor). Devo parar por aqui. A saudade se me aflora e para mascará-la recorro-me ao poema do paraibano Augusto dos Anjos, "Versos Íntimos" que serviu de tese à muitos vestibulares (Vês, ninguém assistiu ao formidável enterro de tua última quimera ...). Nele encontro forças para o confronto com nossa atual realidade. Deixo por fim o meu tríplice e fraternal abraço à esse saudoso amigo e irmão a quem dedico estima, consideração e respeito.
Fraternalmente.