quinta-feira, 20 de junho de 2013

O BRASIL ERA UMA PANELA DE PIPOCAS QUE EXPLODIU!

A panela de pipoca explodiu e vai mudar o Brasil, derramando tudo o que estava reprimido há muito tempo dentro dela, em forma de manifestantes pelas ruas, sem bandeiras partidárias ou ideologia; todos exigindo uma melhor distribuição dos impostos que o Governo Federal arrecada, mais transparência na aplicação do dinheiro público e sem o envolvimento de esquemas fraudulentos, sem desvio de recursos da Previdência Social, enfim, um país com direcionamento mais claro em suas propostas de investimentos, em projetos sociais ou de qualquer natureza, desde que custeados pelo Estado diretamente ou através de convênio e, mais claramente, um repúdio total à corrupção, dinheiro na cueca, na bolsa, na meia ou enterrados em obras que começam e nunca terminam e contra  aos vândalos que estão destruindo o patrimônio público. Em todo e qualquer movimento social pacífico, sempre existirão vândalos e pessoas que irão se aproveitar para roubar lojas, pichar prédios públicos e promover baderna...

A redução nas tarifas de transportes coletivos já ocorreu, mas os manifestantes precisam tornar mais claras suas reivindicações, seus propósitos e voltarem suas baterias, também, contra a excessiva carga tributária, a demora de votação de projetos que desonerem à sociedade em geral, contra os mais de 50 impostos que incidem sobre os combustíveis, além da retomada do projeto antigo do ex-candidato à presidência da República, o ex-deputado federal Álvaro Valle, que propunha a instituição do imposto único de 1% sobre todas as transações comerciais, bancárias ou imobiliárias, dispensando aos brasileiros a obrigatoriedade da apresentação de Imposto de Renda no final de todos os anos. Já seria um ótimo início de diálogo.

Com a redução ou isenção total dos impostos incidentes no preço dos combustíveis e a possível implantação do imposto único sobre todas as transações comerciais, o Estado seria obrigado a repensar em sua máquina fiscal.  As manifestações democráticas, também precisam se voltar contra a excessiva demora nos julgamentos das demandas judiciais em quaisquer instâncias, porque, hoje, só nos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, criados para desafogar as varas comuns, estão com tantos processos parados que, em alguns Estados, a primeira audiência está sendo marcada com até oito meses depois da entrada da petição inicial dos advogados. Isso precisa ser melhorado para apaziguar os ânimos da sociedade.

Desonerando as cobranças de impostos sobre os combustíveis, tudo iria melhorar, pois tudo que é transportado usando combustíveis iriam sofrer reduções quase que imediatas, porque nada existiria para ser fiscalizado, exceto o pagamento do imposto único de 1% sobre qualquer tipo de transação comercial, como era na época do que se tornou conhecido como “o imposto do cheque”, a CPFM, que tinha um propósito nobre de investimentos na área da saúde, o que nunca ocorreu de fato. Os poucos movimentos do “Brasil sem impostos”, aderido por alguns comerciantes corajosos que bancavam os impostos, já comprovaram isso, com reduzida significativa nos valores, principalmente os incidentes sobre o valor final da gasolina e diesel.

Excetuando pelos baderneiros que insistem em se infiltrar no meio das manifestações sociais pacíficas, os manifestantes já deram seu primeiro recado. Resta, agora, reiniciar um novo país, organizado, sem corrupção para evitar que a panela de pressão que esquenta a pipoca volte a explodir novamente, derramando mais manifestações pelas ruas em forma de mais reivindicações apartidárias...

Lembrem todos os manifestantes pacíficos que as causas da Revolução Francesa foram divididas em quatro grupos: políticas, econômicas, sociais e intelectuais. Mas, tudo começou com o aumento no preço do pão e terminou com a deposição do Rei Luiz XVI e seu antigo regime.

O mesmo está acontecendo no Brasil de hoje, com a união de causas políticas, econômicas e sociais, intelectuais e contando com o apoio da classe média burguesa, seguidamente massacrada por impostos extorsivos e muito pouco recebendo como retorno de  excelentes serviços públicos em forma de mais habitação, saúde, segurança, educação etc. pelos impostos que paga.


A estrutura do Brasil precisa ser toda redefinida, com urgência porque de toda desordem, sempre nasce uma ordem!

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