domingo, 6 de março de 2011

UMA AULA DE "PUTATERAPIA"


 UMA AULA DE  “PUTARAPIA”

                               “Putaterapia”. É assim que defino o filme estrelado por Debora Secco, intitulado “Bruna Surfistinha”. Em determinado momento do filme, ele mostra claramente a falta de diálogo nas famílias e, ela, a “Bruna”, que depois virou “Surfistinha”, embora  fosse Raquel o nome verdadeiro da autora do livro “O Doce Veneno do Escorpião”, traduzido para 15 idiomas.
                Não é um filme para ser indicado ao Oscar, mais é um filme que merece ser visto, discutido, analisado, debatido por psicólogos, psicoterapeutas sexuais e outros profissionais do mesmo ramo. Existe sim, uma tremenda falta de diálogo entre as famílias.
                “Bruna Surfistinha”, nome adotado por Raquel, vem de uma família de classe média, é descoberta pelo seu irmão adotivo que a chama de “puta” e lhe dá um tapa no rosto, mostrando claramente a sua decepção e revolta pelo que sua irmã adotiva se tornara. Dentre os seus “clientes”, alguns tinham várias manias: um queria só ficar mudando a posição dos moveis, outro só queria conversar, mas todos tinham uma coisa em comum: eram casados e faziam programas com “Bruna” exatamente no horário em que suas esposas estavam cuidando da casa, das crianças ou fazendo nada!
                Não sou crítico de cinema, mas o filme merece, sim, uma reflexão sobre a vida a dois. É apenas o retrato do diário da personagem “Bruna”, contando suas aventuras sexuais, sua decadência, seu envolvimento com cocaína. Mas Debora Secco está muito bem no papel. Acho que aprendeu muito com a personagem “Bruna Surfistinha”. Deve ter tirado lições positivas da personagem!
                Conforme informa no final do filme, “Bruna Surfistinha”, ou Raquel, vive hoje com seu primeiro cliente que a possuiu, escreveu o livro “O Doce Veneno do Escorpião”,  hoje traduzido para 15 idiomas, talvez baseado no que escrevia em seu diário. Abandonou a “profissão” seis meses depois, feve estar rica e nunca mais teve qualquer contato com a família adotiva. Mas o filme é  bom!
                Não é o que se pode chamar de uma obra prima, mas  merece ser visto, analisado, debatido entre os profissionais das chamadas terapias, pois é um filme verdadeiro, baseado em um diário verdadeiro que por muito tempo circulou na internet.
                  É o que se pode chamar de uma vida sem hipocrisia, sem meias verdades e uma grande terapia de casais!
               

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