Ao contrário dos peixes que
não mais podem se reproduzir nos lagos, rios ou mares; dos pássaros que estão
perdendo seus habitats naturais pela ação e ganância dos homens que visam o
progresso a qualquer custo, mesmo destruindo o que era belo, os guardadores de
carros, ou flanelinhas, ou “dono das ruas” que são de todos os
brasileiros impostomizados extorsivamente, estão se reproduzindo como uma praga
em Manaus e em todo o Brasil, como se fossem proprietários de ruas, avenidas e quaisquer
espaços públicos, cobrando preços extorsivos muitas vezes e não sofrendo
qualquer tipo de fiscalização, salvo quando existe um grande evento quando são
denunciados.
Na outra ponta, os preços
cobrados pelos estacionamentos no Brasil estão com seus preços exorbitantes,
não deixando muitas opções aos já cansados pagadores de impostos para sustentar
o processo de corrupção. Os valores, excessivamente majorados, precisam ser
revistos, para permitir que mais carros possam estacionar nesses locais e não
nas ruas, atrapalhando o trânsito já engarrafado das grandes cidades!
Em Manaus, o preço dos
estacionamentos públicos foi disciplinado e se perdeu o tempo de tolerância de
30 minutos em shoppings. Agora, se começa a pagar C$ 00,15 centavos por
cada 15 minutos. O autor da lei municipal deveria ter disciplinado de forma a
manter os 30 minutos de tolerância e a partir disso, começar a cobrar os 00,15 centavos
pela continuidade do veículo no local. Mesmo assim, nem todos os lugares
públicos que recebem alvará para explorar estacionamentos, cumprem essa lei,
inclusive um que fica na Avenida Boulevard Álvaro Maia, entre as duas casas que
vendem camarões. Já fiz essa denúncia, mas continua a ser cobrado R$ 4,00 reais
por hora!
Denúncias contra esse
mercado clandestino, principalmente por ocasião de grandes eventos, que não
paga qualquer tipo de imposto e alguns até enriquecem com essa prática, foram
feitas muitas vezes mas ao que parece, ninguém quer se envolver com essa
situação porque todos são potenciais eleitores e os políticos fingem que não
vêem ou simplesmente não querem se envolver com essas pessoas que olham os
motoristas com cara feia se não lhes dão nada, riscam os automóveis e fica tudo
por isso mesmo.
Quando há denúncia, a
polícia aparece, prende um ou dois com essa prática ilegal, mas são soltos pela
justiça, com toda razão, e voltam às ruas porque esse tipo de crime – é um
crime de extorsão, mediante ameaça – não está previsto em lei, Além do
mais, trata-se de um crime de “menor potencial ofensivo” e no
máximo, em caso de condenação criminal, os flanelinhas pagam uma cesta básica e
voltam para as ruas para continuar praticando novas extorsões mediante ameaça!
Não desconheço que existe
toda uma rede de situações envolvendo esse tipo de comércio de espaços, mas o
problema precisa ser enfrentado urgentemente sob pena de os contribuintes
virarem reféns desses “donos de ruas” com ameaças do tipo:
ou
paga o que quero ou risco seu carro! Você é quem sabe. E a pessoa finda pagando. Em alguns casos, a
clandestinidade chegou a tal ponto que alguns mandam ou imprimem um cartão já
dizendo qual é o preço que querem receber e o “entregam” que paga o valor, mas constrangida porque o
seu carro é mais importante e ele tem medo de represálias futuras!
Tive notícias de
flanelinhas já estão terceirizando espaços nas ruas que não lhes pertencem,
contratando auxiliares para ajudá-los nessa irregularidade e até viajando com
toda a família para férias no nordeste sem que declarem um centavo do dinheiro
que recebem diariamente ao imposto de renda, ao contrário de brasileiros assalariados
que não podem escapar dessa mordida do feroz e cada vez mais voraz leão do
Imposto de Renda.
Os “flanelinhas” já se
uniram em algumas cidades, criaram associações e até Sindicatos, distribuíram
coletes aos “guardadores” quando se ameaçou fiscalizar essa atividade descaradamente
ilegal e lesiva aos bolsos dos brasileiros, já tão aviltados com cobranças de
impostos. Chega! Precisa se colocar um basta nessa prática danosa contra os
contribuintes indefesos!
Como apodreceu a humanidade, carlos! Um abraço, Adelaide Reys - Alagoas
ResponderExcluirUm contundente e oportuno texto, Parabéns e um abração.
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