No horizonte de muita fumaça,
lá vai o barco fugindo apressado,
levando ilusões de sonhos não realizados na capital da tecnologia
inútil e deixando na passagem
um rastro de mais fumaça negra e tóxica.
Do precário, vergonhoso, inútil e problemático porto da cidade,
observo um lenço branco de adeus acenando
(me deprima porque já vi outros tempos bons no passado de prosperidade!)
É o sinal deixado por mais uma família que abandonou o sonho de prosperidade
e o perdeu para brutalidade de um regime quase escravo
nas fábricas do Distrito Industrial.
(Até o horário do banheiro é cronometrado!)
É a despedida da ilusão que está partindo!
II
O barco volta. Traz redes cheias de
de novas ilusões de quem busca de melhorias.
Nada há mais na cidade, além de uma triste mistura de
riqueza e miséria social e
restou apenas fumaça importada.
Fogo da incompetência e desemprego
pela destruição de seus Centros de Pesquisas Tecnológicas.
Volta para o local de onde nunca deveria ter saído!
III
O barco, que não tem nada a ver com isso,
Cumpre a rotina de ir e vir, parando em cada porto,
ao sinal de lenço branco,
agora em forma de desespero!
Cá já não existe mais nada!
IV
O barco regional
apenas cumpre sua triste rotina de ir e vir
levando ilusões antigas
e trazendo ilusões novas para se desiludirem também!
Me fez lembrar as histórias que meu padrinho me contava sobre o amazonas antigo.
ResponderExcluirNossa muito bom o poema,é também muito verdadeiro.
ResponderExcluirRealmente muito interessante e inteligente. Meus parabéns e aplausos anjo lindo! Bjssss de luz e paz no teu coração!Carinhosamente - Hoje e Sempre - Irlene Chagas - (A Poetisa do Amor)
ResponderExcluirLindo demais e verdadeiro também!
ResponderExcluirInfelizmente é o retrato do "futuro" que se descortina. Se é que ainda existe. Excelente crônica.
ResponderExcluirA questão dos barcos da ilusão é igual o dos taxistas considero O PASSAGEIRO SEM DESTINO leva a vida transportando pessoas que muitas vezes não sabe.
ResponderExcluirPoeta carlos da costa! Um poema filosófico, um retrato de realidades, não específico do momento, mas próprio para tal, convidativo a uma excelente reflexão, meus aplausos e se puder, leia-me em "FRUSTRAÇÃO DE UM BARDO" e "TRAÍDO" que estão na minha pág. 4 do RL., um abç.
Realidade muito triste.
ResponderExcluirCada sonho que se desfaz é a certeza de que mais um morreu em vida... Que restará então a esse pobre vivente? Abraços meus para ti
Sonhos sonhados, se pudesse interpretaria, os realizados iscluiria, pois já nasceram interpretados! Sonhos sonhados, que voam com os ventos, em formas de pensamentos ou uma simples pipa no Ar! Boa tarde amigo! (Obs. Curto poemas)
ResponderExcluirMuito boa, meu amigo. Beijos
ResponderExcluirQue poema maravilhoso e sábio. Parabéns!
ResponderExcluirBelo e crítico poema, Carlos. Parabéns. Abraço do Max
ResponderExcluirNossa muito bom o poema,é também muito verdadeiro
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