quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

DA COMIDA DE BORDO À VENDA DE SANDUÍCHES NOS AVIÕES


Comentários no link http://carloscostajornalismo.blogspot.com.br/2016/01/da-comida-de-bordo-venda-de-sanchiches.html


DA COMIDA DE BORDO À VENDA DE SANDUÍCHES NOS AVIÕES


Esqueçam as altas, elegantes e desejadas aeromoças que serviam refeições quentes a bordo dos aviões da Cruzeiro do Sul, Vasp, Varg e, mais recentemente, da Transbrasil, desfilando seus corpos esguios por entre poltronas espaçosas e confortáveis aos passageiros. Nada disso existe mais nas atuais companhias aéreas que cruzam os céus do Brasil. Tudo mudou para pior na aviação brasileira. As refeições quentes do passado, antecipadas por lenços de pano quentes, cheirando a lavanda, foram substituídas por barras de cereais em alguns voos ou pela venda de sanduíches a um preço exorbitante, acompanhados de lenço de papel e suco de lata, também vendido a um elevado preço. Só lenço de papel ainda é de graça, por enquanto, mas não sei até quando será assim!

Quem quiser compra e paga no cartão de crédito que segue na mão das atuais aeromoças, que podem ser baixas, altas, gordas ou magras acompanhadas de homens também gordos, barbados, parecendo mais garçons transitando com seus carrinhos  entre apertados corredores das aeronaves e cada vez mais apertadas e desconfortáveis poltronas dos passageiros. Quem quiser compra, quem não quiser passa fome porque  não se pode pode descer de 14 mil pés de altura em pleno voo para adquirir um lanche bom, barato e mais gostoso lanche. Ninguém desce, é óbvio! Ou compra ou passa fome no voo. Os carrinhos de servir continuam os mesmos, mas é só o que restou do glamour que havia no passado! Quem controla e aprova os preços da venda dentro dos aviões? Quem aprova e fiscaliza a tabela de preço? Um sanduíche frio custa 15 reais! Caro demais para quem já adquire uma passagem caríssima! Em poucos voos de companhias aéreas ainda servem barras de cereais dentro de alguns aviões, mais confortáveis,  espaçosos e com passagens mais caras também. 

A Transportes Aéreas Marília – TAM, mesmo com proibição da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), decidiu cobrar  de 20 reais a mais no valor das passagens em voos nacionais e de 30 a 70 dólares em voos internacionais pelo chamado “Assento Conforto”, nas primeiras fileiras dos seus aviões, embora, essas vagas só podem ser utilizadas por clientes que tenham problemas de locomoção, deficiência auditiva, idosos, gestantes e clientes que não conseguem ler ou entender as instruções de segurança, como define a ANAC. A TAM foi a primeira empresa a cobrar valor mais caro pelo assento confortável!


Hoje, homens fardados, com baixa altura, barbas no rosto por fazer - o que não se via antes - lhes emprestando um ar de sujeira -embora não seja exatamente isso – como se fossem garçons de bordo, desfilam carrinhos cheios de sanduíches e sucos em latas entre os apertados corredores dos já apertados aviões, acompanhados de aeromoças também de baixa estatura e bem-vestidas. Em viagem ao Rio de Janeiro para assistir à queima de 16 minutos de fogos de artifício na barraca do Habib´s, pensei nesse assunto e passei a observar tudo atentamente. No restaurante japonês Origame, lembrei dos antigos lenços umedecidos dos serviços de bordo, porque os ofereceram para limpar as mãos,  antes de chegar o pedido. Recordo que no ano de 1982, viajei a Natal pela primeira vez, em um voo noturno. Como o valor das passagens aéreas eram muito caras, a empresa aérea Transbrasil criou e implantou o “Voo Econômico Noturno”, com passagens com menor valor e as pessoas começaram a voar pela companhia aérea que o tinha criado. Depois, outras também criaram e passaram a precarizar os serviços de bordo, até que todas desapareceram e só restaram alguns aviões em Aeroportos do Brasil 

Chamava-os de “Voo Miserável Noturno” porque nada era servido e os horários eram sempre a partir de zero ou no início da madrugada. Como jornalista, em 1982, embarquei em uma aeronave Arbas 400 da Transbrasil, com destino a Natal para fazer cobertura para os jornais de Manaus,, de um congresso promovido pelo CDL no recém-construído Centro de Convenções de Natal. Na hora que começaram a servir a refeição, na hora em que as aeromoças estavam servindo o jantar o avião desceu mais de 400 metros de altura. Como era assessor de comunicação de entidades do comércio de Manaus, viajei acompanhado os empresários, Aramis Mafra Castelo Branco, gerente da TV Lar e ex-proprietário de loja de roupas de griff; José dos Santos Azevedo, proprietário da rede de lojas TV Lar, na época, exercendo a presidência do CDL/Manaus, que estava em pé colocando gelo e wiski em seu copo, bateu com a cabeça no teto e sofreu um corte pequeno, sem maiores consequências. Na mesma hora, caminhava para o banheiro. Também me assustei, tombei para um lado e para outro, mas não sofri nada. Estavam no mesmo voo outros empresários do comércio de Manaus, como o dono da ourivesaria Ouro e Hora Novellino Meneguinne (in memória) e vários outros que não lembro mais...Os que cito nessa crônica me marcaram muito por diversas razões ou motivos!

Foi uma viagem inesquecível e mantenho-a na memória até hoje. Nada existe mais como fora antes na aviação brasileira. Tudo mudou para pior!

16 comentários:

  1. É Carlos Costa tudo mudou para pior.

    ResponderExcluir
  2. Gostei do texto da crônica, amigo. Você disse tudo!

    ResponderExcluir
  3. Apoiado tua observação e protesto caro amigo

    ResponderExcluir
  4. Boa crônica.
    E não deixa de ser uma denúncia nesse país que piora a cada hora.

    ResponderExcluir
  5. Agora vou andar só de canoa

    ResponderExcluir
  6. Concordo com tudo isso.
    Minha ex-mulher era comissária de bordo da Cruzeiro do Sul que foi comprada pela Varig, e ela teve que pra lá ir.
    Naquela época até os talheres eram de prata que até pouco tempo rolavam aqui em casa.
    Registro que minha ex não era muito alta, mas era muito bonita.
    Hoje são na maioria uns estrupícios."

    ResponderExcluir
  7. Concordo com tudo isso.
    Minha ex-mulher era comissária de bordo da Cruzeiro do Sul que foi comprada pela Varig, e ela teve que pra lá ir.
    Naquela época até os talheres eram de prata que até pouco tempo rolavam aqui em casa.
    Registro que minha ex não era muito alta, mas era muito bonita.
    Hoje são na maioria uns estrupícios."

    ResponderExcluir
  8. Luiz Eduardo Oliveira6 de janeiro de 2016 às 16:51

    Fatos do passado inesquecíveis.bons empresários.excelentes viagens na cias aéreas referidas por você.

    ResponderExcluir
  9. Realmente é mais confortável viajar num ônibus de linha em Manaus ...

    ResponderExcluir
  10. Realmente lembro que nos voos da antiga VARIG, talheres não descartáveis e a alimentação era servida em louça coberta com papel alumínio com o logotipo da empresa... As poltronas eram confortáveis e com boa distância da poltrona da frente... Os joelhos não ficavam "destruídos".
    Nas viagens nos aviões DC -10 tínhamos fones plásticos e alguns canais de musica clássica... Bons tempos aqueles...
    Eu ja trabalhei na TV-Lar e conheci o sr Azevedo, grande historia de sucesso, com temperamento "bem forte" ...
    Ótima crônica...
    Boa noite

    ResponderExcluir
  11. Ok amigo, mudou muito para pior realmente.

    ResponderExcluir
  12. Ótima cronica amigo!

    ResponderExcluir
  13. Graca Guerreiro/Natal7 de janeiro de 2016 às 11:29

    Boa tarde Carlos. Você falou tudo isso das aeronaves tudo verdade! presenciei tudo que você falou aqui, pois eu quando vim pra cá pra natal, senti. fome, eu cheguei a pensar que ia sair um belo almoço!!! KLM quando chegou esse refrigerante de lata que eu , nem de refrigerante eu gosto, achei as aeromoça, se é. que se pode chamar aquelas beldades de aero...... fique com tanta raiva ,e eu estava com uns lindinhos nas mão e pedi à. uma delas pra que jogasse pra no lixo, ela disse que não. com uma falta de elegância! !!# fora do comum. Temos que meter o pau. nessas empresas que cobram uma fortuna em uma passagem e oferecem um lanche de última.Nos pagamos mas cara a tal da cadeira que eles dizem que e mas confortável! !! quando fomos chegando, pra se sentar, não. deu nem pra esticar as pernas, boa reclamamos mesmo, pois nos estávamos com a minha neta, e a tal cadeira não. libera a divisória de uma pra outra, muito apertada e não. deceu pra poder criança deitar. Enfim nunca mas vaio nessa!!!!. Vou compartilhar, me desculpe eu não. tinha visto esse seu comentário. o meu celular anda com a memoria cheia e estou tirando tudo do arquivo. Valeu Carlos! ! tenha uma boa tarde um abraço.Graça.

    ResponderExcluir
  14. É de fato, nossa aviação mudou muito...Repassando para os amigos...Boa noite..

    ResponderExcluir
  15. Sulemann Suetter / Turwuia17 de março de 2016 às 15:10

    Hola very nice ohhhhh

    ResponderExcluir
  16. Sulemann Suett/Turquia17 de março de 2016 às 15:12

    Hola very nice ohhhhh

    ResponderExcluir