As dez medidas de
iniciativa popular contra a corrupção, paradas por mais de 60 dias na Câmara
Federal por falta de iniciativa de seu presidente, finalmente andou, mas já
parou de novo! O deputado, que substituiu
o afastado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), Waldir Maranhão (PP-MA), finalmente instalou
a comissão especial destinada a examinar a proposta ao projeto de Lei
4850/2016. As medidas são distribuídas
em dez eixos principais, todas voltadas à combater a corrupção. O coordenador da Frente Parlamentar Mista
designado para apreciar a proposta, deputado federal Antônio Carlos Mendes
Thame (PV-SP), porém, disse que há um jogo de procrastinação em relação à
proposta, dando a entender que nada será votado tão cedo.
Mesmo
que de forma precária, ainda existe a da Ficha
Limpa, (Lei Complementar 135/2010) também de iniciativa polar. A Lei que
causou terror em políticos corruptos tinha por intuito de combater a corrupção
eleitoral, deixando inelegíveis todos os candidatos que tivessem qualquer tipo
de condenação. A Lei da Ficha Limpa, alterou uma parte Lei Complementar 64/1990
e incluiu a hipótese de inexigibilidade
de políticos condenados por corrupção eleitoral. Como essa Lei está sendo
seguidamente “estupradas” como as mulheres, adolescentes e crianças do Brasil
também o são, inclusive por “estupros coletivos de juízes” que concedem
liminares e depois a confirmam o mérito coletivamente em plenário, se pretendia
proteger a probidade administrativa e a
moralidade no exercício do montado. No início, funcionou. Agora caiu em total
desuso e virou motivo de deboche e piadas, por exclusiva culpa da própria
Justiça Eleitoral que passou a conceder liminar a candidatos populistas e
corruptos, de grande popularidade e densidade de votos, geralmente lhes
faltando caráter para administrar dinheiro público. A Lei da Ficha Limpa é totalmente omissa e não
prevê qualquer tipo de punição aos partidos políticos, junto com os candidatos
que se envolverem em corrupção, porque deveria começar dentro dos partidos políticos,
na hora da escolha de candidatos em suas convenções. Conseguindo “atestado de bons antecedentes da
Justiça”, via liminares da cega Justiça Eleitoral e se elegendo, usam seus mandatos,
para impedir o julgamento do mérito da liminar antes de concluírem seus quatro
anos de mandato, mesmo com os condenados por crimes de desvios de dinheiro
público, que eleitos como prefeitos, principalmente, continuam desviando verbas
públicas, com a certeza que nunca serão julgados e a continuidade das investigações
da “Lava Jato” tem provado essa
verdade.
Mas não é fácil
conseguir assinaturas e depois fazer tramitar e ser aprovada na Câmara Federal,
qualquer projeto de iniciativa popular, principalmente quanto afeta diretamente
aos “interesses inconfessáveis” de
políticos que transformam a Câmara e o Senado em “balcões de negócios”. Talvez tenha sido por isso que o coordenador
da Frente Parlamentar Mista Antônio Carlos Mendes Thame (PV-SP) tenha declarado
que existe na Câmara Federal um jogo de procrastinação em relação à proposta,
dando a entender que nada será votado tão cedo., como é o caso da representação
pedindo a perda de mandato do deputado federal na comissão de ética da casa
Eduardo Cunha, presidente da Casa, que
está se arrastando há tanto tempo, com seguidas idas e vindas e pode haver novos capítulos dessa ridícula
novela. O parlamentar que preside a Comissão mista pediu que o segundo
vice-presidente da Casa, Fernando Giocobo, assuma a presidência da casa e substituía
Waldir Maranhão. Contudo, em comum a todos eles existe um sutil impeditivo: Eduardo
Cunha, Waldir Maranhão e Fernando Giocobo, paranaense nascido no município de Pato Branco, formado
em Tecnologia em Recursos Humanos pela UNIP, filiado ao Partido da República, respondem
a acusações criminais no Supremo Tribunal Federal por corrupção e nenhum vai querer
ser algoz de si próprio. Diante de toda essa falta de vergonha política
nacional, novas eleições devem ser convocadas para todos os cargos e que a Lei
da Ficha Limpa seja cumprida a partir dos Partidos Políticos. Se não cumprem,
sejam também punidos junto com os candidatos que escolhem pelos seus populismos.
As medidas do
Ministério Público e subscritas por 1,5 milhões de eleitores contra a corrupção
não devem ser votadas tão cedo pela Câmara. As assinaturas dos eleitores nada representam e estão sendo tratados como
palhaços pelos detentores dos podres poderes da República.
Triste isso viu, revoltante...
ResponderExcluirVerdade
ResponderExcluirPalmas pela lucidez em sua abordagem...
ResponderExcluirQuantas verdades....
ResponderExcluirParabéns. ..!!!!
Nossa!!!que descaso aos 1,5 milhões de eleitores.
ResponderExcluirSe tirarem todos os políticos corruptos do poder, vai sobrar quem ? Eis a questão. Esperar que eles tomem alguma atitude para acabar com este câncer das nossas instituições politicas é o mesmo que esperar que um coelho tome conta de um canteiro de alfaces. Infelizmente, temos é que aprender a votar com mais consciência e aos poucos começarmos a formar uma nova geração de políticos com mais responsabilidade e compromisso com a sociedade. os que estão instalados atualmente não querem estas mudanças de jeito nenhum.
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