Enquanto
os dois candidatos a administrar a cidade de Manaus discutem só sobre a questão
da falta ou não de água servida na casa de uma catadora, hoje, dia 24 de
outubro de 2016, a capital do Amazonas completa 347 anos de existência. Terá sobre o
bolo da festa, duas vergonhas
históricas: o porto de embarque, desembarque
de passageiros, cargas e mercadorias construído no século XVII quando o
Amazonas entrou no cenário econômico mundial e tinha população tinha menos de
80 mil habitantes. A outra vergonha é a sua Estação Rodoviária “Clóvis Bevilácqua”, inaugurada em 1980, em pleno século XX, pelo então
prefeito da cidade, José Fernandes de Oliveira, para uma população de 633.383 e a capital se ligava por estrada aos
municípios de Itacoatiara e Manacapuru e não para ox seus atuais 2.523.90 habitantes do século XXI e ligada à Região
Metropolitana, formado pelos municípios como Novo Ayrão, Presidente Figueiredo,
Careiro-Castanho, Rio Preto da Eva e Iranduba. Temos muito pouco a comemorar. Os
candidatos Artur Neto e Marcelo Ramos não discutem coisas que se quer ouvir e
se perdem em um tentar dizer que o outro é mentiroso. Enquanto isso ocorre, Manaus,
capital da Zona Franca, continua
sendo uma capital-ilha cercada de problemas sociais e estruturais por todos os
lados.
Em
frente pelo belíssimo, majestoso, restaurando e imponente mercado municipal Adolpho Lisboa, reinando absoluto e olhando para o caótico transito
que não anda na Avenida Lourenço Braga. Manaus, como quase todos os municípios do Amazonas,
nasceu de costas para o Rio. O mercado olhando para a balbúrdia do trânsito com
caminhões estacionados de um lado e do outro da Avenida e, ao fim da Avenida
Djalma Batista, resiste ao tempo a também precaríssima Estação Rodoviária de Manaus, pior do que muitas estações de
ônibus T-1, T2, T3, T4 e T5, com uma
homenagem ao jurista, historiador e filósofo, ex-promotor público, membro da Assembleia Constituinte do Ceará,
Secretário de Estado, consultor jurídico do Ministério do Exterior e um dos
fundadores da Academia Brasileira de Letras e, ainda, membro do Instituto Histórico e Geográfico, Clóvis Bevilácqua. A Estação, também é uma das piores e mais
precárias e pobres do Brasil, não sendo digna de um pujante e Polo Industrial
de Manaus. Mas não sobre a vida desse cientista positivista seguidor de
Spencer, Heackel e August Conte, que desejo escrever, Também não é sobre a
Revista de Estudos Livres, dirigida por Teófilo Braga, na qual ele escrevia.
É sobre
o aniversário de Manaus, que já teve um prefeito que virou Ministro dos Transportes, mas também nada fez
para resolver a imagem e a impressão para da no Porto ou na Rodoviária. O
Ministro pelo Amazonas, liberou recursos para a construção de portos para
atracação de barcos regionais e descargas de mercadorias para diversos
municípios, mas o porto de Manaus só mereceu enterrar recursos públicos com
revitalizações, modernizações, sem resolver o seu maior problema: o
estacionamento de caminhos para carregar e descarregar mercadorias para os
comerciantes dos municípios, sem vagas para estacionamento de portadores de
necessidades especiais, mas com muitos espaços demarcados e para táxis, táxis
carga, moto táxi etc, de um lado e do outro da pista!
Manaus, capital do Amazonas, é o centro financeiro, corporativo
e econômico da Região Norte e está localizada na confluência dos Rios Negros e
Solimões é também, a cidade mais populosa
do Amazonas a sétima do Brasil e a 131ª mais populosa do mundo , representando
1,22% da população brasileira, sendo, ainda, a mais populosa do Norte do Brasil.
Pertencia à Espanha até o século XVII, segundo o historiador, professor da UFAM
e amazonólogo, Samuel Benchimol em
sua obra “Os Deserdados de Tordesilhas”.
A ocupação do Amazonas, começou a
partir de 1637 quando o navegador Pedro Teixeira, partiu de Quietos no Peru e
tomou posse em nome da Coroa Portuguesa, segundo registra a história. Na área da Manaus
Moderna, ao lado do vergonhoso e deprimente porto de desembarque de carga e
passageiros, olhando para o caótico trânsito, reina também o porto do “roadway”, para a exportação do Látex, pelos
ingleses sobre boias que acompanham o
movimento das águas, usado para a
exportação da borracha, único e primeiro produto que criou um ciclo econômico
no Amazonas. Ele também olha triste para o caótico trânsito da Rua e os dois
candidatos a administrar Manaus nos próximos quatro anos, ficam discutindo quem mente mais, quem engana e quem
não tudo o que prometeu fazer durante a
campanha!
Não há quase nada a comemorar no aniversário de hoje. Artur Neto
foi padrinho de casamento de Marcelo
Ramos e, juntos, desaguarão suas mágoas
políticas e se encontrarão mais tarde para firmar interesses políticos e se declararão amigos de novo, como se não houvesse
passado de acusações de parte a parte. Definitivamente, em política não existe amigo,
inimigo ou aliado. Só interesses que se
unem e se separaram para enganar os eleitores com promessas que não cumprirão
em seu todo. Nos programas de baixarias, os dois candidatos nada falam sobre os
problemas estruturais e históricos da cidade, que causam vergonha no dia de seu
aniversário!
Se 50% da população do estado mora em Manaus eu acho que o estado deveria fazer bem mais por Manaus isso não só agora mais desde sempre
ResponderExcluirQue história e que lição !!!
ResponderExcluirParabéns, amigo Carlos Costa. Belíssimo e oportuno texto. Valeu! Abraço.
ResponderExcluirCarlos muito bom!
ResponderExcluirCarlos, bela crônica/crítica sobre o aniversário de Manaus. Se o prefeito não fizer o prometido em campanha para melhorar a cidade e seus habitantes tem realmente que tecer críticas para ver se o prefeito tomar o rumo certo da prosperidade e desenvolvimento. Parabéns e um abraço.
ResponderExcluirVerdade!
ResponderExcluirE verdade Carlos Costa nossa cidade completa 374 anos. Era pra ser considerada c. Natal. Mas os nossos governantes. Deixaram virar bagunça. V. Um faz. V. Outro quebra.. E aja. Bilhões pra reforma. Parabéns Manaus milha terra querida. Deus me deu essa oportunidade de, ver todas as belezas naturais que Manaus tem. Obrigado. Amém um grande abraço pra Manaus.
ResponderExcluirPois é poeta sou um disco repetitivo de uma frase de Lord Acton : todo poder tende a corromper e o poder absoluta corrompe absolutamente.
ResponderExcluirnasci no RS, moro em SP, mas sou amazonense de coração. Tudo isso me deixou muito, muito triste.
ResponderExcluirSegundo o próprio Marcelo Ramos, o padrinho de seu casamento foi o Serafim Correia e não Artur Neto, ele era apnas convidado!
ResponderExcluirVOCE FALOU TUDO !! DESSES HOMENS QUE SE BRIGA TANTO PELO PODER! ! MAA QUANDO TODOS ESTÃO NO PÓDIO, ESQUECEM DA PERIFERIA DE MANAUAS!!! ESSEZ CARAS PRECISAM ARREGAÇAR AS MANGAS PRA COLOCAR A NOSSO TÃO LINDA AMAZÓNIA! !!! EU AMO MINHA TERRA NATAL. EU ACHO QUW VIU ME CANDIDATAR PRA VE SE AMENIZA ESSES PROBLEMAS .KKK ELES TIRAM MUITO O NOSSO DINHEIRO QUE É DO POVO. BOA TARDE. GRAÇA GUERREIRO.
ResponderExcluirPois é meu amigo, vivemos esse quadro desolador e de uma certa foma inermes. O voto deixou de ser arma dos isentos faz tempo. Um artigo de denúncia com a propriedade dos jornalistas tradicionais. A essas hostes os cidadão devem as trincheiras do que ainda presta no Brasil como crítica válida. Parabéns. Meu abraço. Celso Felício Panza
ResponderExcluirParabéns a linda cidade e esse pessoal acolhedor
ResponderExcluirExcelente amigo!
ResponderExcluirMeus aplausos !
Tanto faz Carlos.Manaus tem mais anos.E menos de memoria.Em um grupo oficial do IBC.Nao emcontro niguem do ano que estudei nessa constituicao.entao p mim nao é Errata,Manaus 347 ou 374? Nao faz diferenca.Os indios nao comtam e onde estao as freiras?Passaram uma borracha e apagaram os arquivos do Istituto Bejamin Constant?Onde estao!onde colocaram nossa mente.Para mim é igual 209 ou 307 anos Manaus,apagou nao so minha mente,mais meus sonhos,se eu pudesse votar para prefeito,nao votaria para nenhum.
ResponderExcluirMuito bem dito, caro Carlos.
ResponderExcluirSerá que eles conhecem a história do amazonas, de Manaus.???
ResponderExcluirIsso mesmo CARLOS.
ResponderExcluirÉ lamentável a falta de visão, coerência e respeito com a coisa pública.
Parabéns!
Meus parabéns Carlos pelo artigo. É caboclo e verdadeiro.
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