É Yara...Ah, quantas
saudades sinto da “aurora de minha vida”, como escreveu o poeta Casemiro de Abreu,
da infância de nosso filho esperado, amado, querido e desejado! Lembro-me da
foto que tirou no berço, ao lado da filha de um engenheiro que nasceu quase
junto com ele. Uma das muitas outras
produzidas depois pela “Mira”. É...Yara,
nosso filho cresceu, tornou-se homem de 18 anos e cursa Economia na
Universidade Federal do Amazonas - Ufam. Tudo o que fizemos por ele valeu à pena...!
Lembro-me, também, do nervosismo da noite do nascimento dele, com o Dr. Gerson Mourão filmando o parto e
parando às 9hs e 16 minutos no relógio para socorrer os colegas que o auxiliavam
no parto por cesária. Nosso filho, Yara, nasceu todo roxo, com o cordão
umbilical enrolado no pescoço. Depois, a Sidelma
Marcondes, filmando pelo vidro do
berçário ,ele sendo levado para procedimentos de banho, medição, pesagem e,
todo engolado tipo um “bombonzinho” sedo colocado no berço. Bella
Queiroz, com 15 anos, hoje psicóloga e
cantora e irmã por parte de mãe, telefonando
para saber se nosso filho já havia
nascido! Depois, você, Yara,
perguntando-me se ele era lindo.... Tudo isso lembro, como se tivesse sido
ontem e não em janeiro de 1998.
Mas a vida nem sempre é
como desejamos que tivesse sido. Sinto saudades até hoje de ver a nossa criança
feliz, acordando dentro do berço, com seus “blebleites
musicais” e nos acordando sorrindo e batendo palmas de alegria! E como sorria
e era muito peralta nosso filho no berço! Uma vez, tentando abrir uma gaveta,
caiu no chão, quebrou a clavícula, dormiu
e não chorou. Ficou por 30 dias com gesso que lhe colocaram na Unimed.. Quando
começou a engatinhar, dirigia o dedo rumo à tomada de luz e a Mira, preocupada,
gritava “não pode, Carlos Filho”. Depois
repetia tudo de novo olhando para a babá e dizendo “Mia, né que nenê não pode fazer isso, bebê pega choque e morre”. Lembro-me
com saudades de quando cruzava as pernas,
encostava-se às paredes da casa do Campos Elíseos e a Miracele Ferreira já
sabia: estava com a frauda cheia de
urina e fezes. Ou ele repetindo “Mia, de
novo”, o que dizia o “teletubbes”, pedindo para colocar de novo o vídeo
cassete. Dormia abraçando dois bonecos
da série. Era lindo vê-lo tão calmo,
sorridente e feliz!
Relembro-o da “Mira” amarrando fraudas em sua cintura
para que corresse pelo quintal e não caísse
das vezes a babá, desesperada, o retirava de dentro da boca da pastora alemã “Madona” para que não se ferisse e
dizendo que era perigoso. Mas, nosso
filho não temia o perigo e fazia tudo de novo, desesperando ainda mais a Miracele
Ferreira, que por 12 anos o levando como aos
consultórios médicos pediátricos, passou a ser chamada nos consultórios de “Mãe 2. A babá começou a trabalhar 15 dias antes de nosso filho nascer, porque eu
e você trabalhávamos muito e quase não tínhamos tempo.. Também tenho lembranças
de quando nosso filho, encostava-se as paredes da “casa velha”, todo “xixado e com cocô” . Comprava pacote de fralda descartável toda semana para nossa criança,
na drogaria Carvalho!
Depois que mudamos. E no
Condomínio Florença Residencial Park e gostava de vê-lo dirigindo o seu jipe elétrico na companhia das
duas filhas gêmeas do advogado Francisco, carinhosamente chamado de Dr. Chicão. Ah, que saudades sinto das
serestas com violão, o sogro do Chicão cantando
até altas horas, dos churrascos e do whisky que tomava à pérgula da piscina do condomínio. “EU E
MEU FILHO PELA PRIMEIRA VEZ NO CINEMA”. “BRINCANDO DE MÁGICO COM MEU FILHO”. “PAI, VOCÊ É BURRO”! “CASA VAZIA”, crônicas de momentos vividos de nosso filho, que
registrei no blog carloscostajornalismo.
Ah, mais! Recordo-me também de sua
mãe chorando e dizendo que o tiraria da
Escola de Alfabetização Floresta Encantada. Também gosto de recordar as
vezes que lhe dei mamadeira e você dormia no meu braço e, no dia da mudança de
endereço da “casa velha” para o apartamento
novo no Condomínio, quando desci as escadas do segundo para o primeiro andar do
Florença e bati na porta do apartamento do casal Luiz Rocha e Fátima, sem conhece-los,
pedindo-lhes que esquentassem mamadeira do seu leite! Luiz Rocha, Fátima, Dr.
Chicão, Claudionor Santos, Claudia Santos e sua esposa já falecida Fátima foram
nossos primeiros e mais constantes amigos. Ah, como sinto saudades do nosso filho! Ele cresceu,
passou por fases de rebeldia, mas ainda lembro-me da nossa criança alegre chamado
de “meu gordinho” pela sua madrinha
Vera Queiroz e chamando a avó materna de
“vovó gordinha”. Maria Luiza Queiroz
foi o primeiro a vê-lo depois que nasceu e o consagrou ao Divino Espírito Santo ! Ah, como tenho saudades da criança que
cresceu e eu não vi ou que me recusei a vê-lo porque não se vê isso diariamente, só se
percebe que se tornou um homem quando aparece em casa com a primeira namorada
ou quando percebemos que ficamos 18 anos mais velhos. Teria sido o nosso bebê
um piloto de Formula l, como fora o genial Airton
Senna, se tivesse continuado a assistir corridas deitado em meu braço?
Talvez, mas nunca saberei! Ele deixou de assisti-las porque diz que agora não
tem mais graça!
É...Yara, nosso filho é
um homem e nem o vi crescer! Parece que foi ontem que nasceu e foi batizado ao Espirito Santo,
primeira a pessoa a vê-lo, na capela que mantinha na residência depois da morte
do esposo advogado e deputado por 26 anos pelo MDB, Francisco Guedes de
Queiroz!
Brilhante narrativa sobre seu filho
ResponderExcluirPalmas, adorei
ResponderExcluirQue Deus abençoe muito e sempre o seu lindo rebento ... Para vocês, eterna criança . Bjs e felicidade !
ResponderExcluirTexto lindo!
ResponderExcluirE aproveito o ensejo pra lhe dizer que gosto bastante de suas cronicss, principalmente as memórias de seus amigos e lugares que passou...
ResponderExcluirE quero presente também, afinal eu sou uma eterna criança!!!
prontofaleim
que lindo, vc sempre emocionante co suas palavras.
ResponderExcluirMeu ilustre mestre e amigo Carlos Costa, boa tarde!
ResponderExcluirSempre que posso leio com muito carinho e admiração suas crônicas. Todas fantásticas, brilhantemente escritas por uma das pessoas mais guerreiras e inteligente que tive o privilégio de conhecer e conviver: o senhor.
Lendo sua crônica: CRÔNICA PARA YARA: “NOSSA CRIANÇA DE 18 ANOS!”, fiquei aqui repensando quantas vezes deixamos de aproveitar pequenos momentos com nossa família, amigos por conta dos afazeres inerentes as responsabilidades das atividades as quais estamos ligados, mas no final entendo que são ossos do nosso ofício. Entretanto, é fundamental encontrarmos tempo para vivermos o momento, as pessoas, de modo que quando o tempo passar, fiquem as saudades do "tempo bom", como diz nosso ilustre Chico da Silva em uma de suas belas canções.
Desejo sempre o melhor ao senhor e rogo a Deus que continue cuidando para que o senhor esteja bem. Obrigado por tudo, mais uma vez. O senhor foi fundamental na minha vida.
Show
Excluirparabéns pela crônica, excelente
ResponderExcluirQue Deus abençoe !
ResponderExcluirQue Deus abençoe e lhe guarde! Amém!
ResponderExcluirParabéns
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