terça-feira, 24 de janeiro de 2012

"O BÊBADO E O EQUILIBRISTA" DA VIDA REAL!

Não “caía a tarde feito um viaduto”, mas era apenas... “um (a) bêbado” (a) que não estava “trajando luto” e também não “me lembrou Carlitos...” (o genial personagem de Charles Chaplin), como diz a fantástica e crítica letra da música composta porAldir Blanc e musicada por João Bosco, “O Bêbado e o Equilibrista”. Entretanto, “havia ”A lua’, não “tal qual a dona do (de um) bordel”, mas também “pedia a cada estrela fria/um brilho de aluguel”, ao lado de fora da casa depois de lutar e falar mal do vaso sanitário, que se mexia muito e não parava no lugar que ela o procurava!

Começo minha crônica de hoje, com essa composição para contar o que ouvi quando visitei a casa de meu irmão Roberto, construída no interior do sítio da família. As... “nuvens!/lá no mata-borrão do céu/ não “chupavam manchas torturadas/(também)não havia qualquer...” sufoco!”, exceto a representada pela bêbada querendo provocar, o vaso sanitário que se “mexendo” muito  e meu irmão rindo de toda a palhaçada.

Era apenas uma jovem colega de minha sobrinha, Paula, filha de meu irmão, que se divertira na noite anterior entornando cervejas, exagerando e que depois entrando em luta feroz e desesperada contra o vaso sanitário, igual à luta de Don Quixote contra seus imaginários moinhos de vento.
Mas a estória em nada se parecia com a fantástica criação de Miguel Cervantes  pois, segundo ela, a ébria, o vaso sanitário não parava no lugar. A amiga de minha sobrinha Paula, desafiara o vaso sanitário para um duelo louco, desesperado e inútil porque estava querendo regurgitar.

Como já disse, era uma  “louco (a)!/bêbada mesmo” mais que não  usava qualquer “chapéu-coco”, apenas brigava desesperadamente com o vaso sanitário, altas horas da noite, na casa construída por meu irmão Roberto em um sítio da família, fazendo .. “ irreverências mil/prá noite do Brasil”, provavelmente! Talvez estivesse brigando com o vaso sanitário porque se irritara com os pesados impostos que os brasileiros pagam ou em razão dos péssimos serviços públicos prestados em troca dos impostos.

Devido sua extrema juventude, talvez nem soubesse da “volta(....)/do irmão do Henfil”nem “com tanta gente que partiu/num rabo de foguete”
Talvez nem ”Chora(sse)!/A nossa Pátria/Mãe gentil”

Como choraram muitas “Marias/...Clarisses/No solo do Brasil...” a amiga de minha sobrinha talvez chorara também, reclamando que a luta que travara no banheiro estava muito desigual.

Desistiu de seu intento e foi para o lado de fora da casa, onde “sentia, talvez...” que uma dor/assim pungente” mais que não poderia  “ser inutilmente”.

Ela finalmente, pelo lado de fora, antes de dormir o sono dos bêbados, conseguiu aliviar o peso que se acumulara em seu estômago pelas cervejas, comidas, rede balançando e transformando seu estômago em “um rabo de foguete”.

Havia ainda “a esperança”. Deitara em uma rede pelo lado de fora da casa como se tivesse “dança(ndo)  na corda bamba/ De sombrinha/e em cada passo/dessa linha” de rede “pod(ia) se machucar...”. Mas não se machucou. Apenas,  vomitou.

Deu sorte ou “azar” não sei, mas depois “a esperança equilibrista/ sab(ia) que o show/de todo artista/tem que continuar”. E continuou. Conseguiu vomitar. Dormiu pelo lado de fora da casa, após se aliviar “do sufoco”, acocorada ao “luar” e, no dia seguinte, ainda entre um vômito ou outro, voltou a beber de novo, mas com menos intensidade dessa vez. Na noite anterior, tomara mais de 30 latas de cervejas. E a luta da moça contra o vaso sanitário, quase igual ao que diz a letra da música “O Bêbado e o Equilibrista”, foi o motivo de registrar o episódio em minha crônica.