segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

UMA "FALSA ALEGRIA" NO DIA DE MEU ANIVERSÁRIO!



“Puxa a cadeira e senta conversa com um velho amigo.”(H)á muito tempo preciso contar todo o meu castigo”. Fui infectado no cérebro por duas bactérias controláveis com remédios, mas incuráveis.

“Mas veja que graça”
 não tenho “... dor estampada em meu rosto”/e a sombra da noite” que no passado  foi minha companheira,  hoje apenas me ”serve de encosto”.

“Senta eu explico tudo o que a vida me fez”.


Melhor seria explicar em detalhes, “mas fica o talvez”. Talvez se não tivesse operado, não teria sido infectado por duas bactérias incuráveis disso e teria voltado ao meu trabalho como diretor ou como professor? Não saberei, porque decidi enfrentar o risco!

‘Veja que eu aparento bem mais uns dez anos “ em função das onze intervenções cirúrgicas  no cérebro desde 2006. Mas  “as mágoas do tempo” não  “acabaram com(....) meus planos”.  Ainda quero viver, escrever e amar muito minha esposa!

Hoje, vivo uma “Falsa Alegria”, lindo poema escrito por Amaral Maia e musicado e gravado pelo cantor Sérgio Souto, do qual me utilizo para escrever a crônica porque estarei completando  52 anos  de vida no dia 13 de fevereiro. E “Falsa Alegria” por quê?

Não tenho mais motivos para ter uma alegria verdadeira, exceto por ainda estar vivo no meio e convivendo ao lado de amigos físicos e os virtuais também. Mas “agora a lua está boa para se cantar pega o violão”. Cantarei minhas saudades, lembranças e amarguras. Amores, também. Por que, não?

”Dedilha(rei)  um samba enquanto eu afin(narei)  o coração”...

Ah, lua, que tantas inspirações já me deu e quantas mulheres estiveram ao seu lado, em minha juventude!!!

Só a lua e meus verdadeiros amigos não me abandonaram!! E queria tê-los a maioria ao meu lado quando estiver comemorando meus 52 anos.

“Te juro” que não olharei  meu passado  gravado “na mesa de um bar”  mas  apenas deixarei “um segundo (de)  alegria enganar a (minha) tristeza” .

“Desce mais uma cerveja bem gelada” para meus amigos “seu garção” /que essa rodada (não) será por conta da casa do patrão, pois  hoje  não  tenho “só” (...) uns amigos de bar”, mas deixarei “essa falsa alegria (minha tristeza) enganar” porque “agora a lua está boa para se cantar”. E cantarei à vida que é bela, aos amigos que não me abandonaram! “Dedilha(rei)  um samba enquanto eu afin(arei meu) coração” .

Cantarei  samba de roda,  samba canção,  MPB. Depois lerei um livro de Neruda, Vinicius, Drumond, não importa qual.  Já “te jur(ei mais de uma vez que) não olh(arei para os nomes  dela(s) gravado(s) na mesa”, mas ”deixa(rei) um segundo (de minha)  alegria enganar a tristeza” porque foram muitas nomes gravados na mesa de um bar em minha juventude!

Pedirei de novo para meus amigos, seu garçom/ “desce mais uma cerveja bem gelada (...) “que essa rodada (não) será por conta da casa do patrão” mais de meus amigos. Provarei que “eu não só tenho uns amigos de bar, mas ”deix(arei) essa falsa alegria a tristeza me enganar”, no dia de meu aniversário!!!!