(Em homenagem ao casal
Jheferson e Dalyne)
Cansado, com passos firmes,
mas trôpegos, suado e sem dinheiro no bolso, me dirigi a um casal e solicitei
água da torneira que pudesse me matar a sede e mandou, mas o casal me servir
uma água mineral gelada, cumprindo o versículo da bíblia “dai de beber a quem tem sede”.
Era novembro de 2012 e fui atendido de
imediato, embora não me conhecessem.
No dia que recebi o salário
da aposentadoria, pouca por sinal graças ao maldito “fator previdenciário”, em
março de 2013, voltei à franquia Japa Food Mundi, perguntei pelo casal
simpático que me havia mandado servir água sem cobrar nada e vim, a saber, que se tratava de Jhefferson/Dalyne,
permissionários da franquia do “Japa
Food” local à frente do condomínio
Mundi, local aonde resido atualmente, em Manaus.
O casal não se encontrava,
mas contei tudo o que haviam feito por mim, em um momento em que deixava meu
apartamento no primeiro andar, depois de ter telefonado para o mestre de obras,
Sr. Adão, que ainda tinha uma chave da cozinha, único local possível para se
descer pela escada porque o elevador de serviço, exclusivo, só se sai e se
entra por ele. Gentilmente, mandou abrir a porta da cozinha e eu desci pela
escada. Sai do condomínio, cansado, suado, nervoso e me dirigi ao casal em que
estava sentado o casal em uma área externa do“Japa Food Mundi” e pedi água. Expliquei tudo o que a mim havia
ocorrido.
- Pegue água para esse
senhor aqui! Pediu à sua esposa que atendeu e me serviu água gelada em um copo
plástico. Disse-lhe que não possuía dinheiro para pagar-lhe no momento, mas que
depois voltaria. “Não tem problema, depois o senhor volta e paga”. No dia que
recebi, meses depois, voltei e paguei.
Isso só ocorreu em março de
2013, após o aumento dado pelo Governo Federal aos aposentados, retornei ao
local. Pedi um prato e solicitei que a moça do caixa incluísse a água que eu
havia tomado em novembro de 2012.
Quando retornei, observei
que estava escrito na parede dos fundos da franquia “Japa Food”: “para
que todos vejam e saibam, considerem e juntamente entendam que a mão do Senhor
fez” (Isaias). Em meu retorno,
também fui perfeitamente atendido, por funcionários gentis e educadas, todos usando
roupas nas cores laranja e preta e uma tira amarrada na cabeça como um
samurai. A pessoa do caixa incluiu a
água que eu recebera em novembro de 2012, paguei o que me foi cobrado e deixei
a loja, deixei um livro meu autografado aos proprietários com a consciência do
meu dever cumprido. Demorou, mas cumpri e o casal também cumpriu o que diz a
Bíblia: “dai de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede”.
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