quarta-feira, 19 de março de 2014

EM POLÍTICA, O BRASIL CAMINHA ASSIM...!


Em política, o Brasil é assim:


Não sou analista político, nem me proponho a sê-lo, porque será sempre muito difícil entender e explicar tudo o que se esconde por trás de interesses escusos e nem sempre confessáveis publicamente. Tem sempre, por trás de toda e qualquer declaração, algo a ser desvendado nas entrelinhas por trás de uma palavra, uma frase, uma negativa ou uma afirmativa. Enfim, político é muito difícil de ser entendido e partidos políticos que se dizem interessados no coletivo do país, só pensam em seus próprios interesses mediatos e imediatos.


Mas, como leigo, posso garantir que existem muitos partidos pequenos e alguns grandes também, que vendem seus espaços em programas de televisão e rádios, negociando valores, cargos e funções dentro do Governo que venha a ser eleito nas urnas, pois nenhum partido político, por maior que venha a ser ou se tornar, conseguirá eleger ao mesmo tempo uma bancada majoritária na Câmara dos Deputados e no Senado para conseguir, enfim, dizer ao povo que governará sozinho e realizar todas as reformas possíveis prometidas nas urnas durante as campanhas. 



Diante desse caótico quadro político e cheio de partidos, a briga entre o PMDB e PT seria inevitável e já era esperada, obrigando a presidente Dilma Rousseff a mudar parte de seu Ministério só para “agradar” aos dois partidos descontentes e de sustentação do Governo. Em seus programas eleitorais, contudo, declaram que estão tetando resolver os problemas coletivos da população, mas é tudo um engodo e uma grande mentira. Dai a necessidade de ler nas entrelinhas do que os partidos e candidatos declaram, porque pouca coisa é verdadeira, infelizmente. Mas deveria ser, pelo menos no plano das ideias e declarações.


A briga entre os dois maiores partidos que sustentam a base do governo, mesmo que em troca de chantagem ou fisiologismo barato, poderia ter sido evitada, se os interlocutores de plantão tivessem informado à presidente Dilma que essa rebelião fisiológica irresponsável estaria para eclodir. Faltou articulação política! A presidente poderia ter feito as mudanças de alguns seus ministros e teriam sido evitadas as convocações de ministros chamados para dar explicações nas duas casas legislativas sobre escândalos que há tempos todos sabiam, mas fingiam que nada sabiam na esfera política.


Com todos os defeitos que possa ter tido, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em entrevista, falou uma verdade: “eu fiz todas as alianças antes de ser eleito”. Talvez por isso, menos escândalos se registraram no Governo do PSDB. Mesmo assim, foram registrados alguns. Lula fez alianças antes e depois, e sofreu com o escândalo do “mensalão” e saiu chamuscado, quase o atingindo porque devia haver um chefe do esquema, mas José Dirceu assumiu tudo sozinho e ficou calado, mas tenho dúvidas, se ele comandou tudo sozinho, sem conhecimento de seu chefe imediato. 


Do Governo do “cassador e marajás”, Fernando Collor, jovem, bonito, elegante, boa pinta e pretensioso demais, por quem muitas mulheres do Brasil suspiraram antes de depositar nas urnas seus votos, ajudando-o a elegê-lo, pouco devo comentar porque ele também foi cassado pelos marajás que prometera combater. Depois, como pedra de dominó, todos os que votaram no impeachment de Collor, o primeiro eleito do Brasil pós ditadura a ser cassado pelas duas casas legislativas, mesmo depois de seu desesperado pedido de socorro aos jovens para  que não o deixassem sozinho, foram às ruas com seus rostos pintados nas cores verde e amarelo e apoiaram sua queda pelo voto de deputados e senadores. Alguns parlamentares que votaram pela cassação do ex-presidente, foram depois envolvidos no escândalo dos “anões do orçamento” e caíram de um por um. Depois, veio seu vice, o José Sarney, que herdou alguns escândalos.



Mas, agora, no Governo Dilma Rousseff, o fisiologismo por cargos foi escandaloso e ela teve que mudar vários de seus ministros de uma só vez, embora tenha Michel Temer, do PMDB, como seu vice, que nada fez para impedir essa rebelião desavergonhada e prejudicial aos interesses nacionais, mas satisfatória aos interesses dos dois maiores partidos. Além da excelente análise (http://brasilemversos-am.blogspot.com.br/2014/03/pt-x-pmdb-por-quem-eles-brigam-por.html) realizada por Amarildo Patricce, de Minas Gerais, me aventuro a acrescentar que além de tudo que foi elencado e publicado, existe ainda o excesso de Partidos Políticos e a terrível dificuldade para administrar um Brasil com muitos climas e problemas variados. Para pior mais ainda existe uma Constituição que não permite nenhum partido político comande politica e ideologicamente um país de tantas dificuldades – cheia em uma parte, seca em outra e por ai vai, desbarrancamento em outra ponta, descontrole da inflação devido a essa sazonalidade, etc – sem que tenha maioria  ideológica na Câmara e Senado, para caminhar junto com o presidente, sem depender de partidos fisiologistas;
E isso, contudo, será muito difícil que venha a ocorrer um dia! 


Ah, ia esquecendo: a corrupção precisa acabar porque ela está dando um nó no desenvolvimento do Brasil e o poder judiciário, quando julga alguém, o faz de forma atabalhoada, ou rápido ou lento depois. Nos dois casos, a impunidade ou pela pressa ou pela demora, torna-se injustiça!

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